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ID
1938352
Banca
UERJ
Órgão
UERJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Se há apenas cinco ou dez anos dissessem a alguém em Cuba que um presidente norte-americano visitaria a Ilha, a resposta seria um sorriso irônico; mas se fosse mencionada a possibilidade de ver os Rolling Stones tocando em Havana, a reação teria sido uma gargalhada – ou um grito, se a pessoa assim informada tivesse seus 60 ou 70 anos de vida. Porque aqueles que fomos jovens em Cuba na década de 1960 dificilmente esqueceremos as críticas políticas quando confessávamos ouvir os Beatles ou os Stones. Quem poderia ter previsto? Definitivamente, os tempos estão mudando.
                                                     LEONARDO PADURA Adaptado de Folha de S. Paulo, 12/03/2016.

As considerações do escritor sobre a sociedade cubana indicam que, na década de 1960 e no momento atual, as diferenças entre as condições de vida são contextualizadas, respectivamente, pelos seguintes aspectos das relações internacionais:

Alternativas
Comentários
  • Durante a década de 1960, o mundo vivia o auge da Guerra Fria, consubstanciado na bipolaridade entre o capitalismo e o socialismo. Com a Revolução Cubana, em 1959, a pequena ilha no Caribe passou a ser o baluarte comunista na América Latina, contestando e ameaçando a hegemonia capitalista na América. Após o fim da Guerra Fria, e o desmembramento da URSS, o mundo passou a se pautar em uma dinâmica política e econômica multipolarizada, onde o conflito ideológico capitalista-socialista perdeu lugar para outras demandas e atores que passam a ser decisivos no contexto das relações internacionais.


    A resposta correta é a letra C. 




  •  a) expansão mundial de regimes totalitários – supremacia das concepções neoliberais (apesar de ser uma corrente forte em alguns setores da sociedade, não é possível afirmar que há uma supremacia de concepções neoliberais)

     b) crescimento da influência global soviética – afirmação da hegemonia norte-americana (apesar de ainda ser uma potência militar e econômica, os EUA não detêm o monopólio de influência no mundo, que é atualmente caracterizado como multipolar, com "potências regionais", sendo o Brasil uma delas, no âmbito da América do Sul)

     c) bipolaridade entre capitalismo e socialismo – multipolaridade da ordem econômica

     d) política externa independente na América Latina – integração das nações subdesenvolvidas (No contexto da guerra fria, não é possível afirmar que a política externa da América Latina era independente, pois a bipolaridade URSSxEUA impunha um pensamento "ou está do nosso lado, ou está contra nós)