A dialética, a grosso modo, pode ser entendida como corolário de idéias contrapostas: tese, antítese e síntese. Famosa é a fase de Heráclito a qual relaciona-se com a dialética: "Não se pode banhar duas vezes nas águas do mesmo rio, porque na segunda vez, nem você nem o rio serão mais os mesmos". Assim, percebe-se que a dialética afirma confusamente que uma coisa é e não é ao mesmo tempo. Uma mobilia construída de madeira, por exemplo, para a dialética ela é uma não-árvore, ou seja, ela é a negação da árvore, mas também não se pode dizer que ela não é uma árvore, porquanto construída a partir da matéria prima árvore, assim, correto dizer que a dialética busca o oculto presente no todo, pois, neste exemplo, podemos dizer que a dialética procura na mobília construída sua negação, ou seja, busca a árvore negada, (oculta) escondida na nova forma dada pelo trabalho humano. Não se é algo, mas se está algo. Tudo está sujeito à transformação, ao movimento da dialética, num eterno devir. O pensador alemão, Karl Marx construiu sua teoria com base na dialética hegeliana. Em Hegel a dialética encontra-se suspensa sobre as coisas, Hegel procura o espírito das transformações. Marx discute a dialética a partir das transformações reais ocorridas na infra-estrutura da sociedade. Marx então, para justificar o Socialismo Científico, encontra no Capitalismo sua própria negação: o proletariado. O proletariado é fruto do capitalismo, é do capitalismo, ao mesmo tempo em que o proletariado é a negação do capitalismo, a hidra revolucionária que despojaria a burguesia do poder.