SóProvas



Questões de Balística


ID
232753
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A respeito das lesões produzidas por projétil de arma de fogo, considere as proposições abaixo e, em seguida, indique a alternativa que contenha o julgamento devido sobre elas:

I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.

II - A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.

III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

Alternativas
Comentários
  • Apenas a título de conhecimento, achei que seria interessante conceituar os dois institutos abordados na questão, quais sejam: Aréola Equimótica e Orla de Contusão ou Escoriação.
     

    Aréola Equimótica é “decorrente da ruptura de pequenos capilares superficiais e conseqüente extravasamento de sangue para os tecidos ao redor dos orifícios de entrada e saída do projétil. Apresenta-se difusa e de coloração violácea”


    Orla de Contusão ou Escoriação “é a escoriação tegumentar ao redor do orifício de entrada produzida pelo impacto rotatório e atrito do projétil).


    (in: Viviane Monnerat e Deyse C. Santoro; Conhecendo as lesões por Projétil de Arma de Fogo; Fonte: www.bombeirosemergencia.com.br).

  • Ao tempo da saída, o projétil apresenta características diversas das da entrada: menor energia cinética, perda das impurezas no percurso e aquisição de material orgânico, maior capacidade dilacerante do que perfurante e eventual mudança de direção. Conseqüentemente, é de se esperar que o orifício de saída seja diverso do de entrada em suas particularidades. Entretanto, nem sempre as coisas são simples e esquemáticas. Se aparecer, na saída, uma orla de contusão e ocorrer proximidade de entrada, já não será tão fácil a diferenciação entra ambos ( entrada e saída). Também, se o projétil antes de penetrar no organismo tiver sofrido ricochete, características da saída poderão estar presentes na entrada. A diferenciação, entretanto, tem grande importância, pois pode fornecer subsídios para o estudo da direção do disparo, de alta valia no estudo da natureza jurídica do evento letal. Numa perícia não é aceitável simples anotação: orifício de entrada ou orifício de saída.
    É imprescindível que o examinador proceda a minuciosa descrição das características de ambos orifícios (se existirem). Dessa forma uma reanálise será viável, mesmo após a inumação do cadáver.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=4&ved=0CCgQFjAD&url=http%3A%2F%2Fdelicti.blogspot.com%2F2011%2F03%2Flesoes-produzidas-por-projeteis-de-arma.html&ei=KGD2TZeNMYj50gHLxNnvDA&usg=AFQjCNGNQ3V7VeCWzCQGyS679CvuqW_c3Q
  • I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada não afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.

    II - A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.

    III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.
  • I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância.INCORRETA

    Está errada pq independentemente do tiro ser a curta distância ou não, o furo de entrada, nas armas de fogo, apresentará aréola equimótica .

    Aréola equimótica: ruptura de pequenos vasos localizados na vizinhança do ferimento.

    II- A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância.  CORRETA

    A orla de escoriação tb está presente em todos os ferimentos de entrada.

    III -O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora. INORRETA
     
    Não há halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem pelo corpo.
    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma: Irregular Bordas reviradas para fora, Maior sangramento
    Não apresenta:
    Orla de escoriação Halo de enxugo Elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora
    As feridas são irregulares, em forma de fenda ou de desgarro
    O diâmetro é maior que o do orifício de entrada, pois: O projétil que sai não é o mesmo que entrou
    O projétil:
    Deforma-se pela resistência encontrada nos diversos planos Nunca conserva seu eixo longitudinal
    As bordas são:
    Reviradas para fora, em virtude de a ação do projétil se processar em sentido contrário ao de entrada São mais sangrantes pelo maior diâmetro, pela irregularidade de sua forma e pela eversão das bordas
    Não há halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem pelo corpo

    Não apresentam orla de escoriação em decorrência de sua ação no complexo dermo epidérmico, atuando de dentro para fora
     
       
  • de acordo com o livro do França 9a edição...orla de escoriação = orififico de entrada de tiro a qualquer distancia...
    porém logo a diante, ele cita que pode existir orla de escoriação em ferimento de saída.
    Se esse concurso foir baseado no França, essa questão poderia ser anulada.
  • Medicina Legal é complicada. Cada autor fala um coisa diferente. Ja vi autores que falam que pode existir Horla de Enxugo nas  lesões de saída do projétil, pois o mesmo pode levar tecidos, até mesmo fragmentos de osso.

  • infelizemente tem que analisar a Banca e a bibliografia; FRANÇA, P. 111 ( 2011) DIZ QUE " não tem  halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam  retidas através de sua passagem pelo corpo". 

  • Grave isso:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado, além da orla de escoriação, enxugo ou equimose. Já os tiros à queima roupa, acrescenta-se a orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    I- INCORRETA- veja que nas lesões de entrada a regra é apresentar aréola equimótica

    II- CORRETA 

    III- INCORRETA- não apresenta halo de enxugo.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • ITEM – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

    I - A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância. 

     

    ITEM I – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

     

    “Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Diz-se que um tiro é a curta distância quando, desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos (entortilhados e quebradiços), manifestações de queimadura sobre a pele (apergaminhada e escura ou amarelada) e zona de compressão de gases (no vivo), considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa.” (Grifamos)

  • III - O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

     

     

    ITEM III – ERRADA- Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 297):

     

    Ferimento de saída

     

    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e não apresenta orla de escoriação nem halo de enxugo e nem a presença dos elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora (Figura 4.35).” (Grifamos)

  • Bom, alguns amigos aqui passaram a posição de Genival de França, entendo pela possibilidade de existir orla de escoriação nas lesões de saída. Assim também pensa Hygino C. Hércules. Vejamos sua posição: "Por vezes a orla de enxugo só é observada nas roupas da vítimas. É orla exclusiva dos orifícios de entrada. O mesmo, no entanto, não se pode dizer em relação à escoriação, que pode estar presente no orifício de saída quando a pele for espremida pelo projétil contra algum anteparo(...)" (Medicina Legal- Texto e Atlas, 2008, pág. 235)

    Então, não sei qual a biografia que a banca utilizou, se é que seguiu alguma doutrina. Se bobear foi posição pessoal de algum componente da banca. Enfim... aí é a peculiaridade de cada edital. Agora, a explicação do professor foi bem rasa, não citou a polêmica doutrinária....

  • Pra mim a 2 também está errada, pois até onde sei, não há orla de contusão em tiros encostados.

  • Tiros encostados

    • Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo.
    • sem zonas e orlas;
    • bordas evertidas;
    • Diâmetro das lesões de entrada pode ser maior que o do PAF

    Câmara de mina de Hofmann

    • É o ferimento geralmente em forma de estrela/cratera causado não pelo projétil, mas pela expansão dos gases originados pelo disparo encostado em região com barreira óssea (os gases batem no osso e voltam rompendo a pele),
    • Pólvora na pele
    • Em plano ósseo subjacente
    • ex.: tiro na cabeça.

    sinal do funil de Bonnet

    • Cone truncado
    • Em plano ósseo subjacente
    • O projetil de arma de fogo produz um orifício regular e MENOR na primeira tábua óssea e outro MAIOR na segunda tábua óssea.

    Sinal de Benassi

    • Esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.
    • pólvora no osso
    • Em plano ósseo subjacente
    • Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.
    • Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora combusta deixados sobre a pele. Um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício.
    • Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas.

    sinal de Puppe-Wekgartner

    • desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    • Não tem plano ósseo subjacente

    sinal do schusskanol

    • Representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.
    • Q576235. Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que: é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora

    Fonte: livro do Genival ed. 11

  • I ) - errada ; A apresentação de aréola equimótica no ferimento de entrada afasta a possibilidade de ter sido o tiro deflagrado a curta distância. 

    ARÉOLA EQUIMÓTICA: presente tiros

    a) À CURTA DISTÂNCIA

    b) À DISTÂNCIA

    " Ferimentos de entrada em tiro de CURTA distância

    1. Halo de enxugo ou orla de Chavigny 
    2. Zona de tatuagem 
    3. Zona de esfumaçamento ou tisnado 
    4. Aréola equimótica 
    5. Orla de escoriação ou contusão "

    "Tiro À DISTÂNCIA:

     

    1. Apenas o projétil atinge a vítima; 
    2. Forma arredondada ou ovalada; 
    3. Bordas invertidas; 
    4. Diâmetro menor que o do projétil; 
    5. Apresentam orlas de enxugo;
    6. Orla de escoriação/contusão;
    7. Aréola equimótica;

    Aréola equimótica : Zona de sangramento ao redor do orifício, em decorrência da ruptura de pequenos vasos sanguíneos."

    ________

    II ) - correta ; A orla de escoriação ou de contusão é um dos sinais comprovadores de ferimento de entrada nos tiros dados a qualquer distância

    ORLA DE ESCORIACAO ou CONTUSAO: presente tiros

    a) À CURTA DISTÂNCIA

    b) À DISTÂNCIA

    e serve para comprovar ferimento de entrada dos tiros;

    " Ferimentos de entrada em tiro de CURTA distância

    1. Halo de enxugo ou orla de Chavigny 
    2. Zona de tatuagem 
    3. Zona de esfumaçamento ou tisnado 
    4. Aréola equimótica 
    5. Orla de escoriação ou contusão "

    "Tiro À DISTÂNCIA:

     

    1. Apenas o projétil atinge a vítima; 
    2. Forma arredondada ou ovalada; 
    3. Bordas invertidas; 
    4. Diâmetro menor que o do projétil; 
    5. Apresentam orlas de enxugo
    6. Orla de escoriação/contusão e
    7. Aréola equimótica;

    Orla de escoriação ou contusão : Zona com o arrancamento da epiderme pelo movimento de rotação do projétil "

    ________

    III - errada ; O ferimento de saída terá forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e halo de enxugo, não apresentando orla de escoriação e nem elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    "Características dos ferimentos de saída

    - Forma irregular; 

    - Bordas reviradas para fora: evertidas/evaginadas; 

    -Diâmetro maior que o do orifício de entrada; 

    - Maior sangramento; 

    - Não tem halo de enxugo nem orla de escoriação; (enxugo e escoriação = sinais indiscutíveis de entrada). 

    - Não apresentam os efeitos secundários (Residuograma)..."


ID
346456
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A doutrina criminalística estabelece que balística forense

Alternativas
Comentários
  • "Uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência."

    Domingos Tochetto

     

    Gabarito: A

     

  • A Balística Forense é uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência.

    O setor de Balística Forense é responsável pela realização dos exames periciais abaixo relacionados:

    Exame de eficiência: Este exame tem por finalidade verificar se a arma de fogo é eficiente para a realização de disparos. Os procedimentos periciais iniciam pela identificação da arma, descrição de suas característica, avaliação de sua estrutura, testes de eficiência e avaliação dos resultados.

    Exame metalográfico: Este exame destina-se a recuperação das numerações de série destruídas. A metodologia utilizada consiste em polir a área a ser investigada e em seguida aplicar os reagentes químicos apropriados para a revelação da numeração.

    Exame de comparação: O exame de comparação balística visa estabelecer a conexão entre a arma de fogo e o projétil, entre a arma e o estojo, entre projéteis e entre estojos. O procedimento pericial adotado segue rotina padronizada no Brasil e no Exterior, com o emprego de um moderno microscópio comparador auxiliado por processo de captura de imagens permitindo a análise em vídeo de alta resolução.

    Exame de segurança: Este exame é utilizado quando se busca identificar se os mecanismos de segurança da arma de fogo questionada está eficiente, assim, esclarecendo as dúvidas quando a possibilidade de disparos acidentais.


ID
346459
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação aos cartuchos para armas de fogo raiadas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  

    CANO DE ALMA RAIADA

     

    Sulcos paralelos e helicoidais imprimem no projétil um movimento giratório em torno do seu eixo, estabilizando a sua trajetória.

     

    RAIAMENTO possui um passo (é a distância necessária para que o projétil realize uma volta completa em torno de seu eixo). A ORIENTAÇÃO do raiamento pode ser: DESTROGIRA (sentido de giro horário ou para a direita) ou SINISTROGIRA (sentido de giro anti-horário ou para a esquerda).

     

    QUANTIDADE: Número de sulcos helicoidais existentes. O fabricante  decide  sobre  a  melhor concepção  do  raiamento  nos  canos  de  suas  armas,  seguindo características  e  dimensões  próprias,  em  especial  quanto  ao número,  orientação,  largura,  profundidade  e  ângulo  de inclinação; objetivando o melhor desempenho balístico.

     

    CARTUCHOS DAS ARMAS RAIADAS possuem os seguintes componentes: estojo, espoleta, carga de projeção e o projétil ou projetil.

     

  • Na minha opinião a correta é a Letra D... Alguém pode me explicar porque não é?

    A pólvora negra é composta de ingredientes granulares: Enxofre (S), Carvão vegetal (provê o carbono) e Nitrato de potássio (salitre - KNO3, que provê o oxigênio).A proporção ótima para a pólvora é: salitre 74,64%, enxofre 11,64% e carvão vegetal 13,51%.

    A pólvora sem fumaça, consiste, quase que exclusivamente, de pura nitrocelulose (pólvoras de base simples), frequentemente combinada com até 50% de nitroglicerina(pólvoras de base dupla), e algumas vezes com nitroguanidina (pólvoras de base tripla), embebida em pequenas pelotas esféricas, lâminas ou cilindros extrudados, usando éter como solvente. Pólvora "sem fumaça" queima somente na superfície dos grãos. Grãos maiores queimam mais vagarosamente, e a taxa de queima é controlada por uma camada superficial de detenção de chama. A intenção é regular a taxa de queima, de modo que uma pressão relativamente constante seja exercida para propelir o projétil ao longo de todo o seu percurso dentro do cano da arma, para se obter a maior velocidade possível.

  • A alternativa D, afirma que a pólvora de base química apresenta apenas um único tipo de componente, que nesse caso é a nitrocelulose. No entanto, ela também pode ser constituída de nitroglicerina.

  • Concurseira Mãe, a pólvora branca, ou piroxilada, pode ser de base dupla, que contém nitroglicerina. Por esse motivo, a afirmação de que contém "apenas um único tipo de componente" torna a alternativa INCORRETA.

  • (A) CORRETA! Descrição perfeita sobre o estojo.

              (B) Incorreta, pois a espoleta não contém a pólvora (propelente), mas sim a mistura explosiva iniciadora que promoverá a combustão da pólvora.

              (C) Incorreta, pois as características da pólvora estão completamente erradas.

              (D) Incorreta, pois a pólvora química (sem fumaça) pode ser de base simples, dupla ou tripla, apresentando outros componentes além da nitrocelulose.

              (E) Incorreta. Alternativa repetiu a letra C.

    Gabarito: A

  • GAB: A

    A) o estojo é o componente externo de maior dimensão, possui forma bastante variada, apresenta o culote saliente, semi-saliente e sem saliência (rim, semirrim e rimless) e geralmente é confeccionado em latão 70:30.

    • Um estojo, em termos de munição, é um recipiente tubular que serve para conter uma espoleta, uma carga propelente e um ou mais projéteis. É o invólucro e suporte dos demais elementos de munição
    • Os estojos geralmente são feitos de latão.

    B) a espoleta ou cápsula de espoletamento é um pequeno recipiente metálico que contém a pólvora ou a carga de projeção, localizada no centro do culote do estojo.

    • Errado.
    • Questão. A percussão é o choque de dois corpos; no cão o percurssor atinge a espoleta para transmitir fogo à pólvora. (CERTO).
    • Ou seja, a pólvora não é um componente da espoleta, a espoleta contém mistura iniciadora. A grande maioria das munições apresenta, como mistura iniciadora, o estifnato de chumbo, nitrato de bário e sulfeto de antimônio..
    • O propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina.

    C) a pólvora, ou carga de projeção, é um combustível líquido, agranular, apresentando sempre os mesmos tipos de formatos de grãos, produzindo grandes quantidades de gases e elevação da temperatura e necessita de oxigênio externo.

    • Errado. não é um combustível líquido. Ademais, os grãos não são sempre do mesmo tipo de formato.

    D) a pólvora antiga, ou pólvora negra ou preta, é composta por 75% de salitre, 13% de carvão vegetal e 12% de enxofre; e a pólvora de base química ou sem fumaça apresenta apenas um único tipo de componente, que é a nitrocelulose.

    • Errado. O propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina.

    E) a pólvora, ou carga de projeção, é um combustível sólido, agranular, apresentando sempre os mesmos tipos de formatos de grãos, produzindo grandes quantidades de gases e elevação da temperatura e necessita de oxigênio externo.

    • Errado. Não é necessário que os grãos apresentem sempre o mesmo tamanho e formato.

ID
346462
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação às pistolas semiautomáticas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • TIRO UNITÁRIO (Carregamento Manual)

    SIMPLES: Comporta carga para um único tiro.

    MULTIPLO: Comporta-se  como  se fossem  duas  ou  mais armas  de  tiro  unitário simples,  montadas  numa só coronha.


    REPETIÇÃO

    NÃO AUTOMÁTICA : Funcionam  pelo  princípio  da  força  muscular  do atirador,  que  através  de  suas  ações  desencadeará cada fase do funcionamento.

    SEMI-AUTOMÁTICA: Funcionam  pelo  princípio  de  aproveitamento dos  gases  resultantes  da  queima  da  carga  de projeção,  o  qual  realiza  quase  todas  as  fases  do funcionamento,  exceto  a  liberação  da  massa percutente.

    AUTOMÁTICA: Funcionam  pelo  princípio  de aproveitamento  dos  gases  resultantes  da queima  da  carga  de  projeção,  que  realiza quase todas as fases do funcionamento.


    Fonte: Manual da PMSC

  • Desde quando uma pistola semiautomática pode ser utilizada de forma automática? Pra ela fazer isso, é preciso que haja modificações internas e a questão é bem clara no enunciado dizendo ''pistola semiautomática''. A letra A está correta com exceção dessa parte. Eu não posso pegar uma Sig Sauer P226 e fazer ela disparar em automático. Ela tem ação simples e ação dupla, mas nunca vai disparar no automático a menos que haja modificações e assim ela deixará de ser semiautomática. Péssima questão.

  • A - As armas semiautomáticas trabalham aproveitando os gases resultantes da queima dos propelentes, o qual realiza o ciclo (todas as fases) do funcionamento. Com isso, a Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo; sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes. Já na Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito. (CORRETA)

    B - Ferrolho é a designação da parte de uma arma de repetição que carrega a câmara com um novo cartucho e bloqueia a abertura traseira (culatra) permitindo que o propelente queime e o disparo seja efetuado. Em geral o ferrolho se move para frente e para trás de forma repetitiva usando um sistema manual ou automatizado descarregando o cartucho deflagrado e carregando um novo na câmara. O extrator e o pino de disparo costumam ser parte integrante do ferrolho. (ERRADA)

    C- são armas de fogo curtas, de porte, com o mecanismo de disparo agindo somente por movimento simples. (ERRADA)

    D - Armação é a parte de uma arma de fogo que integra outros componentes, fornecendo alojamento para componentes de ação interna, como "cão", ferrolho ou bloco da culatra, percutor e extrator, e pode ter interfaces roscadas para anexar externamente componentes como o cano, coronha, mecanismo de gatilho e mira ótica/de ferro. (ERRADA)

    E - Pistola é uma- arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única câmara faz parte do corpo do cano e cujo carregador, quando em posição fixa, mantém os cartuchos em fila e os apresenta sequencialmente para o carregamento inicial e após cada disparo; há pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo carregamento é feito manualmente, tiro-a-tiro, pelo atirador. (Art. 3º, inciso LXVII do Decreto 3.665/00 – R 105) - Pode ser de ação simples, ação dupla ou dupla ação (ERRADA).


ID
346477
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SECTEC-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o perito criminal obrigatoriamente deverá

Alternativas
Comentários
  • o cara se matou, deve ter pólvora nas mãos.. hehe

  • pode ser que seja homicídio, se não houver pólvora nas mãos.

  • que viagem...

  • A alternativa A é o gabarito da questão. No caso de alegado cometimento de suicídio, é obrigatória a realização de pesquisa de resíduos produzidos por tiro nas mãos da vítima. Em determinados casos, tal pesquisa deverá ser também realizada nas mãos de eventuais pessoas que estavam no local no exato momento da ocorrência do fato. Ainda, neste tipo de caso, deverá o perito proceder pormenorizada varredura nos ambientes do local, visando localizar eventuais cartas ou bilhetes, documentos esses que, se encontrados, deverão ser coletados, assim como, ainda no próprio local do evento, peças padrões produzidas em vida pela vítima, com todo o material devendo ser encaminhado para a Seção de Documentoscopia, para os devidos exames laboratoriais. Nos casos em que sejam encontrados no local de crime armas de fogo, projéteis ou estojos, estes devem ser fotografados e plotados em desenho esquemático, de modo a estabelecer detalhadamente suas posições em relação ao corpo da vítima.

    Prof.: Alexandre Herculano

  • Em local de alegado cometimento de suicídio, perpetrado mediante projétil disparado por arma de fogo, o perito criminal obrigatoriamente deverá

    A proceder à pesquisa de resíduos de tiro nas mãos da vítima e pormenorizada varredura, visando localizar eventuais cartas ou bilhetes.

    • CERTO

    B confeccionar auto de exibição e apreensão de todos os objetos encontrados.

    • delegado

    C elaborar recognição visuográfica do evento.

    • delegado

    D proceder à gravação em vídeo de todas as entrevistas realizadas.

    • delegado

    E reduzir a termo todos os depoimentos obtidos.

    • delegado

ID
366676
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ao ler um laudo cadavérico, um delegado encontra a seguinte descrição: ferida na região occipital, com sinais de Benassi e de Werkgaertner. Esta ferida caracteriza:

Alternativas
Comentários
  • REGIÃO OCCIPITAL: Que pertence ao occipício. Occipício é a parte posterior e inferior da cabeça, formada pelo osso occipital.
    SINAL DE BENASSI: caracteriza-se pela impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros disparados à curta distância ou encostados.
    SINAL DE PUPPE WERKGAERTNER: caracteriza-se pela marca do cano da arma tatuada ao redor do orfício nos tiros encostados.
  • Questão um pouco confusa.

    O sinal de Puppe-Werkgaertner caracteriza-se pela não apresentação de osso por baixo da pele, já o sinal de Benassi ocorre o inverso (há osso por baixo).

    Logo, mesmo que a medicina legal não seja uma ciência exata, e sim de probabildiades, a questão não foi das mais bem elaboradas, embora, por exclusão, dê pra chegar à resposta.

    Bons estudos.
  • Sinal de Benassi é a fuligem preta que fica marcada no osso da vítima quando o tiro é disparado com o cano encostado e sobre um osso.
    Os tiros encostados ainda permitem deixar impressos na pele o chamado sinal de Werkgaertner representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    Fonte: Genival Veloso de França

  • Concordo com o colega Falcon. 
    Quando ocorre tiro com cano encostado e plano ósseo logo abaixo o que aparece é :
    Câmara de Mina de Hofmann e Sinal de Benassi.
  • Sinal de PUPPE-WERKGAERTNER – desenho da boca da arma no orifício de entrada do projétil de arma de fogo. Nem sempre aparece, mas se aparecer, sabe-se que o tiro foi disparado com o cano encostado. Para isso acontecer, o tiro deve ser dado na barrica, tórax etc – lugar para os gases entrarem e se espalharem. Isso ocorre quando não há osso por baixo. 

    Bem, como o colega disse não é uma matéria exata, todavia no material que tenho aqui do curso Praetorium fala isso ai!
  • De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).

    Alternativa correta: D


  • Nos tiros encostados, pode-se encontrar um halo de fuligem na lâmina

    externa do crânio, costelas e escápulas (Sinal de Benassi) e, na pele, o

    desenho da boca e da massa de mira do cano (Sinal de Werkgaertner).

    Bons Estudos!

  • Falou de Benassi e Werkgaertner

    Falou de Tiro Encostado

    Letra d)

  • letra D será Camara de Mina de Hoffman.. questão deveria sera anulada!

  • Resposta do qconcursos!

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).
     

    Alternativa correta: D

  • Gabarito “D”

     

    Região occiptal é a parte traseira (posterior) e inferior do crânio. Sinal de Benassi é o esfumaceamento ósseo nos disparos encostados, ou seja, fuligens que ficam grudadas na camada externa do osso que é atingido por um disparo encostado (no caso do crânio) e sinal de Werkgaertne é o desenho impressona pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento (ocorrendo também no caso de tiro encostado).

  • Acertei, mas acho que seria Hoffman.

  • Marquei a letra D mas para mim não tem nenhuma certa. Roberto Blanco afirma que o sinal de Werkgaertner se dá quando o tiro é encostado E NÃO HÁ PLANO ÓSSEO logo abaixo. Se tiver plano osseo abaixo não haverá o sinal de Werkgaertner uma vez que a pele vai explodir. Já o Sinal de Benassi e Mina de Hoffmann é tiro encostado com o plano osseo logo abaixo. Lembrando que o sinal de benaSSi é no oSSo e a câmara de minas de Hoffmann é na pele!

  • TIRO ENCOSTADO


    - Forma irregular (estrelado) pela dilaceração dos tecidos pelos gases explosivos (mina de Hoffmann)
    - Sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento
    - Diâmetro do ferimento maior que o projétil (explosão dos gases)
    - Halo fuliginoso nos ossos: (sinal de Benassi)
    - Impressão (pressão) do cano da arma (sinal de Pupe-Werkgaertner)
    - Quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída

     

    LUIS - QG

  • Questão absurda. Werkgaertner não tem plano ósseo por baixo. Com plano ósseo o sinal na pele seria Lesão em Boca de Mina de Hoffmann. Já o sinal de Benassi tá certo (é o sinal que aparece no osso no tiro com cano encostado). 

  • Comentário do professor

     

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta corre...

    Autor: Daniele Duó , Mestra em Química (UERJ), Doutora em Química Ambiental (UERJ) e Doutoranda em Ecologia e Evolução (UERJ)

     

    De acordo com as alternativas dadas pela questão pode-se chegar à conclusão que a resposta correta, por exclusão, é facilmente detectada pelo fato de ser uma ferida na região occipital (região parte póstero-inferior do cérebro), com sinais de Benassi (a zona ou orla do esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, nos tiros encostados e impregnação de pólvora na tábua óssea) e ainda os sinais de Werkgaertner (marca da boca do cano da arma de fogo em tiro encostado).

  • GABARITO D


    CARACTERÍSTICAS DOS TIROS:

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    Sinal de Benassi: Zona de tatuagem ou zona de esfumaçamento presente em Tiros encostados sobre superfícies ósseas - os sinais ficarão marcados ao redor do próprio osso (orifício de entrada).

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

     

    bons estudos

  • Sinal de Werkgaertner não tem plano osseo (pelo menos subjacente) embaixo...

  • Questão bastante confusa. Marquei a D, pois, ao meu ver é a "menos" errada.

    No entanto, Sinal de Puppe- Werkgaertner: Tiro disparado com o cano encostado na pele SEM osso por baixo, há um decalque da boca da arma na pele (representação da boca da arma).

    Ferida de boca de mina de Hoffman (na pele): tiro com cano encostado COM osso por baixo. 

    Sinal de Benassi: A fumaça suja o osso, mancha, resíduo/ sujeira de pólvora que tem no osso ao redor do ferimento. 

    Logo, incompatível o sinal Benassi e de Werkgaertner (se tratando de uma única lesão).

    O mais correto seria a presença do Sinal de Benassi e a ferida de boca de mina de Hoffman.


ID
545797
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quando um corpo é atingido por um tiro, ao penetrar no corpo, o projétil provocará duas cavidades. Uma delas será responsável pela compressão dos tecidos por onde passar, interrompendo os impulsos nervosos emitidos pelo cérebro e fazendo com que esse corpo caia. Tal cavidade e efeito são denominados, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • A cavidade temporária é mais difícil de ser observada, pois consiste em uma grande abertura dos tecidos moles poucos instantes após o choque do projétil, que permanece assim apenas por frações de segundo, devido à elasticidade dos tecidos do corpo humano.

     

    1) Penetração. O tipo de tecido pelo qual o projétil passa, e quais estruturas são rompidas ou destruídas;

    (2) Cavidade permanente. O volume de espaço que era ocupado por tecido e que foi destruído pela passagem do projétil. Ocorre em função da penetração e da área frontal do projétil. É o canal que permanece após a passagem do projétil;

    (3) Cavidade temporária. A expansão da cavidade permanente, estirada devido à transferência de energia cinética durante a passagem do projétil;

    (4) Fragmentação. Pedaços de projétil ou fragmentos secundários de ossos que são impelidos além da cavidade permanente e podem cortar tecido muscular, vasos, etc.


ID
590743
Banca
FDRH
Órgão
IGP-RS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo de um cadáver, vítima de homicídio por disparos de arma de fogo, o encontro, no entorno (orla) dos orifícios, do denominado anel de Fish, sem outros achados adicionais, caracteriza que

Alternativas
Comentários
  • ANEL DE FISH: Em linguagem médico-legal, significa ferimento perfuro-contuso.
    Em um disparo à distância somente o projétil disparado alcança a vítima.


  •  

    Todas as lesões de entrada de PAF, independentemente da distância do disparo, terão a orla de enxugo, a orla de escoriação e a orla de equimose, efeitos primários causados pelo projetil, formando o denominado anel de Fisch – anel de fisch, portanto, é a orla de escoriação por fora e a orla de enxugo por dentro.

     

    Diz-se que o tiro foi a distância pq somente o projetil atingiu a vítima, ou seja, a distância entre o atirador e a vítima era maior que o alcance do cone de dispersão (pólvora, chama, gases produzidos pelo disparo da arma de fogo); Quando os elementos do cone de dispersão alcançam a vítima, então, o tiro será à curta distância.

     

  • FRANÇA (2015): A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet (Figuras 4.33 e 4.34). Não se observa no de saída (Figura 4.35).


    a) CERTO - a questão indica que os tiros foram à longa distância, em razão da presença do anel de Fisch, dos efeitos primários do projetil de arma de fogo, e da ausência dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    b) ERRADO - não há qualquer evidência de tiro com cano encostado, tampouco seus sinais característicos, como o Sinal de Benassi ou o Sinal da Câmara de Mina de Hoffmann, ou ainda o Sinal de Puppe Werkgartner.


    c) ERRADO - não há presença de sinais dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    d) ERRADO - não há presença de sinais dos efeitos secundários do disparo de PAF.


    e) ERRADO - o anel de fisch é característico das lesões de entrada de PAF.

     

  • Gabarito: Letra A

     

    A orla de escoriação, ou anel de Fisch, é um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância, tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Como a questão citou que não houve outros achados adicionais, pode-se concluir que o tiro foi à longa distância.

     

     

    Fonte: Medicina Legal - Genival Veloso França

  • Orla de enxugo ou alimpadura ou sinal de Chavigny. Aparece só a alimpadura ou o enxugo. É uma lesão decorrente da entrada do projétil de arma de fogo, que deixa uma sujeira na pele decorrente do resíduo deixado pelo projétil.

    Orla de escoriação ou contusão ou desepitalização. É a derme exposta em razão da ferida produzida pela entrada do projétil. Quando o projétil entra ele empurra as fibras da pele, porém, ao penetrar no corpo, como a pele é elástica, ela volta. Ocorre que a derme volta mais do que a epiderme, assim, fica aparecendo a derme fechada, já que há um arrancamento da epiderme.

    Anel de Fisch. Fisch chamou o somatório da orla de escoriação e da orla de enxugo de anel de Fisch, que nada mais é do que a característica de uma entrada de projétil formada pela orla de escoriação e orla de enxugo. Quanto menor o círculo do anel, mais próximo o tiro, quando maior o anel, mais distante foi o tiro.

    Zona de chamuscamento ou orla de queimadura. Essa queimadura é provocada pela chama que sai do cone. O projétil em si não queima, o que queima são os gases incandescentes que saem da boca da arma. Ocorre nos tiros disparados de perto, produzem a orla de queimadura ou chamuscamento.

    Zona de esfumaçamento ou tisnado. Junto com a nuvem do cone vem uma fumaça que suja o alvo.

    Zona de tatuagem. Junto com a fumaça vem conjunto de pólvora que não queimou (incombusta), metal do cano e resíduos sólidos. Esses resíduos entram na pele, atravessam a epiderme e vão impregnar na derme, forma-se uma tatuagem, as quais não saem nem com limpeza, ficando impresso.

  • "O movimento giratório escoria (esfola) a pele, dando origem à orla de escoriação ou orla de Fisch, e permite que o projétil se limpe, deixando as impurezas com graza, óleo de limpeza da arma e fuligem da quema da pólvora na entrada do corpo, formando uma zona  escura, mais interna, chamada orla de enxugo". 

    Neusa Bittar. 

  • O chamado Anel de Fisch (não Fish de peixe em inglês), consiste na conhecida orla de contusão causada pela penetração do PAF no tecido. A presença apenas deste elemento na pele, sem elementos secundários (zonas), pode caracterizar que os tiros foram efetuados à longa distância.

    Portanto, a letra A é a melhor alternativa como resposta. Entretanto, cumpre consignar que, se a vítima estivesse trajando vestes na região impactada, os elementos secundários seriam mascarados e estariam presentes impregnados na roupa. Fiquem ligados!

    Gabarito: A

  • Que viagem é essa???? A única coisa que pode-se concluir com certeza é que o orifício é de entrada. Somente!

  • No estudo de um cadáver, vítima de homicídio por disparos de arma de fogo, o encontro, no entorno (orla) dos orifícios, do denominado anel de Fish, sem outros achados adicionais, caracteriza que:

    Antes é preciso inferir que o anel de Fish representa a entrada do projétil (sobreposição da orla); a falta de achados adicionais, como zona de tatuagem para inferir a curta distância, e sinais de tiro encostado, torna conclusivo que representa a entrada de um tiro efetuada à distância.


ID
593335
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação às granadas, artefatos bélicos de arremesso, que atualmente vêm sendo utilizadas pelos traficantes cariocas, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) ao lado de cada uma das afirmativas abaixo e determine qual a sequência correta.

( ) Possuem trajetória retilínea, sua forma pode ser esférica, cilíndrica ou oval, são munidas de espoleta e dotadas de carga interior variável segundo sua aplicação.

( ) Podem ser lançadas com a mão ou com o auxílio de uma arma de fogo e detonam por tempo ou percussão.

( ) As ofensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro.


( ) As defensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento.

( ) As especiais contêm um agente químico que produz um efeito tóxico ou irritante, cortinas de fumaça, ações incendiárias e luminosas ou qualquer combinação das mesmas.

( ) Seus efeitos lesivos mecânicos dependem da sua carga e mecanismo de ação.

Alternativas
Comentários
  • com relação as granadas ofensivas e defensivas:

    SEgunda guerra mundia.. As granadas pinneaple eram defensivas, porque tinham um exterior mais grosso e com aquelas escamas. Esse design servia para produzir o máximo de estilhaços possível. E o temporizador demora mais tempo a rebentar. Elas eram usadas para defender áreas, ou seja, atiravas a granada, escondias-te para que quando ela rebentasse, não te acertasse com os estilhaços e "limpasse" a maior área possível. Como correr em direcção a estilhaços não era muito agradável, foram desenvolvidas granadas ofensivas, cujo melhor exemplo que encontro é a "stick" dos alemães. Esta granada tinha um temporizador que rebentava mais cedo e além disso a parede era o mais fina possível, para que não produzisse estilhaços e se vaporizasse. Este tipo de granadas ofensivas usam a pressão e força da explosão para matar, e não os estilhaços, como as granadas defensivas
  • Possuem trajetória retilínea, sua forma pode ser esférica, cilíndrica ou oval, são munidas de espoleta e dotadas de carga interior variável segundo sua aplicação. FALSO. Se a granada é lançada, não pode ter uma trajetória RETILÍNEA (reta), e sim cuvilínea (em curva), para buscar o maior alcance possível.

    Podem ser lançadas com a mão ou com o auxílio de uma arma de fogo e detonam por tempo ou percussão. VERDADEIRO. Em regra, a granada é lançada a mão, mas existem dispositivos feitos para o lançamento das mesmas, o mais conhecido é aquele acoplável ao fuzil m4a1 que aparece em diversos filmes.

    ( ) As ofensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro.
    ( ) As defensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento.

    ERRADAS.Se a intenção é defender, a tática mais adequada é a preservação ao máximo do ambiente/defesa, logo, o estilhaçamento é mais viável. Já no ataque/ofensiva, a intenção é destruir, logo, aumentar o poder de destruição/explosão. Trocaram as granadas.

    ( ) Seus efeitos lesivos mecânicos dependem da sua carga e mecanismo de ação. Precisa comentar? É claro que qualquer efeito lesivo depende da carga e do mecanismo.

    Único gaba possível, letra D.
  • Colega, as granadas ofensivas atuam principalmente pela ONDA DE PROPULSÃO. Fragmentação do invólucro toda e qualquer granada terá, a não ser que exista alguma grana que não tenha algum invólucro para segurar sua carga. As granadas DEFENSIVAS atuam pela dispersão dos estilhaços ao redor da explosão.
  • G M   O F E N S I V A

    São granadas de fraco raio de ação que em geral, não excede 15 metros e que atuam principalmente pelo efeito moral através do som, ou do choque violento do ar sobre os seres animados que alcança (sopro). O seu corpo é sempre de muito fraca espessura, de folha dferro, de zinco ou de plástico, de modo que devido ao seu reduzido peso, os estilhaços não têm nunca alcances superiores a 15 metros. Empregam-se quando as tropas que alançam se encontram descoberto.       

    Ex: GM Ofensiva de Guerra M/962. 


    G M    D E F E N S I V A

    São granadas cujo raio de ação perigoso pode atingir cerca de 200 metros, muito embora raio de ação eficaz não ultrapasse 20 metros e que atuam fundamentalmente pela ação dos estilhaços do próprio corpo que é em geral espesso feito de ferro ou aço pela ação de fragmentos que se encontram no seu interior. Destinam-se a ser empregues quando as tropas que as lançam se encontram abrigadas em obstáculos que as defendam dos efeitos da própria granada.

    Ex: GM Defensiva de Guerra M/962

    Colegas, percebam que a granada "defensiva" possui tal denominação vez que usualmente é utilizada por combatentes entrincheirados, entretanto, estas apresentam maior potencial ofensivo.

    Em contrapartida, as granadas "ofensivas", na realidade possuem maior aplicabilidade na dispersão de multidões, como as famigeradas "bombas de efeito moral".



  • Meus caros, muito cuidado com o nome.

    As granadas OFENSIVAS são usadas para DEFENDER os arremessadores. Embora se chame ofensiva na verdade ela está te defendendo, pois libera uma grande quantidade de fumaça que o individuo que se encontrava cercado possui agora a chance de fugir na nuvem de fumaça.

    Já as granadas DEFENSIVAS, são destinadas a provocar lesões nos oponentes. Apesar do nome DEFENSIVA, GRAVEM: Ela OFENDE A INTEGRIDADE FISÍCA DO INIMIGO.

     

    Bons estudos!!!!!

  • GRANADAS OFENSIVAS X DEFENSIVAS:

    - Granadas Defensivas: diferentemente do que se pensa à primeira vista, são destinadas a provocar lesões nos oponentes. Podem atuar através da produção de lesões causadas pelos estilhaços de metal provenientes da fragmentação da carapaça externa, ou pelas queimaduras decorrentes do calor proveniente da explosão do propelente existente no interior da mesma, ou inda, como resultado da ação de substâncias tóxicas contidas nas granadas de efeitos especiais.

    - Granadas Ofensivas: são destinadas a defender os arremessadores. Podem ter o objetivo de oculta-los em nuvens de fumaça, ou indicar a presença dos mesmos, com fumaças coloridas, por exemplo, com função de sinalizadores. Além disso, podem ter o objetivo de produzir estampidos de efeito moral, destinados a dissipar tumultos em ambientes urbanos.

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • As defensivas atuam basicamente pelo estilhaçamento ou fragmentação do invólucro (que atingem de forma ofensiva as tropas a descoberto)

    As ofensivas agem principalmente pela onda explosiva, resultante da detonação da carga de arrebentamento (as ondas que possuem efeito de forma sonora, arrebatando as tropas pelo som, como o frag)


ID
593338
Banca
CEPERJ
Órgão
PC-RJ
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Diante das duas afirmações: 1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e 2ª) O centro de pressão próximo à ponta e ao centro de massa junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória, responda:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO FORA DO EDITAL.
    NEM DERAM O TRABALHO DE ANULAR
    DESRESPEITO AOS ESTUDANTES.

    QUE DEUS NOS PROTEJA.

    BONS ESTUDOS.

    E

    SORTE.
  • 1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e
    CORRETO.

    São as raias que permitem o projétil iniciar os movimentos de rotação que darão maior estabilidade ao PAF. A precisão das armas sem cano raiado são poucos metros. Dependendo do arco, um British Long Bow (arco longo inglês) tinha uma precisão absurda a longa distância, o que garantiu à Inglaterra a supremacia nas batalhas medievais. A batalha de Azincourt foi um exemplo do estrago que esse arco fazia em um campo de batalha.

    As armas sem cano raiado, como o mosquete por exemplo, utilizado nas guerras napoleonicas, não tinha uma precisão de mais de 20 metros, é justamente por isso que quando os filmes retraram as guerras da época, ambas as infantarias ficam alinhadas frente a frente a poucos metros de distância, o os sargentos sempre gritam "AIM HIGH"(mirem alto), porque o PAF devido a falta de rotação chegava ao solo bastante rápido, ou seja, ou o soldado erraria o alvo ou acertaria a perna do inimigo.

    Foi nessa época que surgiu o Fuzil Baker de cano raiado e os famosos fuzileiros Ingleses.


    2ª) O centro de massa próximo à ponta e ao centro de pressão junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória, responda:

    Inverteram a ordem da segunda alternativa,seria correta da maneira que coloquei, é justamente a teoria que dá a estabilidade no caso da flecha. Tem isso na apostila do professor Blanco. Questão prevista no edital.

