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ID
191608
Banca
FCC
Órgão
MPU
Ano
2007
Provas
Disciplina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Assuntos

Qualquer ocupação urbana gera impactos sobre o meio
de diferentes formas e graus, que se refletem na poluição do ar,
das águas e dos solos. Em particular, como se observa nas
Regiões Metropolitanas das grandes capitais brasileiras, a
combinação das atividades típicas de cidades, como moradia,
indústria e comércio, demanda facilidades de energia, transporte,
vias de acesso e etc, que acentuam os problemas de
contaminação dos solos, enchentes, doenças respiratórias e
outros. O gerenciamento das grandes metrópoles exige da
engenharia o conhecimento dos fatores causadores destes
problemas, das tecnologias disponíveis para prevenção, manejo
e remediação e ainda a existência de um arcabouço legal e
institucional para sua efetivação.

Devido a escassez de recursos hídricos, o reúso de água planejado pode ser empregado nas grandes metrópoles. Os organismos internacionais não recomendam o reúso de efluentes de estações de tratamento de esgotos para

Alternativas
Comentários
  • Reúso de efluentes de estações de tratamento de esgotos urbanos para fins potáveis: A presença de organismos patogênicos e de compostos orgânicos sintéticos na grande maioria dos efluentes disponíveis para reuso, principalmente naqueles oriundos de estações de tratamento de esgotos de grandes conurbações com polos industriais expressivos, classifica o reuso potável como uma alternativa associada a riscos muito elevados, tornando-o praticamente inaceitável. Além disso, os custos dos sistemas de tratamento avançados que seriam necessários, levariam à inviabilidade econômico-financeira do abastecimento público, não havendo, ainda, face às considerações anteriormente efetuadas, garantia de prote- ção adequada da saúde pública dos consumidores. Entretanto, caso seja imprescindível implementar reuso urbano para fins potáveis, devem ser obedecidos os seguintes critérios básicos: Utilizar apenas sistemas de reuso indireto A Organização Mundial da Saúde não recomenda o reuso direto, visualizado como a conexão direta dos efluentes de uma estação de tratamento de esgotos a uma estação de tratamento de águas e, em seguida, ao sistema de distribuição. Como reuso indireto, se compreende a diluição dos esgotos, após tratamento, em um corpo hídrico (lago, reservatório ou aquífero subterrâneo), no qual, após tempos de detenção relativamente longos, é efetuada a captação, seguida de tratamento adequado e posterior distribuição. O conceito de reuso indireto implica, evidentemente, que o corpo receptor intermediário, seja um corpo hídrico não poluído, para, através de diluição adequada, reduzir a carga poluidora a níveis aceitáveis. A prática do reuso para fins potáveis, como efetuada em São Paulo, na qual a água do reservatório Billings, poluída por efluentes domésticos e industriais é revertida, sem nenhum tratamento, para o reservatório Guarapiranga, que também se encontra poluído por esgotos domésticos e por elevadas concentrações de cobre, utilizado para o controle de algas, não se classifica, portanto, como reuso indireto