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ID
1973803
Banca
COPESE - UFPI
Órgão
Prefeitura de Bom Jesus - PI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a opção INCORRETA

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA A

    Questão formulada com base em diversos artigos: o link consta abaixo de cada alternativa.
     a Freud denomina a sexualidade das crianças de perverso-polimorfa, por se afastar do modelo genital de relação sexual, procurando formas de prazer derivadas de qualquer área ou órgão do corpo. O heteroerotismo (autoerotismo) infantil é destacado justamente pelo fato de que, na infância, a sexualidade é hetero-erótica, (autoerótica) sendo o corpo da criança o único meio de obter gratificação em circunstâncias normais.GABARITO. O erro está em dizer no fenômeno perverso-polimorfo impera heteroerotismo, sendo que nele impera o autoerotismo, conforme descrito no fragmento do artigo abaixo Ao indicar o pluralismo dos componentes da sexualidade infantil, Freud se afasta da moral repressora de sua época, que só aceitava uma sexualidade baseada no instinto, o qual surgiria a partir da puberdade e teria como finalidade a reprodução. O autor denomina a sexualidade das crianças de perverso-polimorfa, por se afastar do modelo genital de relação sexual, procurando formas de prazer derivadas de qualquer área ou órgão do corpo. O auto-erotismo infantil é destacado justamente pelo fato de que na infância a sexualidade é auto-erótica, sendo o corpo da criança o único meio de obter gratificação em circunstâncias normais. Assim sendo, mesmo se as fantasias sexuais são dirigidas  a um objeto (outra pessoa), a gratificação sexual é buscada em seu corpo ou em determinadas áreas do corpo que são privilegiadas em um determinado momento do esenvolvimento.http://www.campopsicanalitico.com.br/media/1278/o-infantil-e-a-disposi%C3%A7%C3%A3o-perversa-polimorfa.pdf

     

  • bPara Freud e para os psicanalistas em geral, o corpo, além de sua dimensão
    biológica, é um corpo simbólico. Simbólico no sentido de que a imagem que cada
    um tem de si é construída na relação com os adultos que ocupam a função de
    pais. O narcisismo primário postulado por Freud (1914/1976c) é instituído
    através do investimento narcísico parental que antecipa um sujeito e um lugar
    para o bebê antes mesmo de seu nascimento. Ou seja, Freud inverte a lógica do
    narcisismo enquanto amor a si mesmo, sugerindo que é necessário um
    investimento do outro para que haja um investimento no eu.
    Neste sentido, a relação especular, o olhar materno, possibilita à criança que ela se reconheça como sujeito. Olhar aquipensado em oposição à visão, pois uma mãe reconhece em seu filho possibilidades muito maiores que sua existência presente. Por exemplo, no trabalho em unidades intensivas neonatais com bebês prematuros e suas famílias, pudemos observar como alguns pais conseguem não só olhar o bebê na incubadora, lutando contra a morte, mas ir além, atribuindo-lhe traços de identificação a familiares. “Você é teimoso como seu pai, vai lutar e sair dessa”... “Ele é nervoso como eu, vai dar trabalho”... Estes comentários, que parecem totalmente desprovidos de sentido ao serem atribuídos
    a bebês de 900 gramas, pouco responsivos, no entanto, mostram uma amarração simbólica entre o bebê e seus pais que conseguem atribuir àquele bebê sentimentos e características muito além de suas reais possibilidades.
    Se estas atribuições são pertinentes ou não, pouco importa. O importante é que aquele bebê não é olhado como uma massa de carne de baixo peso, mas reconhecido como um sujeito com um lugar insubstituível na cadeia transgeracional daquela família. 
    http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n1/v13n1a08.pdf

  • cNa primeira infância, o olhar e a voz são elementos privilegiados na organização do psiquismo infantil. O olhar, por ter esta dimensão de unificar
    o corpo do bebê, humanizando-o; a voz, por ser um referencial simbólico que dá à criança um lugar e inicia uma narrativa que mais tarde a criança vai
    resgatar e modificar. Assim, na fase oral, a boca se constitui não somente em um órgão privilegiado de satisfação, mas principalmente em um tipo de relação entre o bebê e a mãe. Ao mamar, o bebê se nutre do leite para satisfazer uma necessidade orgânica, mas principalmente para se alimentar do olhar, da voz, do amor da mãe. Por ser um momento muito precoce da vida do bebê, a forma de relação estabelecida com a mãe é uma forma de incorporação, já que o bebê se "nutre" dela. http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n1/v13n1a08.pdf

  • dNas últimas décadas, as pesquisas sobre a primeira infância ressaltaram a dimensão subjetiva do bebê, ou seja, sua procura ativa por interagir com o meio desde o nascimento. Autores como Stern e Cyrulnik indicam que o bebê possui, desde o nascimento, competências e capacidades que lhe permitem uma intensa forma de comunicação não-verbal intensa, que procura discriminar experiências a partir de um sistema de percepções e sensações vivenciadas em seu mundo relacional. Assim, se as pesquisas sobre primeira infância, por um lado, fazem cair a noção de um bebê passivo, mero objeto do discurso e do desejo parental, ressaltando sua dimensão subjetiva e sua capacidade relacionalprecoce, por outro demonstram como o psiquismo infantil se constitui a partir de trocas afetivas e interações que permitem ao bebê uma experiência de co-construção e mutualidade. 
    http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n1/v13n1a08.pdf

  • A criança é perverso-polimorfa e a sexualidade é AUTOERÓTICA (não heteroerótica).

     

    gabarito A