- ID
- 2038903
- Banca
- CONSULPAM
- Órgão
- Prefeitura de Apuiarés - CE
- Ano
- 2014
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela.
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama?
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76)
O autor descreve o menino e o vigário como personagens completamente opostos:
um é “triste, magro e barrigudinho”; outro, “um gordo vigário a cavalo”. A descrição
provoca um efeito de superioridade do religioso em relação à criança, inclusive pela
altura em que se encontram, um montado num cavalo, outro, na poeira do caminho.
Uma passagem que culmina com a NEGAÇÃO dessa superioridade pode ser observada
em: