- ID
- 2046334
- Banca
- EXATUS
- Órgão
- PM-ES
- Ano
- 2013
- Provas
- Disciplina
- Literatura
- Assuntos
O diálogo entre duas ou mais obras de arte chamamos de
intertextualidade. Ela pode ser observada em qualquer
manifestação cultural, inclusive na literatura. Muitos poetas
“reinventaram” a “Canção do exílio”, partindo desse poema de
Gonçalves Dias criaram intertextos do poema.
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(...)
Canção do exílio
Murilo Mendes
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
(...)
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil rés a dúzia
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Outra Canção do exílio
Eduardo Alves da Costa
Minha terra tem Palmeiras
Corinthians e outros times
De copas exuberantes
Que ocultam muitos crimes.
As aves que aqui revoam
São corvos do nunca mais,
A povoar nossa noite
com duros olhos de açoite
que os anos esquecem jamais.
que os anos esquecem jamais.
Em cismar sozinho, ao relento,
sob o céu poluído, sem estrelas,
Nenhum prazer tenho eu cá...
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Murilo Mendes e Eduardo Alves da Costa estabelecem
intertextualidade em relação a Gonçalves Dias por: