SóProvas


ID
1834807
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
Facepe
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tecnologia e humanidade

Por Danilo España 

    Através do teclado do meu computador digito esse texto e através da sua tela você o lê. Aqui criamos um elo de comunicação; neste momento, somos ajudados pela tecnologia.

    A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acontece que para tudo há um limite, e ainda que não faça tantos anos que a tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar a vida social e até mesmo a saúde.

   Não é só o fato de vermos famílias inteiras ou grupos de amigos em um restaurante, por exemplo, imersos, todos, em seus celulares e tablets ultramodernos, sem conversar. Há também outras situações que nos mantêm reféns da modernidade: ter que olhar o e-mail diversas vezes por dia, acompanhar as atualizações das redes sociais, responder centenas de mensagens e depender de uma conexão de alta velocidade 24 horas por dia para satisfazer nossas curiosidades, buscar informações, cumprir tarefas, pagar contas, descobrir tendências, ideias, empresas, pessoas, etc.

    Mas como definir se a quantidade de contato que temos com a tecnologia chega a ser prejudicial? Máquinas, equipamentos, dispositivos são essenciais para sobreviver em um modelo de sociedade em que o virtual está cada dia mais próximo do real. Descobrir um limite de interação com as tecnologias é algo individual, cada um deve buscar essa equação para respeitar sua própria natureza.

    Por mais que busquemos as tecnologias mais incríveis, ainda assim é o homem que as inventa, as cria, ou seja, todo potencial de sua criação está no homem. Possuímos a mais avançada tecnologia, a tecnologia natural, biológica, humana… ou seja, não podemos esquecer as funções que nosso corpo desempenha, a quantidade de informações que armazenamos, como conseguimos acessá-las a uma velocidade absurda, a capacidade de bilhões de cálculos, o potencial analítico que temos, autorregulações corporais, sentimentos, emoções, razão etc.

   A tecnologia evidentemente evolui, mas e a humanidade? Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa evolução tanto quanto da tecnologia? Precisamos de um movimento que valorize as características naturais do homem, que respeite seus limites e que trabalhe dentro de um nível de tolerância individual, considerando que somos diferentes, que suportamos coisas absolutamente distintas. Os talentos também são individuais, devem ser exercitados, desenvolvidos e o tempo que nos prendemos à tecnologia muitas vezes consome esses importantes momentos. 

Então que sejamos usuários da tecnologia e não seus escravos… 


Disponível em: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/o-que-te-motiva/2014/01/13/tecnologia-e-humanidade/ Acesso em: 22 out. 2015. Adaptado. 

Releia o segundo parágrafo do Texto 1.

A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. Acontece que para tudo há um limite, e ainda que não faça tantos anos que a tecnologia atingiu um certo ápice, existem pessoas comprovando na pele que o excesso de tecnologia pode prejudicar a vida social e até mesmo a saúde.

Acerca dos aspectos morfossintáticos do trecho em questão, analise as afirmativas a seguir.

I. As orações que formam o primeiro período mantêm entre si uma relação de dependência sintática e semântica.

II. Em “Acontece que para tudo há um limite", a forma verbal destacada constitui uma oração sem sujeito.

III. As formas verbais „há‟ e „faça‟ estão no singular pela mesma razão, isto é, suas ações não podem ser atribuídas a um sujeito gramatical.

IV. A substituição do verbo existir em „existem pessoas‟ pelo verbo „haver‟ exigiria que a conjugação desse último fosse construída no singular (há).

V. O trecho: “e ainda que não faça tantos anos" tem o mesmo sentido que „embora não faça tantos anos‟.

Estão CORRETAS, apenas:


Alternativas
Comentários
  • Se alguém responder a esssa questão, por favor me diga se a ordem direta de "acontece que para tudo há um limite" é "há um limite para tudo que acontece". O "que", nesse caso, é um pronome relativo exercendo a função de sujeito? Ficarei grato.

  • Cara, o pronome relativo ''que'', atribue  a um subs. que antecede a ele.

  • Esclarecendo o item II para quem não entendeu.

    II- Acontece que para tudo há um limite.

    oracão sem sujeito- sempre apresentam vebos impessoais e são usados na 3 pessoas do singular, pois não apresentam um sujeito praticando uma ação. Logo, estaria correto se o estivesse grifando o "há".

    OBS: procurem quais verbos são impessoais, pois tem uma lista dizendo quais são esses verbos.

     

  • Daniel, acho que que para tudo há um limite é o sujeito do verbo acontece. isso (que para tudo há um limite) acontece.

  • Acontece      que          para tudo há um limite

      verbo  +   conj.        +   sujeito oracional

                   integrante

  • Resposta: Letra 'E'

  • Pensava que o verbo haver, no sentido de existir ou ocorrer não tivesse sujeito. Há um limite Existe/ocorre um limite
  • Alguém pode explicar porque a proposição III está correta?

  • I. As orações que formam o primeiro período mantêm entre si uma relação de dependência sintática e semântica. 

    Vejamos: A tecnologia nos ajuda em diversas áreas, facilita processos, acelera as comunicações e gera resultados rápidos. 

    Perceba que são orações coordenadas, ou seja, isoladamente poderiam ser escritas com o sentido completo e sujeito + verbo + predicado.

    Veja:

    oração 1)  A tecnologia nos ajuda em diversas áreas

    oração 2) A tecnologia facilita processos

    oração 3) A tecnologia acelera as comunicações

    oração 4) A tecnologia gera resultados rápidos

     


    II. Em “Acontece que para tudo há um limite", a forma verbal destacada constitui uma oração sem sujeito. 

    O macete aqui é pensar "o que acontece?" (pergunta pra identificar o sujeito), acontece ISSO [ que para tudo há um limite]

    Então está na ordem indireta, na ordem direta seria "Isso [ que para tudo há um limite] acontece". Sendo o  [ que para tudo há um limite], o seujeito da oração. é uma oração oracional. 

    obs: vale pesquisar mais sobre sujeito oracional que sempre cai.



    III. As formas verbais „há‟ e „faça‟ estão no singular pela mesma razão, isto é, suas ações não podem ser atribuídas a um sujeito gramatical

    Correto: Porque "há" (decore isso, que sempre cai), no sentido de existir, não possui sujeito, mas possui objeto. E o "faça" no sentido de tempo decorrido, não possui sujeito. 



    IV. A substituição do verbo existir em „existem pessoas‟ pelo verbo „haver‟ exigiria que a conjugação desse último fosse construída no singular (há). 

    Certo: Existir fica no plural, já haver no sentido de existir é impessoal e fica no singular.



    V. O trecho: “e ainda que não faça tantos anos" tem o mesmo sentido que „embora não faça tantos anos‟.

    Certo: Ambas são conjunções concessivas.

     

    Qualquer erro, avisar por mensagem! Força!

  • Muito bom.

  • e-

    I. Virgulas seperam orações coordenadas quando o sujeito for o mesmo.

    II. periodo na ordem padrao: para tudo há um limite acontece

    III. VERBOS HAVER E FAZER NO SENTIDO DE TEMPO PASSADO NAO TÊM SUJEITO. 

    IV. VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR É IMPESSOAL, E PORTANTO É SEMPRE NO SINGULAR.

    V. locuções conjuntivas concessivas: ainda que, embora que, ainda assim etc