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ID
1877419
Banca
FGV
Órgão
TJ-PI
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Uma paciente foi diagnosticada com tuberculose durante o período gestacional e precisou iniciar o esquema de tratamento. A droga que NÃO é segura para tratamento durante a gestação, pois pode causar deficiência auditiva do feto, é:

Alternativas
Comentários
  • O etambutol é substituÌdo pela estreptomicina na combinação com os fármacos isoniazida e rifampicina, já que ela, bem como outros aminoglicosÌdeos, como amikacina, canamicina e capreomicina podem causar surdez permanente ao recém-nascido

  • Segundo o Manual de Recomendações  para o Controle da Tubrculose no Brasil. Ministério da Saúde. 2011

    5.6 Condições especiais
    Gestante
    A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o risco de transmissão pós-natal. O esquema com RHZE pode ser administrado nas doses habituais para gestantes e está recomendado o uso de Piridoxina (50mg/dia) durante a gestação pelo risco de toxicidade neurológica (devido à isoniazida) no recém-nascido. Não há contraindicações à amamentação, desde que a mãe não seja portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança.
    Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados antes, mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos adversos.
    O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda linha nessa população.

    Quadro 13 - Segurança dos fármacos antiTB em gestantes e lactantes

                                                             Gravidez
    Medicamentos seguros                                                    Medicamentos que devem ser evitados
    Rifampicina                                                                           Estreptomicina e outros aminoglicosídeos
    Isoniazida                                                                              Polipeptídeos
    Pirazinamida                                                                         Etionamida e outras tionamidas
    Etambutol                                                                              Quinolonas
     

  • OS MEDICAMENTOS DA TUBERCULOSE QUE  NÃO SÃO RECOMENDADOS EM CASOS DE MULHERES GRÁVIDAS.

    * Estreptomicina.
    * Canamicina.
    * Amicacina.
    * Capreomicina.
    * Fluoroquinolonas

  • A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos medicamentos antiTB, desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa e a adequada operacionalização do tratamento.

    O esquema básico é composto, nos dois primeiros meses, por comprimidos de doses fixas de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (RHZE); e nos quatro últimos meses pela rifampicina e isoniazida. Os dois primeiros meses é a Fase intensiva e os demais (quatro meses) é a Fase de manutenção. Na fase de manutenção o paciente recebe 2 comprimidos ou capsulas 300 mg/200 mg RH, ou seja, dois comprimidos de rifampicina 300mg e dois comprimidos de isoniazida 200mg. Enfim, 600 mg de Rifampicina (R) e 400 mg de Isoniazida (H) ao dia.

    No caso de tuberculose por disseminação hematogênica materna, o acompanhamento do recém-nascido, quanto ao diagnóstico, deve ser cuidadoso e o tratamento do mesmo deve ser instituído, caso esse diagnóstico seja feito. O tratamento precoce leva à cura da tuberculose congênita. Dos fármacos utilizados, o Etambutol, a Rifampicina, a Pirazinamida e a Isoniazida são seguros. Já com o uso da Estreptomicina, foram descritos casos de surdez e anormalidades vestibulares no recém nascido.

    Gabarito do Professor: Letra C


    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose na atenção básica : protocolo de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

    Castello Branco et al. Tuberculose e Gravidez: Mitos e Verdades. R bras ci Saúde 13(3):55-60, 2009.
  • Cara eu já vi questão aqui dizendo que gestante deve fazer uso de máscara N95 ao amamentar enquanto no manual de recomendações de controle da tuberculose cita máscara cirúrgica.

  • Cara eu já vi questão aqui dizendo que gestante deve fazer uso de máscara N95 ao amamentar enquanto no manual de recomendações de controle da tuberculose cita máscara cirúrgica.

  • Estreptomicina Seguro durante amamentação.

  • Estreptomicina Seguro durante amamentação.