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A) Errada, é "copiavam-se".
B) Errada, é "em que se vivia", próclise obrigatória.
C) Errada, é "que ajudavam", oração explicativa.
D) Certa.
E) Errada, não há vírgula depois de "realidade".
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Galera, não sei para vocês, mas achei a questão extremamente difícil. Não pela matéria, mas pela imprecisão da banca em apontar o que se deve fazer, limitando-se a dizer que existem erros, e que deve ser marcada a alternativa GRAMATICALMENTE correta.
Amigos, a gramática é enorme e se divide em morfologia, sintaxe e fonologia. Essa é a única banca que encontrei sendo tão FDP quanto a FCC era no passado.
A questão é extremamente difícil por nos fazer perder tempo procurando uma agulha em um palheiro, uma palavra em um livro. Comecei procurando erro de pontuação e passei a analizar a regência e concordância verbal em seguida, momento em que encontrei a alternativa correta.
Se alguém tiver uma técnica que facilite a solução de questões como esta, por favor deixe nos comentários. O tempo nas provas é importante, pois o aluno acaba ficando cansado com questões como esta. Abraços!!!
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O Gabriel Caroccia foi direto ao ponto. Entretanto, vejo a letra E não com o erro que ele explanou, mas em relação ao tempo verbal.
e) Essa mulher, contudo, não é associada pelo marido aos seus negócios, as suas preocupações, e nem aos seus pensamentos. É uma boneca, que, eventualmente, ele a enfeitava, mas que na realidade, não passava de primeira escrava da casa.
O fragmento do texto está no pretérito e o verbo na alternativa está no presente. Ou seja, pelo fato do verbo estar no presente, há a quebra do paralelismo sintático.
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Faço do daniel minhas palavras achei a questão extremamente complexa alguém consegueria explicar mais detalhademente a questão?
Ensinar é a melhor forma de memorizar e aprender todos ganham ;)
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Vejo como erro da Letra E, a falta de crase na passagem: "não é associada pelo marido aos seus negócios, ÀS suas preocupações,..."
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Gente, considerei a D como errada porque nao me atentei à nova regra ortográfica da palavra JOIA ,vejamos:
Segundo a Nova Ortografia, as palavras paroxítonas perderam o acento dos ditongos abertos "éi" e "ói" e a palavra "joia" se enquadra nessa situação ("joia" é uma palavra paroxítona e a sua sílaba tem o ditongo aberto "ói"). Portanto, devemos escrever joia sem acento.
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Os erros, no meu entendimento, me corrijam se eu estiver errado:
A) Na primeira época do reinado de D. Pedro II, entre 1840 e 1867, até a Guerra do Paraguai... Faltou a vírgula depois de D.Pedro II.
B)...de pinturas românticas é, segundo Freyre, um culto narcisista... Faltou a vírgula antes de segundo Freyre.
C)... hemoptises, que ajudava a desenhar a... Que ajudavam a desenhar concordar com problemas respiratórios e hemoptises.
D) Correta
E) aos seus negócios, às suas preocupações, e nem aos seus pensamentos... Quebra de paralelismo faltou a crase no às suas preocupações.
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Não consigo ver erro da C) pois o que ajudava a desenhar a figura da heroina romântica era a armadura (espartilho)
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Na letra c), o pronome relativo “que” retoma o termo “armadura”. Veja:
Tal armadura era responsável por problemas respiratórios e hemoptises...
Tal armadura que ajudava a desenhar a figura da heroÍna romântica
Na verdade, o erro da alternativa c) está em heroína, em que se acentua o i por ele formar hiato.
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Alguém sabe explicar o uso das aspas na alternativa C?
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Tirando a dúvida de alguns colegas sobre a alternativa 'c"
(INCORRETA)
C) A cintura feminina era esmagada por poderosos espartilhos. Tal armadura era responsável, segundo alguns médicos, por problemas respiratórios e hemoptises, que ajudava a desenhar a figura da heroina romântica: a pálida virgem dos sonhos do poeta”, doente do pulmão
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a) Na primeira época do reinado de D. Pedro II entre 1840 e 1867, até a Guerra do Paraguai, copiava-se, no Brasil, tanto os esplendores do Segundo Império francês quanto os maus costumes. Paris dominava o mundo. O Rio de Janeiro, contagiava-se por imitação. Proliferava, nos diferentes bairros, sociedades com títulos preciosos: Vestal, Sílfide, Ulisseia.