    Centro de massa na ponta da flecha (metal), centro de pressão no final da haste (contato da flecha com a corda que dará o impulso).
  • O Neneco parece o MacGyver galera! Só faltava usar um canivete suíço na hora das provas...

    Brincadeira Neneco, também curto essa temática bélica, mas acho que a banca pegou pesado no quesito técnico dessa prova, principalmente na parte de "Noções sobre Balística".

  • Pro amigo que citou Azincourt, talvez tenha lido o livro homonimo do Cornwell, um autor saxão... excelente leitura...

     

  • Dava pra matar sabendo: a) as raias é que dão estabilidade ao projétil... Quanto a flecha, já vi índio atirar bem, então deve ter estabilidade kkkk

     

    na segunda afirmação provavelmente (falo pelo que penso, então pode estar errado) seria na base, já que os projéteis tendem a descer conforme a trajetória... Se centro de pressão for na base dá a estabilidade... Não sei se deu pra entender... mas matei assim...

  • Bom, eu achei que a segunda assertiva falava dos projétis de arma de fogo, mas pelo visto se referia às flechas. Enfim, redação truncada. Eu sabia dos conceitos, mas acabei errando. Sorte que foi aqui...rs

  • Direto ao ponto:

    1ª) A flecha com ponta metálica e haste de madeira tende a ter maior estabilidade em atingir o alvo do que um projétil de arma de fogo não-raiada e

    CERTO!!!

    2ª) O centro de pressão próximo à ponta e ao centro de massa junto à base favorecem maior estabilidade do projétil na trajetória

    ERRADO!!!!

    O ideal é que o centro de massa fique na ponta.

    O centro de pressão atrás (na cauda) para dará maior estabilidade.

    Deus no comando!!!!

    IHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

  • Assertiva 1 - CERTA

    Quanto a alma do cano, a arma pode ser classificada em alma lisa e alma raiada.

    A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, destinado a resistir pressão dos gases produzidos pela combustão do propelente e orientar o projétil.

    Alma lisa: interior do cano é totalmente polido, sem raiamento, pois não há necessidade de estabilização dos projéteis. Ex.: espingardas.

    Alma raiada: são sulcos feitos na parte interna (alma) dos canos ou tubos das armas de fogo, geralmente em forma helicoidal, propiciando movimento de rotação dos projéteis, que lhes garante estabilidade na trajetória.

    As flechas que possuem a ponta mais pesada (como a de metal, no caso), irão influenciar em muito na estabilidade das mesmas, por isso, o tipo de material usado torna-se relevante. Arcos mais fortes precisam de flechas com pontas mais pesadas para manter o seu equilíbrio. Estas pontas mais pesadas tornam as flechas mais lentas, e, em compensação, possuem maior estabilidade. No que concerne às madeiras, as mesmas apresentam os chamados “grãs (arranjos e a direção das células que estão dispostas ao longo do eixo vertical do tronco)” que irão influenciar na qualidade, estabilidade e dureza das usadas nos arcos.

    Assertiva 2 - ERRADA

    Centro de massa deve ficar na ponta, centro de pressão deve ficar na cauda, assim gerará maior estabilidade.

  • O problema é que a questão não especificou o tipo de armamento utilizado.

    De acordo com Hygino Hércules, na obra de Hélio Gomes, no caso dos projéteis de fuzil, este ponto imaginário, que é o centro de pressão, está localizado mais próximo à ponta, estando o centro de massa mais atrás. Por esse motivo, há mais facilidade em tombar, quando em turbulência devido ao atrito.

    ► Observação:

    0 ideal é que, além de ficarem distantes entre si, o centro de massa fique na ponta e 0 centro de pressão atrás (na cauda do projétil), para dar maior estabilidade.


ID
617581
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Em relação à situação acima, é correto concluir que os dois ferimentos de entrada de bala na região torácica esquerda da vítima tinham as bordas reviradas para dentro, em formato de buraco de fechadura.

Alternativas
Comentários
  • Nas lesões em cima de técidos moles (Pela não junta ao osso, ex. cránio) a lesão produzida por projétil (unitário "bala") de arma de fogo, tende a causar lesões de forma circular ou elipítica. 
    A questão fala em forma de "buraco de fechadura", isso apenas pode ocorrer se durante o trajeto o projétil  recochetiar e entrar de lado na  corpo da vítima, nesses casos geralmente a lesão assume a forma de entrada "D".
    O ferimento geralmente tem bordas invertidas, invaginados, voltadas para o interior do corpo (Salvo no caso da Câmara de Hoffmann)
  • Eu errei a questão, porque como o ferimento foi maior que o projétil, a despeito de a pele ser elástica e tender a se retrair após a passagem do mencionado agente vulnerante, pensei justamente na possibilidade de ele ter entrado no corpo de lado. Alguém pode explicar qual foi a dinâmica da lesão? Se puder, por favor, avise no meu perfil. Abraço.
  • Victor, faltou na verdade só um pouco de atenção na leitura do texto. Vejamos:

    "Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
    transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima."

    Aqui foi um momento. O indivíduo foi alvejado duas vezes, à distância, na região torácica esquerda.


    "Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
    na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
    voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil."

    Este foi um segundo momento. O orifício aqui é na fronte ou seja, no rosto, e não no tórax. Aqui podemos inferir que o disparo foi encostado (orifício de entrada maior que o projétil e irregular, com bordas voltadas para fora (tudo isso característico da Mina de Hoffman), e sem zona de tatuagem, visto que todos os elementos da carga penetram o orifício).


    Todavia, a questão pergunta apenas em relação aos primeiros dois disparos, os que atingiram o tórax.

    Neste caso, o máximo que podemos saber é: Esse foi o ferimento de entrada, porque o autor da questão nos informa que "atingiram a região torácica esquerda", ou seja, eles entraram pela região torácica esquerda. O disparo foi realizado à distância, ou seja, não haverá Mina de Hoffman. Assim, o orifício será menor que o projétil, a não ser que seja fornecida informação que indique o contrário. Com base nestas informações vamos julgar a assertiva:

    "Em relação à situação acima, é correto concluir que os dois ferimentos de entrada de bala na região torácica esquerda da vítima tinham as bordas reviradas para dentroem formato de buraco de fechadura."

    Correto. Como é o orifício de entrada, as bordas serão reviradas para dentro.

    Errado. Não se pode afirmar isso pelas informações fornecidas. Não sabemos se o projétil sofreu desvio, nem o ângulo do disparo.
  • Saudações prezados estudiosos.
    Esse modelo de grupo de discussões de questões é de grande valia para o sucesso nas aprovações.
    Sempre excelentes contribuições.
    Vou deixar aqui, também, minha humilde contribuição:

    Questão típica do CESPE:
    Segundo o professor Genival Veloso de França em sua obra Medicina Legal Nona Edição, pág. 109, o ferimento de entrada em formato de buraco de fechadura, nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento de osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana.
  • Bala??

     

    São Cosme e Damião??

     

    Nunca vi um doce transfixar vítima nenhuma..

     

    No máximo engoradar.

  • Enunciado = "...com bordas voltadas para fora..."

    Alternativa = "...bordas reviradas para dentro..."

     

    Só eu achei isso ridículo de fácil?

  • Camila focoforçafe nem ao menos entendeu o enunciado...
  • Verifique que a questão fala em lesões produzidas por ARMA DE FOGO e NAVALHA.

    A pergunta é com relação aos dois ferimentos de entrada de projétil (a questão inapropriadamente fala bala) na região torácica esquerda da vítima - Lembre-se que a questão diz que eles foram transfixantes. Aí a questão diz que eles teriam as bordas reviradas para dentro em formato de buraco de fechadura- INCORRETO. Vejamos:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado. Já os tiros à queima roupa apresentam orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    Para apresentar borda virada para dentro deve ser uma LESÃO DE ENTRADA. No entanto, a lesão não é compatível com o BURACO DE FECHADURA que ocorre na região do osso da calvária.

    BURACO DE FECHADURA- ocorre nos ossos da calvária (parte superior do crânio) quando o projétil tem incidência tangencial- tem esse nome, pois o próprio nome já diz: é como se fosse uma fechadura, pois como apresenta incidência tangencial, ao se aproximar de um dos buracos do projétil, poder-se-ia ver o outro lado (saída do projétil). Literalmente, é como se fosse um buraco de fechadura.

    GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO

  • Engraçado que es questões de medicina legal para medico-legista são mais faceis que as de escrivão, investigador, delegado etc

  • O formato em buraco de fechadura ocorre nos tiros tangenciais na calvária e não no tórax.

    "Finalmente, chamamos a atenção para um tipo de ferimento de entrada em formato de “buraco de fechadura”, nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana (Figura 4.38)."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 125). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 

  • "Bala"... os professores de balística se remoendo com a cespe, certeza

  • Fabrício de Lima Feliciano. Pula tudo e vai nele, o melhor e direto ao ponto!


ID
617584
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

A presença de carboxiemoglobina no sangue periférico, assim como de enxofre, nitratos da pólvora e nitritos no sangue do ferimento da fronte da vítima consistem em importantes dados para a realização de diagnóstico seguro de tiro encostado.

Alternativas
Comentários
  • Tiro encostado é aquele que é dado com a boca da arma encostada no alvo. Logo, todos os elementos que saem da arma penetram na vítima.
    A ferida de entrada adquire o aspecto denominado de Câmara de mina de Hoffmann: orifício de grande tamanho, estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos do crânio, com o aspecto da cratera de uma mina, nos disparos encostados ou apoiados no crânio;
    Casos especiais podem ser observados em alguns tipos de disparo:
    -Sinal de Benassi: esfumaçamento da tábua externa dos ossos do crânio, em casos de tiro encostado;
    Sinal de Puppe-Werkgarten: queimadura na pele pela estampa do cano da arma, no disparo apoiado.É fruto da pressão do cano da arma.

     
    -Sinal do telão de Raffo: zonas decorrentes da combustão da carga do cartucho e dos gases produzidos, sobre as vestes, que servem de anteparo (telão ou biombo): sinal do desfiamento em cruz; sinal do cocar e sinal do decalque.
  • Excelente o comentário do colega.
    Só basta esta pequena modificação: Puppe-Werkgaertner

    Bons estudos.
  • Segundo o Livro de Medicina Legal do França:
    "É importante para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da polvora."
  • Questão mal formulada.
    Tentaram copiar um trecho do livro do professor França e cometeram um deslize.
    " É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento,..."
    E não no sangue periférico. Em medicina, sangue periférico remete-nos a sangue coletado de veia periférica.
  • Muito bons os comentários. Só esse pequeno detalhe: Sinal de Nerio Rojas.

    Sucesso.

  • Facon,

    Com todo respeito ao  colega, temos que nos alertar a não levar nossos colegas ao erro, sinal de Puppe-Werkgaertner não se da na região da fronte (crâneo), sinal de PUPPE és sim com o cano escostado mas em local onde não há osso "achatado" por baixo, esse sinal a que se refere somente irá deixar uma zona de tatuagem (não confundir com o cone de dispersão), identica ao cano da arma, juntamente com o orifício de entrada, quase que uma marca patoguinomônica!!!

    Bons estudos

  • FRANÇA nos ensina que "para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora" FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 268.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

ID
617587
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A polícia encaminhou ao IML o corpo de um adulto
jovem, do sexo masculino, morto em decorrência de lesões
causadas por arma de fogo e navalha. No exame necroscópico,
constatou-se, na região torácica direita, duas feridas cortantes com
cauda de escoriação voltada para o lado direito, que, se pudessem
ser mostradas em corte sagital, apresentariam perfil de aspecto
angular. Soube-se que dois tiros foram disparados a distância,
transfixantes, e atingiram a região torácica esquerda da vítima.
Constatou-se um ferimento de entrada, produzido por arma de fogo,
na fronte, de forma irregular, sem zona de tatuagem, com bordas
voltadas para fora, com diâmetro maior do que o do projétil.

Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens
subsequentes.

Nos tiros encostados, em geral, apresenta-se zona de tatuagem e esfumaçamento.

Alternativas
Comentários
  • TIROS ENCOSTADOS
    a)forma irregular(estrelado) pela dilaceração dos tecidospelos gases explosivos (mina de Hoffmann) b)sem zona de tatuagem ou de esfumaçamento c)diâmetrodo ferimento maiorque oprojétil (explosão dos gases) d)halo fuliginosonosossos: (sinal de Benassi) e)impressão (pressão) do cano da arma(sinalde Werkgaertner) f)quando transfixante: trajeto com orifício de entrada e saída
  • Assertiva CORRETA.Nos tiros próximos é comum formarem as zonas de tatuagem e esfumacamento, sendo a de chamuscamento formada somente quando há a aproximacao da boca do cano muito pr,oximo a pele. Nesses casos, denominamos tiros "à queima roupa", haverá formacao das 3 ZONAS da areola equimótica: TATUAGEM, ESFUMACAMENTO e CHAMUSCAMENTO. 
  • A questão está errada, pois teria essas caracteristicas se fossem a curta distância, o que não é o caso, a questão falou em "tiro encostado".
    Bons Estudos !!
  • Como o colega Ubiracy comentou a questão fala em tiro encostado, nesse caso toda fuligem vai entrar no corpo, juntamente com o projétil, não sendo possível a visulaização da zona de tatuagem, zona de chamuscamento e esfumaçamento. 
    A câmara de Hoffmann não é caracterisicas de todos os tiros encostados, mas daqueles em que haja uma tábua ossea por baixo da pele.
  • Caro Marcelo Marciel, creio que tua resposta está equivocada !! Pois a questão fala em ''tiro encostado'' e não de ''tiro à curta distância''. 
  • No tiro encostado, em geral, não há zona de esfumaçamento e zona de tatuagem pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala.É comum neste tipo de tiro a presença do sinal da "Câmara de mina de Hoffman" (vertentes enegrecidas e desgarradas formadas pelos elementos do tiro que penetram na ferida). 
  • Por dispararos enconstados, tem carácteristicas próprias:
    * Câmara (boca) de mina de hofmann, paque que ocorra, é necessário que o disparo ocorra em um tecido suprajacente a um plano ósseo ou a um plano aponeurótico muito firme e fibroso. Assim, fincnado com orifício maior que o diâmetro do projétil, geralmente estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos, apresentando o aspecto de cratera de uma miina terrestre.
    Já no disparo de CURTA distância, temzona de chamuscamento, zona de esfuçamento, zona de tatuagem.
    O examinador queria saber se o candidado sabia a diferença apresentada, do disparo encostado e o disparo de curta distância.




  • questão duvidosa pois quando a pele é retirada da ferida em boca de mina de Hoffmann é perceptível o esfumaçamento/tatuagem de pólvora no osso que fica por baixo dessa pele (Sinal de Benassi)
  • TIROS ENCOSTADOS --> NÃO TEM CARACTERISTICAS DE EFEITOS SECUNDARIOS (Pólvora incombusta, chama)

    PORÉM PODEM APARECER

    GABARITO: ERRADO

    TIRO ENCONSTADO

    BENASSI E WERKGAERTNER

  • Questão errada, no sinal de Puppe-Werkgaertner não ira apatecer zona de esfumaçamento, sinal de PUPPE é sim com o cano escostado mas em local onde não há osso "achatado" por baixo, esse sinal  somente irá deixar uma zona de tatuagem (não confundir com o cone de dispersão), identica ao cano da arma, juntamente com o orifício de entrada, quase que uma marca patoguinomônica!!!

    Bons estudos

  • Grave isso:

    LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose.
    Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado, além da orla de escoriação, enxugo ou equimose.

    Já os tiros à queima roupa, orla de queimadura/chamuscamento, muitas das vezes apresenta formato em boca de mina.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO
  • TIROS À CURTA DISTÂNCIA É QUE DEIXAM ESSES VESTÍGIOS (SINAIS). 

  • ITEM – ERRADO – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 294 e 295):

     

     

    “Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Diz-se que um tiro é a curta distância quando, desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos (entortilhados e quebradiços), manifestações de queimadura sobre a pele (apergaminhada e escura ou amarelada) e zona de compressão de gases (no vivo), considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa.” (Grifamos)

  • Tiro encostado apresenta=== -câmara de mina de hoffman

    -sinas de benassi

    -sinais de werkgaertener

    -orifício de entrada é amplo e irregular

    -sinal de schusskanol

    -efeitos primários e secundários

  • Errado! isto porque, no tiro encostado ocorre a "CÂMARA DE MINA DE HOFFMANAN", ou seja, considerando que comumente o tiro encostado é realizado em regiões onde hpa osso por baixo, o projetil destrói o osso, e os gases da explosão do tiro encontram de imediato um anteparo, qual vão bater no osso e voltar (refluir), causando uma lesão explosiva na região.

    Além de: bordas para fora, grande e irregular, gerando uma impressão de lesão de saída, mas não é.

    Com tais caracteristicas, percebe-se impossivel VISUALIZAR os fenômenos da zona de tatuagem, pois destruída a região, bem como aparecem em tiros a curta distancia e queima roupa; zona de esfumaçamento, dado que a pele da região estará destruída e chamuscamento [zona de queimadura], pela mesma razão.

    O esfumaçamento visto nos TIROS ESCOSTADOS é chamado de "Sinal de Schusskanol(osso), que é o esfumaçamento no conduto interno produzido pelo TUNEL do tiro no osso.


ID
617656
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considere que um cadáver de pessoa de sexo masculino, de
identidade ignorada, submetido a necropsia no IML, apresentava
palidez acentuada, rigidez completa e livores tênues em dorso.
Considere, ainda, que, nesse cadáver, apresentava-se ferida incisa
no epigástrio, com penetração em cavidade. Com base nesse caso
hipotético, julgue os próximos itens.

Nessa situação, apresenta-se evidência de morte decorrente de hemorragia provocada por instrumento perfurocontundente, ou seja, por projétil de arma de fogo, que atingiu o abdome, lesando a estrutura vital, como o fígado ou a artéria aorta abdominal.

Alternativas
Comentários
  • As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante.
  • Projétil de arma de fogo produz ferida PÉRFURO-CONTUSA, logo, mata-se a questão.

    Bons estudos.
  • As lesões produzidas por ações mecânicas podem ser classificadas como ativas, passivas ou ainda, mistas de acordo com o movimento. Se for um movimento do instrumento para o corpo, caracteriza lesão ativa. Se for ao contrário, passiva. Há uma terceira classificação que pode ser mista, gerando ações ativas e passivas.  Essas lesões são determinadas também quanto à sua lesão, podendo ser perfurante, cortante, contundente ou mistas, por exemplo, perfuro contundente, perfuro cortante e corto contundente. As lesões perfuro contundente são causadas por objeto pesado com superfície de corte impulsionado pelos membros do agressor. Ex.: machado, facão, foice, enxada, dentes.

    Alternativa correta: Errada.


  • O Comentário do professor sobre a questão esta equivocado uma vez que instrumentos como machado, facão, enxada são classificados como Corto-Contusos/Corto-Contundentes.


  • Na verdade a professora cometeu um "vacilo" que passou despercebido.

    Conforme o amigo abaixo, todos esses instrumentos por ela apontado como sendo perfurocontundentes na verdade são perfurocortantes, exemplos: unhas, foice, machado.

    Mas focando na questão, a lesão não poderia ser causada por um PAF(projétil de arma de fogo), tendo em vista que o mesmo atua por percussão e pressão ou seja são lesões perfurocontusas, e não incisas conforme foi encontrado no cadáver.

    A morte do índiviuo ocorreu possivelmente, por uma navalha, lâmina de barbear, bisturi, entre outras possibilidades.

  • tanto o comentário do Professor como o do Thiago Trigo estão errados, vejam:

    Machado, facão, foice... produzem feridas corto-contundente e não perfuro-contundente, muito menos perfuro-cortante.

    O enunciado está falando de Ferida  Incisas - são provocadas por instrumentos cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente retilíneas. Na ferida incisa o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo à outro da lesão, sendo que na ferida cortante, a parte mediana é mais profunda.

    Portanto, está errada pois a afirmativa fala em ferida perfurocontundente, que geralmente são produzidas por PAF (projetil de arma de fogo).

    o correto seria, "apresenta-se evidência de morte decorrente de hemorragia provocada por instrumento cortante...";

  • creio que há falha no comentário do colega Bolsonaro Presidente, pois ele relata que as feridas são " corto-contundente e não perfuro-contundente". Contundente é o instrumento, a ferida é contusa. Favor me corrijam se eu estiver errada.

  • A questão está errada porque lesões incisas não podem ter sido ocasionadas por uma ação perfurocontundente, mas sim cortante!

  • Um detalhe do enunciado elimina a hipótese de ação de instrumento perfurocontundente - Ferida Incisa. Segundo a literatura médico legal, esse tipo de ferimento é causado por instrumento cortante (navalha, por exemplo), e, pode ser de um ou dois gumes - depende do caso em concreto. O fato é que não há a possibilidade de um instrumento cortante gerar uma lesão do tipo PERFURTOCONTUNDENTE (um bom exemplo de instrumento perfurocontudente citado pelo professor Roberto Blanco é o Projetil de Arma de Fogo, a Arcada Dentária e um Vergalhão; mas é importante destacar um ponto: o Projetil de Arma de Fogo gera a lesão Perfurocontundente, contudo, a arma em si, gera uma lesão do tipo CONTUNDENTE, se utilizada como instrumento de um crime - já caiu em provas (PEGADINHA).

  • Com todo respeito, o sr Delta está equivocado! O instrumento é que pode ser Perfurocontundente; Cortante... A Lesão não tem "NTE"... será Perfurocontusa; Incisa.... Bons Estudos!

  • Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 293)

     

    Classificação dos instrumentos mecânicos

     


    Segundo o contato, o modo de ação e as características que imprimem às lesões, classificam-se os instrumentos mecânicos em: cortantes, contundentes, cortocontundentes, perfurantes, perfurocortantes e perfurocontundentes. Destarte, eles produzem, respectivamente, feridas incisas, contusas (e contusões), punctórias, perfuroincisas, cortocontusas e perfurocontusas.
     

    Não existem instrumentos dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes; dessa forma, não há de falar o perito em feridas dilacerantes, contusodilacerantes, perfurodilacerantes, cortodilacerantes, teoricamente produzidas por esses inexistentes instrumentos.
    Desse modo, ferimento lacerocontuso nada mais é que solução de continuidade em meio a uma ação contundente, ou seja, ferida contusa.” (Grifamos)

     

  • Feridas causadas por uso de projétil de arma de fogo são sempre perfurocontundentes, e o texto trouxe uma ferida incisa, que decorre de um objeto cortante.


    Gabarito: Errado.

  • Errado, pois o instrumento é perfurocontusa.” Arma balística” ex: projétil de arma de fogo.

  • Foi FACADA !!!

  • LESÃO INCISA E NÃO PERFURO-CONTUNDENTE.


ID
636703
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, o diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo craniano, é feito pelo sinal de

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Bonnet ou funil de Bonnet: dá o diagnóstico diferencial entre o orifício de entrada e saída no plano ósseo, principalmente no crânio e outro ossos chatos.
  • Sinal do Funil de Bonnet: quando o projétil atravessa um osso chato (exemplo: costela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair, provoca um orifício bem maior, dando um aspecto de V invertido, ou de um funil .
  • Cuidado com as palavras normalmente usadase acabam por confundir...

    è formado um BISEL divergente ou convergente (CONE TRUNCADO) indicando a entrada e saída do projetil.
    A direção é dada pela base menor (entrada) e base maior (saída).....
  • Essa eu errei e tive que dar uma pesquisada: Aqui está a minha conclusão:

    Os outros 3 sinais (Carrara, Strassmann e Terraza de Hoffmann) são lesões causadas por MARTELO.
    Fratura "Perfurante" de Strassmann: é o afundamento ósseo do segmento golpeado, reproduzindo a forma e a dimensão do objeto contundente.
    Sinal do "Mapa-mundi" de Carrara: é o afundamento parcial e uniforme com inúmeras fisuras, em forma de arcos e meridionais.
    Sinal em "Terraza" de Hoffmann: traumatismo tangencial; praduz uma fratura de forma triangular com a base aderia à porção óssea vizinha e com o vértice solto e dirigido para dento da cavidade craniana.

    > o Sinal de Bonnet é o único, dos 4, que diz respeito à projétil de bala. Como ja informaram em ossos chatos ou no crânio o orificio de entrada será da mesma forma que o projetil, mas o de saída será um rombo.
  • Sinal de funil de Bonnet: diferencia o ferimento de entrada e o de saída na estrutura óssea, em especial no crânio. Na lâmina externa do osso, o de entrada é arredondado, regular e em forma de 'saca-bocado'. Na lâmina interna, é maior, irregular e com bisel em formato de funil. O de saída é o contrário: amplo bisel externo com mesmo formato, mas com a base voltada para fora.


  • Sinal de Funil de Bonnet --> a entrada do projétil no indivíduo carrega toda a "massa" do corpo, em um formato de funil, na qual o ferimento de saída é maior que o de entrada.

    Saída do PAF( projétil de arma de fogo) em qualquer modalidade, possui bordas evertidas( p/ fora)



    ps: Em ações perfurantes o ferimento de saída é menor que o de entrada.

  • pessoal; tem que tomar cuidado com os comentários. 

    FRANÇA diz que (p.97)"ação é em sentido perpendicular estas lesões são conhecidas como fratura perfurante, ou fratura de vazador ou fratura em saca-bocados de STRASSMANN". "... afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos, e por isso denominado sinal de mapa-mundo de CARRARA"."o traumatismo se verifica TANGENCIALMENTE, produz fratura de forma triangular  com base aderida à porção óssea vizinha e cm vértice solto e dirigido para dentro  da cavidade craniana  - terraza de HOFFMANN. "
  • A questão esta falando do Sinal de Funil de Bonnet. A entrada é menor e a saida é maior. É como se o formato fosse um "FUNIL". 

  • Minha forma de decorar: :)

    Bonnet  ------- Connet ( Cone)

  • SINAL DE (FUNIL) BONNET: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).

     

    – A presença de um orifício circular na face interna da calota craniana que apresenta bordas talhadas em bisel na sua face externa, de modo a formar um vazio em forma de tronco de cone, com a base maior voltada para a tábua óssea externa, indica lesão causada por:

    – saída de projétil de arma de fogo.

    – O osso da cabeça é esponjoso, isto é, tem duas tábuas compactas e uma camada de osso esponjoso entre elas (como um biscoito wafer).

    – O projétil fura a camada compacta externa, fragmentando o osso nesse ponto e imprimindo velocidade aos fragmentos.

    – Assim, a camada interna é atingida pelo projétil e pelos pedaços de osso, ficando com um BURACO MAIOR.

    – Então, o orifício do lado do osso por onde entra o projétil é menor do que o orifício do lado de saída do projétil, com bordas talhadas em bisel (angulado com arestas) pelo lado interno e formando no osso um trajeto em forma de cone truncado (com bico cortado).

    – Esse é o SINAL DE BONNET, que permite identificar o orifício de entrada do projétil, quando outros sinais falharem.

    – Quando o projétil transfixar a cabeça, isto é, entrar por um lado e sair pelo outro, no orifício de entrada, a parte mais estreita do cone estará na camada externa do osso, enquanto no orifício de saída, a parte mais estreita estará na camada interna do osso.

    – Dessa forma, o orifício na parte externa do osso é menor na entrada e maior na saída do projétil. (Neusa Bittar)

  • Sinal de Bonnet

    - aspecto lembra um cone ou funil

    - cuja base encontra-se voltada no sentido da saída do projétil

    LUIS - QG

  • É só lembrar de osso em inglês (Bone) - Sinal de Bonnet, que se dá nos ossos chatos (esterno, costela, e principalmente no crânio — osso occipital, parietal e frontal).

  • Gab A

     

    O diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e saída no plano ósseo, é feito pelo Sinal de funil de Bonnet ou Cone Truncado de Pousold. 

     

    Fonte: 11°- edição- Genival Veloso França.

  • Vejamos as alternativas:

    A) CORRETO- Sinal de Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    B) INCORRETO- CARRARA- Sinal do “mapa-múndi" de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.

    C) INCORRETO- Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.

    D) INCORRETO- TERRAZA DE HOFFMANN- Nessa lesão, verifica-se que a ação tangencial do objeto produz fratura em formato triangular, com a base ligada ao tecido ósseo adjacente e o vértice solto, voltado para o interior da cavidade craniana.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A
  •  

    Sinal de bonnet  ou Sinal do tronco de cone de Bonnet : Indica a passagem de um projetil de arma de fogo através de um osso achatado: crânio, costelas, esterno, ilíaco, etc.  Só fala a direção do tiro, ou seja, onde ele entrou, e onde ele saiu. O tronco de cone indica por onde o projetil saiu, a parte mais longa é onde o tiro saiu.

     

    FONTE: ROBERTO BLANCO, PROFESSOR DO CERS.

     

  • A) CORRETO- Sinal de Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    B) INCORRETO- CARRARA- Sinal do “mapa-múndi" de Carrara: afundamento parcial e uniforme com inúmeras fissuras, em forma de arcos e meridianos.

    C) INCORRETO- Sinal de Strassmann: fraturas perfurante (afundamento ósseo) produzidas por martelo.

    D) INCORRETO- TERRAZA DE HOFFMANN- Nessa lesão, verifica-se que a ação tangencial do objeto produz fratura em formato triangular, com a base ligada ao tecido ósseo adjacente e o vértice solto, voltado para o interior da cavidade craniana.

     

  • O disgnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal de funil de Bonnet ou do Cone truncado de Poulsold.


    " Que não tenha pressa, mas que não perca tempo".

    Bons estudos a todos!

  • cara, eu não sei vocês, mas eu achei o enunciado beem ruim.

    só lendo nos comentários que fui entender....

  • O Sinal do Funil de Bonnet, quando o projétil atravessa um osso chato (exemplo: costela, esterno, etc.), ao entrar no mesmo provoca um orifício do mesmo diâmetro seu, mas ao sair, provoca um orifício bem maior, dando um aspecto de V invertido, ou de um funil.


    Nos outros três sinais (Carrara, Strassmann e Terraza de Hoffmann) são lesões causadas por martelo.

  • Lesões por martelo provocam os sinais: 1. Mapa-Múndi de Carrara; 2. Síndrome de Strassmann (fratura perfurante); 3. Sinal em "Terraza" de Hoffmann (traumatismo tangencial, fratura triangular).

  • LETRA A.

    O Sinal de funil de Bonnet diferencia o ferimento de entrada e o

    de saída na estrutura óssea, em especial no crânio.

    Na lâmina externa do osso, o de entrada é arredondado, regular e em forma de 'saca-bocado'.

    Na lâmina interna, é maior, irregular e com bisel em formato de funil. O de saída é o contrário: amplo bisel externo com mesmo formato, mas com a base voltada para fora.

  • Quais são as lesões provocadas por martelo?

    Mapa Mundi de Carrara: pela visão interna - 1) afundamento parcial; 2) fissuras uniformes.

    Strassmann: ou saca bocados ou fratura perfurante - indica instrumento em sentido perpendicular.

    "Terraza" de Hoffmann: ação em sentido tangencial, provoca fratura triangular com vértice solto e a base aderida.

    Fonte: Medicina Legal, Wilson Luiz Palermo.

  • GAB. A

     Lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, o diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo craniano = Bonnet.

  • GABARITO: LETRA A

    Todos os ossos planos possuem duas camadas. Na entrada, o PAF (projétil de arma de fogo) causa uma lesão maior na área interna, ou seja, ficará um cone com a base voltada para dentro. No orifício de saída, a base do cone estará voltada para fora. Esse é Sinal de funil de Bonnet ou final do cone truncado de Pousold.

    OBS: Nesses casos, a distância do tiro é irrelevante.

  • Sair da Video aula para PC MG aqui agora, na cabeça vinha todos esses Carrara, Strassmann e Hoffmann. Mas esse Bonnet não lembrei. Mas eu sei que os primeiros são em relação a Martelo. Acredito que é isso.

  • Pra quem gosta de anime, nesta cena o Sasuke descobre o que é o Sinal de Bonnet:

    www.youtube.com/watch?v=6-EH71mSHbQ

  • Sinais

     

    SINAL DE WEKGARTENER: Marca da boca do cano da arma na pele

    SINAL DE HOFFMAN (BOCA DE MINA):

    • Forma estrelada, fica entre a pele e osso.
    • É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora.

    SINAL DE BENASSI (Pólvora no Osso)

    • Esfumaçamento/Queimadura óssea
    • Tiros dados no crânio
    • É constituído de fuligem, tende a desaparecer c/ a lavagem ou c/ a putrefação

    SINAL DE BONNET (Sinal do funil) Indica entrada e saída do projétil.

  • sinal de Bonnet: escoriação em forma de funil 

  • Tiros encostados

    • Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo.
    • sem zonas e orlas;
    • bordas evertidas;
    • Diâmetro das lesões de entrada pode ser maior que o do PAF

    Câmara de mina de Hofmann

    • É o ferimento geralmente em forma de estrela/cratera causado não pelo projétil, mas pela expansão dos gases originados pelo disparo encostado em região com barreira óssea (os gases batem no osso e voltam rompendo a pele),
    • Pólvora na pele
    • Em plano ósseo subjacente
    • ex.: tiro na cabeça.

    sinal do funil de Bonnet

    • Cone truncado
    • Em plano ósseo subjacente
    • O projetil de arma de fogo produz um orifício regular e MENOR na primeira tábua óssea e outro MAIOR na segunda tábua óssea.

    Sinal de Benassi

    • Esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.
    • pólvora no osso
    • Em plano ósseo subjacente
    • Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.
    • Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora combusta deixados sobre a pele. Um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício.
    • Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas.

    sinal de Puppe-Wekgartner

    • desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.
    • Não tem plano ósseo subjacente

    sinal do schusskanol

    • Representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.
    • Q576235. Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que: é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    É importante, como aconselha Gisbert Calabuig, para um diagnóstico seguro de tiro encostado, encontrar carboxi-hemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos da pólvora, nitritos de sua degradação e enxofre decorrente da combustão da pólvora

    Fonte: livro do Genival ed. 11


ID
653014
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.

( ) O exame de microcomparação com os projéteis disparados possibilita a identificação individual de uma espingarda.

( ) A microcomparação entre projéteis coletados em diferentes locais de crime pode propiciar o estabelecimento de uma correlação entre os respectivos eventos.

( ) A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada.

A alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas
Comentários
  • Analisando as assertivas:

    ( ) O exame de microcomparação com os projéteis disparados possibilita a identificação individual de uma espingarda. 

    Falso. As espingardas são armas de "alma lisa"  que utilizam munição de projéteis múltiplos, ou seja, não possuem estrias no interior do cano, que servem para fazer o projétil girar sobre seu próprio eixo e ganhar momento angular, garantindo assim a estabilidade do projétil durante o trajeto.  Essas estrias no interior do cano é que possibilitam a microcomparação entre os projéteis disparados, já que elas criam ranhuras específicas nos projéteis disparados pela arma.  

    ( ) A microcomparação entre projéteis coletados em diferentes locais de crime pode propiciar o estabelecimento de uma correlação entre os respectivos eventos. 

    Verdadeiro. Com a microcomparação dos projéteis pode ser constatada a utilização de uma mesma arma de fogo em dois locais de crime diferentes, estabelecendo-se uma relação entre os eventos (ex.: mesma autoria).

    ( ) A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada. 

    Verdadeiro. Cada arma de fogo deixa uma espécie de "assinatura" nos estojos acionados em seu interior, e estas ranhuras e deformações podem ser comparadas com auxílio de microscópio, possibilitando a identificação indireta da arma.
  • Mega Objetivo:

    Espingarda NÃO POSSUI RAIA, logo, não é possível deixar suas características nos "projétis"
  • Na balística forense, para armas de fogo, existem dois métodos de identificação: identificação direta e a identificação indireta. Na identificação direta ou imediata, o exame é realizado nela própria, ou seja, das suas características e peculiaridades distintivas. Já na identificação indireta ocorre o exame é feito através de estudo comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua munição. Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição da arma questionada ou suspeita.

  • Espingarda = alma lisa = não dá pra fazer microcomparação balística. 

  • Empirismo; interdisciplinaridade (saberes parciais que se entegram e cooperam entre si)

    Abraços

  • Tecnicamente a marco do percussor fina na ESPOLETA e não no estojo. Mas por eliminação dava para acertar a questão.

  • A 1ª está ERRADA pois a espingarda é uma arma com cano de alma lisa, conforme preconiza o Art. 3º, V, f da Portaria nº 001-DLog, de 17 de janeiro de 2006. Tal fato não permite comparação entre os projéteis, pois nestes não há marcas deixadas pelo cano;

    A 2ª é VERDADEIRA pois é possível identificar projéteis disparados pela mesma arma, desde que seja de cano de alma raiada, ou seja, tenha ranhuras que deixam marcas nos projéteis;

    A 3ª acredito que esteja ERRADA por conta do termo "estojo" utilizado ("deformações examinadas nos estojos da munição disparada"), a parte da munição que passa pelo cano e fica com as marcas das raias é o projétil e não estojo.

    COM ISSO, ACREDITO QUE ESTA QUESTÃO SEJA PASSÍVEL DE ANULAÇÃO, POIS O GABARITO SERIA: F, V, F

  • a título de explicação, também podem haver marcar características nos estojos, uma vez que o extrator deles pode deixar marcas específicas, principalmente quando seu funcionamento não estiver perfeito. acredito que é por essa razão que está correta assertiva

  • A identificação indireta de uma arma de fogo pode ser feita mediante o confronto balístico das deformações examinadas nos estojos da munição disparada.

    ERRADO!!! O Certo seria PROJETIL, e não ESTOJO.

  • Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição. Nas armas de alma raiada, a análise é nas deformações contidas no projétil, e nas armas de alma lisa, a identificação é feita nas deformações impressas no estojo. Logo, a assertiva III está correta!


ID
653017
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A designação do calibre nominal de uma espingarda indica o

Alternativas
Comentários
  • Resposta correta: letra "e"

    O calibre nominal, utilizado nas armas de "alma lisa", não possui relação com o diâmetro interno do cano ou da câmara de explosão, mas sim com a unidade de medida Gauge, que se refere ao número de esferas de chumbo cuja soma da massa dá uma libra (aproximadamente 450g).
    Exemplo: na famosa "calibre 12" , doze esferas de chumbo somariam a massa de uma libra, e é por isso que seu cartucho é maior que um cartucho calibre 20 Gauge, pois nesse último a massa de uma libra seria alcançada com 20 esferas de chumbo, e não 12 (esferas calibre 20 < esferas calibre 12).
  • Calibre é o diâmetro interno do cano da arma e sua munição, medido na saída do cano; nas armas de projétil múltiplo, o calibre é dado pelo peso.

    Abraços

  • As armas de cano liso utilizam cartuchos específicos, em que o cartucho tem vários projéteis chamados balins.

    O cartucho é que vai medir o calibre da escopeta ou espingarda, seja utilizando-se balins, seja balote, areia, sal grosso, borracha, não importa o que está dentro do cartucho, será ele sempre o definidor do calibre.

  • Resposta correta é a letra E, conforme prevê o Art. 3º, inciso V, f c/c inciso II da Portaria nº 001-DLog, de 17 de janeiro de 2006. Não dá para acertar esta questão apenas com conhecimento do estatuto do desarmamento, é necessário conhecimento da referida portaria.

  • Calibre Real de uma arma nada mais é do que a medição do diâmetro do projétil depois de sair da boca do cano hora que estará totalmente calibrado ou a medição do diâmetro interno do cano, que caso ele seja raiado, é feita medindo-se entre dois cheios diametralmente opostos nas armas com auxílio de um paquímetro. Ja nos canos de alma lisa é a medida correspondente ao diâmetro interno do cano, tomada na região mediana. Geralmente é expresso em mm.

    Calibre Nominal é aquele correspondente ao nome que lhe é dado pelo fabricante. Podemos citar como exemplo 38 L, 32, 9mm, 45LC, etc.

    Calibre de arma não raiada (espingardas genéricas) – obtém-se o calibre de arma não raiada pelo número de esferas de chumbo puro, de diâmetro igual ao do cano em referência, necessário para atingir 1 (uma) libra de peso (454g). Ex.: num calibre 12, são necessárias 12 esferas de chumbo com o diâmetro igual ao diâmetro interno do cano para se atingir 1 (uma) libra de peso. Assim, quanto maior o número, menor o diâmetro do cano. Em inglês, diz-se que essas armas têm gauge (medida, pronunciada guêigue), e não calibre. Existem, porém, exceções, como o calibre 36, que também é conhecido como .410, que é o diâmetro interno do cano.

  • Só um detalhe, armas de ALMA LISA (canho sem ranhuras internas) também podem possuir um munição com apenas um projetil. Costuma chamar-se essa munição (muitas vezes no formato de bola) de BALOTE. O exemplo mais comum de arma de alma lisa que PODE utilizar uma munição de balote, é a famosa calibre 12 (espingarda ou nome popular de escopeta). Todavia há revólveres, como o próprio Taurus The Judge que não possui alma raiada (nos EUA é vendido raiado, uma vez que aumenta em muito a funcionalidade da arma).

  • Na espingarda, arma longa de alma de cano polida ou lisa, o calibre nominal é relacionado à quantidade de esferas de chumbo do diâmetro do cano da arma (calibre real tomado na região mediana do cano) necessária para atingir a massa de 1 libra. A espingarda de calibre 12, por exemplo, possui 12 esferas de chumbo de mesma dimensão, totalizando a massa de 1 lb.

    Gabarito: E

  • ESPINGARDA: CANO DE ALMA LISA!

  • Como é feita a medição do calibre real?

    Cano com alma lisa: é feito através da quantidade de esferas de chumbo com o diâmetro idêntico ao do cano até completar uma libra (453,59 g). Por exemplo, no caso de uma espingarda "calibre 12" , que possui cano de alma lisa, significa dizer que para e atingir a quantidade de uma libra, são necessárias doze esferas de chumbo de tamanho idêntico ao diâmetro do cano.

    Fonte: Wilson Luiz Palermo Medicina Legal - 2016 ,Juspodivm, pag. 113.


ID
653020
Banca
CEFET-BA
Órgão
PC-BA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.

