Concurseira Social, creio que o erro na letra D seja por conta, de que a apreensão dessa relação entre teoria e prática no serviço social, vá além de mero gerenciamentos dos instrumentos e técnicas de acordo com referênciais teóricos, realizando-se e manifestado-se na práxis profissional, visto que, demanda ações refletidas e vivenciadas no cotidiano.
Observa-se, portanto, as contradições presentes nas relações sociais, e seus reflexos na profissão do assistente social e sua identidade como profissional. O refinamento desejado por grande parte da categoria, só poderá ser alcançado mediante a reflexão e o debate quanto aos componentes teórico-metodológicos,técnico-operativos e ético-políticos, que compõem a instrumentalidade profissional, não apenas no sentido de identificá-los, como também de interrelacioná-los, confrontando pesquisas, produções teóricas e a práxis profissional; de modo a promover a inquietação necessária para que se desenvolvam as transformações sociais a que se propõe o Serviço Social.
Olá,
questão fácil mas que já caiu várias vezes e de diferentes formas: relação teoria x prática em Serviço Social.
Tem um texto que define bem a unicidade entre teoria e prática:
Outra questão a ser refletida, é a relação entre teoria e prática do Serviço Social. Para Burtelar (2008), o agir profissional tem embutido em si, explícita ou implicitamente, o desvelamento do movimento entre consciência e ação, ou seja, de unidade entre teoria e prática “teoria só existe por, e, em relação à prática”.
TEORIA E PRÁTICA NO SERVIÇO SOCIAL: UMA REFLEXÃO SOBRE A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS Nilvania Alves Gomes1 Camila Adriana Silva Diniz2
E nessa relação de unicidade a teoria e prática devem ser norteados por um projeto ético-político crítico no cotidiano que se apresenta ao Assistente Social:
O Serviço Social, condicionado pelas estruturas sociais e pelas demandas institucionais (geralmente representantes dos interesses hegemônicos), ainda assim pode apresentar um certo protagonismo e uma margem de manobra relativa ao orientar sua ação profissional; na medida em que dirige seu processo de formação não meramente para o atendimento direto das demandas institucionais, mas formando um profissional crítico e competente, que organize o coletivo em entidades fortes e representativas e que consolide códigos de ética claramente orientados em certos valores definidos coletivamente, o assistente social pode ver reforçada sua margem de manobra para uma prá- tica profissional que, sem eliminar os condicionantes sistêmicos, privilegie a garantia dos direitos sociais conquistados.
Um projeto para o Serviço Social crítico - Carlos Montãno
KATÁLYSIS v. 9 n. 2 jul./dez. 2006 Florianópolis SC 141-157.
Abraços em todos.