► Falta de uma vírgula separando adjunto adverbial de tempo: “Na primeira época do reinado de D. Pedro II, entre 1840 e 1867,”;
► Em “copiava-se”, o “SE” é partícula apassivadora, pois o verbo é transitivo direto e, portanto, há sujeito expresso na frase concordando com esse. (“tanto os esplendores do Segundo Império francês quanto os maus costumes” [SUJEITO] copiavam-se [VTD] no Brasil [ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR]. Podemos também analisar através de uma das regras de concordância verbal: Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural.
► Entre verbo e adjunto adverbial não se usa vírgula: “copiava-se no Brasil [ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR]”.
► Entre o sujeito e o verbo não se usa vírgula: “O Rio de Janeiro contagiava-se”.
b) A aparência, segundo Gilberto Freyre, tinha muito a dizer sobre homens e mulheres no sistema patriarcal em que vivia-se. O homem tentava fazer da mulher uma criatura tão diferente dele quanto possível. O culto a mulher frágil, que reflete na literatura e erotismo de músicas açucaradas, de pinturas românticas é segundo Freyre, um culto narcisista do homem patriarcal.
► Próclise: palavra atrativa [QUE = pronome relativo] atrai o pronome “SE”. O correto seria: “em que se vivia.”.
► Crase: “culto A” “A mulher”. O correto seria: “O culto à mulher”.
► Vírgula após o verbo auxiliar “é”, para separar adjunto adverbial deslocado: “é, segundo Freyre, um culto narcisista do homem patriarcal.”
c) A cintura feminina era esmagada por poderosos espartilhos. Tal armadura era responsável, segundo alguns médicos, por problemas respiratórios e hemoptises, que ajudava a desenhar a figura da heroina romântica: a pálida virgem dos sonhos do poeta”, doente do pulmão.
► Põe-se o acento agudo no i e no u tônicos que não formam ditongo com a vogal anterior → Heroína
VER CONTINUAÇÃO
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CONTINUAÇÃO
d) A acentuada diferença nos papéis matrimoniais confirma a afirmação de Gilberto Freyre de que, “quando o brasileiro volta da rua, reencontra no lar uma esposa submissa, que ele trata como criança mimada, trazendo-lhe vestidos, joias e enfeites de toda espécie”. (GABARITO)
e) Essa mulher, contudo, não é associada pelo marido aos seus negócios, as suas preocupações, e nem aos seus pensamentos. É uma boneca, que, eventualmente, ele a enfeita, mas que na realidade, não passa de primeira escrava da casa.
(Adaptado de Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil, de Mary del Priore, p.71.)
► Crase: “associada A” ⇒ ter atenção agora ao paralelismo: “os seus negócios”, “as suas preocupações” e “os seus pensamentos”. Isso quer dizer que antes dos pronomes possessivos apresentados há sempre artigo (os, as e os). Desta forma, haverá crase obrigatória antes de “suas”, pois o pronome está antecedido de artigo “as” e a palavra “associada” pede a preposição “a”. O correto seria: “às suas preocupações”.
► Vírgula: não existe a vírgula após “preocupações” → “aos seus negócios, às suas preocupações e nem aos seus pensamentos.”
► Vírgula separando adjunto adverbial: “mas que, na realidade,”.
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Daniel Lopes, eu faço questões da ESAF já faz um bom tempo, então posso te dizer uma coisa: Se você está se preparando para algum concurso da área fisca (auditor, por exemplo) é esse o tipo de questão que você irá encontrar. Sei que a prova em comento não é de auditor, mas é só um adendo. Nessas provas, a maioria das questões simplesmente pede para que seja assinalada a opção que tem erros ( ou a opção gramaticalmente correta), daí é ler com cuidado e tentar "perceber" os erros.
PS: A letra "C" tem outro erro: O certo é heroÍna ( com acento).
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Achei muito estranha a vírgula antes de um trecho entre aspas (letra D), pois não se tratava de um trecho deslocado na minha opinião... alguém saberia explicar? -> ... a afirmação de Gilberto Freyre de que, “quando o brasileiro volta da rua, reencontra no lar uma esposa submissa, que ele trata como criança mimada, trazendo-lhe vestidos, joias e enfeites de toda espécie”.
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Cintia, ACHO que a virgula funcionou como substituto para dois-ponto.
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Questão cobrou muitos valores, perdi-me todinha...
Pontuação, regências, ortografia, colocação pronominal...
Ótima questão para relembrar as regras mais cobradas em concurso.