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Na verdade, não é na prática que as políticas de estado e governo são análogas e sim na teoria.
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Nem na prática nem na teoria são a mesma coisa, Política de Governo é feita unilateralmente por um governo em determinado período, já política de estado é a tomada de consciência da classe política e da sociedade em determinado assunto, de tal modo que mesmo mudando o governo a idéia não é abandonada e nem tem seus princípios distorcidos.
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RESPOSTA: ERRADO
Políticas de governo são aquelas que o Executivo decide num processo bem mais elementar de formulação e implementação de determinadas medidas para responder às demandas colocadas na própria agenda política interna – pela dinâmica econômica ou política-parlamentar, por exemplo – ou vindos de fora, como resultado de eventos internacionais com impacto doméstico. Elas podem até envolver escolhas complexas, mas pode-se dizer que o caminho entre a apresentação do problema e a definição de uma política determinada (de governo) é bem mais curto e simples, ficando geralmente no plano administrativo, ou na competência dos próprios ministérios setoriais.
Políticas de Estado, por sua vez, são aquelas que envolvem as burocracias de mais de uma agência do Estado, justamente, e acabam passando pelo Parlamento ou por instâncias diversas de discussão, depois que sua tramitação dentro de uma esfera (ou mais de uma) da máquina do Estado envolveu estudos técnicos, simulações, análises de impacto horizontal e vertical, efeitos econômicos ou orçamentários, quando não um cálculo de custo-benefício levando em conta a trajetória completa da política que se pretende implementar. O trabalho da burocracia pode levar meses, bem como o eventual exame e discussão no Parlamento, pois políticas de Estado, que respondem efetivamente a essa designação, geralmente envolvem mudanças de outras normas ou disposições pré-existentes, com incidência em setores mais amplos da sociedade.
Fonte: http://www.institutomillenium.org.br/artigos/sobre-politicas-de-governo-e-politicas-de-estado-distincoes-necessarias/
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Acrescentando o comentário do colega Renan Lima...
Políticas públicas são políticas de Estado ou políticas de governo.
Em geral, diz-se que as políticas de Estado são aquelas que conseguem ultrapassar os períodos de um governo. Ou seja, A diferença entre aquilo que é política de Estado e o que é política de governo é a maneira como elas são institucionalizadas. Se elas são fortemente institucionalizadas em uma sociedade, não há quem as mude. Não adianta trocar o governo. Um exemplo disso é o Bolsa-família. Dificilmente, se houver um governo diferente do atual, ele vai mexer nesse programa. Hoje, existe uma concepção social de que esse tipo de assistência aos pobres é um requisito da sociedade moderna. As políticas de governo são aquelas que têm menor durabilidade, com institucionalização mais fraca.
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Conceito da ilustre Potyara:
(...) Tal entendimento redundou na conquista democrática dos direitos sociais (além dos civis e políticos, tidos como individuais), cuja concretização, a partir do século XX, passou a ser mediada por políticas públicas. Estas políticas, por serem públicas (e não propriamente estatais ou coletivas e privadas), têm dimensão e escopo que ultrapassa os limites do Estado, dos agregados grupais, das corporações e, obviamente, do indivíduo isolado. Isso porque o termo “público”, que também qualifica a política, tem um intrínseco sentido de universalidade e de totalidade orgânica. Por isso, a política pública não pode ser confundida com política estatal, ou de governo, e muito menos com a iniciativa privada – mesmo que, para a sua realização, ela requeira a participação do Estado, dos governos e da sociedade e atinja grupos particulares e indivíduos. Essa concepção contraria a ideia corrente de que a política pública, para ser duradoura e sobreviva a diferentes mandatos governamentais, deva se transformar em “política de Estado”, por oposição à “política de governo”. Isso porque o que garante a inviolabilidade de uma política é o seu caráter público (que não é monopólio do Estado), indicador de sua irrecusável legitimidade democrática e normativa, assim como de sua irredutibilidade ao poder discricionário dos governantes; ao jogo de interesses particulares e partidários; ao clientelismo; aos cálculos contábeis utilitaristas e aos azares da economia de mercado. A política pública, portanto, é uma “coisa” de todos para todos, que compromete todos (inclusive a lei, que está acima do Estado), podendo traduzir o conceito de república (do latim res: coisa; publica: de todos), o qual envolve tanto o Estado no atendimento de demandas e necessidades sociais, quanto à sociedade no controle democrático desse atendimento.
Fonte: Serviço Social : Direitos Sociais e Competências Profissionais.
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Gente o examinador falou em análogas. É impossível dizer que não possam fazer analogias entre políticas de estado e governo. Questão totalmente subjetiva, ao alvedrio do examinador. Questão típica "dê-me a resposta que dou-te a justificativa"
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Nível alto de arbitrariedade por parte do examinador.
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Melhor comentário - Isabela Costa!
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esse comentário foi ótimo!
"Nem na prática nem na teoria são a mesma coisa, Política de Governo é feita unilateralmente por um governo em determinado período, já política de estado é a tomada de consciência da classe política e da sociedade em determinado assunto, de tal modo que mesmo mudando o governo a idéia não é abandonada e nem tem seus princípios distorcidos."
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POLÍTICA DE ESTADO E POLÍTICA DE GOVERNO NÃO SE CONFUNDEM!
POLÍTICAS DE GOVERNO:
Executivo decide num PROCESSO SIMPLES de formulação e implementação de determinadas medidas para responder às demandas colocadas na própria agenda política interna
POLÍTICAS DE ESTADO:
ENVOLVEM AS BUROCRACIAS de mais de uma agência do Estado
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Errado.
Nem na prática nem na teoria, política de Estado e política de Governo são a mesma coisa.
Política de Governo é feita unilateralmente por um Governo em determinado período; política de Estado, por sua vez, é a tomada de consciência da classe política e da sociedade em determinado assunto, de tal modo que mesmo mudando o Governo a ideia não seja abandonada e nem tenha seus princípios distorcidos. Avançando, muitas vezes, os governantes preferem seguir caminhos populistas, mais imediatistas, do que adotarem uma visão de longo prazo, mas não tão popular. Basta ver a sanha dos administradores em inaugurar obras que dão visibilidade à sua gestão. Em contrapartida, pouco se investe em saneamento básico, na infraestrutura de qualidade, acabando com problemas de base, os quais continuam gerando doenças já extintas há décadas em outros países.
Questão comentada pelo Prof. Aragonê Fernandes