-
Para Humerto Eco:
Apocalípticos: Críticos de Frankfurt (pregam a decadência da sociedade em função da indústria cultural e da sociedade de massa)
- "Eco reforça sua proposição dos apocalípticos como aqueles que consolam o leitor, reforçando a decadência da cultura da qual só podem escapar aqueles que participam da 'comunidade reduzidíssima – e eleita de quem escreve e de quem lê ‘nós dois, você e eu, os únicos que compreendem, e estão salvos: os únicos que não são massa' (ECO, 2006, p. 09)".
Integrados: Funcionalistas (não esrão preocupados com a crítica das ações, mas sim com a praticidade e funcionalidade do sistema)
- "Da posição dos integrados pouco se fala, são citados a título de enumeração dos argumentos de defesa da cultura de massa, mas o autor afirma que no fundo há uma pretensa ingenuidade nociva nas análises que simplesmente entendem a cultura de massa como algo de uma bondade inata".
Fontes: http://ahoraevezreservado.blogspot.com.br/2007/12/apocalpticos-e-integrados.html e http://produtoracolaborativa.com.br/apocalipticos-e-integrados-sobre-como-transformar-o-pensamento-e-rever-o-presente/
-
Teoria da Comunicação, Luís Mauro Sá Martino, pág. 136:
De um lado, as pesquisas de comunicação norte-americanas, a mass communication research. Os estudos americanos de comunicação estavam vinculados às produções da indústria de comunicações: em linhas gerais - bastante gerais -. essas pesquisas não faziam uma crítica do processo em si, mas estudavam os processos e efeitos da comunicação. À defesa da cultura de massa estaria alinhada uma defesa do sistema social e econômico no qual era era produzida e doa qual ela era o principal elemtno de diversão - seus defensores, os integrados.
Do outro lado do Atlântico, os críticos da cultura de massa - uma referência à Escola de Frankfurt, em particular a Theodor Adorno. Para eles, a cultura de massava representava o fim da cultura e sua transformação em simples mercadoria de consumo, no colapso da última barreira contra a ação da civilização industrial. Os ensaios teóricos procuravam mostrar a destruição da cultura pela indústria cultural. Na visão de Eco, os apocalípticos.
-
Apocalipticos e Integrados, Umberto Eco, pág. 9:
Para o integrado, não existe o problema de essa cultura sair de baixo ou vir confeccionada de cima para consumidores indefesos. Mesmo porque, se os apocalípticos sobrevivem confeccionando teoria sobre a decadência, os integrados raramente teorizam e assim, mais facilmente, operam, produzem, emitem as suas mensagens cotidianamente a todos os níveis. O Apocalipse é uma obsessão do dissenter, a integração é a realidade concreta ddos que não dissentem. A imagem do Apocalipse ressalta dos textos sobre a cultura de massa; a imagem da integração emerge da leitura dos textos da cultura de massa.
-
Apocalliti e integrati: o título dessa obra de Umberto Eco bem resume a clivagem que separa detratores e partidários da cultura de massa, mesmo que o semiológo italiano simplifique o que está em jogo. Apocalípticos, os que vêem nesse novo fenômeno uma ameaça de crise para a cultura e para a democracia. Integrados, os que se rejubilam com a democratização de acesso dos "milhões" a essa cultura do lazer. Ex-trotskista, Mac Donald forja, com base na abreviação Proletkult, os novos termos Masscult e Midcult, para criticar essa cultura de massa e a vulgaridade intelectual de seus consumidores, vendo como única maneira de escapar a isso a elevação do gosto literário. Edward Shils, ao contrário, vê no advento dessa nova cultura uma garantia de progresso.