( ) Tecnicamente, o tiro só é acidental quando efetuado sem o acionamento do gatilho.

( ) A simples comparação visual do projétil já permite a identificação individual da arma.

( ) Chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem são indicativos de tiro à curta distância.

A alternativa que contém a seqüência correta, de cima para baixo, é a

Alternativas
Comentários
  • Questão com pegadinha, muito BOA!!

    Primeira Opção - CORRETA
    É necessário estabelecer a diferença entre disparo acidental e tiro acidental, pois disparar é colocar o mecanismo de disparo da arma em movimento. E, para que um disparo acidental produza um tiro acidental, é necessário que ocorra a detonação e deflagração de um cartucho e a projeção de um projétil através do cano da arma, sendo que nem todo disparo dá origem a um tiro, mas todo tiro é precedido do disparo do mecanismo da arma. Daí o tiro acidental ser todo tiro que se produz em circunstâncias anormais, sem o acionamento regular do mecanismo de disparo, devido a defeitos ou falta do mecanismo de segurança da arma.

    Segunda Opção - FALSA
    Dentre os elementos de munição mediante os quais é possível a identificação mediata das armas de fogo, os projéteis são os que possuem maior soma de características indiciárias, permitindo, geralmente, o estabelecimento do nexo causal entre a lesão ou o dano material produzidos por um ou mais tiros da arma considerada, sendo os mais freqüentemente submetidos ao exame pericial.
    Geralmente o projétil encontra-se no corpo da vítima ou no local do crime, sendo mais freqüente o primeiro caso.
    Em qualquer das hipóteses, o perito balístico irá examinar o projétil, verificando seu peso, formato, comprimento, diâmetro, composição, calibre, raiamento, estriações laterais finas e deformações.
    O calibre da arma serve para demonstrar a medida do cano, a raiação indica o tipo de arma e a estriação lateral fina individualiza a arma.
    O perito ao estudar o raiamento deverá observar a sua correspondência com a arma suspeita, mencionando o seu número, a sua largura, o seu aspecto se estas são dextroversas ou sinistroversas, ou seja, se são obliquamente dirigidas para a direita ou para a esquerda.

    Terceira Opção - CORRETA
    Tiro a curta distância: mostram forma arredondada ou ovalar, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo (passagem do projétil pelos tecidos, atritando e contundindo e limpando neles suas impurezas) , halo de tatuagem (impregnação de grânulos de pólvora incombustos), orla de esfumaçamento (depósito de fuligem), zona de queimadura (zona de chama), aréola equimótica (sufusão hemorrágica de rotura de pequenos vasos ) e zona de compressão de gases (depressão da pele pela ação mecânica da coluna de gases que segue o projétil).


    FONTE: http://jus.com.br

  • Zonas: chamuscamento (próximo, 5 cm); esfumaçamento (médio, 30cm); tatuagem (mais distante, 50 cm).

    Abraços

  • incidente de tiro--------- sem danos materiais ou pessoais

    acidente de tiro---------- com danos materiais ou pessoais

    tiro acidental----------- não há o acionamento regular do gatilho ( necessariamente há o acionamento da espoleta)

    disparo acidental----- há o acionamento regular do gatilho ( independe do acionamento da espoleta)

  • indique a fonte das respostas, por favor

  • KD A FONTE???

  • KD A FONTE???

  • Ta bom examinador, eu vou tirar a minha arma do coldre e sem querer eu aciono o gatilho, nesse caso o disparo foi intencional ne? É cada questão que vou te contar.

  • https://www.youtube.com/watch?v=k-CMolPJ7JI

    Achei uma explicação dessa questão.

  • Devemos fazer a distinção entre tiro acidental e tiro involuntário. O primeiro é provocado sem acionamento regular do mecanismo de disparo, ao passo que tiro involuntário pressupõe ação do atirador no mecanismo de disparo, mesmo que essa ação seja involuntária, não intencional.

  • INCIDENTE DE TIRO

    • sem danos materiais ou pessoais

    ACIDENTE DE TIRO

    • com danos materiais ou pessoais

    TIRO ACIDENTAL

    • Disparo produzido em circunstâncias anormais, sem o acionamento intencional e regular dos mecanismos de disparo.
    • Normalmente, os tiros acidentais ocorrem devido a defeitos ou falhas nos mecanismos gerais e de segurança da arma.

    DISPARO ACIDENTAL

    • Acionamento regular do gatilho por parte do atirador, sem o propósito para isso

    FONTE: infoarmas.com.br/disparo-acidental-x-tiro-acidental/

  • a) Tiro acidental é aquele resultante do disparo da arma de fogo que não foi causado pela ação humana nos mecanismos de acionamento do gatilho. O gatilho foi acionado, mas não foi o ato humano que realizou esse acionamento. Segundo Rabello (Rabello, 2011, p. 228), tiro acidental é “Todo tiro que se produz em circunstâncias anormais, sem o acionamento regular do mecanismo de disparo, devido a defeitos ou falta de segurança do mecanismo da arma”

    b) Tiro involuntário é aquele produzido pelo normal acionamento do gatilho por meio dos mecanismos de acionamento da arma, porém, o atirador não tinha intenção alguma de realizar o disparo.

    c) Acidente de tiro é aquele em que um mecanismo da arma falhou e ocorreu dano no atirador ou mesmo na arma. Esse funcionamento anormal prejudica o atirador e/ou o seu armamento, como no caso da arma, literalmente, explodir durante o tiro. 


ID
667828
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quando o projétil de arma de fogo é transfixante observa-se, no corpo humano, um segundo orifício, ou seja, o orifício de saída, cuja lesão apresenta a seguinte característica:

Alternativas
Comentários
  • O Orifício de saída é geralmente maior que o orifício de entrada e, ao contrário deste, pode apresentar fragmentos de ossos e/ ou tecidos. No OS a lesão é de dentro para fora.

    Algumas observações: 

    1) Na pele e nos tecidos moles, o orifício de entrada tem seus bordos invertidos, cone de entrada encontrado em todas as feridas, enquanto o OS tem os bordos evertidos;

    2) No crânio, o orifício de entrada tem seus bordos evertidos, devido à hipertensão intracraniana e pressão dos vasos internos do crânio, sendo o OS igual ao de tecidos moles;

    3) Um mesmo prójetil pode fazer mais de um OS, podendo isto ocorrer pela formação  de projéteis secundários devido à fragmentação do projétil durante a entrada ou à fragmentação do tecido ósseo atingido pelo projétil primário.

    Roberto Blanco assinala que é possível haver OS com orla de escoriação. Isso ocorre quando o projétil encontra no orifício de saída um anteparo, o que acarretará o atrito da pele com este anteparo, gerando escoriações na mesma.

    OS = Orificio de saída.

    Comentários tirados do livro Medicina Legal à luz do Direito Penal e do Direito de Processo Penal. 9 edição. Editora Impetus. página 74.

  • é só lembrar que, tudo que sai  faz um estrago maior....#dica
  • SINAL BONNET --> Sinal de saída maior que a de entrada
  • Ferimento de saída

    - Menor que o de entrada ( diâmetro). Sinal de Funil de Bonnet ou cone de Bonnet 

    - Não há efeitos secundários

    - Bordas Evertidas

    - Não há orla de escoriação nem enxugo

    - Caracterizada pela presença de sangue

    - Forma irregular

    - Pode haver aréola equimótica.

  • Mas sinal de Bonet( cone de Bonet) OE menor diâmetro, OS maior diâmetro formando um bisel não se verifica somente quando da presença de ossos achatados perfurados por PAF?

  • Excepcionalmente admite-se orla de escoriação no orifício de saída, quando o alvo estiver justaposto ao anteparo duro (encostado no muro por exemplo). Recebendo o nome de Sinal de Romanese.

  • ALTERNATIVA C - Os projetos transfixante são de alta energia, ou seja, quando entra no corpo humano "empurra" tudo que está a sua frente, então a saída "explode" sendo normalmente maior que o orifício de entrada. Como diria o Capitão Nascimento quando o Matias matou o Beirada no tropa II o "orifício de saída é do tamanho de uma tangerina".....kkkkkkkkkkkk

  • ENTRADA

    Regular

    Invertido

    Normalmente proporcional ao diâmetro do projétil (exceção aos projéteis de ponta oca, principalmente os expansivos)

    Com orlas e zonas

    SAÍDA

    Dilacerado

    Evertido

    Desproporcional ao diâmetro do projétil

    Sem Orlas e Zonas

     

    *LEMBRANDO QUE TEM EXCEÇÕES

    Tiro Encostado

    Ricochete

    2 ou mais disparos sucessivos no mesmo ponto

     

    LUIS - QG

  • Cuidado com a informação. O sinal de Bonnet acontece no osso craniano. Não tem nada a ver com o orifício de saída em partes moles.

  • Sinal de Bonnet: é encontrado em várias lesões, como as decorrentes de enforcamento ou estrangulamento, mas também possui importância médico-legal na lesão produzida por disparos de PAF, guardando a peculiaridade de que no tiro ele aparece no osso. Normalmente no osso do crânio, no lugar de entrada do projétil, o buraco é menor, na saída é maior, fazendo uma figura como se fosse um cone truncado. Ou seja, fica uma parte estreita onde o projétil entra, com uma parte ampla onde o projétil sai.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • olho essas perguntas antigas de Med Legal e me pergunto pq demorei tanto para estudar.

  • As lesões de saída não apresentam enxugo, pois os resíduos costumam ficar no orifício de entrada, quando do primeiro contato com a derme.

    Estas lesões tendem mais a apresentarem bordas irregulares por alguns motivos, principalmente pela possibilidade de termos projéteis secundários (esquírolas ósseas, por exemplo), e tb pela posição daquele, que devido à força de arrasto do corpo humano, perde estabilidade e tendem a sair em uma posição “menos anatômica”

    Tb se percebe ausência de escoriações nestas lesões de saída. Mas atente para os ensinamentos do Mestre Roberto Blanco : “na medicina e no amor, nem nunca, nem sempre”.

  • Mas gente, o sinal de Bonnet é em ossos achatados, como crânio, costela, esterno, ilíaco... A questão não fala que local o projétil transfixou. Mas por eliminação seria a menos errada, já que a A só ocorre em lesões de entrada, e na B é justamente ao contrário (lesões de saída são irregulares e podem ter formas bizarras). A letra E também é o inverso, haja vista que as lesões de saída causam maior sangramento. Porém, as lesões de saída podem sim ter dimensões menores que as de entrada, logo a alternativa D é a menos errada.

    ’’ A lesão de saída pode ser maior ou menor do que a de entrada (variando em função de diversos fatores, como o tamanho do trajeto e as partes fragmentadas). De acordo com Higyno Hercules, se a saída coincidir com a cavidade temporária, será muito grande. Se ficar além do plano da cavitação, a saída de apenas uma parte do projétil produzirá uma lesão de área inferior á de entrada’’. (Pg. 224, Ferreira, Wilson Luiz Palermo, Medicina Legal, Volume.41, sinopse juspodivm, 5 edição, 2020).

  • Gente, a questão fala de um projetil transfixante, isso ocorre em projeteis de alta energia, não tem nada haver com sinal de BONNET, que aparece quando há superfície óssea na área que é atingida pelo projétil.

  •  O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco) O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco) O que é lesão em chuleio?: Trata-se de ferimento, (geralmente produzido por PAF) produzido por um único golpe que transfixa várias partes do corpo. Ex: Lesão por PAF que transfixa o braço, penetra no tórax, podendo transfixá-lo, ou não, e entra no outro braço, podendo transfixá-lo, ou não. Um tiro que transfixa vários dedos da mão..." - (Professor Roberto Blanco)

  • é só lembrar da batalha de naruto vs sasuke, na qual o naruto utilizando um rasengan (alta energia) acerta uma "caixa d'água" resultando em um ofício pequeno na entrada, porém um orifício enorme na saída. o que teria acabado com o sazuke. kkk

    bons estudos!


ID
718240
Banca
PC-SP
Órgão
PC-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O sinal de Werkgaertner é:

Alternativas
Comentários
  • questão anulada
    Sinal de Werkgaertner. É a marca da boca do cano da arma de fogo na pele.

    a alça de mira é a parte perto do cão em uma arma como a pistola ou revólver, ou seja, na parte de trás da arma. só se a pessoa foi morta a coronhada, pistolada, revolvada é que vai fica essa marca. 

    questão anuladíssima.
  • Como que o desenho da alça de mira pode ficar desenhada na pele do individuo sendo que ela fica alojada na parte de traz da arma?
  •    É que equivocadamente o colega colocou a imagem de um rifle, e no casoo sinal de werkgaertner, é formado pelo tiro encostado de um Revolver, comopor exemplo, um pistola 9mm ou uma calibre 38, e não por um fizil, uma metralhadora,uma escopeta, que logicamente não formarão esse desenho. 
  • Pessoal:

    O colega postou a imagem do fuzil para que possamos visualizar o erro da questão, razão pela qual a mesma foi anulada.

    O "Sinal de Puppe Werkgaertner" normalmente indica que o disparo foi realizado com o cano encostado em um local em que não há osso por debaixo da pele, restando assim a marca da boca da arma na pele. A questão afirmava que ficava marcada a "alça de mira" e como os colegas comentaram e demonstraram, isso é meramente impossível, já que esta fica na parte posterior da arma. Ao contrário do que o colega afirmou, o sinal não faz distinção se o tiro foi de revólver, pistola, rifle, fuzil, escopeta etc. 

    Caso o disparo seja efetuado com o cano encostado em uma região em que há osso por debaixo da pele, teremos o "Sinal da Boca de Mina de Hoffman".
  • Com todo o respeito, numa aula da Pretorium o Professor falou que o "Buraco de mina de Hoffman" é um sinal característico de todos os tiros enconstados, porém, nos casos onde haja osso logo abaixo da pele (ex: tiro enconstado na cabeça) o sinal diferenciador para saber qual o orifício de entrada e de saída é o "sinal de Benassi".

    Abraço a todos!
  • Fabiano, creio que estamos discutindo acerca do mesmo fenômeno:
    A Câmara de Mina de Hoffmann e sinal Benassi ou Benassi Cueli fazem parte da mesma lesão.  Ocorre que na Mina de Hoffman analisa-se o refluxo de gás nos tiros sób tábuas ósseas ocasionando aquele tipo de lesão em que o orifício de entrada vai se "esfolar para fora" se confundindo com a lesão de saída, ocasionando a mina. No sinal de Benassi teremos também o tiro sób tábua óssea, mas aqui vou analisar o halo de fuligem que ficou na tábua óssoa, lembra-se daquela zona de tatuagem e fuligem, nesses tiros encostados devido o refluxo da pele essa fuligem vai se encontrar na tábua óssea por baixo dessa "esfolação" e não na parte de fora (na pele), como nos tiros a curta distância.
    O sinal de Werkgaeter, também é uma marca de tiros encostados, porém não sei afirmar se haverá tábua óssea ou não por baixo, mas sei que seu sinal é deixar impresso na pele a boca e a massa de mira da arma.
  • brilhante o comentário acima:

    para complementar o que ele deixou em aberto!

    "Sinal de Puppe Werkgaetner: é o caso em que o disparo é feito num local em que não há osso por baixo, de modo que fica um desenho da boca da arma na pele.
  • Somente algumas considerações:

    Quanto à questão.
    Realmente está errada. A massa de tiro fica na ponta do cano, por onde sai o tiro. A alça de tiro fica próxima da coronha. Chama-se alça de tiro porque a massa deve se encaixar nela, para que o objeto visado esteja na direção do disparo. Como um colega disse acima, só tem como deixar o sinal da massa se  bater com a arma na pessoa. Mas daí não vai ser o sinal de Werkgaertner. Vai ser uma provavelmente uma ferida contusa.

    Quanto à arma que poderia ter dado o tiro e a imagem que o colega colocou acima.
    A intenção do colega foi a de ilustrar mais facilmente as partes da arma. Obviamente que um tiro de fuzil ou de outra arma com poder semelhante jamais irá deixar o sinal de Werkgaertner. Isso porque esse tipo de arma, devido ao grande impacto e velocidade do projetil, literalmente "arranca tudo".

    Por fim, vale lembrar que o sinal de Werkgaertner vai surgir quando for tiro encostado (para que possa ficar impresso o desenho circular do cano e, às vezes, a massa de mira), desde que seja em local do corpo que não tenha imediatamente osso embaixo. Isso porque, se tiver, todo o conteúdo da explosão (fumaça, fogo, pólvora incombusta) irá encontrar resistência no osso e irá voltar ("bate e volta"). Nesse caso, ocorre outro fenômeno, chamado de [vários nomes +] Hoffmann: câmara de mina de Hoffmann, boca de Hoffmann, mina de Hoffmann, câmara de Hoffmann, sinal de Hoffmann etc. 

  • Alguém poderia me dizer se a lesão descrita no item "e" tem alguma classificação específica?  Algum nome?

    "o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil sobre a pele"

  • lesões produzidas por PAF:  lesões produzidas por ação perfuro-contundente, ou seja, ao atuarem sobre o alvo eles perfuram-no e o contundem
  • QUESTÃO ABSURDA!

    NÃO FOI ANULADA?
  • Quem concordou com a questão é porque não sabe a diferença entre ALÇA e MASSA de mira. Vejam os desenhos postados pelos colegas. Questão anulada!
  • Sinal de

    Werkgaertner 

    O Professor Genival Veloso de França (1995, p.

    377) enfatiza que “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso o desenho da “boca” e da alça de mira na pele através de um halo de tatuagem e esfumaçamento conhecido como sinal de Werkgaertner .''


    É a lesão de queimadura, produzida pelo cano da arma ainda quente, ao ponto de imprimir na pele da vítima a marca circular do cano e, em alguns casos, marcas de outras características de que a arma dispõe, como por exemplo da massa de mira, guia da mola real, parte frontal da armação nas pistolas, visto que o esfumaçamento,dependendo do tipo e das características do propelente usado, pode não ser bem notado pelo Perito. Ressalte-se que o meio de produção deste sinal é diferente daquele que produz a zona de chama, ou seja, esta é produzida pela chama proveniente da alta temperatura dos gases quando de sua expansão, ao passo que o sinal de Werkgartner é fruto do contato da pele com o cano (da arma)aquecido.


    No volume IV da apostila do Professor Roberto Blanco, pgs 79 e 80, ano 2012, há a explicação acerca do Sinal de Puppe- Werkgartner:

    Ocorre quando há o tiro com o cano apoiado sem osso por baixo. O disparo foi feito com a boca de fogo da arma apoiada no corpo.

    É possível, que apesar da boca de fogo estar encostada na pele, o recuo da arma por ocasião do disparo pode impregnar a pele, ao redor do ferimento com pólvora. Assim , nao estranhe se eventualmente presenciar um sinal de PUPPE - WERKGAERTNER tendo ao lado uma área de sfumaçamento.

    Nesse sinal, às vezes, pode-se notar a impressão da boca da arma e, ou da massa de mira ou , até mesmo , do extrator da arma, decalcados na pele da vítima.

    Para alguns autores, essa lesão é decorrente da queimadura proveniente dos gases superaquecidos que emanam da boca de fogo por ocasião do disparo. Para outros, resulta do impacto da boca de fogo contra a pele, por ação termo- mecânica. De qualquer forma, mesmo indefinida a fisiopatologia, esta marca rara, é o sinal de PUPPE- WERKGAERTNER, e sem dúvida. significa que a arma estava encostada no corpo.


    Logo, alternativa LETRA D!

  • kkk impossível a alça da mira ficar marcada na pele..

    Anulada

  • kkkk Talvez o elaborador da questão não saiba a localização da massa e da alça de mira de uma arma. Na ordem do campo de visão do olho diretor de um atirador seria a sigla "AMA" Alça, Massa e Alvo, bizu para não esquecer.

  • O examinador estava muito louco ao elaborar essa questão, não merece nem comentário!, ridícula!!!!

  • Tiro encostado

    O tiro a queima-roupa é diferente do tiro encostado, onde os resíduos do disparo (cone de dispersão) vão para dentro da pele causando, quando há osso por baixo do local do tiro, uma dilatação da pele (os gases batem no osso e voltam, estufando e queimando a pele), gerando a chamada boca de mina de Hoffman, onde a forma estrelada da lesão é causado pelos gases e não pelo projetil (imagem abaixo).


    Contudo, quando não houver osso por baixo do local do tiro encostado, não haverá a explosão na ferida, característica da boca (ou câmara) de mina de Hoffman, mas somente o desenho do orifício de saída do cano (boca) da arma de fogo, sendo essa lesão denominada de sinal de Puppe-Wergaerter.

  • Faltou a questão especificar que o PAF não encontrou osso logo na entrada, dai, estando livre de osso e tratando-se de tiro encostado na pele, haverá sinal Puppe Werkgartner( marca do cano da arma e da massa de mira "gravado" na pele). Se houver osso achatado por trás da pele e o tiro for encostado( ex: Têmpora), os gases batem no osso e retornam arrebentando a pele ( estrelada), formando nessa pele a boca de mina de Hoffman e no osso que recebeu esses gases direto, irá se formar o chamado sinal de Bennassi.  

  • Resposta: Alternativa "D"

    São caracteristíscas do tiro encostado:
    a) Todos os elementos do disparo penetram na pele, logo, NÃO há zona de enxurgo e zona de tatuagem. Há a expansão dos gases que invadem o subcutâneo. Orifício irregular, estrelado, com grande diâmetro, maior que o do projétil.
    b) Há formação de pequenas cavidades enegrecidas (escurecidas) pela pólvora no tecido subcutâneo – sinal de câmara de mina de Hoffman.
    c) Nos disparos SOBRE a superfície óssea ocorre impregnação de partículas incombustas na tábua óssea externa – sinal de Benassi.
    d) Nos disparos em regiões SEM plano ósseo há distensão de gases distende a pele que contunde a arma – impressão cutânea da boca da arma – sinal de Puppe-Werkgartner.

  • Questão anulada. A letra D é errada, o sinal citado não deixamarca da alça de mira na pele do vitimado. O que deixa éo cano e a massa de mira.

     

    Banca da casa da nisso.... Tanta ansia para dar questões faceis pros apadrinhados que erram feio.

  • Uma questão de polícia o kra que elaborou não sabe a diferença entre alça de mira e de tiro!!!!

  • Gabarito “D”  ERRADO.

     

    Sinal de Werkgaertne é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento. Característica de tiro encostado (Medicina Legal, Francisco Benfica, 3ª ed. pág 74).

     

    A alça de mira fica na parte posterior da arma de fogo. Assertiva inverteu massa por alça e tornou a questão com nenhuma alternativa correta.

     

  • LETRA D

     

    O Sinal de Werkgartner representa a marca da boca da arma tatuada ao redor do orifício nos tiros encostados (pela zona de tatuagem esfumaçamento).

  • ALT. "D"

     

    Resumo: A Boca de Mina de Hoffmann, é o tiro encostado com osso por baixo, neste caso a pele ‘explodirá’. O osso por baixo da pele fica sujo, o sinal de Benassi, é a sujeira no osso, sempre que houver a Boca de Mina - Haverá o Sinal de Benassi. Quando não houver osso por baixo haverá o sinal de Puppe-Werkgaertner, e ficará o desenho da arma no local do disparo.

     

    BONS ESTUDOS. 

  • Pra acertar essa questão, só se o candidato não souber a diferença entre alça e massa. Fiquei procurando a alternativa menos errada. Deveria ser anulada!

  • Questão super recorrente em concursos públicos.

    - Sinal de Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA D
  • d)o desenho da boca e da alça de mira da arma sobre a pele.

     

    LETRA D – CORRETA - Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner (Figura 4.29), representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.” (Grifamos)

     

    O professor Roberto Blanco do CERS aduz que o sinal de puppe-werkgartner, que é o tiro com a boca de fogo da arma encostada na pele, sem osso por baixo. Deixa o decalque da boca de fogo na pele, não faz a boca de mina de Hoffman pq não tem osso.

  •  a) o halo fuliginoso deixado sobre as peças ósseas nos disparos encostados. SINAL DE BENASSI

     b) a zona de tatuagem deixada pela pólvora sobre a pele nos disparos a curta distância. ZONA DE TATUAGEM (Deixada pela pólvora)

     c) o ângulo oblíquo do orifício de entrada nos disparos efetuados a longa distância. ZONA DE FICH

     d) o desenho da boca (e da alça de mira) da arma sobre a pele MOLE. SINAL DE WERKGAETNER

     e) o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil sobre a pele.  NÃO SEI :(

  • TIRO ENCOSTADO SEM OSSO POR BAIXO


    Com o cano encostado o projétil e os gases entram, porém, não haverá a explosão e fuligem por fora, tampouco tatuagem. Para saber se o cano foi encostado analisa-se o sinal de Puppe-Werkgaertner, o qual surge pela pancada que a pele dá na boca da arma, fica um carimbo da boca do cano da arma na pele onde o projétil entrou.


    Fonte: Medicina Legal - Material de apoio - Curso Mege.

  • A alternativa D não fala massa de mira (que fica próximo à boca do cano), ela fala da alça de mira, que fica na parte de trás da arma. Pode parecer apenas um detalhe, mas deve ser levado em consideração, principalmente por ser um concurso para a área policial. A questão é passível de anulação, não sei se foi anulada pela banca.

  • Questão totalmente anulável, como bem demonstrado por alguns colegas. A banca trocou o termo "Massa de Mira" por "Alça de Mira".

    Alça de Mira - Localiza-se na parte de trás da arma de fogo.

    Massa de Mira - Localiza-se na parte da frente da arma de fogo.

    Portanto, o Sinal de Werkgaetner ocorre quando há o desenho da boca e da MASSA DE MIRA da arma sobre a pele.

    "SEMPRE FIEL"

  • A-sinal sinal de Benassi.

    C- me parece que a banca faz referência à orla de escoriação, cuja importância medico-legal é justamente indicar o sentido do tiro. Mas tb podemos admitir uma referência ao anel de fish (alguns preferem halo de Fish) que é a junção da orla de escoriação e orla de enxugo, daí, além de apontar o sentido, indica que trata-se de uma lesão de entrada (devido ao enxugo).

    D- acho que tb faz referência à orla de escoriação.

  • Questão dada! CORRETA - D.

  • Na alternativa "D"

    Só corringindo, tecnicamente: não é alça de mira, mas, sim, MASSA DE MIRA (que fica acima da boca do cano da arma), compondo o “aparelho de pontaria”.

  • Se foi anulada não deveria aparecer essa questão pra mim, tendo em vista minha opção por excluir do filtro as questões anuladas e desatualizadas. Desperta QConcursos!!

  • assa questão foi muito é grotesca, realmente, a alça fica posicionada atrás e a massa ,na frente, as duas juntas alça e massa formam a mira . Mas mesmo assim, a massa fica à alguns milímetros distante da boca da arma. portanto mesmo se foce a massa ,assim mesmo seria difícil encostar .por conseguinte a questão está errada.
  • Deveria ser "Massa de mira," e não alça de mira.

    Contudo, explicando melhor, no tiro encostado sem plano ósseo subjacente observa-se uma escoriação causada pela massa de mira ou a do pino da mola recuperadora, dependendo de se tratar de revólver ou pistola, respectivamente. Essa escoriação é conhecida como sinal de Puppe- Werkgaertner

  • OBRIGADO AOS ALUNOS PELOS COMENTÁRIOS. SE DEPENDERMOS DESSES PROFESSORES ESTAMOS FERRADOS.


ID
755581
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa que completa o fragmento a seguir.

O calibre nominal de uma espingarda é expresso _____

Alternativas
Comentários
  • O calibre para as armas de caça (ou armas de alma lisa) é determinado pelo número de esferas de chumbo (balins), de diâmetro igual ao do cano, que perfazem uma libra de massa (454g). Ex: calibre 12 significa que 12 esferas de chumbo do diâmetro do cano pesam uma libra.

  • O número do calibre da espingarda é igual ao número de esferas de chumbo com o mesmo diâmetro da câmara da arma que são necessárias para formar a massa de uma libra-peso (1 libra = 453,6 g)

    Hygino Hércules - 2011

  • Letra: B

    O calibre nominal ou gáugio (gauge) em armas com cano de é uma expressão numérica indicativa pela quantidade de esferas de , com diâmetro exato ao calibre real da alma do cano da respectiva arma, necessária para obter o peso de uma libra inglesa (453,8 ).

  • GAB: B

    calibre nominal ou gáugio (gauge) em armas com cano de alma lisa é uma expressão numérica indicativa pela quantidade de esferas de chumbo, com diâmetro exato ao calibre real da alma do cano da respectiva arma, necessária para obter o peso de uma libra inglesa (453,8 g).

    • A exemplo das esferas do famoso calibre .12 em que os balins são 12 esferas de 18,5 mm (diâmetro do cano da doze)
    • São exemplos de armas de alma lisa a espingarda e a escopeta.

ID
755584
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As alternativas a seguir apresentam várias substâncias que fazem parte da mistura contida na espoleta da maioria das munições modernas, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • ESPOLETAS

    Nos primórdios das espoletas, a mistura iniciadora utilizada era composta de fulminato de mercúrio, clorato de potássio e trisulfeto de antimônio. Apesar do grande efeito corrosivo do clorato de potássio, os resíduos de pólvora negra, usada naquela época, agiam como elementos de proteção. Porém, o fulminato de mercúrio atacava os estojos de latão e os copos das espoletas, o que ocasionou a sua retirada de cena. Com o uso disseminado das pólvoras sem fumaça, o problema da corrosão do clorato de potássio ressurgiu, trazendo consequencias danosas às armas que não eram bem limpas pelos seus donos, após o uso. Desta forma, uma nova fórmula passou a ser utilizada, composta de nitrato de bário, peróxido de chumbo e silicieto de cálcio. Os grandes fabricantes norte-americanos da época, como Remington e Winchester, lançaram então as suas marcas comerciais, denominadas de “Kleanbore” e “Stainless”, respectivamente. A CBC no Brasil adotou a marca “Antioxid”. Depois de várias outras mudanças, principalmente com o intuito de eliminar o chumbo da fórmula, hoje em dia o componente mais utilizado é o diazonitrofenol.

    Fonte: https://armasonline.org/armas-on-line/cartuchos-polvoras-e-projeteis-nocoes-basicas/

  • Gabarito D

    Diversas composições desses materiais são utilizadas por diferentes fabricantes. A composição mais comum, utilizada pela Companhia Brasileira de Cartuchos, do início da década de 70 até a atualidade, tem por base o estifinato de chumbo (trinitroressorcinato de chumbo). Entre as mais usadas são: Trinitroressorcinato de chumbo; Tetrazeno; Alumínio em pó; Trissulfeto de antimônio; Nitrato de bário.

    fonte: http://assindelp.org.br/files/conteudo_arquivo/12168/modulo4.pdf

  • RESPOSTA:

    Nitrato de estrôncio

  • A grande maioria das munições apresenta, como mistura iniciadora, o estifnato de chumbo (PB), nitrato de bário (BA) e sulfeto de antimônio (SB). + tetrazeno + mercúrio

    Já o propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina ou até nitroguanidina.


ID
755587
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação ao trajeto dos projéteis de arma de fogo no corpo humano, analise as afirmativas a seguir.

I. A cavidade temporária é formada no trajeto de qualquer projétil.

II. Os projéteis encamisados tendem a ser transfixantes.

III. Um projétil calibre 45 de ponta deformável é capaz de derrubar um soldado de 70Kg, que seja atingido em região protegida do tronco por colete à prova de balas porque lhe transfere toda sua energia cinética.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • ASSERTIVA "I" - Correto, tanto os PAF comuns (baixa - até 300 m/s - ou média - + 300 m/s e - 600m/s- energia) quanto os PAF de alta energia (+ 600 m/s) produzirão a cavidade temporária, a diferença é que nos PAF de alta energia as consequências desse fenômeno serão mais prejudiciais e acentuadas;

     

    ASSERTIVA "II" - Entende-se por "PAF ENCAMISADO" o núcleo de chumbo revestido (total ou parcialmente) com uma camisa de percentuais de cobre, zinco e níquel (podendo descartar um destes elementos), tendo como vantagens: não provocam chumbeamento nas raias e permitem maiores velocidades iniciais. Projéteis totalmente encamisados apresentam maior penetração do que os projéteis de chumbo ou ponta de chumbo, podendo transfixar alvos com facilidade.

     

    ASSERTIVA "III" - Não faço ideia...

     

    FONTE: Manual CBC e Sinopse Juspodvum 2016

  • Dinâmica e não cinética. Cinética é movimento. Dinâmica é força.


ID
755590
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

São condições em que a entrada de um projétil de arma de fogo costuma ter forma atípica, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Tudo que interfere a trajetória (itinerário do projétil no meio externo) pode modificar as características típicas da lesão de entrada do PAF. O uso de projétil esférico não se relaciona com o enunciado. Ora, usado projétil esférico, a lesão de entrada terá as características pertinentes a este tipo de projétil.


ID
755593
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Na atualidade, o melhor teste para se saber se uma pessoa disparou uma arma de fogo é a colheita de material da mão do suspeito e a seguir:

Alternativas
Comentários
  • O GABARITO É LETRA C, MAS NÃO ENTENDI.

  • Mas que belo comentário Ayonara.

  • Os resíduos derivados da pólvora são principalmente os NITRITOS. São evidenciados por uma reação corada com o REATIVO DE GREISS. Mas seu valor tem sido desacreditado em função da grande possibilidade de falso- positivos causados por contaminação prévia da mão por substancias sem qualquer tipo de relação com disparos de arma de fogo- EX: URINA, CINZA DE CIGARRO, FERTILIZANTES, ALIMENTOS EM CONSERVA. SALIVA E SUOR TAMBÉM CONTÉM NITRITO • Urina; • Cinza de cigarro; • Fertilizantes; • Alimentos em conserva. Pelo fato de serem so lúveis em água, os nitritos podem não ser encontrados se tiver havido lavagem da pele.

    Por isso, criou-se TESTE DA PARAFINA OU LUVA DE PARAFINA DE ITURRIOZ-Capaz de recolher resíduos impregnados profundamente na epiderme O TESTE E ITURRIOZ é feito colocando-se parafina semilíquida sobre a pele das regiões suspeitas depois de lavada cuidadosamente a mão do possível atirador. A temperatura próxima do ponto de fusão da parafina é quente o suficiente para dilatar o s poros e sulcos da pele de modo a poder colher as incrustações mais profundas e não removíveis com a lavagem.

    As partículas ficam aderidas à parafina, que deve ser removida enquanto ainda mole p ara poder ser esticada sobre a superfície plana com a face de contato com a pele para cima. A superfície deve ser examinada com microscópio estetoscópico para localizar áreas suspeitas. Sobre essas áreas, é necessário pingar uma gota do REAGENTE DE LUNGE ( também chamado de REAGENTE BENITEZ) – presença de nitritos e nitratos produz uma coloração azulada por reação de oxidação. Não é específica para resíduos de pólvora nem sequer p ara nitritos. Indica apenas a presença de um oxidante. Além de ser um teste inespecífico, sua realização é laboriosa e o aparecimento da cor azulada é fugaz, não podendo ser repetido.

    Os resíduos produzidos pela queima da espoleta, contudo, são bem mais confiáveis- a pesquisa desses resíduos pode ser feita p ela chamada VIA ÚMIDA, que se vale de reações químicas para metais presentes nos sais da espoleta, como chumbo, antimônio e bário, ou pela MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA. • Fabricação de papéis – bário • Fabricação de fios sintéticos – antimônio Atualmente melhor método - MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA complementada pela ESPECTROMETRIA AOS RAIOS X.

    Fonte: HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C



  • O método mais prestigiados pelos cientistas forenses é a microscopia eletrônica de varredura complementada pela espectometria aos raio x.

    Hygino Hércules - 2011.


ID
755596
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O grau de choque do cano de uma espingarda costuma ser medido pela porcentagem de bagos de chumbo que ficam dentro de um círculo de 30 polegadas (76cm) situado num plano distante 40 jardas (36,6m) da boca da arma.

Assim, no grau de choque chamado de cilíndrico melhorado, a porcentagem é de:

Alternativas
Comentários
  • Informações sobre espingardas:

    ESPINGARDAS - CHOKE (ESTRANGULAMENTO)

    As espingardas de caça geralmente apresentam uma constrição na boca do cano, cuja finalidade é ‘agrupar’ melhor a carga de chumbo formada por várias esferas por elas disparadas.

    Essa constrição é chamada na língua Inglesa de ‘CHOKE’ (pronuncia-se algo como ‘tchouque’). O choke pode ser entendido como ‘ESTRANGULAMENTO’.

    A maioria das espingardas de um cano tem ‘CHOKE FULL’ ou ‘CHOQUE PLENO’ que propicia uma ‘chumbada’ (roseta) mais fechada.

    Nas espingardas de dois canos é comum um cano apresentar ‘choke pleno’ e o outro cano apresentar ‘choke modificado’ ou ‘1/2 choke’, embora possam ter outras medidas também.

    O objetivo disso é que as espingardas foram desenvolvidas para tiro ao voo e assim, o choke mais aberto seria utilizado para tiros mais próximos e o choke mais fechado para tiros a alcances mais longos.

    Como padrão, foram estabelecidas distâncias para o agrupamento dos chumbos conforme os calibres, sendo que o alvo foi definido com 30 polegadas (76 centímetros) de diâmetro.

    Os alcances para medir o agrupamento dos chumbos coforme o choke, variam de acordo com os calibres, sendo:

    Calibres 12, 16 e 20: 40 Jardas (aprox. 36 metros)

    Calibres 24, 28 e 32: 27 Jardas (aprox. 25 metros)

    Calibre .410 (36): 20 Jardas (aprox. 18 metros)

    A esses alcances, o percentual de concentração de chumbos no alvo de 30’’(76 cm) são os seguintes:

    Choke cilíndrico: 30% - 35%

    Choke cilíndrico melhorado (1/4): 45% - 50%

    Choke modificado (1/2): 50% - 60%

    Choke modificado melhorado (3/4): 60% - 65%

    Choke pleno: 70% - 75%

    Nota: Na ilustração eu mantive o padrão original em jardas (jd) e polegadas (").

    Para quem quiser converter:

    1 jd = 91,44 cm

    1" = 2,54 cm

    Nelson L. De Faria (in Airgunner).

  • Essa questão chega a ser imoral.

  • aí é questão para perito especialista em balística, se fosse o caso.
  • mais uma que nao mede conhecimento para o cargo pretendido


ID
755599
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Na comparação entre os projéteis dos fuzis AR-15 (5,56mm e 3,6g) e FAL (7,62mm e 7,9g), é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A principal diferença entre esses dois tipos de munição (5,56 mm e 7.62 mm), além do calibre (óbvio), é a energia cinética que podem transmitir, sendo a velocidade do PAF o fator que tem maior influência no resultado da energia cinética.

     

    PAF 5,56 mm: pesa 3,6g, tem velocidade inicial de 977 m/s e transfere uma energia cinética de 1.718,1 joules;

    PAF 7,62 mm: pesa 7,9g, tem velocidade inicial de 710 m/s e transfere uma energia cinética de 1.991, 1 joules;

     

    Essa é a razão para um PAF 5,56MM, que tem massa menor, mas é impulsionado com velocidade maior, conseguir ter energia cinética próxima a de um PAF 7.62 mm.

     

    Esses dados influenciam diretamente no tipo de lesão e na possibilidade de desfragmentação do PAF.

     

    fonte: Sinopse Juspodvum 2016 - Wilsom Palermo - pág. 133 e 134.

  • R15 = alcance efetivo 550 m. FAL = 600 m , logo a questão é A.

  • Dá pra acertar por eliminação:

    B - Errada, veja que massa do projétil de FAL ser 2x maior, fisicamente o momento linear do projétil também é maior. (Se ainda tiver dúvidas, faça a conta... momento linear = massa * velocidade)

    O que confere ao FAL uma maior estabilidade ao entrar no corpo.

    C) Errada, pelos mesmos motivos que citei na letra B). O projétil FAL tende perder estabilidade mais tarde

    D) e E) Imagino que todos esses projéteis tenham movimento de nutação e precessão. O porquê disso você deve achar no google, deve ser mecanicamente algo natural do ponto de vista de estabilidade


ID
755602
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Os patologistas forenses fazem pesquisas de balística com meios inertes para estudar o comportamento dos projéteis de armas de fogo. Assinale a alternativa que indica, entre os meios utilizados, o que mais se aproxima dos tecidos musculares.

Alternativas
Comentários
  • Entendo que não se trata de qualquer  gelatina.

    O adjetivo "Balística" seria fundamental para o item "A" ser considerado correto.

    Minha opinião.

  •  

     

    Locais e ou equipamentos para testes de eficiencia em munição ( de acordo com POP  Pericia criminal MS 2013)

    • Caixa de areia ou algodão 

    • Estande de tiro ou local aberto onde possa ser possível fazer o disparo com segurança

    • Pneus com areia

    • Sacos de areia

    • Tanque com água 

  • É utilizada a gelatina balística.

  • GAB: LETRA A

    A gelatina balística é um tipo de solução gelatinosa que tem por objetivo simular a densidade e a viscosidade do tecido muscular humano para analisar o impacto do projétil sobre ele. É muito utilizada nas perícias científicas, a fim de recriar a cenas de crimes, analisar os danos causados por projéteis ou até mesmo golpes sobre o corpo.


ID
759397
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta a definição de anel de Fisch

Alternativas
Comentários
  • ORLA DE ENXUGO, A ORLA DE ESCORIAÇÃO  E A ORLA DE EQUIMOSE, EFEITOS PRIMÁRIOS CAUSADOS PELO PROJETIL, FORMANDO O DENOMINADO ANEL DE FISCH.

  • Gab. C

    Lembrando que o ANEL DE FISCH (efeito 1º do projetil) pode ser encontrado tanto no tiro a curta distância quanto no tiro a longa distância.

  • Estou reaprendendo medicina legal, Genival Veloso trata como "a superposição da orla de enxugo e orla de escoriação". Deduzi a alternativa certa por considerar tal conjunto, mas é um conceito bem diferente...

    Alguém sabe informar qual doutrina foi utilizada?

