O primeiro passo na formação do biofilme é a adesão das bactérias planctônicas, ou seja, de vida livre à uma superfície e ocorre de forma aleatória, (Etapa 1 da Figura). Esta primeira adesão é reversível e é mantida por interações físico-químicas não específicas constituindo o alicerce para o crescimento do biofilme A segunda fase da adesão consiste na transição do estágio reversível para o irreversível (Etapa 2 da Figura). As bactérias passam a secretar substâncias que serão responsáveis pela manutenção da adesão e da camada que envolve o biofilme. Nesta fase há o início da formação de microcolônias e do desenvolvimento da arquitetura do biofilme maduro (Etapas 3 e 4 da Figura). Os biofilmes maduros apresentam estrutura semelhante a cogumelos, que são envoltos por diversas substâncias, principalmente açúcares e rodeados por poros e canais de água que funcionam como um sistema de troca de nutrientes, oxigênio e metabólitos que precisam ser secretados para fora do biofilme A quinta e última fase da formação do biofilme ocorre quando o ambiente não é mais favorável à sua manutenção, e consiste no descolamento do biofilme maduro (Etapa 5 da Figura) em forma de agregados celulares ou células planctônicas. Após desprendidas, as bactérias livres podem colonizar novos ambientes, reiniciando a formação de novos biofilmes.
Os biofilmes não estão presentes somente nos dentes. Qualquer bactéria pode formar biofilme, inclusive dentro de nosso organismo. Uma das espécies bacterianas que pode formar o biofilme é a Escherichia coli