SóProvas


ID
1866622
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação ao transtorno do estresse pós-traumático, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) ERRADA. É possível realizar o diagnóstico do transtorno de estresse pós -traumático em crianças acima de 6 anos de idade.

    b) ERRADA.  No DSM-V, é dito que o estresse pós-traumático pode acontecer com a exposição a episódio concreto, como "saber que o evento traumático aconteceu com familiar ou amigo próximo" (CRITÉRIO A). Isso é diferente de "direta ou pessoalmente", conforme a questão aborda.

    c) ERRADA. O DSM-V diz expressamente que " Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático são expressos" (CRITÉRIO B).

    d) ERRADA. É possível estabelecer uma associação, conforme diz no DSM-V: "Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimeto do sonho estão relacionados ao evento traumático" (CRITÉRIO B)

    e) CORRETO. 

  • Questão com duas respostas possíveis B e E

    Gab E

  • Nas reações dissociativas o indivíduo sente ou age como se o evento traumático fosse recorrente

  • A questão parece ter duas alternativas corretas:

    a) Não é possível realizar o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático em crianças com menos de oito anos de idade. (ERRADO – o diagnóstico pode ser realizado em crianças com menos de 6 anos de idade).

    b) Para que um indivíduo seja diagnosticado com transtorno do estresse pós-traumático, ele precisa ter vivenciado e (ou) testemunhado um evento traumático direta ou pessoalmente. (O item pode ser considerado correto, de acordo com as especificações do DSM-V)

    1. Vivenciar diretamente o evento traumático.

    2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas.

    3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.

    4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático (p. ex., socorristas que recolhem restos de corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).

    c) Crianças que tenham sofrido um evento traumático evitam relembrá-lo, por isso o teor de suas brincadeiras não se relaciona a esse tipo de acontecimento.

    Em crianças acima de 6 anos de idade, PODE ocorrer brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático são expressos.

    d) Embora a angústia decorrente do transtorno do estresse pós-traumático afete os sonhos do indivíduo, não é possível estabelecer uma associação clara entre o conteúdo desses sonhos e o evento traumático.

     É possível estabelecer associação clara entre o conteúdo dos sonhos e o evento traumático. “Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático. Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável”.

    e) O indivíduo com transtorno do estresse pós-traumático, quando apresenta reações dissociativas, age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. ☺Item correto!

    “Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de percepção do ambiente ao redor.)Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira”. Parte inferior do formulário

    Fonte Para os comentários: DSM-V – Página 271.

  • Segundo o DSM - 5

    A - ERRADA - O transtorno de Estresse pós traumático pode ser diagnosticado em crianças abaixo de 6 anos. Segundo a critério A, em crianças de 6 anos ou menos, ocorre quando há exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes forma:

    1 - Vivenciar diretamente o evento traumático.

    2 - Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido com outras pessoas, especialmente cuidadores primários.

    3 - Saber que o evento traumático ocorreu com pai/mãe ou cuidador.

    B - ERRADA - Para diagnóstico é preciso que o individuo tenha sido:

    A - Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:

    1 - Vivenciar diretamente o evento traumático

    2 - Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas.

    3 - Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo próximo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.

    C - ERRADA – Item 1 do Critério B (Para crianças abaixo de 6 anos) – Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.

    Nota: Lembranças espontâneas e intrusivas podem não parecer necessariamente angustiantes e podem ser expressas como reencenação em brincadeiras.

    D – ERRADA – Item 2 Critério B – Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.

    Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.

    E – CORRETA – Item 3 Critério B – Reações dissociativas (ex, flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente.

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  • De acordo com o DSM-V, o Transtorno de Estresse Pós-traumático (309.81), apresenta a extensa lista a seguir como critérios diagnósticos:


    Nota: Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e crianças acima de 6 anos de idade. Para crianças com menos de 6 anos, consulte os critérios correspondentes a seguir.


    A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:


    1. Vivenciar diretamente o evento traumático.

    2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas.

    3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.

    4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático (p. ex., socorristas que recolhem restos de corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).

    Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao trabalho.


    B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:


        1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.

    Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático são expressos.

    2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.

    Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.

    3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de percepção do ambiente ao redor.)

    Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira.

    4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

    5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.


    C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:


        1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes          acerca de ou associados de perto ao evento traumático.

    2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.


    D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:


        1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático (geralmente devido       a amnésia dissociativa, e não a outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).

    2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo (p. ex. “Sou mau", “Não se deve confiar em ninguém", “O mundo é perigoso", “Todo o meu sistema nervoso está arruinado para sempre").

    3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros.

    4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva, culpa ou vergonha).

    5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas.

    6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.

    7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex., incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação ou amor).


    E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:


        1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente      expressos sob a forma de agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.

    2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.

    3. Hipervigilância.

    4. Resposta de sobressalto exagerada.

    5. Problemas de concentração.

    6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou sono agitado).


    F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.


    G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.


    H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., medicamento, álcool) ou a outra condição médica.


