SóProvas


ID
2077189
Banca
CESGRANRIO
Órgão
IBGE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No início de 2013, os principais países desenvolvidos defrontavam-se com baixas taxas de crescimento do PIB real e elevadas taxas de desemprego. Na ocasião, o economista Paul Krugman fez o seguinte diagnóstico da conjuntura econômica e das dificuldades para reativar as economias nesses países:

[...] os Estados Unidos, Japão e principais países da Zona do Euro estão diante da armadilha da liquidez. Como as taxas de juros já se encontram próximas de zero, os investidores terão sempre a opção de reter moeda.

KRUGMAN, P. Política monetária na armadilha da liquidez. The New York Times, New York, 11 abr. 2013. Disponível em: . Acesso em: 8 maio 2016. Adaptado.

De acordo com a teoria keynesiana, a política econômica mais apropriada para promover o aumento do PIB real e do emprego em economias que enfrentam a armadilha da liquidez é a(o)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    A Armadilha da liquidez (trecho keynesiano) é o trecho horizontal da curva LM. Nesse ponto:

    Política monetária é ineficaz
    Política fiscal é eficaz

    As alternativas A até D são políticas monetárias, a única política fiscal é a letra E

    bons estudos

  • Nesse caso, não importa o quanto se aumenta os juros, as pessoas vão preferir reter moeda (e.g. a perda de capital com títulos é maior do que os montantes dos ganhos com juros). 

    O caso da Armadilha da Liquidez => elasticidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros se torna muito grande, aproximando-se do infinito.

    Logo, a LM é prfeitamente elástica (vertical). Política monetária é ineficaz e política fiscal eficaz.

  • Letra E

    A situação de aumento dos níveis de poupança por parte dos consumidores em decorrência da queda da confiança na evolução futura da economia, com conseqüências recessivas, foi denominada por Keynes de armadilha da liquidez.

     

    O modelo econômico clássico estabeleceu a igualdade entre poupança e investimento: S=I. Assim, o investimento agregado seria igual à soma das poupanças privada, governamental e externa. Keynes, porém, observou que, em muitas circunstâncias, a decisão das pessoas e das empresas em investir suas poupanças estava associada às expectativas futuras em relação à evolução da economia. Assim, em períodos de incerteza, poderia existir a poupança sem o investimento. Sabe-se que a demanda agregada é igual à soma de consumo mais investimento mais gastos governamentais mais as exportações menos as importações DA=C+I+G+(X-M). Logo, se há redução do investimento, haverá diminuição da demanda, do produto e da renda agregada (DA=PA=RA) com conseqüente recessão.

     

    Por outra análise, pode-se decompor a renda agregada de acordo com sua destinação: parte para o consumo, parte para poupança, parte para pagar tributos e parte renda líquida enviada ao exterior RA=C+S+T+RLEE. Logo, tem-se que C=RA-S-T-RLEE. Assim, quanto maior a parcela da renda destinada à poupança, menor será o gasto em consumo, o que agrava a recessão por contração da demanda.

     

    A queda da confiança na evolução da economia, que leva os consumidores a expandir sua poupança, termina por afetar o consumo e o investimento, diminuindo a demanda e exacerbando a recessão. Assim, há um círculo vicioso em que a queda de confiança leva ao aumento da poupança e queda da demanda, com recessão. Essa leva a nova crise de confiança que gera nova contração da demanda e assim sucessivamente. Daí o engenhoso nome criado por Keynes para designar a situação: armadilha da liquidez.

     

    Para romper a armadilha e reverter a queda do consumo e dos investimentos, Keynes defendia o aumento dos gastos públicos. De fato, o aumento dos gastos públicos leva ao aumento da demanda agregada (DA=C+I+G+(X-M)) com reversão do quadro recessivo pelo efeito multiplicador da renda gerada pelos gastos públicos. O início da reversão estimula a confiança dos consumidores, que passarão a destinar parte maior de sua renda não mais para a poupança, mas sim para o consumo.

     

    https://introducaoaeconomia.files.wordpress.com/2010/03/gabarito_lista_5b__2011_.pdf

    Bons estudos !!!

  • Fala pessoal! Tudo beleza com vocês? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre armadilha de liquidez. 

    A situação de armadilha da liquidez é uma situação na qual a política monetária perde a eficácia. Isso ocorre quando a taxa de juros já se encontra em níveis tão baixos que mesmo que a oferta de moeda aumente, toda essa oferta adicional de moeda será retida pelos agentes. Ou seja, a política monetária perderá a eficácia, pois não teremos impacto na economia. 

    De fato, a armadilha de liquidez exige uma LM horizontal.

    Se a política monetária é ineficaz, somente a política fiscal será capaz de aumentar o PIB e o emprego.

    Assim, o governo deve praticar uma política fiscal expansionista reduzindo tributos ou aumentando os gastos públicos. Das duas hipóteses possíveis, apenas o aumento dos gastos públicos está nas alternativas.


    Gabarito do Professor: Letra E.