ERRADO.
Partindo-se do equilíbrio inicial, uma política monetária expansionista – por exemplo, um aumento da oferta monetária – terá os seguintes efeitos:
A medida deslocará a curva LM para a direita e para baixo, reduzindo a taxa de juros interna (i) e aumentando o nível de renda interna (y), visto que a redução da taxa de juros estimula o investimento; A taxa de juros interna ficará menor do que a internacional (i* > i), gerando uma saída líquida de capitais do país para o exterior. Além disso, o crescimento do nível de renda interna estimulará as importações, acarretando uma piora no saldo comercial. Esses dois resultados provocam déficit no Balanço de Pagamentos; O aumento na demanda por moeda estrangeira (que será enviada ao exterior) provocará desvalorização (real e nominal) da moeda nacional; A fim de evitar essa elevação da taxa de câmbio, o Banco Central intervirá no mercado cambial vendendo divisas, desfazendo-se das reservas internacionais; A perda de divisas provocará um “enxugamento” da liquidez na economia, gerando efeito oposto ao da compra de títulos públicos no mercado aberto, de tal forma que ambos os efeitos se anularão, e a curva LM retornará à sua posição original (contrair-se-á a base monetária); dessa forma, restabelecer-se-á a condição de igualdade entre as taxas de juros interna e externa, cessando a fuga de capitais. Logo, a política monetária, no regime de câmbio fixo, será ineficaz para alterar o nível de renda real.
(Manual de Economia, ed. FUNAG).