  •  FISCH lembra fish-peixe, peixe lembra praia, praia lembra orla!

  • boa Caroline !
  • Gabarito: C

    Complementando...

    EFEITOS PRIMÁRIOS – são os produzidos pelo elemento primário do tiro (projétil) sendo, portanto, próprios do orifício de entrada.

    Ocorrem independentemente da distância do tiro e compreendem: o orifício propriamente dito, a orla de enxugo, a orla de contusão e a auréola equimótica. (ANEL DE FISCH)

    EFEITOS SECUNDÁRIOS – são os que resultam dos tiros à curta distância, da ação de gases, efeitos explosivos e de resíduos da combustão. (HÉRCULES, 2005)

    São produzidos pelos elementos que saem da boca do cano da arma exceto o projétil.

    Os efeitos secundários são denominados de “zonas” e não orlas, e podem ocorrer separadamente ou em concomitância uns com os outros, a depender de diversos fatores.

    São três os efeitos secundários do tiro:  Zona de chamuscamento;  Zona de esfumaçamento; e  Zona de tatuagem.


ID
820270
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um cadáver apresenta um ferimento transfixante por projétil de arma de fogo na região toracodorsal. Quais as características observadas no orifício de entrada do projétil?

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "E"

    São características do orifício de entrada por projétil de arma de fogo:

    --> forma circular ou ovalar (variando de acordo com a direção do tiro);

    --> diâmetro geralmente menor que o projétil;

    --> bordas geralmente invertidas, lisas e regulares;

    --> orlas e zonas de contorno.

    Obs. nos disparos enconstados as características são outras.

  • Entrada                                      Saída

    1. Regular                               1. Dilacerado

    2. Invaginado                          2. Evertido

    3. Proporcional ao projétil       3. Desproporcional ao projétil

    4. Com orlas e zonas              4. Sem orlas e zonas                   

  • GABARITO E

    CARACTERÍSTICAS

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).

    ___________________________________________________

    Curta distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.

    ___________________________________________________

    Encostados:

    -sem zonas e orlas;

    -bordas evertidas;

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.

    bons estudos


ID
820324
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A descrição de um orifício de entrada de projétil de arma de fogo com buraco de mina de Hoffmann, escoriação de massa de mira (sinal deWerkgartner), zona de esfumaçamento, zona de tatuagem, equimoses e queimaduras, está relacionada com:

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Werkgartner é representado pelo desenho da boca e da massa de mira da arma de fogo, podendo ser produzido por ação contundente ou pelo aquecimento desses elementos com o disparo do tiro. Por óbvio, aparecerá nos tiros encostados.

     

    Sinal de Hoffman (também aparece com os nomes de boca de mina ou câmara de mina) é causado pela expansão dos gases que são produzidos com a deflagração do PAF, É caracteristico dos tiros encostados.

     

     

  • tiro encostado não tem zona de tatuagem.

  • Questão mal elaborada. Segundo diversos autores tiro encostado NÃO tem zona de tatuagem ou esfumaçamento

  • CUIDADO QUESTÃO MAL FORMULADA:

    01

    Q205860

    Medicina Legal 

     Traumatologia Forense,  Balística

    Ano: 2011

    Banca: CESPE

    Órgão: PC-ES

    Prova: Médico Legista

     

    Nos tiros encostados, em geral, apresenta-se zona de tatuagem e esfumaçamento. GAB.: ERRADO.

  • Efeitos Secundários - zona de tatuagem e esfumaçamento produzidos nos tiros encostados  - Livro Balística Forense 8 Ed.

     

  • Tiros com arma apoiada ou encostados São os tiros disparados com a boca do cano da arma contatando intimamente com a superfície do alvo. Determinam no organismo ferida de entrada em "câmara de mina", pela ação da força viva do projétil aumentando a pressão hidrostática, pela violenta expansão dos gases de explosão anfractuando os tegumentos, pelo escurecimento do orifício de entrada e do início do trajeto por deposição de pólvora incombusta e/ou comburida e pelo negro de fumo (ou seja, a marca da boca do cano). Essa marca de queimadura também é conhecida como sinal de puppe-werkgartner.

  • Po, tiro encostado com sinais secundarios na pele ? 

    Novidade ; )

  • GABARITO B


    CARACTERÍSTICAS DOS TIROS

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.

     

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.


    bons estudos

  • Bom vir nos comentários e ver que algumas vezes nós sabemos mais que o examinador! Ótimo sinal, parabéns pra nós!. E pra ajudar os não assinantes, o gabarito foi letra B ...


ID
822469
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um cadáver apresenta um ferimento transfixante por projétil de arma de fogo na região toracodorsal.Quais as características observadas no orifício de entrada do projétil?

Alternativas
Comentários
  • Questão de alto nível, mas é suficiente entender que a orla de escoriação estará presente e com isso responder corretamente a questão.
  • Além da orla da escoriação, terá a borda invertida no orifício de entrada do projétil, poia haverá ação dos gases e movimento com o vácuo provocado pela ação cinética.
  • Oríficio de entrada: é, geralmente, maior (salvo se o tiro for disparado em cadáver, quando terá o mesmo diâmetro do orifício de saída);
    *características: - regular
                                  - em geral, circular,       
                                  - bordas invertidas
                                  - buraco c/ sangramento 
                                  

    p.s: no tiro encostado o orifício de entrada é estrelado (em forma de estrela) e apresenta orifício ainda maior em razão da ação dos gases

    Orifício de saída: é, geralmente, menor (salvo se o tiro for disparado em cadáver, quando terá o mesmo diâmetro do orifício de saída);
    *características:  - irregular
                                   - dilacerado
                                   - bordas evertidas (bordas p/ fora)
                                   - exposição de tecido, ossos e sangue.


    Lesões de Entrada
    • Produzidas pelo projetil
      • Orla de escoriação
        • arrancamento da epiderme
        • pode ser observada na saída quando a pele é comprimida contra anteparo
        • aumentada quando roupa grossa é comprimida contra a pele
      • Orla de enxugo
        • exclusiva da entrada
        • por vezes observada nas vestes
      • Orla equimótica
        • mais importante para caracterizar reação vital
        • infiltração hemorrágica ao longo do trajeto
        • observada até o orifício de saída (p.s: quanto à orla
  • Mas a borda Invertida na entrada não é regra, Se o tiro for encostado a borda na entrada é Evertida
  • QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO!

    QUAL TIRO É?

    ENCOSTADO, A CURTA DISTÂNCIA................?

    FERIMENTO DE ENTRADA EM TIROS ENCOSTADOS --> BORDA EVERTIDA

  • Faltou informação nessa questão. Um tiro é um tiro.... encostado, de curta distância, de longa distância. Qualquer opção é válida dependendo da distância do tiro ou se quem levou estava com ou sem roupa. Na minha opinião essa questão é anulável. 

  • Questão mal elaborada. Faltou dados importantes.

  • Acredito que precisa definir qual o tipo de disparo, pois as alternativas podem corresponder a diversos tipos de tiros: encostado, curta distância, longa distância.

    Eu não conseguiria responder essa questão.

  • A orla de escoriação sempre estará presente, independente do tiro ser de longa distância ou curta distância.

  • Cuidado com o comentário do colega Alan Alves. Quem estuda para carreira policial aqui do RJ, deve conhecer o livro do professor Hygino Hercules.

    Em seu livro ele diz que é possível haver lesão de entrada sem orla de escoriação. Isso acontece em regiões do corpo em que a camada córnea (camada mais externa) da epiderme é muito espessa (ele mostra uma foto de um tiro na palma da mão) e por isso, um tiro nessa região não produz a orla em comento, já que a lesão terá uma forma estrelada.

    Fica a dica! Principalmente pra quem se prepara para Delta/RJ.

  • orifício de saída é maior que o orifício de entrada caro colega!

    gab C

  • LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado. Já os tiros à queima roupa apresentam orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam- no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • Cuidado com o comentário mais curtido. O orificio de SAÍDA é geralmente MAIOR que o de entrada, salvo em disparo enconstado sobre superfície rígica (osso).

     

    No orifício de saída, são menos características observáveis: geralmente, é maior que o de entrada, tem maior sangramento, os bordos são irregulares e evertidos, pois acompanham o trajeto do projétil e, caso exista plano ósseo, pode apresentar forma estrelada. Nos casos de projétil de ponta oca, que se deformam ao primeiro contato com um anteparo, o orifício de saída pode ser bem irregular. Isto também ocorre porque muitas vezes o projétil se choca com ossos dentro do corpo humano durante seu trajeto. Um sinal importante a ser constato é o Sinal de Romanese, que ocorre quando o projétil tenta sair do corpo, mas encontra um anteparo, formando, em vez de um orifício de saída, uma equimose - importante constatação em casos de o tiro ter sido efetuado com a vítima já no solo.

     

    http://mortoquefala.blogspot.com/2017/04/orificio-de-entrada-e-orificio-de-saida.html

  • Letra A. O ferimento de saida nao possui orla de excoriacao e nem de enxugo. As bordas do orificio de entrada, diferentemente do orificio de saida, sao bem delimitadas e invertidas.


ID
822523
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A descrição de um orifício de entrada de projétil de arma de fogo com buraco de mina de Hoffmann, escoriação de massa de mira (sinal deWerkgartner), zona de esfumaçamento, zona de tatuagem, equimoses e queimaduras, está relacionada com:

Alternativas
Comentários
  • O tão popular tiro à queima roupa, como o próprio jargão nos fala, as características são de que ao ser atingido a vítima estava tão perto do agressor que alguns sinais foram impressos, tornando assim inequívoco a sua classificação.
    Hoffmam, pode ser observado o tecido em volta do ferimento em movimento eliptico, a escoriação da massa de mira, dá se no momento que o cano da arma de fogo é encostado na pele da vítima, o esfumaçamento e a tatuagem, queimaduras, sao pela ação dos gases e da queima da pólvora que tambem deixa resíduos que embasam a agressão.
  • Caro Genalson,

    o tiro a queima roupa não seria o de curta distancia?


    No tiro encostado nós temos alguns elementos do tiro a curta distância, bem como elementos próprios , que os diferenciam dos demais:

    Câmara de mina Hofmann
    Sianl do Funil de Bonnet
    sinal de Benassi
    Sinal de Puppe-Werkgartner

  • Pessoal apenas um macetezinho que pode ajudar. SEMPRE que existir algum tipo de sinal como de Hoffmann,Werkgartner,Bonnet e Benasi, é caracterizado o disparo encostado. Bons Estudos!
  • Acredito que o único dado para desvencilhar tiro encostado e tiro à curta distância seria o sinal de Werkgartner, pois este sinal apresenta a marca do cano da arma. Logo tiro encostado.


    Avante, bons estudos!
  • Tiro encostado: são ferimentos com forma irregular, denteada ou com entalhes (ação dos gases da explosão nos tecidos), de vertentes enegrecidas e desgarradas, principalmente em planos ósseos, como o crânio ("câmara de mina de Hoffmann" ou "golpe de mina").

    Nos tiros encostados, pode-se encontrar um halo de fuligem na lâmina externa do crânio, costelas e escápulas (Sinal de Benassi) e, na pele, o desenho da boca e da massa de mira do cano (Sinal de Werkgaertner).


  • Pelo o que eu entendi, a questão falou de varios sinais decorrentes do tiro encostado. A zona de tatuagem está se referindo ao Sinal de Werkgartner. 

  • Tiro Encostado:

    Câmara de mina de Hoffman ou "golpe de mina" : vertentes enegrecidas e desgarradas em planos ósseos.

    Sinal de Werkgaertner: desenho da boca e da massa da mira do cano na pele ( não óssea).

    Sinal de Benassi: halo de fuligem na lâmina externa do crânio.

    +

    Efeitos Secundários ( decorrem devido a um possível recuo do tiro encostado; zona de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem).

    O tiro encostado pode ocorrer efeitos secundários, porém não é regra


    Ao amigo abaixo:

    Zona de tatuagem: é a presença de pólvora incombusta na lesão, totalmente diferente de Werkgaertner.

  • Amigos concurseiros, 

    Caso alguém possa me ajudar, tive a seguinte dúvida: se o Sinal de Werkgartner é característico do cano/mira da arma aquecidos pelo disparo, consistente em queimadura ao redor do orifício em tiros encostados, como conciliá-lo com as zonas de tatuagem e esfumaçamento, por exemplo, que vão para o interior da lesão nesse tipo de disparo?!

    Desde já, muito obrigado! À luta!

  • Jorge, eu tbm pensei a mesma coisa! A questão deu as características  do tiro encostado e do de curta distância pq zona de esfumaçamento e zona de tatuagem são de tiro a curta distância, vez que são efeitos do cone de explosão. No tiro encostado, esses efeitos secundários do cone vão estar dentro do orifício de entrada, dai eles recebem esses epônimos, como por exemplo, o Sinal de Benassi que é o halo fuliginoso na lâmina externa do osso  e que não se confunde com zona de esfumaçamento, é efeito da mesma causa porém vai ficar de forma diferente na pessoa que levou o tiro.
    Sobre o tiro encostado autores dizem que "geralmente" são sem zona tatuagem e de esfumaçamento. O caso da questão deve ser uma exceção então. Mas eu não consigo imaginar uma ferida assim não, q foi de tiro encostado e que ainda teve esses efeitos secundários...

  • A questão mistura efeitos do tiro de curta distancia com o tiro de encosto. O tiro de encosto produz câmara de mina de Hoffman e sinal de Benassi, mas não produz tatuagem nem zona de esfumaçamento, estes últimos são decorrentes do tiro a curta distância. 

  • Essa pergunta houve uma mescla, com isso temos mais de uma resposta certa.

  • Lesão produzida por projéteis múltiplos = ROSA DE TIRO

    Tiro encostado = sinal deWerkgartner

     

  • * Sinal da Câmara de Mina de Hoffmann
    - Disparos sobre superfície óssea: ocorre impregnação de partículas incombustas na tábua óssea externa
     

    LUIS - QG

  • Questao mal elaborada, pelo motivo de zona de tatuagem e esfumaçamento. 

    De acordo com GENIVAL FRANÇA:

    Tiro encostado: Têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases, que descolam e dilaceram os tecidos. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. Não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner 

    zona de tatuagem e esfumaçamento sao caracteristicas de tiro a curta distancia. 

  • Pessoal, o tiro encostado não gera zona de tatuagem.

    Não entendi essa questão.

  • " As zonas de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem ficam todas no interior do corpo, mas o orifício de entrada permanece com sua configuração circular ou elíptica, com bordas invertidas. Por vezes, na dependência da força com que a arma foi pressionada sobre a região atingida, é possível evidenciar a marca do cano sobre a pele. Isso é chamado de “Sinal de Werkgaertner”." fonte: Estratégia Concursos

    Acho que esse aprofundamento em saber que as zonas de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem se encontram no interior do corpo é bem específico para o cargo de médico-legista. Mas só por mencionar o sinal de Wergaertner já dá para acertar a questão eliminando as alternativas não correspondentes ao sinal que é característico de tiros encostados.

  • O cara que fez essa questão ou ele tava bêbado ou realmente não tinha conhecimento algum sobre o assunto.


ID
937666
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A presença de um halo pulverulento acinzentado ao redor de orifício ósseo situado no crânio, causado por entrada de projétil de arma de fogo, indica tiro disparado:

Alternativas
Comentários
  • Marca também conhecida como Sinal de Benassi. 

    At,

    @SagaFederal
  • Tiro encostado segundo França;

    Ferimento de Entrada:
    - Plano ósseo logo abaixo, t~em forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que se deslocam e dilaceram os tecidos.
    - Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o sinal de Werkgaertner ( desenho da e da massa de mira do cano)
    - Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrara Halo Fuliginoso acinzentado na lâmina externa do osso no orifício de entrada. (sinal de Benassi).
  • Sinal de Benassi:

    Característico de tiros encostados, onde o osso fica manchado de pólvora. Esse sinal não desaparecerá, a pólvora ficará impregnada no osso, mesmo que o cadáver fique esqueletizado – a boca de mina de Hoffman desaparece, pois fica na pele que, com a esqueletização, desaparece.

  • Não confundir orificio ósseo com orificio de entrada

  • Sobre o Sinal de Benassi, eis o escólio de Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli – Figura 4.28). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-seborrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado.” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1533#set

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1396#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    Atenção: essa é uma questão clássica em provas de Medicina Legal. É essencial saber diferenciar os sinais presentes/ausentes em cada distância de disparo de arma de fogo, bem como o que significa cada conceito.

    A) ERRADO. Tiro à queima-roupa é uma modalidade de disparo a curta distância, e não ocorre a presença do halo de fuligem nessa modalidade de disparo.

    B) CERTO. Nos tiros encostados no crânio os resíduos de combustão produzem, em alguns casos, um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício de entrada. Esse halo é conhecido como sinal de Benassi.

    C) ERRADO. Caso houvesse um anteparo, a fuligem que causou o halo acinzentado provavelmente seria retirada pelo anteparo, não causando o halo.

    D) ERRADO. Nos tiros à distância não encontramos halos acinzentados na lâmina óssea do crânio.

    E) ERRADO. Um ricochete ocorre quando um projétil ou fragmento de projétil é rebatido por um objeto em vez de penetrar nele. Isso pode fazer com que o projetil entre em posições "bizarras" no alvo, causando orifícios de entrada com formas variadas, ou mesmo com características de lesões de saída. Não tem relação com a presença de um halo acinzentado na lâmina óssea.

    Referência utilizada para responder a questão: HERCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. São Paulo, Atheneu, 2014. 2a edição.

    Gabarito do professor: Letra B.
  • Sinal de Benassi (tiro encostado com plano ósseo... deixa marca de pólvora no osso)


ID
937687
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

São condições que modificam a lesão de entrada dos atuais projéteis de arma de fogo dotados de alta energia cinética, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Porque o propelente está incorreto? 

    Não importa com qual tipo de pólvora o projétil foi dispado,tendo em vista que ele será disparado apenas por pólvora, isso não irá alterar a lesão de entrada. Abaixo segue o conceito de propelente para que fique mais claro. 

    Propelente
    Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química capaz de arremessar o projétil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia é produzida pelos gasesresultantes da queima do propelente, que possuem volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de volume de matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar o projétil.

    A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a velocidade dos explosivos, gera pressão suficiente para causar danos na arma, isso não ocorre porque o projétil se destaca e avança pelo cano, consumindo grande parte da energia produzida.

    Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a pólvora química ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século passado, substituiu com grande eficiência a pólvora negra, que hoje é usada apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro esportivo. A pólvora química produz pouca fumaça e muito menos resíduos que apólvora negra, além de ser capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas quantidades.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Muni%C3%A7%C3%A3o
    Espero ter ajudado, tendo em vista que as demais opçoes estão corretas. 
    Bons estudos!!
     

  • PAF de alta energia é aquele cuja velocidade é superior a 600 m/s; Trajeto, velociade, estabilidade, a presença (ou não) de anteparos, a sua desfragmentação (ou não),  são fatores que influenciarão no tamanho das lesões de entrada e saída; o fenômeno da cavitação poderá (não é acontecimento necessário) trazer danos permanentes.

    PAF comum é aquele cuja velocidade não excede 600 m/s, podendo ser de baixa energia (se não excede 300 m/s) ou de média energia (excede 300 m/s, mas não alcança mais de 600 m/s); haverá, de igual forma, o fenômeno da cavitação, contudo, aqui, seus efeitos serão mais sutis.

     

    PAF transfixante é aquele cuja ponta é pontiaguda, atingindo e atravessando o alvo;

    PAF penetrante tem a ponta aredondada, normlmente não atravessa o alvo;

     

     

     

  • a) VERDADEIRO - Quando encontram maior resistência, como, por exemplo, no tecido ósseo, apresentam-se como verdadeiras explosões. 


    b) VERDADEIRO - a distância do disparo influencia, pois quanto maior a trajetória dele, maiores serão os efeitos causados pelo vento, força gravitacional, arrasto, diminuindo assim, a estabilidade do projetil. Ainda nesse sentido, nos tiros com cano encostado, o ferimento de entrada será maior.

     

    c) VERDADEIRO - a seção reta da ponta do projétil influencia no Coeficiente balístico, que consiste na capacidade de transfixação do projétil, uma vez que CB = m/ld². Portanto, quanto mais fina a ponta do projétil, maior será o seu CB.


    d) VERDADEIRO - quanto maior a velocidade do projetil e, por sua vez, do impacto dele, maior será a energia cinética transferida ao corpo atingido, dado que Energia Cinética = massa x velocidade²


    e) FALSO - o tipo de propelente não influencia nas características do ferimento de entrada dos PAFs de alta energia.

     

    FONTE: Genival Veloso de França

  • A questão avalia os conhecimento do candidato respeito de lesões por projéteis de alta energia. Atenção: pede-se a alternativa ERRADA!

    A) CERTO. O trajeto dos projéteis de alta energia difere do deixado pelos projéteis comuns por causa da maior potência das ondas de pressão que produzem. Eles levam ao surgimento de uma cavidade temporária, que é resultado do alargamento da cavidade permanente sob a influência das ondas de pressão. O tamanho da cavidade temporária, portanto, vai ter influência no aspecto da lesão; essa distensão (maior ou menor) vai depender da resistência tecidual do local, da quantidade de tecido ao redor da lesão, bem como da complacência desses tecidos. Por exemplo, há tecidos muito elásticos, como os pulmões, que absorvem bem a energia sem grandes roturas. Já os do fígado, por serem mais friáveis, são gravemente lacerados. Assim, o aspecto da lesão dependerá da região do corpo atingida. Pela mesma razão, a resistência óssea faz com que o projétil tenha grande parte da sua energia transferida de modo abrupto logo na entrada. Qualquer coisa que altere a estabilidade do projetil na sua entrada tende a ampliar muito a ferida.

    B) CERTO. Estudos indicam que a distâncias de 30 a 100m, encontra-se diâmetros maiores nas feridas causadas pelos disparo a distância mais curta, e essa diferença é atribuída à maior estabilidade dos projéteis aos 1000m de trajetória. Nos tiros a 30m, o projétil atingiria o alvo com uma discreta inclinação do seu jeito, devido aos movimentos típicos do projetil.

    C) CERTO. Dependendo da forma da ponta do projetil (romba, truncada, deformável, cilíndrico-cônica, encamisado etc.), ele irá interagir de forma diferente com o tecido, além de apresentar diferente coeficientes balísticos, o que terá impacto na lesão de entrada. Quando aumentamos a área de contato, por exemplo, fazemos com que a transferência de energia se torne muito maior desde a entrada, e a ferida de entrada é ampliada.

    D) CERTO. Como o potencial lesivo dos agentes mecânicos depende basicamente da sua energia cinética, que é expressa pela fórmula E = mv2/2, eles possuem grande energia justamente porque ela é uma função exponencial da velocidade.

    E) ERRADO. O tipo de propelente pode ter certo impacto na velocidade do projetil, sim, no entanto, estamos falando de uma velocidade tão grande que nesse caso (projéteis de alta energia), esse fator torna-se desprezível.

    Gabarito do professor: Alternativa E.


ID
937714
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos tiros disparados à curta distância, sem interposição de anteparos, ao redor do ferimento de entrada do projétil de arma de fogo:

Alternativas
Comentários
  • Encontrei este material, muito interessante para o aprendizado das lesões provocadas por tiros.

    http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/paf.pdf
  • A presenca de efeitos secundários do tiro como zona de esfumaçamento, chamuscamento e tatuagem, tais vestígios evidenciam a ocorrência de tiro(s) a curta distância.
    A alternativa B está incorreta, pois o correto seria resíduo de pólvora INCOMBUSTA, responsável pela tatuagem.



    Avante, bons estudos!!!
  • Zona de  tatuagem é um sinal indispensável na identificação de tiros a curta distância.

    Também podemos destacar outros sinais ou orlas que são, assim como a zona de tatuagem, exclusivos de tiros a curta distância:

    -zona de esfumaçamento ou orla de tisnado

    - zona de chamuscamento.

  • Tiro a curta distância - presença dos elementos do cone de dispersão;

     

    Tiro a longa distância - os elementos do cone de dispersão não chegam até o alvo.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.

    A) ERRADO. À medida que se aumenta a distância, menor é a energia com que os resíduos de disparo chegam ao corpo, e os mais leves podem cair antes de chegarem ao alvo. Assim, quanto maior for a distância, menos provável que se encontre todas orlas decorrentes do cone de explosão.

    B) ERRADO. A zona de tatuagem é resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo (e não compostos).

    C) CERTO. A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância, porque nos tiros encostados, essa pólvora incombusta vai entrar junto com o ferimento de entrada, e nos tiros à longa distância não vai ter energia suficiente para chegar ao corpo da pessoa. Assim, só é possível visualizar a orla nos tiros a curta distância, sem anteparo (anteparos impedem que a pólvora se deposite).

    D) ERRADO. A zona ou orla de esfumaçamento, ou zona de tisnado é decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta (e não incombusta).

    E) ERRADO. A orla de escoriação está presente nos tiros a curta distância sem anteparo. Deve-se ao arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes de penetrar no corpo. Apresenta-se, portanto, como uma orla escoriada ou desepitelizada em redor do ponto de impacto na pele. Atenção a fato de que se o projétil encontra um obstáculo antes de penetrar no corpo, perde parte ou o todo do movimento e rotação, desmotivando assim a formação da orla de escoriação. Além disso, não estaria oculta pela pólvora, uma vez que esta se depositaria mais externamente à orla de escoriação.

    Gabarito do professor: Alternativa C.

  • LETRA C A CORRETA. A TATUAGEM INDICAR-LO-À.

  • LETRA C A CORRETA. A TATUAGEM INDICAR-LO-À.

  • Porém o correto é zona de tatuagem e não orla....me ajudem aí...

  • Questão interresante. Fique atento que a Zona de Tatuagem e Zona de Esfumaçamento são EFEITOS SECUNDÁRIOS, isto porque não são causadas pelo projétil mais sim pela pólvora e fuligem respectivamente. Importante saber que quando houver um anteparo antes do corpo da vítima, seja um travesseiro, o disparo mesmo ocorrendo a curta distância não deixará as Zona de Tatuagem ou Zona de esfumaçamento, segundo a doutrina tais elementos ficarão no anteparo e não na pele da vítima.


ID
974632
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos tiros encostados, o desenho da boca e da massa de mira do cano do revólver, produzido por sua ação contundente ou por seu aquecimento, impresso na pele, denomina-se :


Alternativas
Comentários
  • Os tiros com o cano encostado permitem encontrar:
     CAMARA DE MINA DE HOFFMANN - ou golpe de mina, na redondeza do ferimento, nota-se a crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltraçao de gases. Em geral não há  zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala.
    SINAL DE BENASSI - esse sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, e não uma zona de tatuagem por impregnaçao da pólvora não combusta, pode apresentar -se borrado ou desaparecer com a lavagem.
    SINAL DE WERKGAERTNER - representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua contudente ou pelo seu aquecimento.
    SINAL DE SCHUSSKANOL - representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil entres as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio
  • Zona de Tatuagem: Ocorre por tiro próximo ao corpo - É formada por grânulos de pólvora que grudam na pele ao redor do orifício. Tal zona de tatuagem é fixa, ou seja, não é possível de ser removida (“tatuagem verdadeira”) - não é tiro encostado.

    Zona de esfumaçamento: Tiro ainda mais próximo do corpo (quando comparada à zona de tatuagem), sendo que tal zona será formada pela fumaça (de pólvora) expelida pela arma de fogo quando do disparo. Tal zona de esfumaçamento é removível (“tatuagem falsa”) - não é tiro encostado.

    Chamuscamento: Será formado pelos grânulos de pólvora + fumaça expelida pela arma.

    Atenção: Tais marcas supradescritas podem não surgir mesmo em casos de tiros próximos, não são obrigatoriamente constatadas no corpo, isso porque pode haver um anteparo antes dele. Ou seja, a ausência da zona de tatuagem ou esfumaçamento não permite concluir que o tiro foi dado a longa distância, isso em razão da possibilidade de ter havido anteparos.

    Sinal de Benassi: Zona de tatuagem ou zona de esfumaçamento presente em Tiros encostados sobre superfícies ósseas - os sinais ficarão marcados ao redor do próprio osso (orifício de entrada).

    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

    Buraco de Fechadura: Em tiros oblíquos no crânio pode apresentar uma forma de “fechadura”.

    Sinal de (funil) Bonnet: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).


  • Sinal de Puppe Werkgaertner --> desenho da boca e massa da mira do cano, em planos não ósseos. Esse sinal é exclusivo de tiro com cano encostado.

  • Gabarito “C”

     

    Sinal de Werkgaertne é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento. Característica de tiro encostado (Medicina Legal, Francisco Benfica, 3ª ed. pág 74).

  • Zona de Hoffman: Tiro encostado no osso, borda evertida e tecidos dilacerados

     

    Zona de Werkgaertner: Queimadura do cano do revólver quente

     

    Sinal de Schusskanol: Queimadura e pólvora no túnel do tiro

     

    Sinal de Benassi: Fuligem no osso indicando entrada

  • GAB. C

    CAMARA DE MINA DE HOFFMANN - Ferimento estrelado de entrada (tiro encostado).
    SINAL DE BENASSI - Halo de fuligem nos ossos. (tiro encostado).
    SINAL DE WERKGAERTNER - Desenho da boca do cano da arma (tiro encostado)
    SINAL DE SCHUSSKANOL - Esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil.

  • MELHOR RESPOSTA

    GAB. C

    CAMARA DE MINA DE HOFFMANN - Ferimento estrelado de entrada (tiro encostado).
    SINAL DE BENASSI - Halo de fuligem nos ossos. (tiro encostado).
    SINAL DE WERKGAERTNER - Desenho da boca do cano da arma (tiro encostado). 
    SINAL DE SCHUSSKANOL - Esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil.

  • Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner
    ,representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

  • ATENÇÃO: Carol Carneiro, o Sinal de BENASSI não se dá por uma zona de tatuagem. Isso pode confundir os estudantes aqui. Já fiz 03 questões no QC onde a alternativa estava incorreta pelo fato de colocarem que a "sujeira, fuligem" no SINAL DE BENASSI é permanente. Isso está ERRADO !! É apenas um halo de fuligem de contorno suave, que ao lavar SAI.

     

    bons estudos

  •  a) Sinal de Benassi. Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli)

     

     b) Sinal do “Schusskanol”. O diâmetro dessas lesões pode ser maior do que o do projétil em face de explosão dos tecidos pelo efeito “de mina”, e suas bordas algumas vezes voltadas para fora, devido ao levantamento dos tecidos pela explosão dos gases. Estes tiros ainda podem ser caracterizados pelo sinal do “schusskanol”, representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil
    entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.

     

     c) Sinal de Werkgaertner. Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

     

     d) Câmara de mina de Hoffmann. Forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann.

  • Sinal de Puppe- Werkgaertner: Tiro disparado com o cano encostado na pele SEM osso por baixo, há um decalque da boca da arma na pele (representação da boca da arma).

  • Hoffman: decorre da expansão dos gases em cima de uma superfície óssea. Aprendemos que quando um projétil penetra na pele, a entrada é pequena, já a saída é maior, de modo que é possível saber o percurso do projétil. No entanto, isso não se aplica aos tiros encostados; a entrada é caracterizada pelas bordas evertidas, o estrago é maior. Em outras palavras, quando o gás bate na superfície óssea ele retorna, nesse momento ele empurra a pele para fora, ficando parecido com uma cratera.

    Benassi: depósito de pólvora na superfície óssea.

    Sinal de Puppe-Werkgaertner: desenho da boca da arma (quente)

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    Atenção: esse assunto tem altíssima prevalência em provas! Essencial saber o conceito dos sinais e zonas que podem estar presentes nas lesões por disparo de arma de fogo.

    A) ERRADO. Nos tiros encostados no crânio os resíduos de combustão produzem, em alguns casos, um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício de entrada. Esse halo é conhecido como sinal de Benassi.

    B) ERRADO. O sinal de Schusskanol é representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.

    C) CERTO. Os tiros encostados permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento. Nesses casos, em tiros encostados nas partes moles, sem plano ósseo adjacente, a pele recua, mas não se rompe, como no couro cabeludo, por exemplo, pois não há tanta resistência dos planos adjacentes. 

    D) ERRADO. Os ferimentos de disparo encostado, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases.

    Referências utilizadas:
    FRANÇA, Genival Veloso. Medicina Legal. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2017. 11a edição.  
    HERCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. São Paulo, Atheneu, 2014. 2a edição.

    Gabarito do professor: Alternativa C.
  • Curso gratis de Traumatologia Forense: https://youtu.be/xFEI9U_J-BQ
  • LETRA C.

    O Sinal de Werkgaertner refere-se ao desenho da boca e da massa de

    mira do cano da arma na pele, que ocorre nos tiros encostados.

    O Sinal de Benassi representa um halo de fuligem (esfumaçamento) na

    lâmina externa do crânio, costelas ou escápulas, presente nos tiros

    encostados.

    O sinal chamado "câmara de mina de Hoffmann" ou "golpe de mina"

    refere-se ao ferimento de entrada dos tiros encostados, principalmente

    em planos ósseos, como o crânio. Possui formato irregular, denteado ou

    com entalhes (pela ação dos gases da explosão nos tecidos) e vertentes

    enegrecidas (escuras) e desgarradas.

    O Sinal de Schusskanol é o esfumaçamento das paredes do conduto

    produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso

    chato (ex: crânio).

  • Gab C

    Sinal de Werkgaertne: É o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento.

  • FERIMENTO DE ENTRADA EM TIRO ENCOSTADO:

    Características da lesão: Forma irregular, denteada ou com entalhes em decorrência da mina de Hoffman.

    SINAL DE WERKGAERTNER OU PUPPE WERKGAERTNER: Desenho da boca do cano da arma e da massa de mira na pele produzido pela ação contundente .

    SINAL DE BENASSI: Hallo uliginoso na lâmina externa do osso. (A fuligem da explosão do disparo da arma "suja osso")

    SINAL DE SCHUSSKANOL: Àrea de esfumaçamento produzido no túnel ou conduto doosso ela pasaagem do projétil de arma de fogo.

  • GAB. C

    Sinal de Werkgaertner = Desenho da boca e da massa de mira do cano do revólver, produzido por sua ação contundente ou por seu aquecimento.

  • GAB. C

    Sinal de Werkgaertner = Desenho da boca da massa de mira do cano do revólver, produzido por sua ação contundente ou por seu aquecimento.

  • Sinal de Werkgaertner ou puppe Werkgaertner: Desenho da boca do cano da arma e da massa de mira na pele produzido pela ação contundente. É mais comum onde não tem osso por baixo. Ex.: abdômen.

    • Sinal de Werkgaertner ou puppe Werkgaertner : desenho da boca do cano da arma e da massa de mira na pele produzido pela ação contundente.

    Alternativa CORRETA: Letra C .

  • Sinal de Werkgaertner = Desenho da boca e da massa de mira do cano do revólver, produzido por sua ação contundente ou por seu aquecimento.


ID
1012534
Banca
FGV
Órgão
PC-MA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação aos ferimentos por projétil de arma de fogo, analise as afirmativas a seguir.

I. A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância

II. O sinal de Benassi consiste na presença de um halo fuliginoso permanente na lamina externa da calvária em tiros dados no crânio, quando a arma está sobre a pele.

III. As armas que apresentam compensadores de recuo deixam de apresentar os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados .

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa II peca em apenas um detalhe, ela afirma que o halo fuliginoso é permanente, entretanto, "como esse sinal é é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-se borrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desaparecer quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetadas pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado."

    Fonte: Medicina Legal, Genival Veloso França, 2012.


    • Projetis de arma de fogo - Lesões de entrada

    • Produzidos pela pressão dos gases -  Tiros encostados

      • =>Caso tenha plano ósseo subjacente

        • - Hofmann, buraco de Mina de:   ferida estrelada com bordas solapadas e escurecidas

        • - Bonnet, sinal de:  cone e base voltada para dentro - traços de fratura radiais (não é exclusivo)

        • - Benassi, sinal de:  anel acinzentado - resíduos de pólvora no osso (excepcionalmente encontrado em disparos à queima-roupa)

      • =>Caso não tenha plano ósseo

        • - a pele recua mas não se rompe como no couro cabeludo

        • - Caso a pressão da arma contra a pele seja pequena - esfumaçamento raiado

        • - Werkgartner, sinal de:  impressão da boca do cano da arma (Causada pelo calor e Logo se Apergaminha)

  • Gab: Letra E

     

    Sobre a III,  a doutrina de França explica:

     

    As armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados não são encontrados quando as armas que os deflagram apresentam os compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma.

  • I- CORRETO- ZONA OU ORLA DE TATUAGEM- origina-se a partir dos grânulos de pólvora combusta ou incombusta que impregnam na pele-derme . Supõe um disparo de 30 a 75 cm.

    II- INCORRETO- Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    III- CORRETO- "As armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados não são encontrados quando as armas que os deflagram apresentam os compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.285

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • Se o tiro mesmo a curta distância atingir um anteparo antes de penetrar no corpo da vítima não haverá zona de tatuagem . A assertiva l é falsa

  • Felipe, a alternativa não diz que todo tiro a curta distância sempre vai possuir tatuagem. Diz que sempre que houver essa característica, pode-se afirmar que o tiro se deu à curta distância.

  • Gaba: E

    "A pólvora não queimada, ou em combustão, por ser mais pesada, chega até aproximadamente 25 a 30 centímetros, e penetra na pele deixando marca definitiva, gerando a zona de tatuagem."

    "Os resíduos de pólvora ficam depositados na superfície óssea, sendo esse o Sinal de Benassi (zona de esfumaçamento na superfície óssea)."

    Quanto a zona de esfumaçamento (lembre-se: fumaça vem do fogo), a pólvora queimada, por ser mais leve, apenas se deposita sobre a pele, podendo ser removida com água e sabão, e atinge cerca de 15 a 20 centímetros.

    (Fonte: Neusa Bittar. Medicina Legal e noções de criminalística. 5ª ed. 2016)

    Bons estudos!!

  • A zona de tatuagem é arredondada nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Ela não pode ser removida. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo. Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando- se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma. A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância.

    FONTE: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/42132/lesoes-por-arma-de-fogo

  • Povo so repete a questão e o gabarito, qual o erro da II?

  • O erro da II está na palavra permanente:

    Como o Sinal de Benassi é constituído de fuligem, a tendência é desaparecer com a lavagem ou com a putrefação.

    P.202 do livro Medicina Legal, Prof. Wilson Palermo, Editora Juspodivm.

  • I. A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância

    Achei esse "indiscutível" questionável.

    Nem sempre haverá orifício de entrada se há tatuagem.

    Também nem sempre haverá tatuagem se for orifício de entrada.

    Se você dá um tiro do lado do ouvido de alguém, para intimidação, por exemplo, teremos tatuagem sem orifício de entrada.

    Se houver anteparo, não haverá tatuagem, mas haverá orifício de entrada.

    .

    Então a questão quer dizer: sempre que há tatuagem e orifício, é um orifício de entrada.

    .

    Mas não é indiscutível, por isso tô discutindo! kkk

    Penso, logo erro.

  • O estudo das lesões dos projéteis de arma de fogo:

    Principalmente as características dos disparos de longa distância –>> orla de escoriação, orla de equimose e orla de enxugo;

    Disparos de curta distância –>> orla de esfumaçamento, de tatuagem e de queimadura;

    Em casos de tiros encostados – >> sinal de Hoffman, de Benassi/Benassi-Cueli, Puppe-Werkgaertner, Bonnet, Nerio Rojas etc.; -->> Cano encostado com plano ósseo por baixo. Gases batem na pele não ultrapassam o osso e voltam na direção contraria explodindo a pele para fora. Sinal que ocorre na pele. Bordas evertidas impregnadas de pólvora como se fosse uma mina de carvão. (Halo fuliginoso não permanente, a tendência é desaparecer com a lavagem ou putrefação)

    Bons estudos ;)

  • SINAL DE BENASSI===nos tiros dados no crânio ou escápulas, pode-se encontrar um halo fulginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada. Como é constituído de fuligem, a tendência é desaparecer com a lavagem ou com a putrefação.

  • Sinal de benassi e fuligem , desaparece com lavagem. A tatuagem são os que não saem porque queimam na pele

  • Gabarito letra "E". A questão discorre sobre a balística do ferimento, ciência que estuda os efeitos dos tiros.

    I) CORRETA – De fato, a tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância. Entende-se como zona de tatuagem aquela formada pelos resíduos de pólvora e pequenos fragmentos de projétil que se fixam ao redor do orifício de entrada. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.[...]

    Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro [...].

    A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância[...]

    III)CORRETA – As armas que apresentam compensadores de recuo realmente deixam de apresentar os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados. Entende-se como “boca de mina” aquele ferimento que tem forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à explosão dos gases que descolam e dilaceram os tecidos no ferimento de entrada. As armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em boca de minanos tiros encostados não são encontrados quando as armas que os deflagram a presentamos compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma.

    Fonte: Reta Final do Direito Simples e Objetivo

  • GAB: E

    Comentário com aprofundamentos que serve de revisão:

    I. CERTO Pela análise da zona de tatuagem, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma a arma e a mesma munição em vários de tiros de prova, até alcançar uma zona de tatuagem do mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. (FRANÇA, 2011, p. 106)

    • É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.;
    • Mais ou menos arredondada nos tiros perpendiculares;
    • Varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora;
    • É um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância;
    • À medida que o alvo fica mais distante, a densidade da orla de tatuagem diminui.

    II ERRADO. Sinal de Benassi

    • (pólvora no OSSO);
    • Em plano ósseo subjacente.
    • Esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.
    • Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora incombusta deixados sobre a pele. um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício. Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas.
    • Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.

    III. CERTO. O percurssor atinge a espoleta para transmitir fogo à pólvora, o projétil é liberado, e essa força dos gases da parte interna da arma faz com que ela seja impulsionada para cima ("dê um coice/recuo"). O compensador de recuo consiste em furos na extremidade distal do cano da arma. Ele faz com que uma parte dos gases seja direcionado para cima, resultando em uma força para baixo, fazendo com que esse recuo seja bem menor, dando mais estabilidade a arma ao disparar o PAF.

    Desse modo, as armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados não são encontrados quando as armas que o deflagram apresentam os compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma. (FRANÇA, 2011, p. 115)

    Como exemplo de armamento com compensador de recuo pode-se mencionar o Revólver Taurus calibre .357 Magnum, experimentos feito com este armamento em comparação ao Revólver Taurus calibre .38 Special sem compensador de recuo, em tiros encostados revelaram grande diferença em relação ao diâmetro do residuograma.

    Referências:

    • https://www.youtube.com/watch?v=ZbiUBCrqcfo (vídeo explicativo sobre o compensador de recuo)
    • https://garagemdodireito.jusbrasil.com.br/artigos/612528129/a-balistica-forense-e-sua-importante-relacao-com-o-ordenamento-juridico (artigo excelente sobre Balística forense)
    • https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/slides/materiais_de_apoio/8812/377576c9a57167b0370bd3389940bccc164b826b.pdf (slide da profa. Leilane Verga - balística)

    Qualquer erro, falem. Voltarei aqui depois para revisão

    Obrigado.


ID
1025071
Banca
MPDFT
Órgão
MPDFT
Ano
2009
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Analise os itens e assinale a quantidade de itens errados.

I - O esfumaçamento verificado na pele do cadáver que foi vítima de disparo de arma de fogo permite concluir, por regra, a existência de tiro encostado

II - O fenômeno psicológico indicador do estado puerperal, recebe a designação de “sinal de Benassi”, em homenagem ao seu descobridor.

III - A instalação e desinstalação da rigidez cadavérica são fenômenos que auxiliam na determinação do tempo da morte.

IV - A prova de galeno, quando positiva, permite negar o nascimento com vida.

V - A esganadura configura uma das espécies de enforcamento.

Alternativas
Comentários
  • I - Incorreta, apesar de haver certa possibilidade da ocorrência de efeitos secundários em tiros encostados( em caso de recuo da arma de fogo) a questão nada diz, o que dedutivamente só pode ser um diagnóstico de tiro a curta distância. Zona de esfumaçamento.

    II- Incorreta.Sinal de Benassi indica o halo de fuligem presente em tiros encostados.

    III Correta. O rigor mortis auxilia na determinação do tempo da mortem surgindo de 36 a 48 horas pós morte( Segundo França).

    IV Incorreta. Docimasia Hidrostática de Galeno ---> Prova de vida extra uterina, identifica se o recém nascido chegou a respirar.Coloca-se os pulmões em água, se flutuar, positivo, ou seja, respirou.

    V- Incorreta - Esganadura é uma modalidade de constrição do pescoço por ação do corpo(mãos).

    Quatro "Incorretas" letra d)

  • Na verdade o rigor mortis desaparece entre 36 e 48 horas, um adendo ao comentário acima..

  • Rigor mortis: A rigidez segue uma ordem, a chamada Lei de Nysten, segundo a qual a rigidez se manifesta em primeiro lugar na face, mandíbula, nuca pescoço, membros superiores, tronco e membros inferiores e desaparece na mesma ordem.

    A rigidez cadavérica inicia-se de 3 a 5 horas após o óbito, instala-se completamente entre 8 e 12 horas e permanece por um período de 12 a 24 horas, quando a musculatura retorna gradativamente a um estado de flacidez. 

  • Esganadura se enquadra como um dos tipos de asfixia, juntamente com enforcamento e estrangulamento, dentre outras.


ID
1063537
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEGESP-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de traumatologia forense, julgue os itens a seguir.

Considere a seguinte situação hipotética.

Na análise do corpo de uma mulher, o perito médico-legista verificou dois orifícios em uma mama, que apresentava ptose, com características de projétil de arma de fogo, e uma lesão na região subjacente do tórax, no mesmo lado da mama atingida. Ele constatou, ainda, uma lesão na parte posterior do tórax, na região dorsal, do mesmo lado das lesões da face anterior do tórax. Em face dessa situação, é correto afirmar que houve dois orifícios de entrada e dois de saída, causados por projétil de arma de fogo, haja vista que a contagem do número de lesões resultou em número par.

Alternativas
Comentários
  • Contribuiu bastante o comentário da colega. Parabéns.

  • o comentário anterior não aparece.

  • Ao meu ver caracteriza um só furo de entrada, pois se trata de ptose mamária. Portanto a mama apresenta um furo de entrada e o de saida que coincide com a perfuração do torax.

  • Ptose mamária = seios caídos.....região subjacente+ abaixo.....e lesão na parte posterior do mesmo lado da mama atingida.

    Podemos imaginar a seguinte situação: "Pode ser", que a pessoa tomou 1 tiro pelas costas que ultrapassou a mama, sendo que abaixo da mama ( regiao subjacente), também tinha uma lesao. POderíamos imaginar, um orificio de entrada e 03 de saída? algo assim....não dá pra ser preciso.....Existem outras possibilidades também...mas nunca dizer que foram 2 de entrada e 2 de saída com exatidao!!

  • Existem características próprias para lesões de entrada e de saída, não tem como dizer se as lesões encontradas eram de entrada ou saída sem dizer quais são suas características, só o local não é suficiente, ela pode ter levado tiros na parte anterior e posterior sem que nehuma bala tenha transfixado, estando todas no interior do seu corpo.

  • Não é possível se afirmar só pelo simples fato de haver número par de lesões que há dois orifícios de entrada e dois de saída. Lembre-se que há casos de projéteis que entram no corpo e ficam alojados. Em outros casos, há projéteis que provocam lesões de saída com projétil múltiplo/desfragmentado. Nesses casos, pode haver variação ao percutir em anteparos ósseos e ocasionar eventuais saídas múltiplas.

    Além disso, a questão fala "uma lesão na região subjacente do tórax" e "uma lesão na parte posterior do tórax". Mas que lesão é essa? Puntiforme, cortante, perfurocontusa, contusa, perfurocortante ou cortocontusa?

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO
  • Outro erro. Não tem número par de lesões aí. A questão menciona apenas 3.

  • Autor: Zeneida Girão

    Não é possível se afirmar só pelo simples fato de haver número par de lesões que há dois orifícios de entrada e dois de saída. Lembre-se que há casos de projéteis que entram no corpo e ficam alojados. Em outros casos, há projéteis que provocam lesões de saída com projétil múltiplo/desfragmentado. Nesses casos, pode haver variação ao percutir em anteparos ósseos e ocasionar eventuais saídas múltiplas.

    Além disso, a questão fala "uma lesão na região subjacente do tórax" e "uma lesão na parte posterior do tórax". Mas que lesão é essa? Puntiforme, cortante, perfurocontusa, contusa, perfurocortante ou cortocontusa?

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


ID
1109188
Banca
IBFC
Órgão
MPE-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Correlacione as letras com os números:

I. Orla de Chavigny
II. Câmara de Mina de Hoffmann
III. Sinal de Werkgaertner
IV. Zona de Fisch

A- Ferimento de forma irregular, denteado, decorrente da ação dos gases de disparo de arma de fogo que descolam e dilaceram os tecidos.

B- Orla de escoriação de aspecto concêntrico nos orifícios arredondados provocados por projétil de arma de fogo.

C- Impressão do desenho da boca e da massa de mira do cano na pele da vítima.

D- Halo escuro concêntrico nos tiros perpendiculares decorrentes das impurezas presentes nos projéteis de arma de fogo.

Assinale a correspondência correta:

Alternativas
Comentários
  • O que poderia gerar dúvida é a orla de chavigny que muitos conhecem por orla de enxugo

    É a limpeza das impurezas do projétil pelo atrito com a pele.

  • "O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do

    projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas

    impurezas. É concêntrico, nos tiros perpendiculares, ou em meia-lua, nos

    oblíquos. A tonalidade depende das substâncias que o projétil levava consigo

    ao penetrar no alvo. Em geral, é escura."

    "A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona

    de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal

    equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou

    orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos

    orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares.

    Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do

    tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e,

    quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entradade

    bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o

    ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet

    (Figuras 4.33 e 4.34). Não se observa no de saída (Figura 4.35)."

    França, Genival Veloso de, 1935-

    Medicina legal / Genival Veloso de França. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017.

    il.

    Bons estudos!

  • GABARITO: D

    I. ORLA DE CHAVIGNY - Halo escuro concêntrico nos tiros perpendiculares decorrentes das impurezas presentes nos projéteis de arma de fogo.

    II. CÂMARA DE MINA DE HOFFMANN - Ferimento de forma irregular, denteado, decorrente da ação dos gases de disparo de arma de fogo que descolam e dilaceram os tecidos.

    III. SINAL DE WERKGAERTNER - Impressão do desenho da boca e da massa de mira do cano na pele da vítima.

    IV. ZONA DE FISCH - Orla de escoriação de aspecto concêntrico nos orifícios arredondados provocados por projétil de arma de fogo.


ID
1123291
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nas lesões produzidas por projéteis de arma de fogo cicatrizadas (antigas), ocorre o desaparecimento dos ele- mentos característicos das feridas perfurocontusas. Nesses casos, nos cadáveres, o exame histológico torna-se relevante.
No diagnóstico histoquímico específico para o chumbo, é utilizado

Alternativas
Comentários
  • No exame residuográfico, após fixação em tiras de papel, vestígios de chumbo na mão do atirador podem ser revelados como solução ácida de rodizonato de sódio.

    A análise química de chumbo consiste na coleta prévia de amostra das mãos do suspeito, mediante aplicação de tiras de fita adesiva do tipo esparadrapo nas mesmas e subseqüente imobilização dessas tiras em superfície de papel de filtro. As referidas tiras, ao serem borrifadas comsolução acidificada de rodizonato de sódio, se apresentarem um espalhamento de pontos de coloração avermelhada, indicam resultado positivo para o disparo. Tal exame é conhecido como residuográfico.

    força e foco

  • Diagnóstico da Feridas Cicatrizadas

    Os pacientes que sobrevivem e passam pela perícia algum tempo depois podem já apresentar as feridas já cicatrizadas ou em processo de cicatrização. Logo existe uma grande dificuldade de saber se o ferimento foi causado por arma de fogo. Diante desta situação o perito coleta um pedaço de pele da ferida e coloca na solução de Rodizionato de Sódio, para descobrir resíduos de chumbo ou partes metálicas. Em caso positivo vamos encontrar um halo intensamente violeta em torno dos grânulos encrustados na pele. 

    (FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, PÁG. 281) edição digital

  • FRANÇA explica que: "os pacientes que sobrevivem aos ferimentos por bala e procuram a perícia algum tempo depois, ou os que morrem alguns dias após tais eventos, pelo fato de apresentarem esses ferimentos já cicatrizados, constituem situações muito delicadas, principalmente quando o processo de cicatrização já está muito adiantado. Nesses casos, pelo mascaramento provocado, não só pela regeneração dos tecidos, mas também pelo desaparecimento dos elementos característicos das feridas perfurocontusas, é muito difícil o diagnóstico médico-legal da ferida e do tipo de instrumento causador. Diante de tal circunstância, recomenda-se o diagnóstico histoquímico, por meio de uma técnica microquímica específica para chumbo, utilizando o rodizonato de sódio, com a finalidade de evidenciar, nos cortes histológicos da lesão, algum fragmento do projétil, sob forma metálica ou iônica.(...) A utilização do rodizonato de sódio como reativo do cátion chumbo, como espécie sinalizadora na identificação desse metal na mão da vítima ou do autor que recentemente tenha disparado um revólver, vem sendo frequente como forma de substituir a velha prova da parafina. Ou seja, em vez de se pesquisarem nitritos e nitratos, procura-se o chumbo nos resíduos do disparo que tenham impactado as regiões da mão do atirador mais próximas das partes de expulsão dos gases e resíduos – entre a boca da câmara e a antecâmara do cano, e entre a base do tambor e a chapa de obturação". FRANÇA, GENIVAL VELOSO DE- Medicina Legal, Guanabara Koogan, p. 281 e 994.

    Dica: pensou em FUMARC, adote o livro do Professor Veloso França.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • FRANÇA explica que: "os pacientes que sobrevivem aos ferimentos por bala e procuram a perícia algum tempo depois, ou os que morrem alguns dias após tais eventos, pelo fato de apresentarem esses ferimentos já cicatrizados, constituem situações muito delicadas, principalmente quando o processo de cicatrização já está muito adiantado. Nesses casos, pelo mascaramento provocado, não só pela regeneração dos tecidos, mas também pelo desaparecimento dos elementos característicos das feridas perfurocontusas, é muito difícil o diagnóstico médico-legal da ferida e do tipo de instrumento causador. Diante de tal circunstância, recomenda-se o diagnóstico histoquímico, por meio de uma técnica microquímica específica para chumbo, utilizando o rodizonato de sódio, com a finalidade de evidenciar, nos cortes histológicos da lesão, algum fragmento do projétil, sob forma metálica ou iônica.(...) A utilização do rodizonato de sódio como reativo do cátion chumbo, como espécie sinalizadora na identificação desse metal na mão da vítima ou do autor que recentemente tenha disparado um revólver, vem sendo frequente como forma de substituir a velha prova da parafina. Ou seja, em vez de se pesquisarem nitritos e nitratos, procura-se o chumbo nos resíduos do disparo que tenham impactado as regiões da mão do atirador mais próximas das partes de expulsão dos gases e resíduos – entre a boca da câmara e a antecâmara do cano, e entre a base do tambor e a chapa de obturação". FRANÇA, GENIVAL VELOSO DE- Medicina Legal, Guanabara Koogan, p. 281 e 994.

  • A utilização do rodizonato de sódio como reativo do cátion chumbo, como espécie sinalizadora na identificação desse metal na mão da vítima ou do autor que recentemente tenha disparado um revólver, vem sendo frequente como forma de substituir a velha prova da parafina. Ou seja, em vez de se pesquisarem nitritos e nitratos, procura-se o chumbo nos resíduos do disparo que tenham impactado as regiões da mão do atirador mais próximas das partes de expulsão dos gases e resíduos – entre a boca da câmara e a antecâmara do cano, e entre a base do tambor e a chapa de obturação. 

  • Gabarito A


    Diagnóstico das feridas cicatrizadas

    Os pacientes que sobrevivem aos ferimentos por bala e procuram a perícia algum tempo depois,

    ou os que morrem alguns dias após tais eventos, pelo fato de apresentarem esses ferimentos já

    cicatrizados, constituem situações muito delicadas, principalmente quando o processo de

    cicatrização já está muito adiantado. Nesses casos, pelo mascaramento provocado, não só pela

    regeneração dos tecidos, mas também pelo desaparecimento dos elementos característicos das

    feridas perfurocontusas, é muito difícil o diagnóstico médico-legal da ferida e do tipo de instrumento

    causador.

    Diante de tal circunstância, recomenda-se o diagnóstico histoquímico, por meio de uma técnica

    microquímica específica para chumbo, utilizando o rodizonato de sódio, com a finalidade de

    evidenciar, nos cortes histológicos da lesão, algum fragmento do projétil, sob forma metálica ou

    iônica.


    Fonte:( FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PÁG. 310) edição digital

  • Nas feridas já cicatrizadas, o composto rodizonato de sódio pode evidenciar a presença de fragmento de projétil.

  • GAB. A

    No diagnóstico histoquímico específico para o chumbo = Rodizonato de sódio.

  • GAB: A

    Quando se trata de diagnóstico histoquímico ESPECIFICO para o chumbo, lembre-se de "RODIZIO "

    (só que rodizonato de sódio) kkkk


ID
1166770
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Na balística forense, os elementos utilizados na identificação direta da arma de fogo são:

Alternativas
Comentários
  • Na balística forense, para armas de fogo, existem dois métodos de identificação: identificação direta e a identificação indireta. Na identificação direta ou imediata, o exame é ralizado nela própria, ou seja, das suas características e peculiaridades distintivas. Já na identificação indireta ocorre o exame é feito através de estudo comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua munição. Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição da arma questionada ou suspeita.

    http://criminalisticaforense.wordpress.com/2011/09/13/balistica-forense-3/


  • Existem dois tipos de investigação a Direta e a Indireta, logo neste caso a identificação foi direta.


    A Portaria nº 07 – D LOG, datada de 28 de abril de 2006, definiu novas normas de identificação direta das armas de fogo, em especial através do seu art. 5º.

    Art 5º. As armas fabricadas no país deverão apresentar as seguintes marcações:

    I. nome ou marca do fabricante; II. nome ou sigla do País; III. calibre; IV. o número de série impresso na armação, no cano e na culatra, quando móvel; V. o ano de fabricação quando não estiver incluído no sistema de numeração serial.

    1. identificação direta:

    A identificação direta ou imediata de uma arma de fogo é realizada por meio do exame, nela própria, das suas características e peculiaridades distintivas.

    Alternativa Letra E

  • A questão avalia a distinção entre o exame direto ( própria arma )  e o indireto ( deformidades verificadas nos elementos da munição ) 

  • Quando a questão fala sobre o estudo da balística forence, ao meu ver induz o candidato a identificação indireta da arma, pois o que se tem é a munição alvejada, e não a arma em mãos, deste modo se não encontrada a arma, não teria como identidicar o número de série da arma, mas sim o tipo, calibre, e a deformidade na espoleta.

     

  • Todas as alternativas trazem a informação "deformidade do estojo", menos a última.
  • No tocante às armas, temos dois tipos de identificação:

    A) DIRETA- constituído pelos DADOS DE QUALIFICAÇÃO, representado pelo conjunto de caracteres físicos de registros e documentos, tais como: arma, calibre, número de série, brasões, fabricante, modelo, dentre outros.

    B) INDIRETA- métodos comparativos a nível macro e microscópico que são encontrados nas munições de arma sob análise.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E
  • LETRA E– CORRETA – Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 289 e 290):

     

    “Na identificação direta, leva-se em conta os chamados dados de qualificação, representados pelo conjunto de caracteres físicos constantes de seus registros e documentos, como tipo da arma, calibre, número de série, fabricante, escudos e brasões, entre tantos.

     

    Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro- e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição da arma questionada ou suspeita. Dentre eles, o mais importante é o projétil, quando se trata de arma de fogo raiada. Nas armas de alma lisa, a identificação indireta é feita nas deformações impressas no estojo e suas espoletas ou cápsulas de espoletamento. Os outros elementos, como buchas e discos divisórios, não apresentam significado identificador. ” (Grifamos)

  • No tocante às armas, temos dois tipos de identificação:

    A) DIRETA- constituído pelos DADOS DE QUALIFICAÇÃO, representado pelo conjunto de caracteres físicos de registros e documentos, tais como: arma, calibre, número de série, brasões, fabricante, modelo, dentre outros.

    B) INDIRETA- métodos comparativos a nível macro e microscópico que são encontrados nas munições de arma sob análise.

    RESPOSTA E

  • GAB: E

    A descrição das armas de fogo (identificação direta) examinadas deverá ser efetuada de forma individual e conter, dentre outras, as seguintes características:

    A – Classificação ou tipo

    B – Marca

    C – Modelo

    D – Calibre nominal e/ou real

    E – Numeração de série e/ou montagem

    F – Comprimento do cano

    G – Tipo de raiamento - quando avaliável

    H – Acabamento

    I – Massa (desmuniciada ou sem o carregador, conforme o caso) opcional

    J – Tipo de carregamento

    K – Coronha

    L – Sistema de pontaria - opcional

    M – Mecanismo de disparo

    N – Estado de conservação

    O – Mecanismo de segurança, desde que seja a causa da ineficiência da arma;

    Complementando:

    A descrição dos cartuchos (identificação indireta) de cada grupo deverá conter, no mínimo, as seguintes características:

    A – Quantidade

    B – Calibre nominal

    C – Fabricante e país de origem- quando avaliável

    D – Características da cápsula de espoletamento

    E – Características do estojo

    F – Tipo de projétil

    G – Número de lote (quando existir)

    H – Estado de conservação

    I – Se é original de fábrica ou se apresenta sinais de recarga.

    Fonte: Procedimento Operacional Padrão Perícia Criminal, 2013.


ID
1166836
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ainda quanto aos ferimentos causados por arma de fogo, a presença de “chamuscamento” da pele e seus anexos permite afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos, manifestações de queimadura sobre a pele e zona de compressão de gases, considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa.

    França, 2011.

  • E porque não tiro encostado?

  • Assertivas mal elaboradas.

    O tiro a "queima roupa" é uma modalidade de tiro a curta distância, ou seja, são expressões usadas como sinônimos, induzindo o candidato a marcar possivelmente a b).

    Para mim, passível de anulação

  • Gabarito letra C. Apesar de tiro a queima-roupa ser espécie de curta distância, só naquele existe a zona de chamuscamento (ou de queimadura). É justamente isso que caracteriza o tiro a queima-roupa. Segundo França: "Deixam para os tiros a curta distância tão só a zona de esfumaçamento, produzida pela fuligem advinda da queima de pólvora, e, para a caracterização dos tiros à queima-roupa, a presença da zona de chamuscamento da pele e de pelos crestados em torno do ferimento de entrada"

  • concordo plenamente com vc thiago farinha de pão

  • Tiro à queima roupa: orifício de entrada com orla de contusão e de enxugo (irregular de diâmetro igual ou maior que o calibre do projétil); Há zona de tatuagem, de esfumaçamento e de chamuscamento.

    Tiro mais próximo: orifício de entrada com orla de contusão e de enxugo; há zona de tatuagem e de esfumaçamento.


    As duas modalidades contém esfumaçamento mas chamuscamento é caracterítica de tiro a queima roupa.


  • Disparo à curta distância: apresenta tanto os efeitos do projétil quanto os efeitos devido ao cone de explosão, podendo estar presentes uma ou mais zonas, em função da proximidade do alvo. 

    Então, o elemento diferenciador está na presença das zonas, seja ao redor do orifício de entrada do projétil na pele, seja nas vestes da vítima no caso de os elementos do cone de explosão terem ficado aí retidos. 

    Efeitos devido ao projétil: orla de escoriação ou de Fish, orla de enxugo, orla eqimotica.

    Efeitos devido ao cone de explosão: zona de tatuagem (20 a 30 cm), zona de esfumaçamento (15 a 20 cm), zona de chamuscamento.


    Disparo à queima-roupa: é o disparo à curta distância em que estão presentes todas as zonas, isto é, todos os elementos do cone de explosão.

    A presença da zona de chamuscamento define o disparo à queima-roupa, mesmo que ausente a zona de esfumaçamento, pois a lesão pode ter sido lavada com água e sabão, na tentativa de destruir os vestígios do disparo à queima-roupa de uma execução.



    Disparo encostado: ocorre quando a boca do cano da arma é pressionada contra o corpo da vítima de modo a não deixar escapar os elementos do cone de explosão, os quais penetram através da pele juntamente com o projétil. 

    Nas regiões em que há contraplano ósseo, como na cabeça, a aderência da arma na pele é completa, sendo a lesão característica. 

    Uma vez ocorrido o disparo, o projétil e os elementos do cone de explosão atravessam a pele. Entretanto, apenas o projétil consegue penetrar pelo osso, enquanto os gases e a pólvora se expandem lateralmente entre a pele e o osso. Isso gera um aumento da pressão, que descola a pele do osso, levando a um estufamento, seguido de explosão da pele, agora de dentro pra fora. Assim, o orifício de entrada nos disparos encostados é maior que o diâmetro do projétil, estrelado, porque o tecido é rasgado, e sujo de pólvora por dentro, como a explosão de uma mina: sinal da câmara ou buraco ou boca de mina de Hoffman. 

  • TIRO QUEIMA ROUPA - TEM CHAMUSCAMENTO, ZONA TATUAGEM, ZONA DE ESFUMAÇAMENTO.


    TIRO ENCOSTADO - ZONA TATUAGEM, ZONA DE ESFUMAÇAMENTO.


    TIRO CURTA DISTANCIA - ZONA TATUAGEM, ZONA DE ESFUMAÇAMENTO.

  • A questão usou um pouco de interpretação, notem que no enunciado tem, além do chamuscamento, os anexos, isso elimina a alternativa B, que contém a palavra "apenas".

  • DISPAROS À QUEIMA ROUPA, encontramos também a ORLA OU ZONA DE QUEIMADURA/CHAMUSCAMENTO (determina queimaduras de 1º e 2º graus).

    França explica que "a zona de queimadura, também chamada de zona de chama ou zona de chamuscamento, tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo. Nas regiões cobertas de pelos, há um verdadeiro chamuscamento mostrando-os crestados, entortilhados e quebradiços. Essa reação fala sempre em favor de orifício de entrada em deflagração à queima roupa. A pele apresenta-se apergaminhada, de tonalidade vermelho-escura em geral, ou de acordo com a cor da pólvora". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.269

    BIZU: se é um tiro que tem chama (chamuscamento), é um tiro que queima. Logo a "queima roupa".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • GABARITO C


    CARACTERÍSTICAS DOS TIROS:

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    bons estudos

  • Questões similares:

    Q474541

    Q388961

  • Galera, estava pensando aqui e vi alguns questionamentos dizendo que a questão está mal elaborada. Discordo, acho que a dúvida maior é entre a B e a C, acredito que a B está errada pois usa "apenas", quando temos uma zona de chamuscamento podemos afirmar que se trata de um orifício de entrada, por exemplo, e não apenas que o tiro foi dado a curta distância.

  • o "apenas" da letra B, faz com que fique errada.

  • Não existe a classificação de tiro a queima-roupa


ID
1166890
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Um indivíduo cometeu suicídio com arma de fogo, com tiro encostado na região temporal direita e saída do projétil na região contralateral. Durante a necropsia, observou-se que tanto o orifício de entrada como o de saída tinham bordos irregulares e evertidos. Tal fenômeno corresponde à(ao)

Alternativas
Comentários
  • https://www.google.com.br/search?q=C%C3%A2mara+de+mina+de+Hoffmann.&client=firefox-a&hs=L4d&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=sb&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=Pc2tU97UIKvQsQTbmYBY&ved=0CB0QsAQ&biw=1024&bih=641#imgdii=_

  • Sinal de Werkgaertner-  (Marca da boca da arma na pele, cujo local não tem osso) Indica que o cano da arma foi encostado, porém como no local não tem osso, não vai haver explosão;

    Sinal de Fisch-  Lesão por fora e ferida por dentro;

    Sinal de Bonnet-  Indica que um projétil de arma entrou ou saiu da ferida;

     Sinal de Benassi- Ocorre quando o tiro é encostado em regiões onde exista um plano ósseo abaixo, a fumaça faz com que o osso fique "sujo".





  • Um indivíduo cometeu suicídio com arma de fogo, com tiro encostado na região temporal direita e saída do projétil na região contralateral. Durante a necropsia, observou-se que tanto o orifício de entrada como o de saída tinham bordos irregulares e evertidos. Tal fenômeno corresponde à(ao) Câmara de mina de Hoffmann.


    Nunca  ouvi falar em Hoffmann  também no orifício de saída. 
  • Também não vi e nem ouvir falar isso leandro...


  • Câmara de mina de Hoffman - tiro encostado sobre superficie óssea. Produzidas pelos gases expelidos pelo cano da arma.

  • Câmara de mina de Hoffman ou golpe de mina --> caracteriza o efeito dos gases(explosão) decorrente do disparo encostado; bordas evertidas, entalhes com vertentes enegrecidas em planos ósseos. 

    A resposta mais ideal a esse caso é a opção d)

    Muitas as vezes é preciso usar o bom senso amigos.

    Ademais nenhuma se aplicam a pergunta da questão.

  • É o tipo de questão se faz por eliminação.

  • Gabarito "D"

    Camara de Mina de Hoffmann: "Ocorre principalmente em tiros encostados, quando existe um plano ósseo logo abaixo da pele. O refluxo dos gases do disparo ao penetrar no ferimento e encontrar o osso como barreira provoca a eversão dos bordos da lesão" (Medicina Legal, Francisco Benfica, 3ª ed., pág. 74). Isso em relação ao orifício de entrada, porque em relação ao de saída, os bordos já seriam irregulares e evertidos, com ou sem tiro encostado.

  • Falar em Câmara de mina de Hoffmann na saida é estranho, mas é a alternativa mais viável das apresentadas (se houvesse uma falando somente da entrada do projétil, com tiro encostado e plano ósseo por baixo, seria a correta, então). Realmente, às vezes precisamos "sair da caixinha" e usar o bom-senso (se bem que ao concursando quase nunca se pede isto, ou sua opinião pessoal sobre determinado assunto: na primeira fase, é marque - e pronto).  

  • A) INCORRETO- Sinal de Puppe-Werkgaertner ou Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    B) INCORRETO- SINAL DE FISCH- “A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.271

    C) INCORRETO-Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    D) CORRETO- BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    E) INCORRETO- Sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • A) INCORRETO- Sinal de Puppe-Werkgaertner ou Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    B) INCORRETO- SINAL DE FISCH- “A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.271

    C) INCORRETO-Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    D) CORRETO- BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    E) INCORRETO- Sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • A) INCORRETO- Sinal de Puppe-Werkgaertner ou Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    B) INCORRETO- SINAL DE FISCH- “A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.271

    C) INCORRETO-Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    D) CORRETO- BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    E) INCORRETO- Sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • A) INCORRETO- Sinal de Puppe-Werkgaertner ou Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    B) INCORRETO- SINAL DE FISCH- “A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.271

    C) INCORRETO-Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    D) CORRETO- BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    E) INCORRETO- Sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • A) INCORRETO- Sinal de Puppe-Werkgaertner ou Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    B) INCORRETO- SINAL DE FISCH- “A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.271

    C) INCORRETO-Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    D) CORRETO- BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    E) INCORRETO- Sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • QUESTÃO MAL ELABORADA!

  • Sinal de Werkgaertner: Tiro com o cano encostado SEM planos ósseos abaixo da pele.

    Sinal de Fish: Orlas de enxugo e de escoriação ( contusão ).

    Sinal de Bonneti: Tronco de cone no osso perfurado por PAF

    Câmara de Mina de Hoffman: Tiro com o cano encostado COM planos ósseos abaixo da pele.

    Sinal de Benassi: tatuagem no osso, decorrente do tiro com o cano encostado com ossos abaixo da pele. Sinal de Benassi através da Câmara de mina de hoffman.

  • Um indivíduo cometeu suicídio com arma de fogo, com tiro encostado na região temporal direita e saída do projétil na região contralateral. Durante a necropsia, observou-se que tanto o orifício de entrada como o de saída tinham bordos irregulares e evertidos. Tal fenômeno corresponde à(ao)

    Não há outra situação em que o orifício de entrada apresenta borda evertida que não seja a Câmara de Mina de Hoffman. O ferimento de saída segue a regra normal do ferimento. Porém, se a questão falasse em procedimento utilizado, ou sinal utilizado, para diferenciar o ferimento de entrada e de saída nessa situação, então a questão estaria incorreto, uma vez que se utiliza o Sinal de Funil de Bonnet.

    Portanto, não há tanta complicação nesse gabarito!

  • Pelo que entendi a questão quer saber qual o fenômeno que pode ocasionar as bordas dos ferimentos de PAF fiquem evertidas na entrada e na saída.

    Como se sabe, em regra, o ferimento de entrada tem bordas invertidas, e de saída evertida. No entanto, se ocorrer a Câmara de mina de Hoffman, a lesão de entrada também terá bordas evertidas, entrada e saida terão bordas evertidas.

  • Um monte de comentário sem noção!


ID
1166914
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos ferimentos por arma de fogo, conhecendo-se previamente o tipo da arma e da munição, a presença da zona de tatuagem permite dizer que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: alternativa e)

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    Fonte: Apostila Vestcon, PCMG- Investigador

  • O "X" da questão refere-se a zona de tatuagem;

    A presença de zona de tatuagem é indispensável em tiros a curta distância.

    As literaturas divergem quanto a distância exata que caracteriza os tipos de tiros, porém todas elas correlatam a distância em relação ao anteparo.

    Opção e)

  • Gabarito: Letra E

     

    Características das feridas causadas por tiros à curta distância:

     

    forma arredondada ou elíptica

    orla de escoriação

    bordas invertidas

    halo de enxugo

    halo ou zona de tatuagem 

    orla ou zona de esfumaçamento

    zona de queimadura

    aréola equimótica 

    zona de compressão de gases.

     

    Fonte: Medicina legal - Genival Veloso França

  • Esse Marcós é um inútil mesmo. Chato demais.

  • A) INCORRETO. Segundo Genival, “Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. (...). Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma. A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância.". Livro do Professor Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 269

    B) INCORRETO. A zona de tatuagem se correlaciona com a distância, e o tiro só pode ser de curta distância, no caso, sendo especifico sim. Segundo Genival, “A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância.". Livro do Professor Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 269

    C) INCORRETO. Segundo Genival, “tiros encostados. Estes ferimentos, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas.". Livro do Professor Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 266

    D) INCORRETO. Segundo Genival, “Os ferimentos de entrada de bala, nos tiros a distância, têm as seguintes características: diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro. Diz-se que uma lesão tem as características das produzidas por tiro a distância quando ela não apresenta os efeitos secundários do tiro, e por isso não se pode padronizar essa ou aquela distância.". Livro do Professor Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 270

    E) CORRETO. Segundo Genival, “Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, (...) halo ou zona de tatuagem (...). Diz-se que um tiro é a curta distância (...)desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). (...) A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância". Livro do Professor Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 268/269

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

ID
1168108
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Leia atentamente as definições a seguir, acerca de lesões por agentes perfurocontundentes, e relacione-as por letras e números aos seus nomes.

A. Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal.

B. Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície.

C. Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância.

D. Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual.

E. Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa.

1. Orla de esfumaçamento.

2. Halo de enxugo.

3. Zona de chamuscamento.

4. Orla de escoriação ou contusão.

5. Halo de tatuagem.

A associação correta entre a definição e o elemento de uma ferida de entrada de projétil de arma de fogo é vista, em ordem alfabética e corretamente, na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: alternativa c)

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).

    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.

    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.

    Fonte: Apostila Vestcon, PCMG- Investigador


  • curta distancia.

    orla de esfumaçamento: zona de falsa tatuagem

    orla de tatuagem: impreguinação na pele-derme de residuos solídos e granulos de polvora decorrente da queiam.

    queima roupa:

    orla de chamuscamento: pode determinar queimaduras de 1ºe 2º graus.

     

  • Utilizarei a questão para formar o conceito:

    LESÕES POR PAF:

    Orla de escoriação ou contusão: Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal.

    Halo de enxugo: Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície.

    Halo de tatuagem: Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância.

    Orla de esfumaçamento: Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual.

    Zona de chamuscamento: Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa.

  • Zona de Tatuagem e Esfumaçamento estão presentes em tiros de curta distância.

    GABARITO C

  • Classificação dos tiros quanto a distância

     

    Consoante a distância com que são disparados, classificam-se em tiros com arma apoiada ou encostados; tiros a curta distância ou à queima-roupa; tiros de longe ou de longa distância.

    A) Tiros com arma apoiada ou encostados

    São os tiros disparados com a boca do cano da arma contatando intimamente com a superfície do alvo. Determinam no organismo ferida de entrada em “câmara de mina”, pela ação da força viva do projétil aumentando a pressão hidrostática, pela violenta expansão dos gases de explosão anfractuando os tegumentos, pelo escurecimento do orifício de entrada e do início do trajeto por deposição de pólvora incombusta e pelo negro de fumo. Estão, desse modo, presentes, indistintamente, todos os elementos de vizinhança, inclusive queimaduras, sendo a determinação da trajetória do bullet impossibilitada pela intensidade cataclísmica das lesões da ferida de entrada.

    B) Tiros a curta distância ou à queima-roupa

    Determinam orifício de entrada irregular, igual ou, como ocorre frequentemente, por ainda atuar a violenta ação expansiva dos gases, maior do que o calibre do projétil. A zona de tatuagem supõe disparo à distância de 30 a 75 centímetros, ou mais; presente o negro de fumo circundando estelarmente o orifício de entrada, admite a distância de 10 a 30 centímetros. O negro de fumo ou zona de esfumaçamento, “em afastamento do alvo até 35cm é de pequeno diâmetro, mas muito concentrada e de contorno nítido, formando camada espessa e opaca, a qual oculta completamente os vestígios da orla de enxugo e os possíveis efeitos secundários das queimaduras. À medida que o diâmetro cresce, a zona de esfumaçamento vai tornando mais tênue a deposição dos resíduos, cuja concentração diminui do centro para a periferia, com crescente perda de nitidez dos bordos” (apud Milton M. C. Farignoli e Alice H. Takai, Da praticidade em criminalística dos testes para residuografias). Orla de contusão e zona de tatuagem circulares ao redor do orifício de entrada indicam plano de tiro perpendicular à pele; serão ovaladas ou elípticas nos tiros de direção oblíqua em que o orifício de entrada da bala ocupa o polo oposto da orla de contusão e da tatuagem. 

    C) Tiros de longe ou de longa distância

    O orifício de entrada é habitualmente menor do que o diâmetro do projétil, de aspecto circular, quando o agente perfurocontundente incidir perpendicularmente sobre a superfície da pele, e oblíquo, ovalado, ou fusiforme, quando atingir alvos inclinados ou abaulados. Excetuadas a orla de contusão, o halo de enxugo e a aréola equimótica (nem sempre presente), todos os demais elementos de vizinhança não podem absolutamente ser encontrados na ferida de entrada. (Grifamos)

     

    Fonte: Croce, Delton Manual de medicina legal / Delton Croce e Delton Croce Jr. — 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.

     

  • Orla de escoriação ou contusã: Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal. 
    Halo de enxugo: Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície. 
    Zona de chamuscamento: Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância. 
    Orla de esfumaçamento: Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual. 
    Halo de tatuagem: Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa. 

  • Questão linda!

    Serve para quem deseja fazer uma revisão!

  • - ORLA DE ENXUGO-Orla de detritos que ficam retidas na pele quando há a passagem do projétil. É como se o projétil se "enxugasse" ou se "limpasse" por onde passa, deixando detritos.

    - ORLA DE ESCORIAÇÃO- representa a lesão de escoriação causada pela passagem do projétil. Há o arrancamento da epiderme e o esticamento da derme

    -ORLA DE CONTUSÃO- pequena área milimétrica que circunda o orifício de entrada. Possui forma concêntrica ou circular quando o tiro é perpendicular. Já quando o tiro for de incidência oblíqua será ovalada ou fusiforme.

    Observação: a questão considerou a orla de contusão como sinônimo de orla de escoriação. Destaca-se que é incomum considerá-las lesões idênticas, uma vez que a doutrina mais respeitada no Brasil (Hygino Hércules, Delton Croce e Delton Croce Júnior, Genival Veloso) as consideram lesões distintas.


    DISPARO À CURTA DISTÂNCIA/ QUEIMA ROUPA, constatamos:

    - ZONA OU ORLA DE ESFUMAÇAMENTO OU TISNADO- Possui pequeno diâmetro, sendo muito concentrada e de contorno nítido, com uma camada espessa e opaca que esconde a orla de enxugo. Distância de 10 a 30 cm. Pode ser removida ao se lavar a pele.

    - ZONA OU ORLA DE TATUAGEM- origina-se a partir dos grânulos de pólvora combusta ou incombusta que impregnam na pele-derme . Supõe um disparo de 30 a 75 cm. Só será removida com cirurgia plástica.

    -ORLA OU ZONA DE QUEIMADURA/CHAMUSCAMENTO (determina queimaduras de 1º e 2º graus). Há uma ação superaquecida dos gases que atingem e queimam a área. Em regiões com pelos, há a queima desses pelos, que terão aspectos quebradiços e queimados.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C





  • O negócio é chutar com estratégia hahhaa boa questão!

  • ALT. "C"

     

    Halos, orlas, zonas: São as lesões que são produzidos pelo residuograma, fazem partes do efeitos secundários. Elas irão permitir inferir a distância do tiro.

     

    1. Halo de enxugo ou orla de Chavigny: Passagem do projétil pelos tecidos limpando suas impurezas, “o projeto está sem limpando, se enxugando nos tecidos” e quando isso acontece, forma, via de regra, na entrada a orla de enxugo, não há na saída, pois ele já se “limpou” na entrada.

    2. Zona de tatuagem: Impregnação de fragmentos (tatuagem na pele) de pólvora incombusta (grãos), eles irão funcionar com “micro projéteis” que irão “impregnar” na pele formando uma verdadeira tatuagem.

    3. Zona de esfumaçamento: Resultado da pólvora combusta (deixando portanto uma fuligem, um esfumaçamento), pode ser chamada de orla ou zona de tisnado. Poderá estar presente nas roupas. É de fácil remoção, difere da tatuagem.

    4. Aréola Equimótica: Sufusão hemorrágica por ruptura de pequenos vasos sanguíneos.

    5. Orla de escoriação ou contusão: Área de arrancamento da epiderme pela rotação do projétil.

     

    Bons estudos. 

  • Orla de escoriação ou contusão -  Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal. 

     

    Halo de enxugo - Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície. 

     

     Halo de tatuagem - Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância

     

    Orla de esfumaçamento -  Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual.

     

    Zona de chamuscamento - Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa

     

    GAB: C 

  • 4. Orla de escoriação ou contusão. 

    A. Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal. 

    2. Halo de enxugo. 
    B. Sinal deixado pela passagem do projétil nos tecidos corporais, concêntrico, decorrente do atrito e contusão do projétil, que também deixa nos tecidos por onde passa suas impurezas de superfície. 
     

    5. Halo de tatuagem. 
    C. Área de impregnação por grãos de pólvora incombustos que se fixam ao redor do ferimento de entrada de projétil, em tiros de curta distância. 
     

    1. Orla de esfumaçamento. 
    D. Área de depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, removível com a lavagem do local, portanto, sem impregnação tecidual. 
     

    3. Zona de chamuscamento. 
    E. Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa. 









     

  • Questão bonita, questão formosa!

  • Orla de escoriação- contusão= arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal.

    zona de chamuscamento= Área ao redor do orifício de entrada, caracterizada pela queimadura da pele ou pelos, decorrente da alta energia térmica dos projéteis de arma de fogo, característica de disparos a curta distância ou à queima-roupa. (crestação dos pêlos).

  • Ótima questão para revisar!

  • Orla de escoriação/ contusão. FERIMENTO por projétil de arma de fogo + ARRANCAMENTO da epiderme

    Halo de enxugo. Se "enxuga", se "limpa" das IMPUREZAS

    Halo de tatuagem. impregnação por grãos de pólvora + tiros de curta distância.

    Orla de esFUmaçamento. fuligem removível

    Zona de chamuscamento. queimadura da pele ou pelos + disparos a curta distância ou à queima-roupa.


ID
1210015
Banca
FDRH
Órgão
IGP-RS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação ao estudo dos orifícios de entrada e saída dos projetis de arma de fogo, analise as seguintes afirmações.

I – O halo hemorrágico visceral de Bonnet, encontrado principalmente no pulmão, é um sinal comprovador de entrada de projetil a qualquer distância.
II – Na calota craniana o ferimento de entrada na lâmina externa do osso é regular, arredondado e em forma de “saca-bocado”, enquanto, na lâmina interna, é irregular maior que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido.
III – Na calota craniana o ferimento de saída apresenta um amplo bisel interno, repetindo a forma de tronco de cone, com base voltada para dentro.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • Epônimos de Bonnet:

    BONNET = Sinal de. Rotura dos ligamentos cricóide e tireoideo em enforcados
    BONNET também = Sinal do decalque de. Disparo sobre roupa de trama frouxa, onde a fuligem transpassa a roupa seletivamente, reproduzindo a trama do tecido
    BONNET também = Regra de. Evolução da rigidez cadavérica. Inicia-se logo após a morte e atinge o máximo na décima quinta hora e desaparece lentamente com os fenômenos destrutivos
    BONNET também = Sinal de. Sinal do funil. Determina o sentido do projetil de arma de fogo no osso, em especial no crânio. A tábua óssea primeiro rompida apresenta diâmetro menor que a segunda.
    BONNET também = Sinal de. Marcas da trama do laço em enforcados
    BONNET também = Halo visceral de. Halo hemorrágico visceral circunjacente à entrada de projetis de arma de fogo, no coração e pulmões
    BONNET também = Sinal de. Rotura das cordas vocais em enforcados
  • III - Na calota craniana o ferimento de saída apresenta um amplo bisel interno, repetindo a forma de tronco de cone, com base voltada para dentro.Quando o feirimento é de saída a base é voltada para fora.

  • Segundo o mestre Genival Veloso de França:

    I - (...)É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet. Não se observa no de saída (...).

    II e III - O diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal do funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold. Na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de "saca-bocado". Na lâmina internam o ferimento é irregular, maior do que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido, dando à perfuração a forma de um funil ou de um tronco de cone, mas desta vez com a base voltada para fora.

  • Sobre o I- França fala que não tem

    Sobre o III - Voltado pra fora

    A II é o funil de Bonnet


ID
1265659
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Considerando as lesões produzidas por projéteis de arma de fogo, não é raro encontrar eventos em que um único projétil é capaz de transfxar várias partes do corpo, determinando vários orifícios de entrada e saída. Essa condição é denominada trajeto em

Alternativas
Comentários
  • Um projétil de arma de fogo pode percorrer vários caminhos no interior do corpo (reto, curvo, semicírculo ou “fenômeno da bala giratória”). Pode ainda um único projétil transfixar várias partes do corpo (“trajeto em chuleio“).

    http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/investigador-pcmg-comentarios-prova-de-nocoes-de-medicina-legal/

  • Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários
    segmentos ou partes do corpo, com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chamar
    de “trajeto em chuleio” ou “trajeto em alinhavo”.

  • "Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chamar de “trajeto em chuleio” ou “trajeto em alinhavo”.

     

    (FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, PÁG. 279) edição digital

     

    Bons Estudos!

  • GABARITO A

     

    Pelo que pesquisei, não existe as outras modalidades de trajeto, confere pessoal?

  • Quando um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, apresentando orifício de entrada e saída, chama-se TRAJETO EM CHULEIO ou TRAJETO EM ALINHAVO. Por exemplo, um mesmo projétil pode transfixar a testa e passar pelo queixo. Um outro caso, um mesmo projétil pode transfixar uma mama, passar pela outra mama e sair pelo braço. Nesses casos, a primeira ferida se chamará "FERIDA PRIMÁRIA", enquanto as demais "FERIDA DE REENTRADA OU SECUNDÁRIAS".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • Depois de mais de 200 questões dessa matéria, é a primiera vez que vejo esse trem de chuleio kkk e lógico, errei ahauha

  • Meus caros, não confundam lesão em chuleio com lesão em Sedenho. Aquela ocorre qnd o projétil entra em varias partes do corpo. Já a lesão em sedenho caracteriza o projetil que passa por debaixo da pele sem, todavia, penetrar por dentro do corpo.

  • Quando um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, apresentando orifício de entrada e saída, chama-se TRAJETO EM CHULEIO ou TRAJETO EM ALINHAVO. Por exemplo, um mesmo projétil pode transfixar a testa e passar pelo queixo. Um outro caso, um mesmo projétil pode transfixar uma mama, passar pela outra mama e sair pelo braço. Nesses casos, a primeira ferida se chamará "FERIDA PRIMÁRIA", enquanto as demais "FERIDA DE REENTRADA OU SECUNDÁRIAS".

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • GABARITO LETRA A

     

     a) chuleio. Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chamar de “trajeto em chuleio” ou “trajeto em alinhavo”. Por exemplo, transfixar um braço, uma mama, a outra mama e o outro braço, ou outras variantes. Nesses casos a primeira ferida de entrada chama-se “ferida primária” e as demais “feridas secundárias” ou “feridas de reentrada”. 

    Ter sempre em conta que é importante considerar a relação entre o trajeto do projétil e a posição da vítima em referência ao agressor ou à linha de tiro, pois nem sempre o trajeto estudado no cadáver em decúbito dorsal no necrotério é a continuidade exata da linha de trajetória da bala até o corpo. Finalmente, jamais deve esquecer o perito que esses projéteis, ao serem encontrados, não podem ser retirados com ajuda de instrumental metálico, a fim de não lhes causar qualquer alteração que possa falsear um resultado no exame de balística.

  • Um projétil de arma de fogo pode percorrer vários caminhos no interior do corpo (reto, curvo, semicírculo ou “fenômeno da bala giratória”).

    Pode ainda um único projétil transfixar várias partes do corpo

    *trajeto em chuleio

  • Genival Veloso França trata da matéria e exemplifica da seguinte forma:

    Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chamar de "trajeto em chuleiro" ou "trajeto em alinhavo". Por exemplo, transfixar um braço, uma mama, a outra mama e o outro braco ou outras variantes. Nesses casos a primeira ferida de entrada chama-se "ferida primária" e as demais "feridas secundárias" ou "feridas de reentrada".

    _______________________________

    Fonte: Medicina Legal - 11ª Ed. (pg. 126). Bons estudos!!

  • Gabarito: A

    A questão elenca um trecho escrito por FRANÇA:

    "Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chamar de “trajeto em chuleio” ou “trajeto em alinhavo”. Por exemplo, transfixar um braço, uma mama, a outra mama e o outro braço, ou outras variantes. Nesses casos a primeira ferida de entrada chama-se ferida primária e as demais feridas secundárias ou feridas de reentrada."

    FONTE: FRANÇA, Genival Veloso de, 1935- Medicina legal. 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. pag. 307.

  • Quem assistiu a aula de Leilane daqui do qconcurso acertou.

  • Gab A

    Não é tão raro encontrar situações em que um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo com orifícios de entrada e saída, constituindo o que se poderia chama de " Trajeto em chuleio" ou "trajeto em alinhavo".

  • GAB. A

    Único projétil é capaz de transfxar várias partes do corpo, determinando vários orifícios de entrada e saída = CHULEIO.

  • Trajeto em chuleio - trajeto em alinhavo

    [...] Por exemplo, transfixar um braço, uma mama, a outra mama e o outro braço, ou outras variantes (Figura 4.41 B). Nesses casos a primeira ferida de entrada chama-se “ferida primária” e as demais “feridas secundárias” ou “feridas de reentrada”. [...]

    Genival França

  • “trajeto em chuleio” ou “trajeto em alinhavo” : um único projétil é capaz de transfixar vários segmentos ou partes do corpo, com orifícios de entrada e saída..

    obs: me sigam no insta: "carolrocha17".. S2


ID
1269382
Banca
FDRH
Órgão
IGP-RS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O que caracteriza um orifício de saída de um projetil de arma de fogo?

Alternativas
Comentários
  • SAÍDA:

    Geralmente maior que a entrada

    Forma

    Bordas evertidas

    ferida estrelada, em fenda, circular

    Escoriação caso comprima a pele contra anteparo

    Podem haver mais saídas que projéteis

    Fragmentação

    Esquírolas ósseas/dentária

  • GAB: LETRA E

    Quando a lesão for transfixante, observa-se um segundo orifício, o orifício de saída, que apresenta, em regra, diâmetro maior do que o orifício de entrada. No mais, as bordas do orifício de saída costumam ser irregulares, dilaceradas e reviradas para fora.

    O orifício de saída, em regra, se diferencia do de entrada da seguinte forma:

    ENTRADA: Regular; Invaginado; Proporcional ao projétil ; Com orlas e zonas.

    SAÍDA: Dilacerado. Evertido; Desproporcional ao projétil; Sem orlas e zonas.

  • " In" pra dentro. "En" ou "Re" pra fora.
  • GABARITO - E

    Orifícios de entrada: Bordas Invertidas ( P/ dentro )

    Orifícios de saída: Bordas evertidas ( P/ fora )

    Não há orla nem zonas nos orifícios de saída.

    Bons Estudos!!


ID
1322983
Banca
FUNCAB
Órgão
POLITEC-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A presença de um orifício circular na face interna da calota craniana que apresenta bordas talhadas em bisel na sua face externa, de modo a formar um vazio em forma de tronco de cone, com a base maior voltada para a tábua óssea externa, indica lesão causada por:

Alternativas
Comentários
  • é o sinal de bonnet??

  • A questão diz que a base do cone está voltada para a parte externa, logo, não tem como ser entrada de PAF.

  • SINAL DE (FUNIL) BONNET: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).

    – O osso da cabeça é esponjoso, isto é, tem duas tábuas compactas e uma camada de osso esponjoso entre elas (como um biscoito wafer).

    – O projétil fura a camada compacta externa, fragmentando o osso nesse ponto e imprimindo velocidade aos fragmentos.

    – Assim, a camada interna é atingida pelo projétil e pelos pedaços de osso, ficando com um buraco maior.

    – Então, o orifício do lado do osso por onde entra o projétil é menor do que o orifício do lado de saída do projétil, com bordas talhadas em bisel (angulado com arestas) pelo lado interno e formando no osso um trajeto em forma de cone truncado (com bico cortado).

    – Esse é o SINAL DE BONNET, que permite identificar o orifício de entrada do projétil, quando outros sinais falharem.

    – Quando o projétil transfixar a cabeça, isto é, entrar por um lado e sair pelo outro, no orifício de entrada, a parte mais estreita do cone estará na camada externa do osso, enquanto no orifício de saída, a parte mais estreita estará na camada interna do osso.

    – Dessa forma, o orifício na parte externa do osso é menor na entrada e maior na saída do projétil. (Neusa Bittar)


ID
1322986
Banca
FUNCAB
Órgão
POLITEC-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma escoriação avermelhada, situada na pele adjacente a uma ferida de entrada de projétil de arma de fogo, disparado à distância zero da pele, que imita a impressão das estruturas metálicas dispostas na proximidade da boca do cano da arma, recebe o nome de sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Com todo respeito Azulão Mutange, no meu livro do Professor Genival França está assim escrito: "Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho na boca e da MASSA de mira do cano, produzido por sua ação contudente ou pelo seu aquecimento".

    (França, Genival Veloso. Fundamentos de Medicina Legal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012, p. 76).

    Assim, além da boca da arma de fogo, o sinal de Werkgaertner pode deixar o desenho da "MASSA" de mira do cano, e não da"ALÇA" de mira, até mesmo porque esta fica localizada na parte de trás da arma.

  • Gabarito “E”

     

    Sinal de Werkgaertne é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou pelo aquecimento. Característica de tiro encostado (Medicina Legal, Francisco Benfica, 3ª ed. pág 74).

  • GABARITO E

     

     

    Zona de Fisch                                                 Escoriação devido à rotação do projétil

     

    Zona de Hoffman                                          Tiro encostado no osso, borda evertida e tecidos dilacerados

     

    Zona de Werkgaertner                                  Queimadura do cano do revólver quente (desenho da boca do cano)

     

    Sinal de Schusskanol                                   Queimadura e pólvora no túnel do tiro

     

    Sinal de Bonnet                                            Cone formado quando projétil entra

     

    Sinal de Benassi                                          Fuligem no osso indicando entrada (sujeira)

     

    Zona de enxugo                                  Onde são retidos os detritos da bucha, e tudo que o projétil leva pelo caminho (tecidos, sujeiras).

     

    Zona de tatuagem                                      Pólvora que chega junto com o projétil e se aloja na pele

     

    Zona de esfumaçamento                                 A mais periférica, por fora da zona de tatuagem. Depósito de fuligem de pólvora, fumaça.

     

    Rosa de tiro                                                        Lesão por arma de projéteis multiplos

     

     

    bons estudos

  • SINAL DE PUPPE WERKGAERTNER: caracteriza-se pela marca do cano da arma tatuada ao redor do orfício nos tiros encostados.

  • À distância zero da pele é palhaçada kkkkk

  • CHAVE PARA MATAR A QUESTÃO:

    disparado à distância zero da pele = A TIRO ENCOSTADO


ID
1323058
Banca
FUNCAB
Órgão
POLITEC-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nas lesões produzidas pelos projéteis de arma de fogo dotados de grande energia cinética, o alargamento da cavidade permanente deve-se ao:

Alternativas
Comentários
  • O trajeto dos projéteis de alta energia difere dos demais devido à maior potência das ondas de pressão que produzem. Os projeteis rompem os tecidos deixando um túnel (cavidade permanente) cujas paredes são deslocadas por estas ondas em direção radial e sentido centrífugo. A cavidade temporária é o resultado do alargamento da cavidade permanente sob a influência das ondas de pressão pulsáteis. Quanto mais rápido o fluxo de energia cinética, maior o impulso dado aos tecidos vizinhos, à cavidade permanente e maior será a cavidade temporária.

    Fonte: http://www.rpot.pt/app/public/detalhes/arquivoDetalhes.xhtml;jsessionid=E1D99321861DAA0C2B58920A1414E54C?id=196&locale=pt

  • A) o COEFICIENTE BALÍSTICO é a facilidade com a qual o projétil vence a resistência do ar e penetra no corpo. É uma relação existente entre o calibre, o peso e o perfil de uma bala. Você até pode argumentar que um CB elevado influencia na maior velocidade e consequentemente maior energia do projétil. Mas isso não necessariamente é o grande responsável pelo alargamento da cavidade permanente.

    B) Stopping power é a capacidade que o projétil possui, durante o impacto, de incapacitar uma pessoa ou animal, instantaneamente (ou, no máximo, em dois segundos), impedindo que continue a fazer o que estava fazendo no momento do impacto.

    C) São ondas de pressão, e não de choque.

    D) Nem precisa comentar.


ID
1323061
Banca
FUNCAB
Órgão
POLITEC-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A grande variação observada nas lesões de saída dos projéteis de arma de fogo de alta energia cinética, quanto ao seu tamanho e forma, pode ser explicada principalmente pelo(a):

Alternativas
Comentários
  • Se os projéteis mantivessem a sua estabilidade ao longo do trajeto, produziriam saídas pouco menores que a entrada, mas não é isso o que se sucede, uma vez que ao longo do trajeto os projéteis sofrem desvios e até deformações e costumam sair de lado ou de base, ampliando muito mais a saída. São várias as causas que contribuem para o aumento da ferida de saída. A mais importante é o comprimento do trajeto.. Nos primeiros centimetros ainda não existe uma cavidade temporária bem formada, atingindo o máximo aos trinta centímetros e diminuíndo logo após. Se, no entanto, o segmento a ser atingido for pequeno como um braço e o projétil não tocar no osso, não existe tempo suficiente para que o projétil tombe e produza uma cavidade temporária significativa. O mesmo já não ocorre se o segmento atingido for maior,como a coxa, podendo a cavitação temporária máxima coincidir com a saída do projétil, produzindo feridas muito grandes, com aspeto em couve flor. Se  neste trajeto for atingido algum plano ósseo, dá se tranferência precoce de energia e a saída será maior.

    Fonte: http://www.rpot.pt/app/public/detalhes/arquivoDetalhes.xhtml;jsessionid=E1D99321861DAA0C2B58920A1414E54C?id=196&locale=pt

  • arma de fogo de alta energia, quando em deslocamento e em contato com o corpo da vítima, produzem ondas de choque e de pressão(fenômeno da cavitação.), essas ondas de choque de pressão provocam afastamentos permanentes e temporários nos tecidos da vitima, o afastamento permanente em regra tem seu afastamento max. em 3Ocm dentro do corpo e volta a diminuir, assim se o trajeto dentro do corpo for por volta de 30 cm vai ter um ferida de saída de tamanho maior!


ID
1438954
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Dentre as características a seguir, aquela que é encontrada exclusivamente nos orifícios de entrada em lesões por projéteis de arma de fogo é:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    Orla de enxugo ou orla de limpadura é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas etc.) que o projétil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma auréola escura em volta do orifício de entrada.

    Claro que o orifício de saída não apresenta dita orla, porque o projétil já fez o seu trajeto no corpo, de modo que, na saída, já está "limpo".

  • Lembrando que nem todo orifício de entrada apresenta orla de enxugo, é o caso do projetil que entra mais de uma vez.

  • Ótima explicação Camila, valeu!!

  • Orla de enxugo obrigatoriamente presente no orifício de entrada 

  • O halo de enxugo ou de limpeza, embora menos frequente nos tiros apoiados em virtude de outras ações que se verificam, à maneira da orla de contusão, também é característica do orifício de entrada. É, em geral, de cor escura e produzida pelo movimento rotatório do projétil disparado por arma raiada, por adaptação da bala às margens do orifício de entrada enxugando-a dos resíduos de pólvora, graxa, sarro da arma, fragmentos de indumentária etc. É concêntrico, circular nos tiros perpendiculares e ovalares ou elípticos nos tiros oblíquos.

    Ambas, orla de escoriação e orla de limpeza, podem ser perfeitamente demonstradas histologicamente num corte seriado da pele ao nível do orifício de entrada do projétil. (Grifamos)

    Fonte: Croce, Delton Manual de medicina legal / Delton Croce e Delton Croce Jr. — 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.

  • cuidado para nao confundir com a distancia do tiro, pois nesse caso a orla de enxugo estará presente em tiro a qualquer distancia. Não servindo pois para identificar/precisar a distância do tiro.

  • LESÕES DE ENTRADA: Em regra apresentam: bordas viradas para dentro, diâmetro menor do que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, enxugo ou equimose. Nos tiros a curta distância apresentam orla de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento/tisnado. Já os tiros à queima roupa apresentam orla de queimadura/chamuscamento.

    LESÕES DE SAÍDA: Em regra apresentam no caso de projétil único: bordas reviradas para fora, forma irregular, maior sangramento, não apresentam orla de escoriação nem de enxugo, sequer elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    Assim, nosso gabarito é a LETRA C

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C
  • Elisangela, me parece que halo de enxugo não está presente nos tiros encostados.


ID
1449988
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SPTC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Na ação dos projéteis de alta energia, o fenômeno da cavitação (principalmente a cavidade temporária) ocorre pela ação

Alternativas
Comentários
  • A troca de energia entre o projétil e o corpo gera cavitação. Esta é proporcional a velocidade do projétil, densidade da camada atingida e a superfície em contrato no momento da troca de energia.

  • CORRETA "E", pois a cavitação ocorre pelas ondas de pressão causadas pelo projétil, daí a sua relação com a cavidade temporária.

  • ATRAJETO: O FENÔMENO DA CAVITAÇÃO 

    O trajeto dos projéteis de alta energia difere do deixado pelos projéteis comuns por causa da maior potência das ondas de pressão que produzem. 

    Os projéteis em geral rompem os tecidos e formam um túnel cujas paredes são deslocadas pelas ondas de pressão em direção radial e em sentido centrífugo.

    Quanto maior a energia transmitida aos tecidos, maior a potência das ondas de pressão. 

    No caso dos projeteis de alta velocidade, o fluxo de energia pode ser tão intenso que as paredes da cavidade em túnel são de tal modo deslocadas, que o resultado simula o efeito de uma explosão do projétil dentro do corpo. 

    A CAVIDADE TEMPORÁRIA é o resultado do alargamento da cavidade permanente sob a influência das ondas de pressão. É tanto maior quanto maior o fluxo de energia. Mas logo se retrai sob a influência da elasticidade dos tecido. Tem sido associada exclusivamente aos projeteis de alta energia, o que é um erro. Qualquer projétil pode produzir as ondas de pressão responsáveis pela sua formação, dependendo apenas da velocidade de transferência da energia aos tecidos. 

    Quanto mais rápido o fluxo de energia cinética, maior o impulso dado aos tecidos vizinhos à cavidade permanente e, conseqüentemente, maior volume da cavidade temporária. 

    Desse modo, projéteis deformáveis, que transferem rapidamente a sua energia aos tecidos, são capazes de produzir cavidades temporárias significativas, capazes de ampliar o dano representado pela cavidade permanente, mesmo sem penetrar em alta velocidade. 

    Os diversos fabricantes de munição têm desenvolvido projéteis construídos exatamente com esse fim, ou seja, ampliar o fluxo de energia para aumentar o seu poder de parada. São projeteis destinados basicamente ao tiro policial, que visa a incapacitar o oponente já no primeiro impacto. Conforme a velocidade de expansão do projétil, seu poder de penetração pode diminuir. 

    Alguns tipos de projéteis expandem-se ou se fragmentam, tão rapidamente que penetram menos em função do esgotamento precoce da sua energia cinética. Ajustes técnicos podem equilibrar o grau de penetração e de expansão dos projéteis. Entre os projéteis com grande capacidade expansiva podemos incluir: 

    - Glaser safety slug;

    - Hydra-shock;

    - Silvertip. 

    O último é capaz de causar uma grande cavidade temporária, em prejuízo da penetração. 

    A distensão dos tecidos pela cavidade temporária, entretanto, só deixa lesões visíveis à macroscopia quando a velocidade dos projéteis é superior a 304 m/s. 

    O sinal mais importante é a infiltração hemorrágica dos tecidos adjacentes ao trajeto. É causada pela rotura de vasos de pequeno calibre. Essas lesões representam, na realidade, o resultado da ação contundente das ondas de pressão. No caso dos projéteis de alta velocidade, as ondas de pressão são muito mais potentes. 

    Dependendo do órgão e dos tecido atingidos, a cavidade temporária pode ser devastadora.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico legal.

    A) ERRADO. A cavitação é proveniente das ondas de pressão, e não apenas da velocidade do projetil. Lembre-se que energia = massa X velocidade (E=mv2/2), assim, a energia que vai causar a cavidade temporária depende não só da velocidade, mas também da massa do projetil.


    B) ERRADO. A cavitação é proveniente das ondas de pressão, e não de choque.


    C) ERRADO. O fenômeno da cavitação provém das ondas de pressão provocadas pelo projetil, e não da deformação apresentada por este. A deformação do projetil na realidade influencia o tamanho da cavidade permanente, que tem as dimensões transversais dele.


    D) ERRADO. O fenômeno da cavitação provém das ondas de pressão provocadas pelo projetil, e não por sua ação térmica.


    E) CERTO. O trajeto dos projéteis de alta energia difere do deixado pelos projéteis comuns por causa da maior potência das ondas de pressão que produzem. O fluxo de energia pode ser tão intenso que as paredes da cavidade em túnel são de tal modo deslocadas, que o resultado simula o efeito de uma explosão do projetil dentro do corpo.
    O fenômeno da cavitação, embora já observado há muitas décadas nos projéteis de baixa energia, agora, com o surgimento dos projéteis de alta resolutividade, apresenta cavidades temporárias nos sentidos transversal e longitudinal, em face da aceleração brusca dos tecidos. A cavidade temporária é o resultado do alargamento da cavidade permanente sob a influência das ondas de pressão provocadas pela passagem do projetil. É tanto maior quanto maior for o fluxo de energia.


    Gabarito do professor: Alternativa E.

ID
1449994
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SPTC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A Balística, ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o seu movimento, as forças envolvidas na sua impulsão, a trajetória e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa e terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a análise pericial do corpo de delito, notadamente na avaliação dos efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • basicamente:

    Balística interna = desdobramentos internos, sucessão de fatos no interior da arma, estudo do seu funcionamento, estrutura e mecanismo.

    Balística externa = verifica a trajetória do projétil desde o momento do disparo, ex: influência da gravidade e empecilhos. 

    Balística Terminal = ou de efeitos, estuda os efeitos e lesões provocados pelo projétil.

    ps: trajeto DIFERENTE de trajetória. Aquele é o percurso no interior do corpo, já este é o percurso externo do projétil.


  • Entende-se por Balística Interna a secção da Balística que estuda os fenómenos que ocorrem dentro do cano de uma arma de fogo durante o seu disparo. Mais especificamente estuda as variações de pressão dentro do cano, as acelerações sofridas pelos projécteis, a vibração do cano, entre outras coisas.

    Uma arma ao disparar começa por iniciar a carga de pólvora da munição. A queima da pólvora origina gases que por estarem confinados vão originar pressão que por sua vez actua na base do projéctil, fazendo força nele. É graças à obturação que os gases não escapam para mais lado nenhum a não ser a boca do cano. A rapidez de queima é proporcional à pressão, logo, as altas pressões geradas vão acelerar a própria queima. No principio das armas de fogo só existia a pólvora negra. Actualmente existem inúmeras pólvoras diferentes, onde entre cada uma pode variar a sua vivacidade característica, tamanho e forma (que pode ir desdes simples grãos a cilindros ocos, p.e.). Uma pólvora muito viva, queima rapidamente que origina altas pressões rapidamente que por sua vez aceleram a queima.

  • Entende-se por Balística Intermédia o estudo dos fenómenos sobre os projécteis desde o momento em que saem do cano da arma até o momento em que deixam de estar influenciados pelos gases remanescentes à boca da arma.

    A reter sobre esta secção da Balística é que o mais importante é o efeito dos gases imediatamente à saida do cano. Os gases da queima saem do cano a uma velocidade maior que a do projéctil, envolvendo-o. Basta haver uma pequena falha na boca do cano, para que uma grande quantidade de gases saiam por essa falha provocando um erro muito grave na precisão do tiro.

    Na balística intermédia outro factor de estudo e aplicação são os aparelhos que actuam na boca do cano, tais como tapa-chamas, silenciadores e afins.

    ·         Silenciadores são, de uma maneira básica, um tubo com várias câmaras separadas de maneira que os gases, por viajarem mais rápido que o prójectil, percam a sua velocidade nessas câmaras antes de chegarem ao fim com uma velocidade que se quer menor quanto possível. Iato, para evitar a explosão sónica (produzida quando a velocidade dos gases ultrapassa a velocidade do som). Apesar dos gases, uma arma para ser silenciosa precisa que a munição não possua velocidade supersónica pela mesma razão, e os mecanismos da arma sejam também "silenciosos" na sua operação.

    ·         Tapa-chamas são dispositivos com o objectivo de reduzir o tamanho e intensidade da chama à boca. Existem também uma espécie de "travões" (muzzle-brake) e compensadores que projectam os gases de maneira a que contrariem o recuo, ou salto vertical da arma respectivamente.

  • balística externa é o estudo das forças que actuam nos projécteis e correspondentes movimentos destes durante a sua travessia da atmosfera, desde que ficaram livres das influências dos gases do propulsante, até aos presumíveis choques com os seus alvos.

    As duas principais forças que actuam sobre os projécteis durante as suas viagens na atmosfera e valor relativo dessas forças, no caso dos projécteis modernos são

    1.    A força da gravidade ou atracção terrestre;

    2.    A resistência do ar aos seus movimentos, sendo que esta, para as balas e granadas de artilharia modernas pode ser considerada como tendo, grosso modo, um valor igual a 100 vezes o valor da atracção terrestre.

    3.     

    Balística Terminal é o estudo da interacção entre os vários géneros de projécteis e os seus alvos.

    Estes classificam-se em alvos duros e alvos moles, conforme são ou não difíceis de penetrar, ou seja, conforme dispõem ou não de uma armadura ou couraça qualquer. A balística terminal divide-se na que estuda a interacção com os alvos duros e a que interage com alvos moles, também conhecida por balística das feridas.

  • Alvos duros

    Podem-se considerar como alvos duros desde armaduras de tanques até coletes à prova de bala. Para a sua neutralização existem vários tipos de munição, desde projécteis cinéticos chamados APDS ou APFSDS que devido à sua alta densidade aliada com uma área transversal baixa conseguem uma boa perfuração, até cargas focais, como p.e. os RPG’s, que usam uma carga explosiva em forma de cone que quando atinge o alvo, projecta a explosão para um único ponto, conseguindo temperaturas elevadas a uma alta velocidade de impacto.

    As armaduras “falham” de diversas maneiras, sendo essas:

    ·         Falha dúctil (material macio);

    ·         Falha por fractura (material muito duro);

    ·         Falha por vazamento (quando o material é de dureza intermédia e é “arrastado” para dentro por um projéctil de ponta romba);

    ·         Falha por destacamento de uma face interior (causado por munições HESH, que consiste numa “crosta” da parte interior da armadura ser destacada a alta velocidade devido à onda de choque causada pelo projéctil).

  • Alvos Moles

    Consideram-se como alvos moles animais assim como seres humanos. Aqui já não se considera o emprego de explosivos porque não é preciso tanto para a incapacitação do alvo, mas mais porque é proibido o uso de munições explosivas contra seres humanos e animais. No contexto da Balística das feridas, as energias denominam-se:

    ·         A Energia de Impacto como sendo a energia restante do projéctil no instante em que entra em contacto com o alvo

    ·         A Energia Emergente como sendo, no caso de o projéctil atravessar completamente o alvo, a energia cinética com que o projéctil emerge do alvo

    ·         A Energia Transferida como sendo no caso anterior a diferença entre a energia de impacto e a energia emergente e no caso em que o projéctil fica dentro do alvo é igual à energia de impacto.

    Pretende-se sempre que a energia transferida seja a maior possível pelo que se pretende sempre que ou os projécteis nunca venham a emergir ou que, vindo a emergir, o façam transportando o mínimo de energia cinética.

    Fala-se do termo “Potência do impacto” para referir o espaço / profundidade da ferida produzida após um dado impacto. Neste contexto, fala-se de uma grande potência do impacto quando, apesar duma grande energia de impacto, a ferida vem a ter apenas uma pequena profundidade. E diz-se que os valores altos de potência de impacto provocam estados de choque, sendo que este termo designa um conjunto complexo de efeitos fisiológicos e psicológicos que tendem a incapacitar muito rapidamente o indivíduo (ou o animal) atingido.

    Para a incapacitação de uma alvo os factores determinantes são: a localização e direcção do ferimento; a velocidade de impacto; a energia de impacto; A densidade energética (em J / mm2, é praticamente sinónimo de capacidade de perfuração); o desenho da ponta; a estabilidade do projéctil após o impacto; a estabilidade da forma do projéctil ao longo da perfuração. Ainda sobre este tema há que referir as cavidades temporárias que são uma espécie de espaço vazio que se forma à volta da passagem (cavidade permanente) por onde passa uma bala a alta velocidade, que entretanto desaparece. Ou seja, pode haver lesões em órgãos não perfurados pela bala, mas que tenham sido comprimidos por uma cavidade temporária. O tamanho da cavidade é proporcional à velocidade da bala.

     

  • Espero ter acrescentado o conhecimento aos colegas.

    Bons estudos

  • Comentários poucos contundentes. muita enrolação e não explicam as assertivas especificamente. Se alguém souber explicar agradeço. Favor não encher linguiça...

  • Balística interna: conhecida também como balística interior, é a parte da balística que estuda a estrutura, mecanismos e funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua fabricação bem como, a sua resistência às pressões desenvolvidas na ocasião do tiro. As armas de fogo são criteriosamente analisadas nesse ramo da balística forense, assim sendo, além do estudo do funcionamento das armas, da sua estrutura e
    mecanismos, este ramo da balística descreve até mesmo as técnicas do tiro;

    Balística externa: conhecida também como balística exterior, estuda a trajetória do projétil, desde a saída da boca do cano da arma até a sua parada final (repouso). A balística exterior analisa as condições do movimento, velocidade inicial do projétil, sua forma, massa, superfície, resistência do ar, a ação da gravidade e os seus movimentos intrínsecos;

    Balística dos efeitos: conhecida também como balística terminal ou balística do ferimento, estuda os efeitos gerados pelo projétil desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo. Quando nos referimos aos tipos de instrumentos que podem produzir lesões no homem, citamos os perfuro-contundentes, isto é, aqueles que perfuram e contundem simultaneamente, e temos como exemplo as lesões causadas pelas “armas de fogo”. Esses instrumentos causam lesões perfuro-contusas.

     

    FONTE: Apostila do Estratégia Concursos

  •  a) ERRADA - a subdivisão da balística que apresenta relação direta com o conhecimento dos efeitos produzidos pelo arrasto, bem como o coeficiente balístico, estabilidade é a BALÍSTICA EXTERNA, que ocupa-se basicamente com a trajetória. A balística interna apenas tem relação indireta com esses elementos, uma vez que é imprenscindível estudar a estrutura e os mecanismos das armas para que se tenha a base de determinação da trajetória dos projéteis.

     

     b) ERRADO - o deslocamento dos tecidos percutidos pelo projétil de alta energia forma ondas de pressão, e não ondas de choque, como afirma a questão. 

     

     c) ERRADO - os estudos de balística externa são imprenscindíveis para a análise do orifício de saída, principalmente no que tange è estabilidade dos projéteis.

     

    d) CERTO -  (alternativa perfeita) - A Balística terminal estuda os efeitos e as lesões provocadas pelos projéteis de arma de fogo no ser humano, apresentando grande interesse ao médico-legista.

     

    e) ERRADO - projéteis de alta energia e de média energia não se comportam de maneira idêntica. A energia cinética transferida nos PAFs de alta energia são muito maiores.

  • Um rápido comentário: à balistica terminal interessa qualquer tipo de objeto atingido pelo projetil, não apenas corpos humanos. A alternativa D permanece correta no contexto da medicina legal, mas o conceito ficou estreito demais.

  • Penso que o erro da alternativa B está apenas em asseverar que as ondas de choques são diretamente responsáveis pelo poder lesivo do projétil. Faz mais sentido pensar que esta é uma relação indireta.
  • Joao Bordin, sao ondas de pressao

  • Noções de Balística

    A Balística estuda os mecanismos de disparo do projétil e seus vários movimentos dentro do cano da arma e no exterior. Divide-se, assim, em Balística interior e Balística exterior.

    A Balística interior estuda os movimentos do projétil no interior do cano, a pressão dos gases, a velocidade inicial do bullet e a sua relação com a velocidade de recuo, a natureza da carga empregada e a sua influência quanto ao peso da bala, quanto ao calibre e o comprimento do cano. No interior do cano, pela violenta expansão dos gases, o projétil deflagrado está animado de grande velocidade e de movimentos de rotação em torno de seu maior eixo, originados pelas raias helicoidais, espiraladas ora para a direita, ora para a esquerda, e número variável, visando garantir trajetória estável.

    A Balística exterior estuda a origem da trajetória, a trajetória, a linha e o plano de tiro, o ângulo de tiro, a linha de mira, a linha e o ângulo de sítio, o alcance. Estuda, ainda, os movimentos do projétil no espaço e a influência que sobre ele exercem a força viva, a gravidade e a resistência do ar. Ao longo de sua trajetória, o projétil é acompanhado por ondas aerodinâmicas, subsônicas ou supersônicas, conforme seja a velocidade inferior ou superior à velocidade do som, vale dizer 340m/s, e por movimentos de impulsão, de rotação, vibratórios e de báscula, descrevendo nos percursos longos uma parábola. Dessa forma, um projétil disparado por revólver especial, calibre 38, por munição convencional, a 50 metros, atinge, em geral, o alvo 5cm abaixo do ponto mirado.

    Em alvo vertical (tronco de árvore, como exemplo) a 200 metros, devido à parábola que descreve, o projétil alcança o alvo 1,5m, ou mais, abaixo do ponto visado, se a mirada for oblíqua de aproximadamente 45º para o alto.

    Interessa ao perito conhecer Balística para solucionar questões referentes às armas de fogo, permitindo-lhe esses conhecimentos determinar qual a arma de que proveio um projétil conhecido ou, apresentados o bullet e várias armas, apontar com certeza qual dentre elas o disparou.

    Fonte: Croce, Delton Manual de medicina legal / Delton Croce e Delton Croce Jr. — 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.

  • A BALÍSTICA é a parte da mecânica que estuda os projéteis, devendo essa ser pensada em 3 tempos/períodos/seções:
    1ª- parte que envolve o “interior" das armas;
    2ª- parte que envolve a trajetória do projétil;
    3ª- parte que produz efeitos no alvo atingido, fala-se aqui em trajeto.

    Assim, temos:
    -BALÍSTICA INTERNA OU INTERIOR: responsável pelo estudo do interior (mecanismo e estrutura) das armas e dos propelentes;
    -BALÍSTICA EXTERNA: estuda a trajetória do projétil e os fatores que interferem nela (estabilidade, alcance, etc);
     -BALÍSTICA TERMINAL OU DOS EFEITOS: responsável pelas lesões produzidas no corpo. Obervação: não confunda TRAJETO com TRAJETÓRIA TRAJETO- percurso de um projétil dentro de um corpo TRAJETÓRIA- percurso externo do projétil.

    A) INCORRETA- misturou os conceitos de balística interna com externa.
    B) INCORRETA- ondas de pressão, lembre-se do fenômeno da cavitação.
    C) INCORRETA- apresenta relação, por exemplo: direção do disparo.
    D) CORRETA- conforme palavras do Professor Hygino Hércules. A questão se valeu "ipsis litteris" de sua definição, conforme HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 260.
    E) INCORRETA- não se comportam de maneira semelhante; lembre-se que a principal diferença entre os projéteis de alta e média energia são 2: a) lesões de entrada e saída; b) fenômeno da cavitação.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D
  • LETRA E - ERRADA: 

     

    Efeitos de Cavitação Temporária

     

    Como você já estudou, na passagem do projétil com alta velocidade através dos tecidos, ondas de choque hidráulicas são estabelecidas nos tecidos aquosos adjacentes. Estas ondas de choque podem ser transmitidas a distâncias consideráveis no corpo e podem resultar no ferimento de regiões remotas em relação à trilha do projétil. Ferimentos no sistema nervoso central e na medula espinhal ilustram este ponto.

    O efeito pode ser mais dramático em órgãos preenchidos por líquidos e ar, tais como vesícula, estômago, fígado, baço e cólon, os quais podem se romper como resultado de lesões de projéteis animados com velocidades consideráveis, mesmo que estes projéteis produzam (ou provoquem) sua cavidade permanente distante desses órgãos. Esta cavitação temporária desempenha um importante papel na gênese do tecido danificado.

     

    Este fenômeno torna-se observável com projéteis com que atingem velocidades superiores a 300 m/s. Os efeitos tornam-se progressivamente mais graves com projéteis em velocidades superiores a [GCD4] Comentário: Texto confuso. A idéia não ficou clara. [GCD5] Comentário: Citar curso, módulo e aula. Resposta Nessa mesma aula 600 m/s, ocorrendo o rompimento dramático dos tecidos com velocidades acima de 1000 m/s.

     

    Apesar da cavitação temporária ser de curtíssima duração, o diâmetro máximo da cavidade pode ser de até 30 a 40 vezes o diâmetro do projétil e, portanto, pode contribuir dramaticamente para a destruição do tecido em lesões produzidas por projéteis animados com alta velocidade. O efeito é mais dramático e destrutivo em tecidos com grande conteúdo de água e com força tensional relativamente baixa, tais como o fígado, onde a cavitação manifesta-se mais rápida e extensamente que nos tecidos com força tensional maior. Desta forma, o efeito é menor em tecidos com pequeno conteúdo de água e alta proporção de fibras elásticas, tais como pulmão e pele. Depois de alguns milissegundos, a cavitação entra em colapso retomando ao tamanho da trilha local, e a pressão dentro da cavidade cai abaixo da pressão da atmosfera, resultando na sucção de materiais externos e microorganismos para dentro das lesões, facilitando, assim, a contaminação imediata do tecido traumatizado.

    A forma da cavidade temporária e, assim, o potencial da lesão, são determinados pela taxa de transferência de energia do projétil para os tecidos. Se a taxa de transferência é rápida, a cavidade aumenta rapidamente e a destruição é brutal. Se a taxa de transferência de energia é lenta, o efeito da cavitação é um cone alargando lentamente.

     

    FONTE: https://jundiai.sp.gov.br/administracao-e-gestao-de-pessoas/wp-content/uploads/sites/16/2016/02/Modulo-03.pdf

     

  • A BALÍSTICA é a parte da mecânica que estuda os projéteis, devendo essa ser pensada em 3 tempos/períodos/seções: 
    1ª- parte que envolve o “interior" das armas;
    2ª- parte que envolve a trajetória do projétil;
    3ª- parte que produz efeitos no alvo atingido, fala-se aqui em trajeto.

    Assim, temos: 
    -BALÍSTICA INTERNA OU INTERIOR: responsável pelo estudo do interior (mecanismo e estrutura) das armas e dos propelentes;
    -BALÍSTICA EXTERNA: estuda a trajetória do projétil e os fatores que interferem nela (estabilidade, alcance, etc);
     -BALÍSTICA TERMINAL OU DOS EFEITOS: responsável pelas lesões produzidas no corpo. Obervação: não confunda TRAJETO com TRAJETÓRIA TRAJETO- percurso de um projétil dentro de um corpo TRAJETÓRIA- percurso externo do projétil.

