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Gabarito: Alternativa A
Uma análise STR [Short Tandem Repeat] é um dos métodos mais úteis em biologia molecular que é utilizado para comparar loci*** específicos no ADN a partir de duas ou mais amostras. A STR é um microssatélite, que consiste em uma unidade de dois a treze nucleótidos repetidos centenas de vezes em uma linha na cadeia de DNA. A análise STR mede o número exacto de unidades de repetição. Este método difere da análise de polimorfismo do comprimento do fragmento de restrição (RFLP), uma vez que a análise STR não corta o ADN com enzimas de restrição. Em vez disso, as sondas estão ligados a regiões desejadas no ADN, e uma reação em cadeia da polimerase (PCR) é utilizada para descobrir os comprimentos das repetições em STR.
*** Locus (plural loci), em genética, é o local específico ou a posição da sequência de ADN de um gene, em um cromossomo
Uso em Ciências Forenses
A análise STR é uma ferramenta de análise forense que avalia regiões STR específicas encontradas no DNA nuclear. O variabilidade natural (polimórfica) das regiões de STR que são analisadas por testes forenses intensifica a discriminação entre um perfil de ADN e outro. A ciência forense tira proveito da variabilidade da população em comprimentos STR, que permite aos cientistas distinguir uma amostra de DNA a partir de outro. Por exemplo, a probabilidade de que dois indivíduos (com excepção dos gémeos idênticos) terá o mesmo perfil de ADN de 13 loci pode ser tão baixa quanto 1 em 1 bilhão ou menos.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/STR_analysis
https://en.wikipedia.org/wiki/Locus_(genetics)
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b) Uma fração de DNA repetido consiste em regiões denominadas minissatélites, e são constituídas por dois a seis pares de bases repetidos sequencialmente em loci cromossômicos. ERRADA: UM minissatélite (um core repeat) apresenta de 10 a 100 pares de base.
c) A tipagem de alelos STR requer DNA íntegro, tornando praticamente inviável a tipagem de amostras biológicas antigas, degradadas ou com pouca quantidade de DNA. ERRADA: A tipagem de alelos STR não exige DNA íntegro, e a existência de degradação NÃO torna o teste inviável.
Lembrem-se que um STR possui de 2 a 8 pb e, portanto, somente uma degradação intenta poderia invalidar o teste.
Obs: Em casos de elevada degradação do DNA nuclear, ainda é possível fazer ensaios com mtDNA (mitocôndrias) amplificando as regiões controle HV1 e HV2.
Bons estudos.
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d) Os marcadores minissatélites são fundamentados na variação do número variável de repetições em tandem (VNTR), e marcadores variantes desse tipo podem ser distintos por PCR com o uso de primers para as regiões que circundam repetições individuais de minissatélites.
Acredito que o erro da letra d é que, no caso, a PCR não faz distinção nenhuma entre os diferentes alelos da mesmo minissatélite, afinal a sequência é a mesma o que muda é o número de vezes que ela se repete.
e) Os polimorfismos de comprimento de fragmento de restrição (RFLP) apresentam vantagens em relação aos polimorfismos de comprimento de sequência simples (SSLP), como o fato de apresentarem mais alelos, sendo possível, portanto, rastrear até quatro alelos (dois de cada genitor) em um heredograma.
A técnica de RFLP possui alto custo, precisa de grande quantidade de DNA (de qualidade) para que seja processada e é trabalhosa, ou seja não é necessariamente mais vantajosa que as técnicas recentes.
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Erro da letra D:
Os marcadores minissatélites são fundamentados na variação do número variável de repetições em tandem (VNTR), e marcadores variantes desse tipo podem ser distintos por PCR com o uso de primers para as regiões que circundam repetições individuais de minissatélites.
A PCR amplifica os fragmentos, mas quem distingue é a eletroforese.
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A análise de short tandem repeat (STR) ou microssatélites é a metodologia eleita por todos os países para identificação de indivíduos e tipagem de criminosos, em razão da rapidez, acuidade e alto poder de discriminação consequente à análise de múltiplas regiões STR.