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ID
187561
Banca
FCC
Órgão
TRE-RS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A abordagem kleiniana descreveu as posições esquizoparanoide e depressiva. Os mecanismos predominantes na posição esquizoparanoide são os de

Alternativas
Comentários
  •  Posições esquizo-paranóide e depressiva. O termo "posição foi preferido por Klein em relação a "estágio" porque ele enfatiza o efeito do ponto de vista da criança sobre suas relações de objeto. A posição paranóide-esquizóide e a posição depressiva ocorrem na primeira e segunda metade, respectivamente, do primeiro ano de vida. Elas também podem ocorrer em diversos momentos na vida como constelações defensivas e estão envolvidas em conflitos relacionados a todos os níveis psicossexuias.

            A posição paranóide-esquizóide é caracterizada por dissociação, idealização, negação, identificação projetiva, relações de objeto parciais e uma preocupação básica ou ansiedade persecutórias sobre a sobrevivência do self.

            Os medos persecutórios são impulsos oral-sádicos e anal-sádicos projetados. Se eles não são superintensos, a posição esquizo-paranóide dá lugar, nos segundos seis meses de vida, à posição depressiva. Se, no entanto, a agressão inata é abertamente forte e se maus introjetos predominam, a dissociação secundária dos maus introjetos pode levar a projeção sobre muitos objetos externos, resultando em muitos perseguidores externos. A dissociação pode persistir e fragmentar experiências afetivas, levando a despersonalização ou superficialidade afetiva. Ela pode também interferir na percepção acurada e conduzir a negação da realidade. Na posição depressiva, a libido predomina sobre a agressão, o bebê reconhece que sua mãe tanto gratifica como frustra e ele se torna ciente de sua própria agressão voltada em direção a ela. O reconhecimento da mãe como uma pessoa integral torna a criança vulnerável à perda, especialmente perda causada pela agressão da criança. O mecanismo da idealização evolui durante o período depressivo na idealização do objeto bom (mãe) como uma defesa contra a agressão da criança em direção a ela e sua culpa acompanhante. Este tipo de idealização conduz a uma superdependência sobre outros. Os maus aspectos de pessoas necessárias são negados, levando a um empobrecimento tanto da experiência de realidade como da testagem de realidade. A posição depressiva também mobiliza defesas maníacas, cuja principal característica é a negação de realidades psíquicas dolorosas. Sentimentos ambivalentes e dependência de outros são negados; objetos são onipotentemente controlados e tratados com desprezo, de modo que a sua perda não dá lugar a dor ou culpa.
  • Principais mecanismos de defesa identificados na posição Esquizoparanoide:

    I - Negação onipotente;

    II - Dissociação

    III - Identificação projetiva

    IV - Idealização

  • ZIMERMAN

    M. Klein descreveu dois tipos de “posição”: a

    esquizoparanóide (PEP), em 1946, e a depressiva

    (PD), em 1934, embora a certa altura de seus estudos

    ela tenha descrito uma terceira modalidade, a

    “posição maníaca” à qual não mais retornou. A PEP,

    em condições normais, estende-se até o terceiro mês

    de vida e consiste em um indispensável uso de defesas

    muito primitivas por parte do incipiente ego

    do bebê, notadamente as “dissociações” e as “projeções”,

    como uma forma de ele livrar-se das terríveis

    ansiedades de “aniquilamento”, que, segundo

    Klein, são resultantes das pulsões sádico-destrutivas,

    diretamente ligadas à inata “inveja primária”,

    ou seja, à “pulsão de morte”. Muito particularmente,

    deve ser destacada a utilização durante a PEP

    daquilo que ela veio a denominar “identificações

    projetivas”, conceito altamente importante e que

    hoje é aceito por todas correntes psicanalíticas