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ID
2037478
Banca
FUNRIO
Órgão
IF-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

A impostura da neutralidade no jornalismo acaba falseando a relação do profissional com os fatos. A forma de falseamento que consiste em mascarar convicções e preconceitos sob a aparência de informação objetiva é a ocultação

Alternativas
Comentários
  • São três variantes. a da questão é a segunda:

    "A segunda variante pela qual o jornalista simula neutralidade pode ser chamada de ocultação deliberada. Mais própria de editores e repórteres de maior patente, ela consiste em mascarar convicções e preconceitos sob a aparência de informação objetiva, contrabandeando, assim, para o público, concepções pessoais como se fossem informações objetivas. "  Fonte: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiuodWZr_POAhUJhpAKHdSZBrkQFggoMAI&url=http%3A%2F%2Fprofessor.pucgoias.edu.br%2FSiteDocente%2Fadmin%2FarquivosUpload%2F5970%2Fmaterial%2F(1060%2520EticaJorn%25202016%25201)%2520(Bucci)%2520Objetividade.doc&usg=AFQjCNE5dFsR2IIIycsJRdC5t81_z02eug&sig2=30DxFs0IzK9pa-gSMBAl_w

  • O pecado ético do jornalista, em suma, é falsear a sua relação com os fatos, tomando parte na impostura da neutralidade. Esse falseamento – ainda muito comum – pode ser facilmente verificado, em três variantes básicas.

     

    A primeira variante é a ocultação involuntária, que consiste em fazer de conta que não se têm convicções ou preconceitos, ou que esses não interferem na objetividade possível. Resultam daí os relatos supostamente isentos, por trás dos quais o jornalista se esconde como se sua pessoa fosse um ente impessoal e como se a notícia não fosse também determinada pelo seu modo de olhar e de narrar.

     

    A segunda variante pela qual o jornalista simula neutralidade pode ser chamada de ocultação deliberada. Mais própria de editores e repórteres de maior patente, ela consiste em mascarar convicções e preconceitos sob a aparência de informação objetiva, contrabandeando, assim, para o público, concepções pessoais como se fossem informações objetivas. A ocultação deliberada se beneficia da crença do público de que a neutralidade é possível e, além de não esclarecer ninguém sobre os fatos (pois, propositadamente, transmite uma versão montada dos fatos como se fossem os fatos falando por si mesmos), alimenta ainda mais o mito do jornalista neutro.

     

    Por fim, a terceira variante é a ocultação determinada pela servidão voluntária. Acontece mais entre aqueles que “vestem a camisa” não da empresa, mas do chefe. De preferência, já suada. Os que vestem a camisa do chefe anulam voluntariamente sua visão crítica em nome do cargo, do salário, da ambição ou do medo, e assumem para si os valores, as convicções e os preconceitos de quem está no comando.

    Eugênio Bucci, publicado em Sobre ética e imprensa (São Paulo: Companhia das Letras, 2000, pp. 96-98).

  • Ox... essa é uma pergunta de Português, não de Jornalismo. Ficou até mais fácil...