SóProvas


ID
20434
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto
abaixo.

     "O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
     "O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
     De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée"
? résdo-
chão, rodapé
?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")

(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)

O único fragmento do texto que apresenta todas as palavras empregadas em sentido denotativo é:

Alternativas
Comentários
  • Censura napoleônica que eu saiba é conotativo, não denotivo, seria o mesmo que dizer: banquete homérico - sentido conotativo de um grande banquete.

  • Concordo com o colega! Seria conotativo e não denotativo... Alguém pode esclarecer?Obrigada!
  • Creio que a banca assume que o adjetivo "napoleônico" é sinônimo incontestável de censura ou forte autoridade pelos acontecimentos da história.Mesmo assim, eu creio que o sentido da alternativa C continua CONOTATIVO. Não se pode atribuir conceito Denotativo a nomes ou personagens, por mais importantes que eles sejam.
  • A menina está com a cara toda pintada.
    Aquele cara parece suspeito. 


    Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:

    a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

    b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico 

  • acredito que seja denotativo, pois a censura era literalmente napoleônica.
    Fala-se literalmente de Napoleao. 
    Pelo contexto eu entendi que era o Napoleao que fazia essa censura, nao esta sendo utilizado o termo no contexto atual, mas sim na época em que ele governava. Só seria conotativo se o termo fosse usado em outro governo.
  • "Censura napoleônica" é denotativo, literal, uma vez que se refere a censura ocorrida na Era Napoleônica.