    Determinar o subtipo:

    Com sintomas dissociativos: Os sintomas do indivíduo satisfazem os critérios de transtorno de estresse pós-traumático, e, além disso, em resposta ao estressor, o indivíduo tem sintomas persistentes ou recorrentes de:


        1. Despersonalização: Experiências persistentes ou recorrentes de sentir-se separado e como      se fosse um observador externo dos processos mentais ou do corpo (p. ex., sensação de estar      em um sonho; sensação de irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse em            câmera lenta).

    2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de irrealidade do ambiente ao redor (p. ex., o mundo ao redor do indivíduo é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).

    Nota: Para usar esse subtipo, os sintomas dissociativos não podem ser atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., apagões, comportamento durante intoxicação alcoólica) ou a outra condição médica (p. ex., convulsões parciais complexas).


    Especificar se:

    Com expressão tardia: Se todos os critérios diagnósticos não forem atendidos até pelo menos seis meses depois do evento (embora a manifestação inicial e a expressão de alguns sintomas possam ser imediatas).


    Transtorno de estresse pós-traumático em crianças de 6 anos ou menos


    A. Em crianças de 6 anos ou menos, exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:


        1. Vivenciar diretamente o evento traumático.

    2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido com outras pessoas, especialmemte cuidadores primários.

    Nota: O testemunho não inclui eventos vistos apenas em mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias.

    3. Saber que o evento traumático ocorreu com pai/mãe ou cuidador.


    B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:


    1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.

    Nota: Lembranças espontâneas e intrusivas podem não parecer necessariamente angustiantes e podem ser expressas como reencenação em brincadeiras.

    2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou a emoção do sonho estão relacionados ao evento traumático.

    Nota: Pode não ser possível determinar que o conteúdo assustador está relacionado ao evento traumático.

    3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais a criança sente ou age como se o evento traumático estivesse acontecendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema manifestada como uma perda completa da percepção do ambiente ao redor.) Essa reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira.

    4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

    5. Reações fisiológicas intensas a lembranças do evento traumático.


    C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas, representando evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático ou alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático, deve estar presente, começando depois do evento ou piorando após sua ocorrência.


         Evitação persistente de estímulos

    1. Evitação ou esforços para evitar atividades, lugares ou lembranças físicas que despertem recordações do evento traumático.

    2. Evitação ou esforços para evitar pessoas, conversas ou situações interpessoais que despertem recordações do evento traumático.


    Alterações negativas em cognições

    3. Frequência substancialmente maior de estados emocionais negativos (p. ex., medo, culpa, tristeza, vergonha, confusão).

    4. Interesse ou participação bastante diminuídos em atividades significativas, incluindo redução do brincar.

    5. Comportamento socialmente retraído.

    6. Redução persistente na expressão de emoções positivas.


    D. Alterações na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando depois de sua ocorrência, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:

        1. Comportamento irritadiço ou surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente     manifestados como agressão verbal ou física em relação a pessoas ou objetos (incluindo              acessos de raiva extremos).

    2. Hipervigilância.

    3. Respostas de sobressalto exageradas.

    4. Problemas de concentração.

    5. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou sono agitado).


    E. A perturbação dura mais de um mês.


    F. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo nas relações com pais, irmãos, amigos ou outros cuidadores ou no comportamento na escola.


    G. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., medicamento ou álcool) ou a outra condição médica.


    Determinar o subtipo:


    Com sintomas dissociativos: Os sintomas do indivíduo satisfazem os critérios para transtorno de estresse pós-traumático, e o indivíduo sofre sintomas persistentes ou recorrentes de:


    1. Despersonalização: Experiências persistentes ou recorrentes de sentir-se separado e como se fosse um observador externo dos processos mentais ou do corpo (p. ex., sensação de estar em um sonho; sensação de irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse em câmera lenta).

    2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de irrealidade do ambiente ao redor (p. ex., o mundo ao redor do indivíduo é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).

    Nota: Para usar esse subtipo, é preciso que os sintomas dissociativos não sejam atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., apagões) ou a outra condição médica (p. ex., convulsões parciais complexas).


    Especificar se:

    Com expressão tardia: Se todos os critérios diagnósticos não forem atendidos até pelo menos seis meses depois do evento (embora a manifestação inicial e a expressão de alguns sintomas possam ser imediatas).


    GABARITO: E

  • A Não é possível realizar o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático em crianças com menos de oito anos de idade.

    B Para que um indivíduo seja diagnosticado com transtorno do estresse pós-traumático, ele precisa ter vivenciado e(ou) testemunhado um evento traumático direta ou pessoalmente.

    C Crianças que tenham sofrido um evento traumático evitam relembrá-lo, por isso o teor de suas brincadeiras não se relaciona a esse tipo de acontecimento.

    D Embora a angústia decorrente do transtorno do estresse pós-traumático afete os sonhos do indivíduo, não é possível estabelecer uma associação clara entre o conteúdo desses sonhos e o evento traumático.

    E O indivíduo com transtorno do estresse pós-traumático, quando apresenta reações dissociativas, age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente.