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ID
2094649
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Tiros encostados permitem identificar sinais específicos na pele da vítima. O desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira do cano de uma arma de fogo refere-se ao sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Bonnet no tiro encostado sobre osso achatado (crâneo por exemplo) causa o que se fala um formato de cone, o buraco da entrada no osso menor e o buraco de saída no mesmo osso maior, já o Sinal de Benassi sempre estará presente, pois o tiro sendo encostado restará o esfumaçamento da polvorá dentre outros residuos do cone de disperção, não deixando de esclarecer que esse tiro encostado na cabeça formará o Sinal de Hoffman, onde se fala "boca de mina".

    Já o sinal de  Werkgaertner que é o gabarito, trata-se de um tiro encostado em local onde não há osso, deixando o verdadeiro decalque do cano da arma devido a sua alta temperatura ocasionado pelo disparo, sinal patognomônico.

    Espero ter ajudado!

  • O nome do mesmo cara as vezes é usado em vários sinais. Temos que decorar todos.

    BONNET Sinal do decalque de. Disparo sobre roupa de trama frouxa, onde a fuligem transpassa a roupa seletivamente, reproduzindo a trama do tecido

    BONNET Regra de. Evolução da rigidez cadavérica. Inicia-se logo após a morte e atinge o máximo na décima quinta hora e desaparece lentamente com os fenômenos destrutivos

    BONNET Sinal de. Sinal do funil. Determina o sentido do projetil de arma de fogo no osso, em especial no crânio. A tábua óssea primeiro rompida apresenta diâmetro menor que a segunda.

    BONNET Sinal de. Rotura dos ligamentos cricóide e tireoideo em enforcados

    BONNET Sinal de. Marcas da trama do laço em enforcados

    BONNET Halo visceral de. Halo hemorrágico visceral circunjacente à entrada de projetis de arma de fogo, no coração e pulmões

    BONNET Sinal de. Rotura das cordas vocais em enforcados

    CHAVIGNY Prova de. Diagnóstico de morte por hemorragia que consiste na submersão de um pedaço do fígado. Se positivo, ao se cortar o pedaço em fragmentos, a água se tingirá de um róseo brando.

    CHAVIGNY Orla detersiva de. O mesmo que Anel de Fish.

    CHAVIGNY Regra de. Quando um projétil produz uma fratura estrelada no crânio, um segundo disparo terá seus raios de fratura interrompidos nos pontos em que se encontram as linhas de fratura do primeiro disparo.

    CHAVIGNY Sinal de. Quando duas feridas se cruzam, a segunda lesão produzida sobre a primeira não segue um trajeto em linha reto.

    CHAVIGNY Zona de tatuagem de. Resultante da pólvora incombusta incrustada na pele que não se removem com o lavado.

    Fonte: Malthus

  • ... Para saber se o cano foi encostado analisa-se o sinal de Puppe-Werkgaertner, o qual surge pela pancada que a pele dá na boca da arma, fica um carimbo da boca do cano da arma na pele onde o projétil entrou.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br).

  • Gabarito Letra C.

    Letra A: Sinal de Thoinot é a zona violácea ao nível das bordas do sulco, é encontrado nas mortes por enforcamento, e não por lesões produzidas por arma de fogo.

    Letra B: Sinal de Bonnet: tiro enconstado em superfície osséa.

    Letra C: Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado
    pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Letra D: sinal de Benassi que é a marca preta, esfumaçada depositada dentro do ferimento do disparo encostado composta por fumaça, o fogo e a fuligem resultante da pressão da arma contra a pele.

    Letra E: Sinal de Chavigny: quando duas lesões pérfuro-cortantes se cruzam, pode-se determinar qual lesão foi feita primeiro aproximando-se os bordos da ferida. Não tem haver com lesões produzidas por arma de fogo.

  • A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância.

    O diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold. Na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de “saca-bocado”. Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior do que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido, dando à perfuração a forma de um funil ou de um tronco de cone. O ferimento de saída é exatamente o contrário, como um amplo bisel externo, repetindo a forma de tronco de cone, mas, desta vez, com a base voltada para fora.

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli).

  • PERFEITO Bruna Larissa

     

  • Dá aquele frescor no coração quando a gente lembra de um cara desses da Medicina Legal. Isso é Legal! ( vai desculpando o trocadilho nada medicinal..opa aconteceu de novo...)

  • Gente, epônimo em medicina legal é muito importante. Segue uma aula legal sobre epônimos, auxilia bastante:

     

    https://www.youtube.com/watch?v=cQgHKJ_e7e4&index=26&list=PLeDiboKY7F7wmWKzWGnqAPW9rIRXK9hJl

  • GABARITO LETRA C.

     

     a) Thoinot. ERRADA!  Zona violácea ao nível das bordas do sulco.

     

     b) Bonnet. ERRADA!  Na superficie óssea do crânio: quando o projetil está saindo da segunda lâmina do osso. 