    A) INCORRETA- misturou os conceitos de balística interna com externa.
    B) INCORRETA- ondas de pressão, lembre-se do fenômeno da cavitação.
    C) INCORRETA- apresenta relação, por exemplo: direção do disparo.
    D) CORRETA- conforme palavras do Professor Hygino Hércules. A questão se valeu "ipsis litteris" de sua definição, conforme HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 260.
    E) INCORRETA- não se comportam de maneira semelhante; lembre-se que a principal diferença entre os projéteis de alta e média energia são 2: a) lesões de entrada e saída; b) fenômeno da cavitação.

     

    Autor: Zeneida Girão , Mestre em Direito Constitucional pela PUC-Rio e Servidora Pública da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • Questão sobre as áreas objeto de estudo da Balística!

    (A) Incorreta! A Balística interna não possui relação direta com as áreas de estudo descrita, as quais são objeto de investigação pelos outros campos da Balística.

      (B) Incorreta! O poder lesivo direto provocado pelo PAF é a própria ação do projétil penetrando nos tecidos e produzindo a cavidade permanente (túnel do tiro ou trajeto). As ondas de choque no fenômeno da cavitação produzirão o efeito da cavidade temporária e de pulsação que podem provocar lesões de forma indireta com a passagem do PAF.

      (C) Incorreta! Nesse caso, o estudo de PAF de alta energia é de interesse de estudo pelo fato de que as características do comportamento do projétil precisam ser compreendidas desde o disparo pelo cano da arma de fogo, sua trajetória, até o embate, trajeto e repouso final. A elevada velocidade e energia adquiridas por esse tipo de PAF serão responsáveis por todo o estrago causado ao encontrar com um corpo.

      (D) CORRETA! A Balística terminal é a área mais cobrada em provas de concursos da área, apresentando não só grande interesse ao médico-legista, mas também ao perito criminal durante o exame perinecroscópico.

    (E) Incorreta! A alternativa começou bem definindo a área de estudo da Balística externa, mas pecou ao dizer que os PAF de diferentes energias se comportam de forma idêntica e provocando lesão com características similares.

    Gabarito: D

  • Balística interna = estudos dos fatos no interior da arma, estudo do seu funcionamento, estrutura e mecanismo.

    Balística externa = verifica a trajetória do projétil desde o momento do disparo, ex: influência da gravidade e empecilhos. 

    Balística Terminal = ou de efeitos, estuda os efeitos e lesões provocados pelo projétil.

    -trajeto é uma palavra menor, portanto é o caminho menor que o PAF percorre, ou seja só dentro do corpo da vítima.

    - trajetória que é uma palavra maior>>caminho maior ou seja, dentro do corpo da vítima + a distância até penetrar o corpo.

    olha minha arma: QUERO VER VCC ESQUECER!

    /''''''''''''''''''''''''''''''''''''= -----------o) \o/

    __________________________________ /\

    |Balística interna| externa | terminal!efeitos|


ID
1528798
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Em relação aos disparos de arma de fogo, tem-se que

Alternativas
Comentários
  • SINAL DE WERKGARTNER: impressão na pele causada pela extremidade aquecida da arma de fogo, ao redor do orifício de entrada.

    SINAL DE ROMANESI: halo contuso erosivo que se observa no orifício de saída de projétil de arma de fogo, quando o plano cutâneo se acha contatado externamente com um anteparo duro.

    Portanto, entendo que as alternativas c e d estão corretas. 

  • Uma obs ao comentário da Colega Samara Pietro...

    A alternativa C está incorreta pq o sinal de WERKGARTNER se dá somente quando o cano da arma está encostado na pele deixando a sua marca devido o calor do cano, um verdadeiro sinal "patognomônico", já no tiro a queima roupa é mto próximo, porém não encostado, portanto deixa a zona de tatuagem pelo cone de dispersão que sai junto ao PAF, com polvora, fogo, residuos do cano, chumbo, atc...

    Vamos lá galera!!!

  • Da uma olhada aqui galera, mto importante!!!

    http://www.malthus.com.br/mg_total.asp?id=30

  • Não confundir o sinal de Romanesi(ou romanese ou romanessi) com o outro Sinal de Romanese das lesões por instrumento cortante, em que este último mostra a cauda de escoriação do corte.

    Obs: sim, já vi essa distinção e passei pra os meus cadernos. Favor alguém comentar melhor juízo. 

  • ALGUÉM SABERIA EXPLICAR PORQUE A OPÇÃO 'B' ESTARIA ERRADA

  • Oi Colega Audizio.

    Rapaz, essa foi uma questão q eu acertei mas não me atentei a dificuldade do pq não ser a letra b.... de modo q dei uma revisada nos assuntos aqui e tentarei responder.

    Alguns autores dizem que a orla de contusão é a mesma da orla de escoriação, contudo, os que afirmam serem diferentes as definem assim:

    - Orla de escoriação: delicada área em torno do ferimento de entrada, em que a pele foi arrancada pelo atrito do projétil (é a própria borda da ferida)

    - Orla de contusão(ou orla de equimose): produzida pelo impacto do projétil sobre o corpo, deixando uma aureola equimotica ou orla equimótica (é o "roxinho" ao redor do buraco da bala...rs).

    Nem todo tiro deixa esse "roxinho" ao redor do ferimento (salvo melhor juízo), e nem todo tiro produz orla de escoriação (isto é, penetra a pele, a exemplo dos tiros de bala de borracha). Sendo assim, se o entendimento é de que orla de Contusão é também orla de escoriação, a resposta está errada pq nem todo tiro atravessa a pele (perfura), e se o entendimento é pela diferenciação entre orla de contusão e de escoriação, também estaria errada pq nem todo tiro deixa o "roxinho" ao redor do furo.

    Obs: Espero ter contribuído em algo, por favor, corrijam me se errado. 

    Obs.2: díficil explicar esse erro, até pq orla de escoriação, orla de contusão e orla de enxugo, são efeitos primários do tiro (presentes em todos os tiros), sendo assim, restou pensar em uma diferença entre termos usados por doutrinadores.

  • Emerson, a B está errada porque se você colocar um anteparo tipo travesseiro, o orifício de entrada não terá orla de enxugo, ao passo que o travesseiro, por si só, "limpará" as impurezas do disparo e ele entrará limpo. Daí poderá apresentar tão somente a orla de contusão.

  • Vlw Huarlei, Rapaz, esse exemplo aí oi longe oh.... boa.... mt boa

  • Concordo com o colega Emerson Moraes. Na minha concepção essa questão deve ter sido anulada.

    Ao que parece o SINAL DE WERKGARTNER aparece quando o tiro é ENCOSTADO, o que é diferente de tiro a queima roupo, tendo em vista que esse a arma encontra-se próxima ao corpo e não encostada!

    SINAL DE WERKGARTNER = desenho da boca da arma e da alça de mira.

  • a) ERRADO - o trajeto do projeto não pode ser determinado pelo orifício de saída. Depende de diversos outros fatores, como posição da vítima no momento do disparo, possível deslocamento natural dos órgão, estabilidade do projetil, existência de anteparos etc.

     

    b) ERRADO - quando há anteparos (exemplos: travesseiros, panos, a própria roupa da vítima), a depender da distância do tiro, não verificamos a orla de enxugo (limpadura ou alimpadura) nos orifícios de entrada.

     

    c) ERRADO - o sinal de Werkgaertner pode ser observado nos tiros com cano encostado na vítima, quando não há plano ósseo por baixo da derme (exemplo: bochecha, grandes glúteos etc.). Esse sinal é caracterizado pela presença do desenho da massa de mira da arma fixado na epiderme da vítima.

     

    d) CERTO -o sinal de Romanesi está localizado no orifício de saída do projétil (quando o plano cutâneo está em contato com um anteparo, normalmente duro).

     

  • Samara, há diferença entre disparos à queima roupa e disparo com cano encostado.

    O sinal de Werkgaertner é típico de disparos de cano encostado à pele.

    À queima roupa, temos a presença das zonas de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem.

  • O quesito "c" não esta correto, pois nas lesões de tiro encostado PODE-SE encontrar o Sinal de Werkgartne e não NECESSARIAMENTE encontra-se o mesmo.

  • Paula, a alternativa C está errada porque em tiros a queima roupa não há que se falar em sinal de Werkgaertner, visto que este só é encontrado em tiros encostados.

  • Audizio Bezerra, não se pode dizer que sempre encontrará a orla de exugo no orífico de entrada do projétil. 

     

    Ex: Se o agente coloca um travesseiro sobre a vítima e der um tiro, aqueles resíduos que formam a orla de exugo ficaram no traveseiro e teremos um orifício de entrada do prejétil sem a orla de exugo. 

  • "Ferimento de saída
    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e não apresenta orla de escoriação nem halo de enxugo e nem a presença dos elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora (Figura4.35).
    A forma dessas feridas é irregular (em forma de fenda ou de desgarro), e o diâmetro, maior que o do orifício de entrada, pois o projétil que sai não é o mesmo que entrou. Deforma-se pela resistência encontrada nos diversos planos e nunca conserva seu eixo longitudinal. Todavia, em feridas produzidas por projéteis de alta energia, quando eles transfixam ao mesmo tempo dois corpos, o segundo corpo pode ter o ferimento de entrada com o diâmetro maior que o de saída, em face da possibilidade de o projétil sofrer uma rotação de até 90°, reencontrando-se, assim, com o seu verdadeiro eixo.
    As bordas são reviradas para fora, em virtude de a ação do projétil se processar em sentido contrário ao de entrada, ou seja, de dentro para fora. São mais sangrantes pelo maior diâmetro, pela irregularidade de sua forma e pela eversão das bordas, permitindo, assim, um maior fluxo sanguíneo. Não têm halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem
    pelo corpo. Não apresentam orla de escoriação em decorrência de sua ação no complexo dermoepidérmico, atuando de dentro para fora, a não ser que o corpo atingido pelo disparo esteja encostado em um anteparo e o projétil, ao sair, encontre resistência dos tegumentos
    (sinal de Romanese).
    Esses ferimentos também não apresentam em redor de si os chamados elementos químicos que se originam após o tiro pela decomposição da pólvora. Pode ser encontrada a aréola equimótica em derredor do ferimento de saída, pois o mecanismo de produção é o mesmo dos ferimentos de entrada. Finalmente, podem-se utilizar os trabalhos de Ökros por meio da prova histológica para estabelecer a diferença entre os ferimentos de entrada e os de saída: maior infiltração gordurosa no ferimento de saída e a presença de um anel de fibras colágenas no ferimento de entrada."

     

    (FRANÇA, Genival Veloso. Medicina legal, 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, PÁG. 277)  edição digital

     

    Bons estudos!

     

  • Gab. D

     

    Palavra muito usada em medicina legal.

     

    Patognomônico: termo médico que se refere a sinal ou sintoma específico de uma determinada doença, diferenciando-a das outras. Ou, sinal caracteristico de determinado lesão


  • A) INCORRETA- o trajeto do projétil depende de inúmeros fatores, tais como: anteparos, estabilidade do projétil, se o projétil atinge um osso ou determinado ponto do corpo em que há um desvio, posição da vítima, etc.

    B) INCORRETA- - ORLA DE ENXUGO-Orla de detritos que ficam retidas na pele quando há a passagem do projétil. - ORLA DE CONTUSÃO- pequena área milimétrica que circunda o orifício de entrada. Possui forma concêntrica ou circular quando o tiro é perpendicular. Já quando o tiro for de incidência oblíqua será ovalada ou fusiforme.
    No caso da questão, nem sempre haverá a orla de enxugo. 

    C) INCORRETA - Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    D) CORRETO- SINAL DE ROMANESE- ocorre quando um projétil tenta sair do corpo e encontra um anteparo de resistência dos tegumentos.

    GABARITO DO PROFESSOR- LETRA D
  • Para os que não são assinante, segue a resposta do QC:

     

    A) INCORRETA- o trajeto do projétil depende de inúmeros fatores, tais como: anteparos, estabilidade do projétil, se o projétil atinge um osso ou determinado ponto do corpo em que há um desvio, posição da vítima, etc.

    B) INCORRETA- - ORLA DE ENXUGO - Orla de detritos que ficam retidas na pele quando há a passagem do projétil. - ORLA DE CONTUSÃO- pequena área milimétrica que circunda o orifício de entrada. Possui forma concêntrica ou circular quando o tiro é perpendicular. Já quando o tiro for de incidência oblíqua será ovalada ou fusiforme.

    No caso da questão, nem sempre haverá a orla de enxugo. 

    C) INCORRETA - Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    D) CORRETO- SINAL DE ROMANESE- ocorre quando um projétil tenta sair do corpo e encontra um anteparo de resistência dos tegumentos.

    GABARITO DO PROFESSOR- LETRA D

    @adelsonbenvindo

  • Para mim, ORLA DE ENXUGO nem sempre existe, por exemplo, em TIROS ENCOSTADOS. Isto porque não porque alguém usou alguém "travesseiro" entre a arma e a vítima, mas sim porque todos os resíduos secundários (pólvora, queimaduras) localizar-se-ão dentro do corpo do indivíduo (não na pele).

  • SINAL DE ROMANESE- ocorre quando um projétil tenta sair do corpo e encontra um anteparo de resistência dos tegumentos.

  • Alguém sabe explicar se o SINAL de ROMANESI está relacionado a orla de escoriação ou a orla de contusão?

  • Nem sempre haverá orla de enxugo pq o projétil pode entrar, sair e entrar novamente várias vezes na mesma pessoa. assim só terá orla de enxugo na primeira entrada. como transfixar as duas pernas, na segunda entrada não existirão mais impurezas no projétil.

  • pode não haver orla de enxugo pois a vitima estava vestida e o projetil se limparia nas vestes....

  • A título de revisão:

    Anel de Fisch: orlas de enxugo e de escoriação ou contusão.

    Boca de Mina De Hoffmann: tiro com o cano encostado com osso por baixo.

    Sinal de Puppe-Werkgaertner: tiro com o cano encostado sem osso por baixo.

    Sinal de Benassi: tatuagem no osso –tiro com cano encostado com osso por baixo.

    Sinal de Bonnet: tronco de cone no osso perfurado por projétil de arma de fogo.

    SINAL DE ROMANESE- ocorre quando um projétil tenta sair do corpo e encontra um anteparo de resistência dos tegumentos.

    Rosa de Tiro de Cevidalli: lesão de entrada de balins – cartucho de projéteis múltiplos; se a dispersão dos balins é pequena, o tiro foi dado próximo ao corpo, se estiverem dispersos, o tiro foi distante.

  • A - INCORRETA. O trajeto diz respeito ao "caminho" do projétil DENTRO do corpo humano ou do obstáculo.

    B - INCORRETA. Nem sempre se visualiza a orla de contusão ou enxugo, como por exemplo no caso da vítima estar vestida, ocasião em que o projétil deixaria a orla de enxugo nas roupas.

    C - INCORRETA. Nos disparos ENCOSTADOS encontramos o Sinal de Werkgaertner, que corresponde ao desenho da boca do cano da arma na pele.

    D - CORRETA. Sinal de Romanesi - escoriação na saída, quando o projétil encontra resistência na saída.

  • A letra A está errada pois, para se visualizar o trajeto, precisaria o orifício de entrada e saída.

    Ou seja, uma linha depende da existência de dois pontos.

  • Sinal de Romanesi lembrar de Resistência de saída.

  • O Sinal de Romanesi é uma escoriação, mas ele é uma escoriação na saída e não na entrada. É uma lesão que aparece quando o orifício de saída está encostado em algum lugar, fazendo com que o projétil ao entrar em contato com uma resistência na saída faça escoriação no local.

    Exemplo: pessoa encostada na parede que recebe um disparo de arma de fogo. Sua lesão terá:

    • Orla de escoriação ou contusão na entrada - em decorrência do movimento de rotação do projetil contra a pele;
    • Sinal de Romanesi na saída - em decorrência do movimento de rotação do projetil contra a pele e resistência de objeto atrás da pele na saída.
  • Já que o trajeto diz respeito à balística terminal, o orifício de saída não seria o suficiente para determinar o seu trajeto?


ID
1553038
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta um elemento caracterizador de um disparo de arma de fogo encostado
com plano ósseo subjacente.

Alternativas
Comentários
  • Câmara de mina de Hoffmann

    É o nome dado à lesão provocada pelo disparo com o cano da arma encostado na pele da vítima. O orifício de entrada, diferente dos outros, terá as bordas evertidas (para fora), em razão da expansão dos gases do disparo.

    Na doutrina encontramos:
    Tiro com o cano apoiado ou encostado: (...) não encontrando espaço para a expansão necessária, é frequente que esses gases desloquem os tecidos moles dos planos ósseos subjacentes e provoquem uma verdadeira ruptura explosiva dos tecidos moles locais. Com a expansão dos gases e ruptura da pele local forma-se uma cratera, de bordas evertidas, inteiramente irregulares, a que HOFFMANN denominou de orifício em forma de boca de mina.
    (...) a boca de mina de HOFFMANN aparece quando um disparo de projétil de arma de fogo é efetuado com a boca de fogo apoiada ao corpo, desde que haja um plano resistente por baixo.

     

  • GAB: LETRA B

    No tiro encostado à pele, a lesão provocada pelo disparo dependerá da presença de estrutura óssea embaixo do tecido e da tensão colocada no cano em direção à pele. Quando esta força for pequena, por motivo da pressão dos gases que saem pelo cano da arma, possibilitará o afastamento da pele à arma, ocasionando aparecimento da orla de esfumaçamento. Porém, quando encontramos plano ósseo abaixo da pele (ex.: crânio) observa-se o “buraco em boca de mina" descrito por Hoffmann, que é devido à expansão dos gases entre a calota craniana e o couro cabeludo, provocando a ruptura irregular, muitas vezes estrelada, deste tecido, de dentro para fora. É possível que fique tatuada na pele da vítima a marca da boca do cano e da mola recuperadora, conhecida como sinal de Werkgaertner.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    A) ERRADO. A zona de queimadura é característica dos disparos a queima-roupa, e não dos disparos encostados.

    B) CERTO. Os ferimentos de disparo encostado, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases.

    C) ERRADO. A zona ou orla de esfumaçamento, ou zona de tisnado, é decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta. É característica dos disparos a curta distância.

    D) ERRADO. A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância - ou seja, não é característico de disparo encostado.

    E) ERRADO. O descolamento epidérmico é uma característica da borda evertida dos ferimentos por projetil de arma de fogo, no entanto, as bordas evertidas também podem estar presentes no ferimento de saída, a qualquer distância de disparo. Não caracteriza, necessariamente, disparo de arma de fogo encostada.

    Gabarito do professor: Alternativa B.


ID
1553041
Banca
FUNIVERSA
Órgão
PC-DF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Os projetis de arma de fogo de alta energia, quando em deslocamento e em contato com o corpo da vítima,
produzem ondas de choque e de pressão. A ação das ondas de pressão é responsável pela ocorrência

Alternativas
Comentários
  • Mecanismo de estiramento – cavidade temporária
    O arrasto provocado pela passagem do projétil em alta velocidade causa uma bolha nos tecidos, depois da passagem do projetil. É a chamada cavidade temporária. Esta bolha estira os tecidos radialmente. Se o tamanho do estiramento for maior que o limite elástico do tecido este se rompe e causa uma lesão permanente (lesão por cavitação). Se o tecido não romper ele imediatamente volta ao tamanho original num ciclo de pulsações. No caso da grande maioria das armas curtas o tamanho da cavidade temporária é muito pequeno para causar lesões. Geralmente estas lesões causadas por cavidade temporária são produzidas por projeteis disparados de armas longas. 

     

    Fonte: http://balisticaterminal.webs.com/mecanismosdeferimento.htm

  • E A ação das ondas de CHOQUE é responsável por o quê?

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em balística forense.

    A) ERRADO. A alternativa misturou ferimentos em botoeira (instrumentos perfurantes de médio calibre) com orifícios de disparo de arma de fogo. Ambos não são causados pela ação das ondas de pressão dos projéteis de arma de fogo de alta energia.

    B) ERRADO. O coeficiente balístico mede a habilidade do projétil superar a resistência do ar". Em termos técnicos, é a relação entre a densidade seccional e o coeficiente de forma do projétil. A ação das ondas de pressão não é responsável pela ocorrência do coeficiente balístico elevado, sendo este uma característica inerente do projetil.

    C) ERRADO. A maior parte da energia do projetil é transformada em energia mecânica, por isso o grande trauma causado, e não em energia térmica, que causaria queimaduras no trajeto deste. Assim, a ação das ondas de pressão não causa lesões térmicas.

    D) ERRADO. A nutação diz respeito a movimentos vibratórios de pequena amplitude na base do projétil, durante o movimento cônico de precessão. Não são as ondas de pressão causadoras do movimento de nutação.

    E) CERTO. O fenômeno da cavitação, embora já observado há muitas décadas nos projéteis de baixa energia, agora, com o surgimento dos projéteis de alta resolutividade, apresenta cavidades temporárias nos sentidos transversal e longitudinal, em face da aceleração brusca dos tecidos. A cavidade temporária é o resultado do alargamento da cavidade permanente sob a influência das ondas de pressão provocadas pela passagem do projetil. É tanto maior quanto maior for o fluxo de energia.

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • PROJÉTEIS DE ALTA ENERGIA

    • >600 m/s
    • Alta energia sinética (EC = massa x velocidade²/2). Sendo a velocidade o principal fator*
    • Cavidade permanente -> diâmetro do projétil
    • Cavidade temporária -> alargamento da cavidade permanente; se retrai.
    • Fragmentação do projétil -> aumenta o volume da cavidade temporária 
    • Quando o projétil começa a tombar dentro do corpo, alarga a cavidade permanente e temporária.
    • As lesões de entrada são normalmente semelhantes à outros tipos de projéteis comuns: orifício menor que o diâmetro do PAF.
    • Podem apresentar: • Grande destruição de tecidos • Orifícios muito maiores que o diâmetro do projetil • Bordas irregulares e com radiações • Não apresentar orla de escoriação (projéteis tombados que atingem o corpo descaracterizam a orla de escoriação).
    • Nas lesões causadas por PAFS de alta energia no interior do corpo (TRAJETO): • Diferente do deixado por projéteis comuns. • Maior potência das ondas de pressão. • Paredes da cavidade podem ser deslocadas -> efeito de explosão 
    • O deslocamento dos tecidos quando da passagem dos projéteis de alta energia resulta na formação de ondas de pressão

    Fonte: Profª. Leilane Verga


ID
1555708
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As lesões causadas por entradas de projéteis de arma de fogo têm características particulares em função de uma série de fatores, como a velocidade do impacto, a distância do disparo, a região do corpo atingida e o tipo de arma utilizada. Assim, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) presença de microlacerações radiadas nas bordas da ferida é um achado freqüente nos tiros de fuzil. CERTA - DEVIDO ALTA ENERGIA CINÉTICA E FORMATO DO PROJÉTIL

     b)

    as lesões múltiplas produzidas por disparos seriados de fuzil são denominadas “rosa de tiro". ERRADO - AQUI TEREMOS MICROLACERAÇÕES  RADIADAS. ROSA DE TIDO É Lesão em rosa de tiro: Tem aspecto de grãos de areia espalhado. É produzida por projéteis múltiplos disparados por espingardas de chumbo.

     c)

     uma ferida arredondada, com orlas de enxugo e escoriação, foi devida a um disparo efetuado a curta distância e sem anteparo. ERRADO - NEM SEMPRE A FERIDA ARREDONDADA É DE CURTA DITSTANCIA, POIS O FORMATO ESTÁ RELACIONADO COM ANGULO DE DISPARO (TRAJETORIA DO PROJETO). ANGULO 90°  - FERIDA ARREDONDADA

    DIFERENTE DE 90° TEREMOS FERIDA OVALAR

     d)

     nos disparos realizados na cabeça, com o cano da arma encostado à pele, a ferida apresenta uma orla detisnado. ERRADA - NEM SEMPRE

     e)

    nos tiros à queima-roupa, a ferida assume um aspecto estrelado, em boca de mina.  ERRADA - AQUI É CARACTERISTICA TIRO ENCOSTADO

  • a) presença de microlacerações radiadas nas bordas da ferida é um achado freqüente nos tiros de fuzil. CERTA - DEVIDO ALTA ENERGIA CINÉTICA E FORMATO DO PROJÉTIL


     b)

    as lesões múltiplas produzidas por disparos seriados de fuzil são denominadas “rosa de tiro". ERRADO - AQUI TEREMOS MICROLACERAÇÕES  RADIADAS.

    ROSA DE TIDO É Lesão em rosa de tiro: Tem aspecto de grãos de areia espalhado. É produzida por projéteis múltiplos disparados por espingardas de chumbo.


     c)

     uma ferida arredondada, com orlas de enxugo e escoriação, foi devida a um disparo efetuado a curta distância e sem anteparo. ERRADO - NEM SEMPRE A FERIDA ARREDONDADA É DE CURTA DITSTANCIA, POIS O FORMATO ESTÁ RELACIONADO COM ANGULO DE DISPARO (TRAJETORIA DO PROJETO). ANGULO 90°  - FERIDA ARREDONDADA

    DIFERENTE DE 90° TEREMOS FERIDA OVALAR


     d)

     nos disparos realizados na cabeça, com o cano da arma encostado à pele, a ferida apresenta uma orla detisnado. ERRADA - NEM SEMPRE


     e)

    nos tiros à queima-roupa, a ferida assume um aspecto estrelado, em boca de mina.  ERRADA - AQUI É CARACTERISTICA TIRO ENCOSTADO

  • lembrar que tiro à queima-roupa é à curta distância, E NÃO ENCOSTADO!

  • Zona de esfumaçamento = zona de tisnado

  • A) CERTA- Nas lesões de entrada sem anteparo ósseo ou rígido verificamos nas lesões produzidas por projéteis de arma de fogo de alta energia, LESÕES CIRCULARES ou OVALARES; bordas talhadas à pique, com ou sem orla de escoriação; apresentando microlacerações radialmente em toda a circunferência ou em parte.

    B) INCORRETA- ROSA DE TIRO DE CEVIDALLI- ocorre em disparo de projéteis múltiplos (exemplo balins); há disposição em grupo, mais ou menos, circular das lesões produzidas pelos balins.

    C) INCORRETA- Orla de enxugo e escoriação são presentes nos tiros tanto à curta distância quanto à longa distância.

    D) INCORRETA- Nas lesões  de entrada produzidas por projéteis compreende a ORLA DE ESFUMAÇAMENTO DE TISNADO (resíduos da combustão, cor cinza ou negra, sai com água e sabão);

    E) INCORRETA- Disparo curta distância/ queima roupa não produzem a boca de mina. No caso, encontra-se a BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados;  localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos fases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA A
  • ALT. "A"

     

    A - Certo.

     

    B - Errado. Não disparos seriados, em série. Lesões por arma de fogo de disparo de cartuchos múltiplos: O número de projéteis dependerá do número de balins que haja dentro do estojo. A ferida aqui dependerá da distância do alvo. Aqui, você não vê uma ferida, mas um conjunto de feridas. A esse conjunto de lesões dá-se o nome de rosa de tiro de Cevidalli.

     

    C - Errado. Não posso afirmar apenas com esses elementos que o tiro foi a longa distância, uma vez que tais elementos podem estar presente em outras distâncias do tiro. 


    D - Errado. Orla ou zona de esfumaçamento: Resultado da pólvora combusta (deixando portanto uma fuligem, um esfumaçamento), pode ser chamada de orla ou zona de tisnado. Poderá estar presente nas roupas. É de fácil remoção, difere da tatuagem. Até 30 cm. Não estará presente nos tiros encostados.

     

    E - Errado. Sinal de Hoffmann: “Boca ou câmara de mina”. Está localizado entre a pele e o osso – já teve questão que considerou em tiro à queima-roupa, não foi o caso desta –. É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, que atingem o osso e retornam bruscamente, causando ruptura do tecido epitelial. A lesão costuma possuir forma estrelada.

     

    Fonte: Sinopses Juspodivm + Genival V. de França + Curso Supremo TV + Cadernos do Roberto Blanco.

  • GABARITO A

     

    COMENTÁRIO DA PROFESSORA ZENEIDA GIRÃO:

     

    "A) CERTA- Nas lesões de entrada sem anteparo ósseo ou rígido verificamos nas lesões produzidas por projéteis de arma de fogo de alta energia, LESÕES CIRCULARES ou OVALARES; bordas talhadas à pique, com ou sem orla de escoriação; apresentando microlacerações radialmente em toda a circunferência ou em parte.

    B) INCORRETA- ROSA DE TIRO DE CEVIDALLI- ocorre em disparo de projéteis múltiplos (exemplo balins); há disposição em grupo, mais ou menos, circular das lesões produzidas pelos balins.

    C) INCORRETA- Orla de enxugo e escoriação são presentes nos tiros tanto à curta distância quanto à longa distância.

    D) INCORRETA- Nas lesões  de entrada produzidas por projéteis compreende a ORLA DE ESFUMAÇAMENTO DE TISNADO (resíduos da combustão, cor cinza ou negra, sai com água e sabão);

    E) INCORRETA- Disparo curta distância/ queima roupa não produzem a boca de mina. No caso, encontra-se a BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados;  localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos fases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA A"

     

     

  • LETRA A – CORRETA - Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2018. p. 253):

     

    Orifício de entrada

     

    O formato muitas vezes é circular ou oval, dependendo da penetração perpendicular ou oblíqua do projétil, semelhante ao das armas de uso civil.

     

    As bordas são talhadas a pique (picotadas) ou irregulares.

     

    A orla de escoriação pode estar presente, mas na maioria das vezes inexiste ou é pouco nítida.

     

    São frequentes microlacerações radiadas com até 1(um) mm (milímetro) em toda circunferência do orifício ou apenas em parte dele.(Grifamos)

  • Rosa de tiro: Tem aspecto de grãos de areia espalhado, produzida por projéteis múltiplos disparados por espingardas de chumbo.

  • A - CORRETA. Lesões provocadas por projéteis de fuzil comumente produzem microlacerações radiadas, pois possuem a alma do cano raiada.

    B - INCORRETA. As "rosas de tiro" são típicas das lesões causadas por projéteis de espingarda.

    C - INCORRETA. Ferida arredondada com orlas de enxugo e escoriação pode ter sido causada por tiro à curta distância, bem como por tiros à longa distância.

    D- INCORRETA. A zona de tisnado, também conhecida como zona de tatuagem, não existe no tiro encostado.

    E - INCORRETA. O aspecto estrelado da ferida e a "boca de mina" são características dos tiros encostados.

  • LETRA D --> INCORRETA?

    Disparo encontado não provoca efeitos secundário na LESÃO, mas sinal de BenaSSi no oSSo.

  • Apenas aprofundando um pouco, devemos tomar cuidado quando as bancas trazem expressões como "tiro encostado" "queima roupa" e "curta distância".

    Tecnicamente as 3 expressões são DIFERENTES, explico:

    1) Encostado: O próprio nome sugere, aqui não há maiores implicações, apenas saber o nome de alguns sinais que aparecem, como a "mina de hoffman", etc;

    2) Tiro a curta distância: Aqui NÃO há contato do cano da arma com o alvo, existe uma certa distância;

    3) Tiro a queima roupa: Aqui reside a "polêmica", por vezes aparece em prova como sinônimo de tiro a curta distância, caso apareça, devemos assinalar. MAS se a banca utilizar a obra do professor Genival por exemplo, ele entende que o tiro a queima roupa seriam disparos efetuados a uma distância máxima de 10cm, e portanto, um pouco mais próximo que o "tiro a curta distância".

    De todo modo analisar bem cada alternativa, principalmente se a banca não deixar específico qual obra esta adotando (de todos os concursos que fiz, apenas o de delta/mg indicou a obra do Genival. Outras como do RJ utilizam a obra do Hygino).

  • Os orifícios de entrada das lesões por projéteis de alta energia e velocidade, diferentemente dos projéteis normais, as bordas são picoteadas ou irregulares, sendo frequentes microlacerações radiadas com até 1mm em toda circunferência do orifício ou parte dele.

  • Modalidade do disparo e Distância

    Tiro de contato (arma apoiada na vítima e gases 1 projétil 1 partículas 1 fuligem 1 chama penetram no subcutâneo) Zero

    Tiro a queima-roupa (projétil 1 partículas 1 fuligem 1 chama atingem a vítima) Geralmente até 10 cm

    Tiro a curta distância (projétil 1 partículas atingem a vítima, mas não a chama) Geralmente de 10 a 50 cm

    Tiro a média distância (projétil 1 partículas atingem a vítima, mas não a fuligem nem a chama) Geralmente de 50 cm até 60 ou 70 cm, excepcionalmente até 2 a 3 m

    Tiro a longa distância (apenas o projétil atinge a vítima) Geralmente de 60 a 70 cm em diante

    Fonte: Medicina Legal. Genival França. 2017

  • fundamentações sobre o que é orla de tisnado.. OK!

    mas a fundamentação, porque não aparece no tiro encostado?

    alguém?

  • SOBRE A LETRA B)

    ROSA DE TIRO 

    É Lesão em rosa de tiro: 

    Tem aspecto de grãos de areia espalhado. É produzida por projéteis múltiplos disparados por espingardas de chumbo

    OBS: para saber onde está o nó, basta ver o local em que há a interrupção do sulco.

    A rosa de tiro de Cevidalli é o conjunto de feridas produzidas pela entrada de projéteis múltiplos disparados por arma de alma lisa. Os balins fazem múltiplos buraquinhos, cada um com sangramento próprio. 

    O autor Cevidalli comparou essa imagem com pétalas de rosa, sugerindo o nome até hoje adotado (rosa de tiro).

    Quanto maior a rosa de tiro, mais distante foi o disparo. Quanto menor, mais perto. Isso, desde que não existam variações de bucha pneumática, estrangulamento na ponta da arma através do choque, ou cano cerrado. Sendo as armas iguais é possível precisar a distância apenas analisando a rosa de tiro. A depender da distância a bucha pneumática pode entrar no corpo junto com os balins.

    FONTE: Curso Mege

    "Nunca desista dos seus sonhos, a dor é passageira, a vitória é para sempre".

  • ORLA DE TISNADO: Zona ou orla de esfumaçamento é também chamada de zona de falsa tatuagem, pelo fato de, após lavada, desaparecer completamente.

  • Wilson Palermo citando Hygino Hercules, este, por sua vez, apontando ensinamento de Di Maio, descreve que as lesões de entrada de tiro de fuzil sem anteparo ósseo ou rígido:

    • têm formato circulares ou ovalares, conforme o ângulo de penetração do projétil; e

    • bordas talhadas a pique com ou sem orla de escoriação, apresentando, não raras vezes, microlacerações de cerca de 01mm, dispostas radialmente em toda circunferência ou apenas em uma parte.

    Medicina Legal. Sinopse para concursos p 135.

  • LETRA D :

    A zona de esfumaçamento ou de tisnado é uma característica do PAF a curta distância/queima roupa, e não encostado.


ID
1591702
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Durante necrópsia de uma vítima de múltiplos ferimentos por disparo de arma de fogo, o Perito observou que uma das lesões apresentava características que a diferenciava das demais: a borda de um dos ferimentos parecia queimada, era irregular e estava evertida. Este tipo de ferimento é conhecido como

Alternativas
Comentários
  • orificio de entrada no tiro encostado: Forma irregular pela dilaceração dos tecidos pelos gazes explosivos ( Mina de Hofmann)

  • GAB. B

    Quando o tiro é encostado há a queimadura na pele devido a polvora e se há osso por baixo da pele o projetil perfura o osso e os gases que saem do cano da arma bate no osso e volta causando, assim, a impressão de que houve uma saída e nao uma entrada, ou seja, invertendo os "lábios" da ferida externamente "estava evertida". É a chamada mina HOFMANN

  • Péssima banca. Péssima questão
  • TIRO ENCOSTADO: Disparo de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhos, pela ação resultante dos gases que deslocam e dilaceram os tecidos, bem como Bordas Evertidas e presença de Sinal de Werkgaertner (Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso o desenho da “boca” e da alça de mira na pele através de um halo de tatuagem e esfumaçamento).

    Resposta B

  • ALT. "B"

     

    TIRO ENCOSTADO: Todos os elementos do disparo alcançam o alvo. O orifício de entrada tem a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. As bordas são evertidas, em geral não há sinais de outros elementos do disparo na pele, pois penetram na ferida juntamente com o projétil a este fenômeno chamamos Câmara de Mina de Hoffmann, sendo mais comum nos tiros encostados na fronte. Nos tiros encostados no crânio, nas costelas e escápulas, podemos encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada chamado de Sinal de Benassi. Ainda na entrada podemos observar o Sinal de Werkgartner, que representa o desenho da boca e da alça de mira da arma (pela zona de tatuagem esfumaçamento).

     

    BONS ESTUDOS.

  • A) Tiro a curta distância.
    ERRADA: Quando aparece junto do orifício de entrada, além da zona de esfumaçamento, com crestação de pelos e cabelos, apresenta queimadura na pele, alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases. Considera-se essa forma de tiro como "tiro à queima-roupa". 1. Orifício regular, menor que o projetil; 2. Presença de orlas e zonas, especialmente tatuagem e esfumaçamento; 3. Tamanho das zonas permite avaliar a distância.

     

    B) tiro encostado.
    GABARITO: Tiro encostado é aquele que a boca do cano da arma se apoia no alvo, possibilitando que a lesão seja produzida pela ação do projetil e dos gases resultantes da deflagração da pólvora. O orifício de entrada é irregular, amplo, e em regra, maior do que o diâmetro do projetil que produziu. Quando o local atingido pelo projetil tem um plano ósseo subjacente, os gases penetram juntamente com o projetil, ao encontrarem uma estrutura mais rígida, batem e retornam, formando a boca de mina ou mina de Hoffman. Nos tiros encostados não há, em geral, zona ou orla de esfumaçamento e de tatuagem. Quando não tiver um osso subjacente, a pele recua, mas não se rompe da mesma forma. 1. Orifício irregular ou estrelado , maior que o projetil; 2. Formação da câmara de mira, tatuagem discreta ou ausente; 3. Lesão por pressão.

     

    C) Tiro distante.
    ERRADO: Não há presença de elementos de vizinhança. 1. Orifício regular, menor que o projetil; 2. Presença de orlas e ausências de zonas; 3. Difícil avaliar a distância.

     

    D) Tiro irregular.
    ERRADO: Se consideramos a ação "tiro irregular" por tiro em incidência diversa das de 90 graus, ou seja, de forma oblíqua, temos que quando o PAF bater no corpo, o atrito dele com a parte mais próxima da pele vai ser maior, daí, nesse lado vai haver mais detritos e escoriações. A orla de escoriação não será concêntrica, terá formato de uma meia lua crescente. A orla de escoriação vai ser importante para saber de onde veio o projetil. Quanto mais espessa a orla de escoriação em relação ao outro lado, maior será o ângulo de entrada. No momento do disparo, o PAF parte, mas atrás dele fica a nuvem de gás proveniente da pólvora. O gás se espalha em forma de cone, conhecido como cone de dispersão.

     

    E) Tiro aproximado.
    ERRADO: Vide letra A.

     

    Novato no assunto, porém espero ter ajudado!

     

    Fonte: https://www.google.com.br/search?q=camara+de+mira+medicina+legal&tbm=isch&tbs=rimg:CZZ8nBewgkpLIjj80gKg9PuPjWTSjQbTuTq7BfSKaK02KVM-39apf8kDosVZGgIAm_1vgrQ-8EzUVH4Pd206M03oB_1SoSCfzSAqD0-4-NESZWiQk6b8cKKhIJZNKNBtO5OrsR788RpBPiYCcqEgkF9IporTYpUxEmVokJOm_1HCioSCT7f1ql_1yQOiEe_1PEaQT4mAnKhIJxVkaAgCb--AR788RpBPiYCcqEgmtD7wTNRUfgxHvzxGkE-JgJyoSCd3bTozTegH9Ee_1PEaQT4mAn&tbo=u&sa=X&ved=2ahUKEwjcxtj_w4LaAhWHjpAKHam3D3YQ9C96BAgAEBs&biw=1366&bih=651&dpr=1

     

    https://jus.com.br/artigos/31596/balistica-forense-e-lesoes-por-projeteis

     

    https://www.passeidireto.com/arquivo/22165465/medicina-legal-caderno--roberto-blanco

  • Quando a questão fala em "queimada" pense que o instrumento estava próximo à entrada para poder "queimar". E quando falamos em uma borda irregular e evertida em um tiro próximo ao objeto, recordamo-nos da câmara de mina de Hoffmann. Assim, esclarecemos que disparo curta distância/ queima roupa não produzem a boca de mina. No caso, ocorre a BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos fases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


  • O Único tipo de tiro que a ferida de entrada é evertida é no tiro encostado

  • LETRA B – ERRADA - Croce, Delton Jr. (in Manual de medicina legal— 8. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012. P. 333)
     

     

    Nos tiros apoiados, além do projétil, atuam violentamente os gases, dilacerando os tecidos moles, levantando-os e originando orifício de entrada anfractuoso, irregular, denteado ou com entalhes, algumas vezes com as margens evertidas, pelo efeito “de mina”. Ademais, em geral, a zona de tatuagem e o negro de fumo não estão nitidamente caracterizados, pois todos os componentes da carga penetram no orifício de entrada.” (Grifamos)

  • GABARITO B


    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.


    CARACTERÍSTICAS DOS TIROS

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).


    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.


    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hoffmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.


    bons estudos

  • Muita atenção! Falou em bordas irregulares e evertidas o concurseiro pode pensar de cara no orifício de saída da lesão provocada pelo PAF. Sorte a nossa que nem tem essa opção dentre as alternativas disponíveis!

              Outra informação que o enunciado nos trouxe foi a presença de queimadura, a qual ocorre em tiros efetuados encostados (B) ou à curta distância (A). O sinal Balístico que provoca essa lesão de entrada com estas características descritas é a “Câmara de Mina de Hoffmann”, fenômeno o qual ocorre em tiros encostados em planos ósseos. Portanto, letra B de Balística Forense!

