SóProvas


ID
1943728
Banca
Instituto Excelência
Órgão
Prefeitura de Monte Azul Paulista - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: - Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu: - É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. 
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou: - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista. - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha. - Juro - respondeu o fiscal. - É lambreta. 

(Stanislaw Ponte Preta. Dois amigos e um chato. 8ed. São Paulo, Moderna, 1986)


Na oração: “Manjo essa coisa de contrabando pra burro.”, o autor utiliza:

Alternativas
Comentários
  • linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que nalinguagem formal não estão registradas ou tem outro significado.

    Linguagem coloquial – Wikipédia, a enciclopédia livre

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_coloquial

    Essa foi CTRL C  +  CTRL V , RSSSS.

  • Letra A.

     

     a) Linguagem coloquial, que é a linguagem cotidiana que utilizamos em situações informais, por exemplo, na conversa com os amigos, familiares, vizinhos, dentre outros. - Certa.

     b) Linguagem coloquial, a qual não engloba as preocupações com a norma culta. Porém essa linguagem não permite estrangeirismos, abreviar e criar palavras. - Errada, permite.

     c) Linguagem coloquial, aquela que faz parte do cotidiano das pessoas de todos os lugares do mundo. A ideia é que ela seja substituída pela linguagem formal. - Errada, não existe planos de substituição dessa linguagem entre gramáticos.