     

     c) Puppe-Werkgaertner Werkgaertner. CORRETA! É o desenho da boca da arma sobre a pele em tiros encostados. A percussão (fato da arma bater na pele) faz uma lesão equimótica. Este sinal caracteriza tiros encostados. 

     

     d) Benassi-Cueli Benassi. ERRADA! Tiros enconstados sobre a superficie óssea (crânio)

     

     e) Chavigny. ERRADA! Tem duas lesões incisas, uma cortando a outra, esse sinal dá ao perito sobre qual dos ferimentos foi realizado primeiro. 

  • #Tiros encostados:

    Câmara de mina de Hoffmann:

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados. Estes ferimentos, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e
    refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas, com aspecto de cratera de mina.

     

    Sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli:

    Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-seborrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado.

     

    Sinal de Werkgaertner

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

     

    OBS.: A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância.

     

    # Sinais epônimos na asfixiologia (Pessoal, epônimos são termos, tipo conceitos)

    O sinal de Bonnet pode aparecer em várias mortes, na asfixia surge em decorrência da fratura da laringe, e também, quando o laço faz um decalque no sulco que apertou o pescoço. Ocorre no estrangulamento ou no enforcamento.

    Sinal de Ambroise Paré é a pele enrugada e escorrida no fundo dos sulcos.

    Sinal de Thoinot é uma zona violácea ao nível das bordas do sulco.

  • Basta lembrar:

    Tiro enconstado: Zona de Hoffman e Sinal de Wenkgaertner, Esse último contendo características: 

    forma arredondada ou ovalar;

    não há efeitos secundários;

    eversão das bordas;

    Bordas para dentro. 

     

  • A) INCORRETA- Thoinot- ocorre nos casos de asfixia por constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo (enforcamento). No enforcamento, há sinais gerais existentes no sulco, sendo um deles o Sinal de Thoinot (zona violácea ao nível das bordas do sulco).

    B) INCORRETA- Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    C) CORRETA-  Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenha da boca e da massa da mira do cano.

    D) INCORRETA- Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    E) INCORRETA-Chavigny- nas feridas pérfurocortantes, quando duas feridas se cruzam, a segunda lesão produzida em cima da primeira apresentará bordas desalinhadas, enquanto a primeira apresentará bordas alinhadas.
    Uma dica: é uma ferida que lembra muito as ranhuras de uma chave. O nome "CHAVigny" nos lembra a palavra "chave".

    GABARITO PROFESSOR: LETRA C
  • LETRA C – CORRETA -  Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner (Figura 4.29), representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.” (Grifamos)

     

    O professor Roberto Blanco do CERS aduz que o sinal de puppe-werkgartner, que é o tiro com a boca de fogo da arma encostada na pele, sem osso por baixo. Deixa o decalque da boca de fogo na pele, não faz a boca de mina de Hoffman pq não tem osso.

     

  • Sobre o Sinal de Benassi, eis o escólio de Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli – Figura 4.28). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-seborrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado.” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1533#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br

     

  • Sobre o sinal de Chavigny, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 287):

     

     

     

    Quando as feridas se cruzam, a sequência dos ferimentos é dada pelas características

    discutidas sobre o assunto quando do estudo das feridas cortantes (sinal de Chavigny).” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

    http://mortoquefala.blogspot.com/2014/07/sinal-de-chavigny-quando-duas-lesoes.html

  •  

    Sinal de bonnet  ou Sinal do tronco de cone de Bonnet : Indica a passagem de um projetil de arma de fogo através de um osso achatado: crânio, costelas, esterno, ilíaco, etc.  Só fala a direção do tiro, ou seja, onde ele entrou, e onde ele saiu. O tronco de cone indica por onde o projetil saiu, a parte mais longa é onde o tiro saiu.

     

    FONTE: ROBERTO BLANCO, PROFESSOR DO CERS.

  • Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 394):

     

    Sinais encontrados nos sulcos de enforcados:

     

    sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco

    sinal de Thoinot: zona violácea ao nível das bordas do sulco

    sinal de Azevedo-Neves: livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco

    sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco

    sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada no fundo do sulco

    sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco

    sinal de Bonnet: marcas de trama do laço

    sinal de Schulz: borda superior do sulco saliente e violácea.

  • Basta lembrar:

    Tiro enconstado: Zona de Hoffman e Sinal de Wenkgaertner

  • A: Sinal de Thoinot (leia "tô em nó ", logo é enforcamento sinal roxo no pescoço)

    B: Sinal de Bonnet: tiro encostado no osso. Lembre de bone =osso em inglês.

    C: sinal de Werkgaertner ( "tatuagem quente do formato do cano e da mira na vítima")

    D: sinal de Benassi marca preta incrustada de tiro encostado no osso e na pele grudada no osso.

    E: Sinal de Chavigny. Imagina 2 cortes formando x. O segundo deve ser irregular porque a pele já se separou no corte do primeiro. Este deve ser regular.

  • lendo esses nomes fiquei até com vontade de tomar um cabernet sauvignon...