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ID
1974430
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

A administração recebeu influência da Filosofia, desde os tempos da antiguidade. Posto isso, correlacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa que contém a sequência correta, quanto à influência dos filósofos e cientistas.

I- Thomas Hobbes

II- Francis Bacon

III René Descartes


( ) Fundador da Filosofia Moderna e criador das coordenadas cartesianas.

( ) Defensor de um governo absoluto, em função de sua visão pessimista da humanidade.

( ) Fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo.

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes: 

    Em sua obra Leviatã (Leviatã é um bíblico monstro gigantesco que representa o Estado), Hobbes inaugurou um novo modo de pensar a política, refletindo não apenas sobre os paradigmas já existentes, mas questionando-se sobre a origem do Estado, sua função etc. Se, em Maquiavel, o problema era a conservação do poder, em Hobbes, o problema é a conservação do homem. A obra é escrita no bojo da Revolução Puritana Inglesa e sua guerra civil: o texto é uma defesa do absolutismo, justamente, quando ele vivia uma profunda decadência na Inglaterra.

    O Estado absoluto é a melhor maneira de garantir a liberdade individual. Enquanto os republicanos diziam que o homem só é livre se viver num Estado livre, Hobbes lembra que, ao abdicarmos de nossa liberdade de fazer leis ou escolher representantes periodicamente, ganhamos inúmeras outras liberdades, como a tranquilidade, a busca por enriquecimento sem incômodos, o exercício dos nossos talentos, o aprimoramento individual, a busca da felicidade, entre outros.

    Perceba, entretanto, que Hobbes legitima o Estado a partir da função que ele tem de proteger seus súditos; por isso, a maioria dos defensores do absolutismo, na época de Hobbes, não o apoiou, pois, para eles, o soberano legitimava-se pelas Escrituras ou pela Tradição.

     

    Fonte: Guia do Estudante.

     

  • Francis Bacon:

    Bacon é um dos ícones do empirismo e considerado, junto a Descartes, um dos fundadores da filosofia moderna graças a sua defesa do método experimental contra a ciência especulativa clássica. Em contrapartida ao racionalismo cartesiano, contudo, o empirismo representa uma tradição filosófica que, tomando como lema a frase aristotélica “nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”, acredita que todo conhecimento resultaria de percepções sensíveis, desenvolvendo-se a partir desses dados. O empirismo é uma forma de autonegação: deixe o objeto falar por si só, a partir disso a verdade é acessível.

    Bacon visava a uma reforma filosófica que garantisse o progresso das ciências contra a escolástica. Assim, seu pensamento crítico tinha como objetivo libertar o homem de preconceitos, fantasias e superstições que impediriam a construção do verdadeiro conhecimento. Nesse contexto, encontramos sua teoria dos ídolos. Os ídolos seriam obstáculos, distorções ou ilusões que “bloqueiam a mente humana”, conduzindo o homem ao erro.

     

    Fonte: Guia do Estudante.

  • René Descartes:

    René Descartes é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode alcançar a verdade pura através de seus sentidos: as verdades residem nas abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. Diante do forte ceticismo na época do Renascimento, muitas pessoas acreditavam que os métodos científicos eram falhos, incompletos e sujeitos ao erro, de forma que seria impossível para o homem conhecer o mundo real e fazer ciência de maneira verdadeira. A missão de Descartes era justamente legitimar a ciência, demonstrando que o homem poderia conhecer o mundo real. Para encontrar uma certeza inquestionável, Descartes duvidou de tudo. A dúvida cartesiana é justificada por três argumentos. Primeiramente, a ilusão dos sentidos, ou seja, não poderíamos confiar nos nossos sentidos, os quais são limitados e enganosos. Em segundo lugar, não sabemos distinguir o mundo externo daquilo que é produto de nossa mente (argumento dos sonhos). Em terceiro lugar, há o gênio maligno: quem diz que não há um deus ou um demônio malévolo poderoso e astuto que dedicasse todas suas energias para enganar os homens? Se Deus existe, fica provado que o mundo por ele criado também existe. Assim, note que Descartes provou que o “eu” existe e, por meio do raciocínio dedutivo, provou também, a partir das premissas anteriores, que Deus e o mundo existem. Eis a ponte entre o pensamento subjetivo e a realidade objetiva, isto é, a prova de que “o eu e o mundo” existem.

     

    Fonte: Guia do Estudante.