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Gabarito A : Questão baseada no best seller "Reinventando o Governo - Como o espírito empreendedor está transformando o setor público" dos autores David Osborne e Ted Gaebler. Este livro só é encontrado em sebos, talvez seja por isso, que é o queridinho do CESPE e começando a ser o da ESAF Também.
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A primeira frase foi considerada pela banca como correta, mas o correto seria dizer que os governos empreendedores se concentram na busca de receitas não tributárias (e não taxáveis).
A segunda frase está mesmo incorreta, pois essa seria uma postura de um governo empreendedor, não um governo tradicional. Finalmente, a terceira frase está correta mesmo, pois esse é o comportamento de governos tradicionais, que, por exemplo, costumam negligenciar a manutenção de estradas até que elas estejam quase destruídas.
O gabarito preliminar é o de letra A, mas creio que deve ser pedida a alteração do gabarito para a letra C, pelo que foi exposto acima.
Fonte: ESTRATÉGIA
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O item II está claramente errado, os governos tradicionais "sugam" o dinheiro do povo, a carga tributária sobre o cidadão é altíssima. O item III está certo, os governos tradicionais protelam, isto é, adiam, procrastinam os gastos necessários, gastando com itens supérfluos, e quem arca com as consequências é o povo.
O item I eu julgo estar errado, pois não é só pela minimização das receitas taxáveis, mas sim de todas as receitas tributáveis (taxas, impostos, contribuições de melhoria...)
Pra mim é a C.
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Errei pq marquei letra C.
Pensando bem na primeira frase, está correta.
Um governo que cria receitas não taxáveis (gov. empreendedor) só vai investir em algo se tiver certeza do retorno (até pq, se não der retorno, não terá a receita extra)
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Para respondermos à questão em análise, precisamos diferenciar
governos empreendedores de governos tradicionais (entendo como patrimonialistas
ou burocráticos).
O governo empreendedor busca uma atuação mais competitiva do
Estado, o qual deve ser descentralizado e promotor de mudanças. Entre os
fundamentos desse empreendedorismo, destacam-se: Governo catalisador, a partir
da redefinição do papel do governo, de provedor direto para promotor; Governo
competitivo, que destaca as vantagens da competição; Governo da comunidade, que
transfere responsabilidades da burocracia para o cidadão; Governo orientado por
missões e resultados, que muda o enfoque em regras e procedimentos para missões
e resultados; Governo voltado para clientes, que destaca o papel preponderante
do governo de servir aos cidadãos com qualidade e enfatizando o controle
social.
Por outro lado, nos governos patrimonialistas o Estado é tido como
uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem
status de nobreza real. Os cargos eram considerados prebendas e a "res publica" não se diferenciava das "res principis". Com isso, a corrupção e o nepotismo
eram inerentes a esse tipo de administração. Já nos governos burocráticos existe
a profissionalização do serviço público, a ideia de carreira, a hierarquia
funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional-legal.
Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são "a priori" e há um controle rígido dos processos administrativos.
Após esse breve resumo, vamos à análise das afirmativas:
I. VERDADEIRA. Os governos empreendedores
concentram-se na busca de receitas não taxáveis, mensurando o nível de retorno
de cada investimento – uma vez que esse tipo de governo possui ênfase em uma
maior competitividade, fugir de taxas é uma opção para alavancar os retornos
dos negócios.
II. FALSA. Os governos tradicionais buscam
realizar receitas extraordinárias em todas as suas atividades para minimizar a
carga tributária sobre o cidadão – os governos tradicionais enfatizam o aumento
de receitas, entre outras coisas, por meio do aumento de tributos.
III. VERDADEIRA. Os governos tradicionais
concentram-se na minimização dos custos, protelam gastos correntes necessários
e acabam tendo de arcar no futuro com gastos vultosos para compensar a
"economia" gerada anteriormente – essa alternativa demonstra a típica
gestão da coisa pública em modelos burocráticos de administração.
Gabarito do Professor: Letra A.