Alternativa C representa a síntese dos Novos-Keynesianos que assumem que os preços nominais são rígidos no curto-prazo, justamente por contratos como o de trabalho. É uma questão que demanda atenção e que cada vez mais vem atratindo atenção das bancas. Na Anpec, é certo que haverá muitas questões a esse respeito. Segue meu resumo sobre o tema caso alguém necessite.
Novos Keynesianos
· a economia novo-keynesiana se baseia numa racionalidade maximizadora;
· existência de concorrência imperfeita;
· assimetrias do mercado de trabalho;
· falhas de mercado constituem as fontes causadoras e propagadoras dos choques econômicos, formando os ciclos;
· os preços (nominais) são rígidos, quer por conta do ajustamento de preços ter custos (os chamados “custos de menu”) e estarem relacionados ao poder de monopólio das empresas, quer por conta do salário de eficiência ou o poder de barganha dos trabalhadores distorcerem o mercado de trabalho e dificultarem o ajustamento automático do salário nominal no curto prazo;
· existência de desemprego involuntário, ao contrário do que preconiza o modelo clássico.
Tags: #concorrência imperfeita #expectativas racionais #rigidez de preços #rigidez nominal #rigidez real
Novos Clássicos
· expectativas racionais (levar em conta todas as informações possíveis para decidir);
** versão fraca: agentes não cometem erros sistemáticos. Erros do passado não influenciam expectativas do presente, dado que estas são formadas pelas informações disponíveis. ≠ expectativas adaptativa.
Cov(εt, εt-1) = 0, erros não correlacionados.
** versão forte: os agentes sempre acertam, na média, o valor efetivo da variável em questão.
E(πe) = π, inflação esperada é a própria inflação.
· mudanças sistêmicas, imprevistas, afetam Y real e L;
· agentes não possuem informações perfeitas;
· políticas monetárias e fiscais não tem efeito sobre o produto, pois são antecipadas pelos agentes;
· oferta agregada é vertical no CP;
· proposta de aumento crescente, estável e baixa da oferta de moeda;
· estabilidade de G e contenção de excessivos déficits;
· a Teoria dos Ciclos Reais é uma vertente de estudo da teoria novo-clássica. Motivos: (i) assume a necessidade de microfundamentos (ii) racionalidade das expectativas (iii) mercado regulador no CP. Principal conclusão: flutuações no produto são devidas a choques de produtividade ou na política fiscal.
SCHMIDT, Cristiane Alkmin Junqueira et al (Org.). Macroeconomia: questões comentadas das provas de 2006 a 2015. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 392 p. (Questões Anpec).