- ID
- 2030647
- Banca
- COPEVE-UFAL
- Órgão
- Prefeitura de Maceió - AL
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
1938 – Angico – Os caçadores de cangaceiros
Para despistar, os cangaceiros imitam ruídos e pegadas de bichos e usam falsas solas com o calcanhar no bico. Mas, quem sabe, sabe; e um bom rastreador reconhece os rumos do passo humano através dessa moribunda vegetação: pelo que vê, galhinho quebrado ou pedra fora do lugar, e pelo olfato. Os cangaceiros são loucos por perfume. Derramam no corpo litros de perfumes, e essa fraqueza os delata.
Perseguindo pegadas e aromas, os rastreadores chegam ao esconderijo do chefe Lampião; e atrás deles, a tropa. Os soldados se aproximam tanto, que escutam Lampião discutindo com sua mulher. Maria Bonita o amaldiçoa, enquanto fuma um cigarro atrás do outro, sentada numa pedra na entrada da gruta, e ele responde tristemente lá do fundo. Os soldados armam as metralhadoras e esperam a ordem de disparar.
Cai uma garoinha leve.
GALENO, Eduardo, O século do vento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1988.
Sobre a estrutura do tipo textual narrativo, o clímax da narrativa
em “Os caçadores de cangaceiros” está no enunciado: