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ID
2078770
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

    

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

    Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.

    Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.

    Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.


PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

Na argumentação desenvolvida, a expressão “Claro que...”(§4) tem como fim introduzir:

Alternativas
Comentários
  •  Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.

     

    Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso.  (Fala dos problemas mentais da pessoa que pratica o crime a partir do que aconteceu).

     

    Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou...(Fala de como aconteceu).

     

    ideias diferentes dentro do texto. Cada uma defendendo a sua base.

    Foco, Força e Fé...

     

     

  • Favor, o professor do QC RESPONDER.

     

  • GABARITO: D

     

    Uma forma de encontrar a resposta correta é substituindo o termo "claro que" pela conjunção concessiva "embora", fazendo as devidas alterações a fim de manter a concordância.

    O trecho reescrito fica assim: "Embora não seja possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico..."

    Como não houve alteração no sentido, podemos concluir que a expressão "claro que", neste contexto, transmite a ideia de concessão.

     

     

  • As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. 

    Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA

    FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint42.php

  • Pessoal note o último parágrafo a autora contradiz seus os argumentos citados anteriormente. Ela diz que não é suficiente saber tudo (compartamente) do criminoso apenas pela morfologia do crime. Deduz que outros fatores devem ser avaliados (histórico familiar, idade...). Organizando o texto destrinchado em:

    1º parágrafo - Fala que na Psicologia-Psiquiatria nada é 100% exato, exato entender o comportamento humano associado ao forma com que o crimes ocorreram.

    2º parágrafo - Exemplo de crime terrível associado a uma pessoal doente, muito má.

    3º parágrafo - Exemplo de crime não tão grave associado a uma pessoal que sabia o que estava fazendo.

    4º parágrafo - Somente pelo crime não dá para 100% do comportamento da pessoa que o cometeu, mas uma boa parte.