A. Programa que permite que as práticas de saúde acolham sem julgamento as demandas de cada situação, de cada usuário, ofertando o que é possível e o que é necessário, sempre estimulando a sua participação e seu engajamento, reconhecendo cada usuário em suas singularidades, traçando com ele estratégias que estão voltadas para a defesa de sua vida, e aumentando o grau de liberdade e de corresponsabilidade daquele que está se tratando, desde que este acompanhamento seja realizado num contexto de internação voluntária do usuário. ERRADA.
B. Programa de Política Pública que visa realizar internação compulsória do usuário de álcool ou outras drogas, através de ordem judicial, a fim de proteger a vida e a integridade física e mental do dependente químico que não tem condições de enxergar que precisa de tratamento. ERRADA.
C. Estratégia que visa reduzir os danos causados pelo abuso de drogas lícitas e ilícitas, resgatando o usuário em seu papel autorregulador, sem a preconização imediata da abstinência e incentivando-o à mobilização social. CORRETA
D. Estratégia de cuidado da clínica ampliada, já utilizada como alternativa pragmática e eficaz no campo da prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, e oferecida como alternativa de tratamento ao usuário de álcool e outras drogas no atendimento ambulatorial, desde que haja comprometimento por parte do usuário com a abstinência total durante o tratamento oferecido. ERRADA.
A abstinência, internação voluntária ou involuntária não condizem com os preceitos da política pública de Redução de Danos. O objetivo da RD é que o sujeito se torne responsável pela sua vida e pelas suas escolhas, compreendendo que o uso ou não uso é uma escolha do sujeito, fazendo uso de sua autonomia, sem recorrer a julgamentos ético e morais sobre a prática. Princípios da RD: pragmatismo, tolerância e compreensão da realidade.
Vivemos numa sociedade marcada pelo PROIBICIONISMO às drogas, sendo a lógica da RD bem difícil de assimilar, às vezes. Pra nós, é ensinado desde de muito cedo que proibir, tutelar e fiscalizar certas práticas é mais eficaz que tornar o sujeito autônomo e responsável por suas escolhas.