Eu interpretei que a questão nos diz que: "A área líquida da borda do furo até a borda da chapa não deve ser inferior a 1/3 da área líquida total"
Considerando que temos uma espessura constante ao longo da seção da chapa, podemos traduzir o enunciado da seguinte forma:
"A distância da borda do furo até a borda da chapa (face livre) não pode ser inferior a 1/3 da largura líquida"
Como essa distância depende da espessura da chapa e do diâmetro (distância máxima e mínima - NBR8800, tópico 6) não há como afirmar. Por isso, ERRADO.
Me corrijam se eu estiver errado...
Não existe essa relação 1/3 na NBR 8800. E uma questão complicada!
ÁREA LÍQUIDA (An) Em regiões com furos ou aberturas (tanto furos feitos para passagem de parafusos como os furos e/ou aberturas para qualquer outra finalidade) a área líquida, An, de uma barra é definida no item 5.2.4 da NBR, como sendo a soma dos produtos da espessura pela largura líquida de cada elemento (ou seja, para seções compostas por elementos, a largura líquida do elemento da seção é sua largura descontando os furos). Para o cálculo da largura líquida considera-se:
a) Em ligações parafusadas, o diâmetro dos furos deve ser considerado 2,0 mm maior que o diâmetro real destes furos. Isto se deve ao fato de que ocorrem danos mecânicos no aço ao redor do furo, durante o processo de furação. Como exemplo, caso se utilize o chamado furo-padrão para executar uma ligação parafusada, o diâmetro teórico do furo é: df=db+1,5mm (onde df é o diâmetro teórico do furo e db é o diâmetro do parafuso utilizado na ligação).
b) No caso de uma série de furos distribuídos transversalmente ao eixo da barra, em diagonal a este eixo ou em zig-zag, a largura líquida desta parte da barra dever ser calculada deduzindo-se da largura bruta a soma das larguras de todos os furos em cadeia, e somando-se para cada linha ligando dois furos a quantidade s2/(4g), sendo s e g os espaçamentos longitudinal e transversal entre estes dois furos (Figura 3.2);
c) A largura líquida crítica será determinada para a cadeia de furos que produza a menor largura líquida dentre as possíveis linhas (possibilidades) de ruptura;
d) Para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas deve ser considerado igual a soma dos gabaritos medidos a partir da aresta da cantoneira, subtraída de sua espessura;
e) Na determinação da área líquida de seção que compreenda soldas de tampão ou soldas de filete em furos, a área do metal da solda deve ser desprezada.