Olá pessoal (GABARITO LETRA B)
Apenas para complementar o excelente comentário do colaborador Tiago Costa:
Osborne e Gaebler propõem dez princípios básicos para reinventar o
governo, listados a seguir:
1 — Competição entre os prestadores de serviço;
2 — Poder aos cidadãos, transferindo o controle das atividades à
comunidade;
3 — Medir a atuação das agências governamentais através dos
resultados;
4 — Orientar-se por objetivos, e não por regras e regulamentos;
5 — Redefinir os usuários como clientes;
6 — Atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento;
7 — Priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu
gasto;
8 — Descentralização da autoridade;
9 — Preferir os mecanismos de mercado às soluções burocráticas;
10 — Catalisar a ação do setores público, privado e voluntário.
FONTE: http://antigo.enap.gov.br/downloads/ec43ea4fAbrciocad%2010.pdf
Faça das suas derrotas os degraus para o seu sucesso !!!!
Para
resolução da questão em análise, faz-se necessário o conhecimento do
Empreendedorismo.
Diante
disso, vamos a uma breve explicação.
Segundo
Dornelas (2003), o empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar
a situação atual e buscar novas oportunidades de negócio, tendo como foco a
inovação e a criação de valor.
O
autor versa que, apesar da multiplicidade de conceitos para o empreendedorismo,
é possível sintetizar os conceitos nas características descritas abaixo.
- Fazer diferente;
- Empregar recursos disponíveis de forma criativa;
- Aceitar assumir riscos calculados e a
possibilidade de fracassar;
- Buscar oportunidade e inovar, sendo
sempre um processo de criação de valor.
Já na administração pública, a obra de
David Osborne e Ted Gaebler, Reinventando o Governo (1994), é
o marco na nova discussão da administração pública baseada na ideia do
Empreendedorismo Governamental, ou seja, para os autores é necessário redefinir
a atividade do governo, dando mais flexibilidade para atuar contra às situações complexas do ambiente que muda cada vez mais rápido.
Segundo a citada teoria, o governo
interveria na ordem econômica do Estado, mas migrando de uma ideia burocrática
focada nos meios para uma organização mais eficaz, focada no resultado e
inclusão dos cidadãos.
Osborne e Gaebler (1992) organizaram
uma lista com 10 conceitos para a mudança do governo, citados abaixo:
1. Governo catalisador - os governos não
devem assumir o papel de implementador de políticas públicas sozinhos, mas sim
harmonizar a ação de diferentes agentes sociais na solução de problemas
coletivos;
2. Governo que pertence à
comunidade - os governos devem abrir-se à participação dos cidadãos no
momento de tomada de decisão;
3. Governo competitivo - os
governos devem criar mecanismos de competição dentro das organizações públicas
e entre organizações públicas e privadas, buscando fomentar a melhora da
qualidade dos serviços prestados. Essa prescrição vai contra os monopólios
governamentais na prestação de certos serviços públicos;
4. Governo orientado por missões - os
governos devem deixar de lado a obsessão pelo seguimento de normativas formais
e migrar a atenção na direção da sua verdadeira missão;
5. Governo de resultados - os
governos devem substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos de suas ações, e para isso adotar a administração por objetivos;
6. Governo orientado ao
cliente - os governos devem substituir a autorreferencialidade pela lógica
de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos;
7. Governo empreendedor - os governos
devem esforçar-se a aumentar seus ganhos por meio de aplicações financeiras e
ampliação da prestação de serviços;
8. Governo preventivo - os
governos devem abandonar comportamentos reativos na solução de problemas pela
ação proativa, elaborando planejamento estratégico de modo a antever problemas
potenciais;
9. Governo descentralizado -
os governos devem envolver os funcionários nos processos deliberativos,
aproveitando o seu conhecimento e capacidade inovadora. Além de melhorar a
capacidade de inovação e resolução de problemas, a descentralização também é
apresentada como forma de aumentar a motivação e autoestima dos funcionários
públicos;
10. Governo orientado para o mercado - os
governos devem promover e adentrar na lógica competitiva de mercado, investindo
dinheiro em aplicações de risco, agindo como intermediário na prestação de
certos serviços, criando agências regulatórias e institutos para prestação de
informação relevante e, assim, abatendo custos transacionais.
Neste contexto, a liderança passa a ser
vista como de fundamental valor nos anos 90. As organizações passam a precisar
de líderes, não mais gerentes, em seus pontos - chave. Ser líder significa
desenvolver-se a si mesmo para poder influenciar e inspirar os outros, ter
habilidades de comunicar e influenciar, compreender o contexto atual, tendo
uma visão além da situação imediata para buscar um futuro de
sucesso sustentável a longo prazo.
Ante o exposto, a alternativa que
correlaciona corretamente as formas de governo com as premissas ou papéis é a
letra B.
Fonte:
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo: como ser
empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
Gabarito do Professor: Letra B.