    Gabarito: B

  • Mina de Hoffman. Exceção às características-padrão dos tiros de encostados.

  • ORIFÍCIO DE ENTRADA

    Há pouco sangramento.

    DIÂMETRO DA ENTRADA: MENOR que a do calibre do projétil.

    EXCEÇÃO: encostado: pode ser MAIOR (assim também nos de ALTA ENERGIA).

    BORDAS: REGULARES e INVERTIDAS/EVERTIDO PARA DENTRO.

    EXCEÇÃO: encostado: IRREGULAR/denteada/com entalhe (quando PLANO ÓSSEO) e EVERTIDA.

    LEMBRAR INGLÊS: DENTRO IN; SAÍDA/FORA: EXIT. 

  • Nesse caso da para acertar apenas pela ausência de zonas e orlas

  • Errei porque confundi Queimadura(chamuscamento devido aos gases)


ID
1591705
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma característica presente nos ferimentos causados por arma de fogo, quando o tiro é encostado, é conhecido como

Alternativas
Comentários
  • Questão mal formulada, o Sinal em Mina de Hofmann de fato é uma característica presente quando o tiro é encostado, porém quando o disparo é sobre região óssea.

     

    "Em situações em que o disparo ocorre encostado contra o alvo que recobre placa óssea, os gases liberados no disparo transpõem o tecido e, ao atingirem o anteparo ósseo, descolam lateralmente o tecido e refluem com violência, resultado no estrelamento e eversão das bordas da pele. Este processo é denominado Câmara de Mina de Hofmann" 

     

    Outros Sinais estudados quando o tiro é encostado:

     

    Sinal de Benassi: é a impressão do disparo no osso, ou seja, a fuligem do disparo produz marcas no osso.

     

    Sinal de Puppe-Werkgaertner: é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira do cano de uma arma de fogo. Nos tiros encostados o cano da arma imprimi na pele o seu formato.

     

     

     

  • QUESTÃO CORRETA. GABARITO LETRA E.

    A BOCA DE MINA DE HOFFMAN É EXCLUSIVAMENTE VISTA EM SITUAÇÕES NA QUAL O CANO DA ARMA ESTÁ ENCOSTADA (NO CASO IMPRESCINDÍVEL A SUPERFICIE OSSEAS).

    AS DEMAIS (EX. ZONA DE ESFUMAÇAMENTO E TATUAGEM, EM QUE PESEM PODER EXISTIR EM TIRO A QUEIMA ROUPA, SÃO PERCEPTÍVEIS TAMABÉM NOS TIROS A CURTA DISTÂNCIA).

     

  • Gab E

     

     Tiro Encostado: Esse ferimento com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que deslocam e dilaceram os tecidos. 

     

    Câmara de Mina de Hoffmann: Quando os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo.

     

    Sinal de Benassi: Tiro encostado no crânio, costelas e escápulas, quando a arma está sobre a pele, encontra um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada. 

    ( Sinal de Benassi )  - Halo fuliginoso em volta do Osso.

     

    Sinal de Werkgaertner: Tiro encostado, Representa pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido pelo seu aquecimento. 

  •  “Ferimentos de entrada nos tiros encostados. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas, com aspecto de cratera de mina." Genival Veloso de França- FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, pg. 266

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E.
  • QUANDO O TIRO É ENCOSTADO HÁ A QUEIMADURA NA PELE DEVIDO A POLVORA E SE HÁ OSSO POR BAIXO DA PELE O PROJETIL PERFURA O OSSO E OS GASES QUE SAEM DO CANO DA ARMA BATE NO OSSO E VOLTA CAUSANDO, ASSIM, A IMPRESSÃO DE QUE HOUVE UMA SAÍDA E NAO UMA ENTRADA, OU SEJA, INVERTENDO OS "LÁBIOS" DA FERIDA EXTERNAMENTE "ESTAVA EVERTIDA". É A CHAMADA MINA HOFMANN


ID
1641214
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPF
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Com relação a lesões corporais, julgue o próximo item.


A determinação do sentido do trajeto de projéteis de alta energia, como os de fuzis, pode ser realizada a partir da análise da posição do colo na cavidade temporária das lesões, que se localiza do lado da saída.

Alternativas
Comentários
  • 78 E - Indeferido A determinação do sentido do trajeto de projéteis de alta energia, como, por exemplo, de fuzis, pode ser realizada a partir da análise da posição do colo na cavidade temporária das lesões, que se localiza do lado da saída. O colo na cavidade temporária é localizado do lado da entrada e não da saída.

  • CAVIDADE TEMPORÁRIA

    Destaca-se que “o tamanho e a localização da cavidade temporária dependem, basicamente, do fluxo de energia cinética para os tecidos, ao longo do trajeto. Projéteis pontiagudos e totalmente revestidos por ligas duras de cobre, como os de guerra, penetram bem alinhados com a trajetória. Como são estáveis, costumam produzir um trecho inicial do trajeto, chamado de COLO, em que há pouca transferência de energia e no qual a cavidade temporária é pouco nítida. (...) Depois do colo, o projétil começa a tombar, oferece aos tecidos uma superfície de contato maior, sofre grande aumento do arrasto e transfere quantidade enormes de energia.” HÉRCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal, Texto e Atlas. Ed. Atheneu, 2005, p. 267

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • Em 09/01/20 às 16:56, você respondeu a opção E.Você acertou!

    Em 21/11/18 às 12:41, você respondeu a opção C.Você errou!

  • Cavitação: Temporária ou Permanente – solução de continuidade ao atingir os tecidos

    • Cavidades temporária – formada pela onda de pressão – amplitude variada
    • Cavidades permanentes – produzida pelo projétil

    Como fazer a análise da posição na cavidade temporária se ela é temporária?! Uma onda de pressão forma essa cavidade que se desfaz em seguida, então só é possível fazer a análise da cavidade permanente.

    1. Quando o projétil está atravessando os tecidos, primeiro ele esmaga e depois dilacera, fazendo com que se crie uma cavidade.
    2. Uma características dos projetis de alta energia, é a onda de pressão que ele cria nessas cavidades (cavitação temporária), fazendo com que ela se torne maior ainda que os projetis, durante um curto espaço de tempo.
    3. O chamado "colo" é justamente o trajeto inicial do projetil, onde se gastou pouca energia e pela conservação da energia mecânica, tem menor arrasto. Isso significa que ele é bem alinhado com a trajetória.
    4. Depois do colo, o projetil acaba tendo bastante arrasto por conta da colisão com os órgãos, e é por isso que ele tem uma mudança brusca de trajeto.


ID
1702210
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O respectivo sinal de balística resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa D


    ZONA DE TATUAGEM: produzida pelos grãos de pólvora incombusta ou parcialmente comburida e pequenos fragmentos desprendidos do projetíl, incrustando-se no alvo com maior ou menor profundidade, não removíveis por lavagem. Acima de 50cm a quantidade de partículas sólidas diminui progressivamente e rapidamente. Nos tiros perpendiculares apresenta-se sob a forma circular. Nos inclinados tem forma elíptica. Traço característico do orifício de entrada.


    Fonte: Geraldo Miranda

  • Orla de contusão ou escoriação: apresenta-se como uma aréola na borda do orifício devido ao impacto do projétil (aréola equimótica). Fornece-nos a direção do tiro. É a mais externa no orifício. Pode ocorrer no orifício de saída, quando o projétil se depara com um obstáculo como um cinto ou encosto de cadeira. Orla de enxugo: ao penetrar na pele o projétil atrita nessa onde se limpa do sarro da arma (ferrugem, óleo ou fumaça ) que ficam na borda do orifício. É exclusiva dos orifícios de entrada. Situa-se logo abaixo da escoriação. Zona de tatuagem: é formada pelos resíduos de pólvora combusta ou não, que penetram na pele como projéteis secundários em torno de 30 a 75 cm de distância.Não é removível com lavagem. Zona de esfumaçamento ou tisnado: resulta da fumaça que é depositada na pele após o disparo e pode mudar a sua forma de acordo com a direção do tiro: circular no perpendicular; oval no oblíquo e alongado no tangencial. É removível com água. Obs.: não é observada quando é usada a pólvora branca. Zona de queimadura ou chamuscamento: é formada pela ação do calor dos gases da detonação sobre a pele e pêlos. Obs.: as vestes podem absorver certos materiais do disparo agindo como uma “primeira” pele, o que torna importante o estudo destas. Devido à elasticidade da pele as dimensões do orifício podem ser menor que o calibre do projétil.

  •  a) orla de escoriação ou contusão: Local onde o projétil passa e arranca a epiderme 

     b) orla de enxugo: O projétil passa sujo de substâncias da arma e decorrentes dos disparos, se limpa na pele deixando essa marca. Não é permanente.

     c) zona de esfumaçamento: É constituída por grânulos de fuligem resultantes da combustão da carga propelente, sendo superficial e se depositando apenas sobre a pele e/ou sobre as vestes interpostas, em tomo do orifício de entrada, deprimido, sendo facilmente removida da região por lavagem com bucha, água e sabão.

     d) zona de tatuagem:(CORRETA) O projétil insere partículas de chumbo e polvora na derme, causando marca permanente. 

     e) zona de chamuscamento: Produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão, é uma zona caracteristica do orificio de entrada do projétil. É verificada pela ocorrência de queimaduras dos pelos e da peleda vítima. Caracteristica de tiro à queima roupa

     

    Bons estudos!

  • A)INCORRETA. Segundo Wilson, “orla de escoriação: também entendido como “orla de contusão" (Thoinot) [...]. É representada pela lesão de escoriação causada pela passagem do projétil." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 126. Ou seja, há o arrancamento da epiderme e o esticamento da derme.


    B)INCORRETA. Segundo Wilson, “Orla de enxugo é representada pela orla de detritos e impurezas que ficam retidas na pele quando o projétil passa por ela. Auxilia na identificação da direção de incidência do projétil, já que é encontrada primordialmente nas lesões de entrada." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 126

    C)INCORRETA. ZONA OU ORLA DE ESFUMAÇAMENTO- Possui pequeno diâmetro, sendo muito concentrada e de contorno nítido, com uma camada espessa e opaca que esconde a orla de enxugo. Distância de 10 a 30 cm. 

    D)CORRETA. Segundo Wilson, “Orla de tatuagem: também chamada de zona de tatuagem, impregnação na pele-derme por grânulos de pólvora ou resíduos sólidos decorrentes da queima. Tem alcance maior que a fumaça." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 129. Acrescenta-se que esse tipo de orla supõe um disparo de 30 a 75 cm

    E)INCORRETA. ORLA OU ZONA DE QUEIMADURA/CHAMUSCAMENTO (determina queimaduras de 1º e 2º graus). Há uma ação superaquecida dos gases que atingem e queimam a área. Em regiões com pelos, há a queima desses pelos, que terão aspectos quebradiços e queimados.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.
  • O enunciado da questão falou sobre impregnação de pólvora incombusta na pele, ou seja, está nos falando sobre efeitos secundários do tiro presentes ao redor do orifício de ENTRADA. As letras A e B tratam sobre efeitos primários e já podemos descartar logo de cara.

              A zona de chamuscamento (E) é a queimadura provocada em tiros à curta distância e a zona de esfumaçamento (podendo ser chamada também de falsa tatuagem) consiste na impregnação de fuligem ao redor do orifício de entrada. O sinal descrito na questão se trata da zona de tatuagem, a qual apresenta grânulos de pólvora incombusta que podem ficar incrustados na pele atingida.

    Gabarito: D


ID
1702213
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Câmera de Mina Hoffman: São feridas com bordas solapadas e escurecidas, formadas pelo afastamento dos tecidos, devido à pressão dos gases do disparo, e colorida pelos mesmos.


    Tiro encostado: é aquele que é dado com a boca da arma encostada no alvo, logo, todos os elementos que saem da arma penetram na vítima.


    Tiro a longa distância: apresenta margem invertida, orifício regular.


    Tiro a curta distância: aqueles desferidos contra o alvo situado dentro dos limites da região espacial varrida pelos gases e pelos resíduos da combustão do explosivo propelente expelidos pelo cano da arma.


    Sinal de Werkgaertner: É a marca da boca do cano da arma de fogo na pele.


    Sinal de Schusskanol: queimadura e pólvora no túnel do tiro (tiro encostado ou perto).


    Zona de Contusão: Ao penetrar do projétil, a pele se invagina como um dedo de luva e se rompe. Devido à diferença de elasticidade existente entre a epiderme e a derme, forma-se uma orla escoriada, contundida.

  •  

    GABARITO: B

     a) diz respeito à tatuagem escura que fica impregnada no osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado. Sinal de Benassi    (anel acinzentado - resíduos de pólvora no osso)

     b) é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distânciaSinal de Schusskanol

     c) se trata de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo. Câmara de Mina Hoffman (onde não há superficie ossea o Sinal é de Werkgaertner).

     d)  ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial. Buraco de fechadura (Nos tiros tangenciais que
    atingem o crânio, a fratura de entrada pode atingir a de saída formando uma única fratura, sendo possivel determinar com a Regra de Puppe)

     e) se caracteriza pela ferida oblíqua provocada por projétil de arma de fogo, somente atingindo a pele, sem as demais camadas. Zona de Contusão

     

    Bons Estudos!

  • Schusskanol:  esfumaçamento no "kanal" do tiro!


  • “Sinal de Schusskanol: representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 133. Em outras palavras, compreende o esfumaçamento das paredes do conduto que é produzido pelo PAF entre as lâminas interna e externas de um osso chato (plano)- ex: escápula, crânio, etc.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.



  • Vejam como pode cair epônimos na prova! Ótima questão para relembrar os conceitos!

              O SINAL DE “SCHUSSKANOL” consiste no esfumaçamento presente nas paredes do conduto (túnel) produzido pelo PAF, situado entre as lâminas interna e externa de um osso chato. Tal definição se encontra logo na alternativa A!

              A letra B se trata do sinal de Benassi;

              A letra C se trata da Câmara de Mina de Hoffmann;

              A letra D se trata da lesão em sedenho;

              A letra E se trata da lesão em formato de fechadura.

    Gabarito: A


ID
1702216
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa A


    Tomando por base os efeitos primários e secundários, os tiros classificam-se em:

    a) ENCOSTADO: quando a boca do cano da arma se apoia no alvo ou está muito próxima, produzindo lesão pela ação do projétil e gases resultantes da deflagração da pólvora. O orifício de entrada é irregular, amplo, em regra maior que o diâmetro do projétil. NÃO HÁ, EM GERAL, ZONA DE ESFUMAÇAMENTO E TATUAGEM. Neste tiro a expansão dos gases será dentro do túnel aberto pelo projétil, ficando os bordos do orifício de entrada evertidos.

    A lesão apresenta prolongamentos radiados e internamento manifesta por devastação intensa, formando a boca de mina (de Hofmann).

    No crânio, a orla de esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, superífie externa do plano ósseo (Sinal de Benassi), podendo ficar até após a decomposição das partes moles. O disparo encostado também produz a impressão do cano quente na pele. Essa impressão recebe o nome de Sinal de Werkgaertner.


    Para um diagnóstico seguro do tiro encostado é importante encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos de pólvora, nitritos e enxofre.


    Fonte: Professor Geraldo Miranda

  • "Em alguns tiros encostados, quando a arma estiver apoiada na pele, pode aparecer o sinal de Werkgartner (Puppe-Werkgartner), que consiste na reprodução e impressão na pele da forma da boca do cano e da massa de mira nos revólveres, e boca da extremidade anterior do eixo guia da mola recuperadora nas pistolas, causadas pelo calor do tiro"¹
     

               

    Sinal de Werkgartner

  • Ao meu ver não há resposta correta, questão semelhante foi cobrada na prova de delegado ES 2019. 

     

    "Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:" 

     

    A questão traz características de um tiro encostado sobre um plano ósseo, descreve a lesão da boca de mina de Hoffmann. Todavia, julgo que o erro da questão está no fato de falar sobre a presença do sinal de Werkgartner, este sinal está sim presente nos tiros encostados, porém quando o tiro encostado é disparado em superfície que não tenha plano ósseo subjacente. Basta olhar como é a ferida da boca de mina de Hoffann, faz um rombo no local, a pele é dilacerada, não teria como ficar marcado a boca da arma na pele. 

     

    Caso eu esteja equivocado me avisem.

  • “Tiro encostado: Se tiver superfície óssea por baixo, a lesão terá forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. [...] formando sinais como o Sinal de Puppe-Werkgaertner: representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por ação contundente ou pelo seu aquecimento." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 130/132


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.

ID
1702219
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo da balística forense, trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo. Tal sinal diz respeito à:

Alternativas
Comentários
  •  

    Gabarito: Alternativa E

     

    Tomando por base os efeitos primários e secundários, os tiros classificam-se em:

     

    a) ENCOSTADO: quando a boca do cano da arma se apoia no alvo ou está muito próxima, produzindo lesão pela ação do projétil e gases resultantes da deflagração da pólvora. O orifício de entrada é irregular, amplo, em regra maior que o diâmetro do projétil. NÃO HÁ, EM GERAL, ZONA DE ESFUMAÇAMENTO E TATUAGEM. Neste tiro a expansão dos gases será dentro do túnel aberto pelo projétil, ficando os bordos do orifício de entrada evertidos.

    A lesão apresenta prolongamentos radiados e internamento manifesta por devastação intensa, formando a boca de mina (de Hofmann).

    No crânio, a orla de esfumaçamento aparece ao redor do orifício de entrada, superífie externa do plano ósseo (Sinal de Benassi), podendo ficar até após a decomposição das partes moles. O disparo encostado também produz a impressão do cano quente na pele. Essa impressão recebe o nome de Sinal de Werkgaertner.

    Para um diagnóstico seguro do tiro encostado é importante encontrar carboxiemoglobina no sangue do ferimento, assim como nitratos de pólvora, nitritos e enxofre.

     


    Fonte: Professor Geraldo Miranda

     

  • A câmara de Hoffmann ou câmara de mina, observada nos tiros encostados em regiões que recobrem tábuas ósseas, em que o ferimento de entrada tem os bordos evertidos, voltados para fora.

     

    Bons estudos!

  • Gabarito Letra E.

    * Rosa de tiro de Cevidalli.  -----> Dispersão cônica dos projéteis-pode servir para avaliar a distância do disparo, diversos trajetos, raramente tem saída.

    * Boca de fechadura. ----->  Ou "buraco de fechadura": ocorre quando o PAF incide tangencialmente no crânio, mas com inclinação que permita sua penetração na cavidade craniana.

    * Orla de enxugo ------> Ou orla de limpadura, é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, particulas e etc), que o projetil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma aureola escura em volta do orifício de entrada. 

    * Aréola equimótica ------->. É representada por uma zona superficial e relativamente difusa da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento. 

     

    * boca de mina de Hoffmann  --------> trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo.

  •  “Tiro encostado: Se houver superfície óssea por baixo, a lesão terá forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. [...] Sinal de Hoffmann: também compreendido como “boca de mina ou câmara de mina". Está localizado entre a pele e o osso. É causado pela forte expressão dos gases oriundos da queima da pólvora, que atingem o osso e retornam bruscamente, causando a ruptura do tecido epitelial. A lesão costuma possuir a forma estrelada." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 130/131

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E.
  • ZONA DE FISCH                  Escoriação devido à rotação do projétil

    ZONA DE HOFFMAN              Tiro encostado no osso, borda evertida e tecidos dilacerados

    ZONA DE WERKGAERTNER        Queimadura do cano do revólver quente (desenho da boca do cano)

    SINAL DE SCHUSSKANOL          Queimadura e pólvora no túnel do tiro

    SINAL DE BONNET                 Cone formado quando projétil entra

    SINAL DE BENASSI                 Fuligem no osso indicando entrada (sujeira)

    ZONA DE ENXUGO                  Onde são retidos os detritos da bucha, e tudo que o projétil leva pelo caminho (tecidos, sujeiras).

    ZONA DE TATUAGEM                Pólvora que chega junto com o projétil e se aloja na pele

    ZONA DE ESFUMAÇAMENTO          A mais periférica, por fora da zona de tatuagem. Depósito de fuligem de pólvora, fumaça.

    ROSA DE TIRO                       Lesão por arma de projéteis múltiplos

  • Gabarito Letra E.

    Rosa de tiro de Cevidalli. -----> Dispersão cônica dos projéteis-pode servir para avaliar a distância do disparo, diversos trajetos, raramente tem saída.

    Boca de fechadura. ----->  Ou "buraco de fechadura": ocorre quando o PAF incide tangencialmente no crânio, mas com inclinação que permita sua penetração na cavidade craniana.

    Orla de enxugo ------> Ou orla de limpadura, é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, particulas e etc), que o projetil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma aureola escura em volta do orifício de entrada. 

    Aréola equimótica ------->. É representada por uma zona superficial e relativamente difusa da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento. 

     

    boca de mina de Hoffmann --------> trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo.


ID
1728709
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O respectivo sinal de balística resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:

Alternativas
Comentários
  • ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIROS À DISTÂNCIA
    Apresentam margem invertida, orifício regular.
    Os efeitos primários do tiro compreendem:
    a)ferida pérfuro-contusa ou lácero-contusa,
    b) as orlas, a saber:
    1-Orla de enxugo ou orla de limpadura é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas etc.) que o projétil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma auréola escura em volta do orifício de entrada.
    2-Orla de escoriação corresponde a uma delicada área, localizada em torno do ferimento pérfuro-contuso de entrada, em que a epiderme é arrancada pelo projétil quando penetra deixando exposto o córion: vermelho e brilhante, quando recente, e mate e escuro, após algumas horas.
    3-Orla equimótica ou orla de contusão é produzida pelo projétil quando impacta sobre o corpo, quando se comporta apenas como um instrumento contundente (inclusive ao longo do túnel de trajeto). Evidencia-se como uma equimose, cuja extensão e intensidade está em relação, não apenas com o impacto do projétil como, também, com a textura dos tecidos da região: mais ampla, quando mais estreita e menos evidente quando mais firmes ou consistentes.

  • A zona de tatuagem é formada pelos resíduos maiores (sólidos) de pólvora incombusta ou parcialmente comburida e pequenos fragmentos que se desprendem do projétil que, ao atingirem o alvo, nele se incrustam ao redor do orifício de entrada. Devido à maior massa e à maior força viva, vencem maior distância e penetram no material do alvo como microprojéteis, incrustrando-se neste de forma mais ou menos profunda, não sendo removíveis, em sua maioria, por lavagem. Se o anteparo atingido for a pele, nela poderão ser produzidos ferimentos puntiformes (pequenas feridas), ferimentos esses que persistem até após serem submetidos a uma lavagem. No caso dos resíduos da combustão de pólvora (esfumaçamento), estes efeitos ainda podem ser observados a pequenas distâncias da boca do cano da arma, em tiros produzidos por armas curtas. Os resíduos do projétil (de chumbo ou de latão) vão bastante além, podendo se manifestar no alvo a uma distância de até um metro, dificilmente indo além. Acima de 50 cm, diminui de forma progressiva e rápida a quantidade de partícula que formam a zona de tatuagem, podendo, em alguns casos,  cessar em distância menor (TOCHETTO, 2011, p. 256).

  • "Devido à maior massa e à maior força viva, vencem maior distância".... No mínimo estranha essa afirmação segundo as leis da física, deveria ser menor distância. Não?!

  • "Já os grão de pólvora em combustão ou ainda não queimados são de maior alcance e podem constituir-se na única prova de que o disparo foi à curta distância. ATRAVESSAM A EPIDERME E SE INCRUSTAM NA DERME, FORMANDO UMA ORLA DE TATUAGEM, que só pode ser removida por cirurgia plástica" 

    Fonte: Professor Higyno de Carvalho Hércules

  • Comentando as alternativas:

    a.       orla de enxugo: o projétil passa sujo de substâncias da arma e decorrentes do disparo, se limpa na pele, deixando esta marca. Não é permanente.

    b.       zona de chamuscamento: produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão, é uma zona característica do orifício de entrada do projétil e é verificada pela ocorrência de queimaduras dos pelos e da pele da vítima (bem como de tecidos, podendo-se dar a combustão das vestes quando estas se interpõem no local atingido e mais comum se forem de fios sintéticos). Característico de tiro a queima-roupa.

    c.       orla de escoriação ou contusão: é o local por onde o projétil passa e arranca a epiderme.

    d.       zona de esfumaçamento: é a queimadura causada pelo feixe de fogo que sai da arma no momento do disparo. Característico do tiro a queima-roupa.

    e.       zona de tatuagem: o projétil insere partículas de chumbo e pólvora na derme, causando marca permanente. CORRETA

  • Para Complementar:

    Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância.
    Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases.
    Diz-se que um tiro é a curta distância quando, desferido contra um alvo, além da lesão de entrada produzida pelo impacto do projétil (efeito primário) são encontradas manifestações provocadas pela ação dos resíduos de combustão ou semicombustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projétil expelido pelo cano da arma (efeitos secundários). Quando além das zonas de tatuagens e de esfumaçamento há alterações produzidas pela elevada temperatura dos gases, como crestação de pelos e cabelos (entortilhados e quebradiços), manifestações de queimadura sobre a pele (apergaminhada e escura ou amarelada) e zona de compressão de gases (no vivo), considera-se essa forma de tiro a curta distância como à queima-roupa. 
    Fonte: Genival Veloso de França. 2015

  • CUIDADO: Não confundir zona de chamuscamento com a de esfumaçamento. Tanto nas zonas de chamuscamento e na de esfumaçamento existem a ocorrência de queimaduras, as duas em razão de tiro a queima roupa, mas a de chamuscamento em razão dos gases (MACETE: CHAMA produz GÁS – queimadura pelos gases); a de esfumaçamento pelo feixe de fogo da arma (MACETE: FUMAÇA vem do FOGO – queimadura pelo feixe de fogo da arma); ZONA DE ENXUGO – MACETE: Enxugo, vem enxugando toda sujeira da arma para pele); quanto às zonas de tatuagem e de escoriação ou contusão, os próprios nomes já dizem o que são.

  • zona de tatuagem 

  • Vejamos as alternativas:


    A) INCORRETA- ORLA DE ENXUGO OU ORLA DE ALIMPADURA OU ORLA DE CHAVIGNY OU ORLA DE CANUTO E TOVO- A orla de enxugo é a orla de detritos e impurezas que ficam retidas na pele quando o projétil passa por ela. No caso, ela ajuda na determinação do ângulo de incidência do projétil.

    B) INCORRETA- DISPAROS À QUEIMA ROUPA, encontramos a ORLA OU ZONA DE QUEIMADURA/CHAMUSCAMENTO (determina queimaduras de 1º e 2º graus). Decorre da ação superaquecida dos gases que queimam o alvo. Caso a região possua pelos, estes ficaram quebradiços.

    C) INCORRETA- ORLA DE ESCORIAÇÃO OU ANEL DE FISCH OU ORLA DE CONTUSÃO -
    representa escoriação causada pela passagem do projétil;

    D) INCORRETA- ZONA DE ESFUMAÇAMENTO- Decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada. Possui pequeno diâmetro, sendo muito concentrada e de contorno nítido, com uma camada espessa e opaca que esconde a orla de enxugo. Também chamada DE ZONA FALSA DE TATUAGEM, pois ao se lavar a ferida, a mesma desaparece.

    E- CORRETA- ZONA DE TATUAGEM- o projétil insere grânulos de pólvora ou resíduos na derme, gerando uma marca permanente.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • Termos CARACTERÍSTICOS DE TIRO A CURTA DISTÂNCIA:

     

    - Halo de Enxugo/Orla de Chavigny: Projétil se enxugando de suas impurezas nos tecidos corporais moles. Halo de coloração enegrecida.

    - Zona de Tatuagem: Grãos de pólvora incombusta (não queimou). Microprojéteis que impregnam na pele, ao redor do ferimento de entrada, formando uma “tatuagem” permanente.

    - Zona de Esfumaçamento (Tisnado): Fuligem. Pólvora combusta. Se lavar, sai.

    - Aréola Equimótica: Lesão de vasos sanguíneos no interior da lesão.

    - Orla de Escoriação/Contusão: Arrancamento da epiderme ao redor do orifício pelo movimento de rotação do projétil.

  • LETRA E – CORRETA Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 296 e 297):

     

    “O halo ou zona de tatuagem é mais ou menos arredondado nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.

     

    Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma.

     

    A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância (Figura 4.30). Nas armas com “compensador de recuo”, tanto o halo de tatuagem como a orla de esfumaçamento e a zona de queimadura sofrem alterações.” (Grifamos)

     

    FOTOS, IMAGENS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=2019#set

     

    FONTE: www.malthus.com.br

     

     

  • LETRA D – ERRADO – Quanto ao que vem a ser zona de esfumaçamento, colaciono o escólio de Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 296):

     

    “A zona ou orla de esfumaçamento é decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta. É também chamada de zona de falsa tatuagem, pois, lavando-se, ela desaparece. Está sempre presente nesses tipos de ferimentos, a não ser quando a região do corpo está protegida pelas vestes que retêm o depósito de fuligem.” (Grifamos)

     

    FOTOS, IMAGENS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=956

     

    FONTE: www.malthus.com.br

     

  • LETRA B – ERRADA - Colaciono o escólio de Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 296):

     

    “A zona de queimadura, também chamada de zona de chama ou zona de chamuscamento, tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo. Nas regiões cobertas de pelos, há um verdadeiro chamuscamento mostrando-os crestados, entortilhados e quebradiços. Essa reação fala sempre em favor de orifício de entrada em deflagração à queimaroupa.

     

    A pele apresenta-se apergaminhada, de tonalidade vermelho-escura em geral, ou de acordo com a cor da pólvora.” (Grifamos)

  • LETRA A – ERRADA - Segundo Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 295):

     

     

    “O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. É concêntrico, nos tiros perpendiculares, ou em meia-lua, nos oblíquos. A tonalidade depende das substâncias que o projétil levava consigo ao penetrar no alvo. Em geral, é escura.” (Grifamos)

     

    FOTO FORTE:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=837#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br/

  • LETRA C – ERRADA - Segundo Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 295):

     

    “A orla de escoriação ou de contusão, em tais ferimentos, deve-se ao arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes de penetrar no corpo. Apresenta-se, portanto, como uma orla escoriada ou desepitelizada em redor do ponto de impacto na pele. Todavia, se o projétil encontra um obstáculo antes de penetrar no corpo, perde parte ou o todo do movimento e rotação, desmotivando assim a formação da orla de escoriação.” (Grifamos)

  • Zona de Taguagem = Difícil de Tirar (pq é uma taguagem - pólvora incombusta)

    Zona de Chamuscamento (Chama = Fogo = Pelos Crestados)

    Zona de Esfumaçamento ou falsa tatuagem (Fumaça = transitório, lavando desaparece - pólvora combusta)


ID
1728712
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que :

Alternativas
Comentários
  •  

    SINAL DE SCHUSSKANOL - representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil entres as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio

     

    Zona de Tatuagem: Ocorre por tiro próximo ao corpo - É formada por grânulos de pólvora incombusta que grudam na pele ao redor do orifício. Tal zona de tatuagem é fixa, ou seja, não é possível de ser removida (“tatuagem verdadeira”) - não é tiro encostado.

     

    Zona de esfumaçamento: Tiro ainda mais próximo do corpo (quando comparada à zona de tatuagem), sendo que tal zona será formada pela fumaça (de pólvora) expelida pela arma de fogo quando do disparo. Tal zona de esfumaçamento é removível (“tatuagem falsa”) - não é tiro encostado.

     

    Chamuscamento: Será formado pelos grânulos de pólvora + fumaça expelida pela arma.

     

    Atenção: Tais marcas supradescritas podem não surgir mesmo em casos de tiros próximos, não são obrigatoriamente constatadas no corpo, isso porque pode haver um anteparo antes dele. Ou seja, a ausência da zona de tatuagem ou esfumaçamento não permite concluir que o tiro foi dado a longa distância, isso em razão da possibilidade de ter havido anteparos.

     

    Sinal de Benassi: Zona de tatuagem ou zona de esfumaçamento presente em Tiros encostados sobre superfícies ósseas - os sinais ficarão marcados ao redor do próprio osso (orifício de entrada).

     

    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.

     

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

     

    Buraco de Fechadura: Em tiros oblíquos no crânio pode apresentar uma forma de “fechadura”.

     

    Sinal de (funil) Bonnet: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).

     

  • Alternativa "A" - Correta

     

    Alternativa "B" - Sinal de Benassi (o osso fica negro por conta da pólvora do disparo enconstado);

     

    Alternativa "C" - Boca de mina de Hoffmann;

     

    Alternativa "D" - ?

     

    Alternativa "E" - ?

  • Complementando a resposta do colega abaixo:

     

    Letra "D" - Orla de escoriação - É a área periférica à ORLA DE ENXUGO, na qual apenas a EPIDERME é arrancada. Ferimento por projétil de arma de fogo que se deve ao arrancamento da epiderme devido ao movimento rotatório do projétil que entra na superfície corporal (Definição – Delegado SP 2014).

     

    Letra "E" - Ligado ao sinal de BONNET - O sinal do funil (embudo, Bonnet) constitui-se de uma diferença significativa nas dimensões de entrada e saída em determinado osso. 
    Observe que, no caso de uma transfixação da calvária, teremos o sinal do funil na entrada e na saída da calvária. O que muda é o sentido do projetil, sempre do menor para o maior.

    A explicação deste fenômeno é que a primeira tábua óssea está, de certa forma, apoiada pela segunda e, esta, não apresenta apoio efetivo. Além disto, o projetil sofre deformação e mudança na sua orientação.

    No caso da transfixação, apesar da diminuição da energia, o funil da saída na calvária é, em geral, todo maior que o da entrada.

    O sinal do funil é melhor observado nos disparos com projetis únicos, mas pode estar presente também nos de projetis múltiplos, em especial naqueles com poucos e grandes balins.

     

    Bons papiros a todos. 

     

  • Gabarito letra A Sinal de Schusskanol: Esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

     

    B) Sinal de Benassi

     

    C) Boca de Mina de Hoffman

     

    D) Ferida em Sedenho

     

    E) Boca de Fechadura

  • Eita mais um Sinal => Sinal de Escarapela :  Dois anéis concêntricos de esfumaçamento intercalados por um halo claro nos locais onde ocorreu o tiro À queima roupa ( NÃO EMPOLGUE E ACHE QUE ISSO É TIRO ENCOSTADO, POIS NÃO É . É A CURTA DISTÂNCIA).

  • ALT. "A"

     

    A - Certo. Sinal de Schusskanol: Esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância. 

     

    B - Errado. Sinal de Benassi:Trata-se de tatuagem escura que fica impregnada no osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado.

     

    C - Errado. Boca de Mina de Hoffmann: Trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo. Muito comum em execuções e suicídio. Nesse caso, ao contrário da regra, as bordas da lesão ficam evertidas (pra fora).

     

    D - Errado. Ferida em sedenho: Caracteriza-se pela ferida oblíquoa provocada por projétil de arma de fogo, somente atingindo a pela, sem as demais camadas.

     

    E - Errado. Boca de fechadura: Ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana, se assemelhando a um buraco de fechadura.

     

    Fonte: Sinopses Juspodivm + Genival V. de França + Curso Supremo TV + Cadernos do Roberto Blanco.

  • A) GABARITO - SCHUSSKANOL: é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    B) BENASSI: diz respeito à tatuagem escura que fica impregnada no osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado.

    C) MINA DE HOFFMAN: se trata de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo.

    D) FERIDA DE SEDENHO: se caracteriza pela ferida oblíqua provocada por projétil de arma de fogo, somente atingindo a pele, sem as demais camadas.

     e)BOCA DE FECHADURA: ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial.

  • Esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato

    Ex: ossos do crânio

  • SINAL DE SCHUSSKANOL- compreende o esfumaçamento das paredes do conduto que é produzido pelo PAF entre as lâminas interna e externas de um osso chato (plano)- ex: escápula, crânio, etc.

    A) CORRETA

    B) INCORRETA- NÃO CONFUNDA ZONA DE TATUAGEM COM HALO FULIGINOSO NA LÂMINA EXTERNA DO OSSO, ESTE SAI COM LAVAGEM. JÁ A TATUAGEM NÃO SAI. CASO A ALTERNATIVA TIVESSE FALADO EM HALO FULIGIONOSO, PODERÍAMOS COGITAR NO SINAL DE BENASSI OU BENASSI-CUELI

    C) INCORRETA- A questão trouxe a definição do SINAL DE HOFFMANN OU BOCA DE MINA OU CÂMERA DE MINA

    D) INCORRETA- a questão trouxe a definição da FERIDA EM SEDENHO

    E) INCORRETA- A questão trouxe a definição do BURACO DE FECHADURA- tem esse nome, pois o próprio nome já diz: é como se fosse uma fechadura, pois como apresenta incidência tangencial, ao se aproximar de um dos buracos do projétil, poder-se-ia ver o outro lado (saída do projétil). Literalmente, é como se fosse um buraco de fechadura.

    Gabarito do professor: letra A

  • Gab. A

     

    Resumo das aulas no Supremo TV 2018

     

    Câmara de mina de hoffmann: gases em tiro encostado em superficies osseas

    Sinal de werkgaetner: desenho da boca do cano da arma na pele

    Sinal de Benassi: halo de fuligem na lamina externa do osso

    Sinal de schusskanol: fuligem no tunel do tiro

  • DICA:

     

     

    1-    TIRO A CURTA DISTÂNCIA  =   QUEIMA ROUPA:

     

     

     APRESENTA HALO, ORLA DE TISNADO, ZONA DE TATUAGEM

     

    EFEITO SECUNDÁRIO: ORLA e zonas. Apresenta efeito primário também

     

    -   AREOLA EQUIMÓTICA

     

    -   ZONA DE CHAMUSCAMENTO, ESFUMAÇAMENTO

     

    -  ZONA DE ENXUGO

     

    - ZONA EQUIMÓTICA

     

    2-   TIRO ENCONSTADO NA PELE:  

     

    -  SINAL DE PUPPE  WERKGAERTNER, marca quente, desenhado da BOCA DO CANO

    - ZONA DE HOFFMAN, aspecto estrelado

    SINAL DE SHUSSKANOL, foligem no plano ósseo no  trajeto TÚNEL DO TIRO

    -  SINAL DE BENASSI

     

     É o depósito de fumaça (enfumaçamento) no plano ósseo, ao redor e no orifício de entrada, que ocorre quando de disparos com a extremidade do cano da arma (boca) encostada na pele, que revista uma placa óssea.

     

    NÃO APRESENTA   ZONA = ORLA DE TISNADO, ZONA DE TATUAGEM

     

    3-   TIRO A DISTÂNCIA:  NÃO APRESENTA HALO e ZONAS

      SÓ APRESENTA EFEITOS PRIMÁRIOS:   CONTUSÃO, ESCORIAÇÃO, ENXUGO

     

     

     

    PAF

     

    ORLAS = HALOS         EFEITOS PRIMÁRIOS

     

    - CONTUSÃO

    - ESCORIAÇÃO

    - ENXUGO

     

     

    ZONAS    /   EFEITOS SECUNDÁRIOS                                                                                         

     

    - TATUAGEM

    - ESFUMAÇAMENTO

    - CHAMUSCAMENTO

     

    ....

     

    LESÃO SEDENHO:   PONTO DE ENTRADA e de SAÍDA  se introduz em uma prega cutânea, de modo a produzir um trajeto fistuloso.

     

    TIROS  ENTRADA

    FUZIL:  MICROLACERAÇÕES RADIADAS NAS BORDAS DA FERIDA

     

    ROSA DE TIRO =   ESPINGARDA, CALIBRE 12

    TRAJETO: caminho percorrido dentro do corpo

    TRAJETÓRIA:  da arma para o corpo

  • c) se trata de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo.


    LETRA C – CORRETA - A câmara de mina de Hoffmann é formada em tiros encostados e desde que tenha osso abaixo. Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados. Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina.” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1396#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br

     

  • LETRA A – CORRETA - Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 297):

     

    “Estes tiros ainda podem ser caracterizados pelo sinal do “schusskanol”, representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.” (Grifamos)

     

  • Gabarito A.

    - Tiros encostados: forma irregular, denteada ou com entalhes – há ação dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. “Câmara de mina de Hoffmann”. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram o orifício da bala. Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode se encontrar um halo fuligionoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (Sinal de Benassi ou Benassi-Cueli). Como se trata de um halo de fuligem pode desaparecer com a lavagem ou apresentar-se borrado. Ainda assim, os tiros encostados permitem deixar impresso na pele o desenho da boca e mira do cano, produzido pela ação contundente ou pelo seu aquecimento, esse é o chamado sinal de Werkgaertner. Por fim, nesses casos, também se observa o sinal de “Schusskanol” representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato. 

    bons estudos

  • O diâmetro dessas lesões pode ser maior do que o do projétil em face de explosão dos tecidos pelo efeito “de mina”, e suas bordas algumas vezes voltadas para fora, devido ao levantamento dos tecidos pela explosão dos gases. Estes tiros ainda podem ser caracterizados pelo Sinal do Schusskanol, representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio. 

     

  • -Sinal de BenaSsi(resíduos de pólvora ficam depositados NA SUPERFÍCIE óssea>>esFUMAÇAmento na superfície óssea> ao redor e no orifício de entrada):

     

    -Sinal de SchuSKanOLL(desce redondo e sujando): esfumaçamento das paredes do conduto produzido > fuligem NO TUNEL do tiro

  • Na letra B NÃO SE TRATA DE SINAL DE BENASSI!

    O sinal de BENASSI ocorre em plano ósseo subjacente, é o esfumaçamento/queimadura óssea, especialmente no crânio.

    Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora incombusta deixados sobre a pele. um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício. Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas. Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.


ID
1728715
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:

Alternativas
Comentários
  • É a lesão de queimadura, produzida pelo cano da arma ainda quente, ao ponto de imprimir na pele da vítima a marca circular do cano e, em alguns casos, marcas de outras características de que a arma dispõe, como por exemplo da massa de mira, guia da mola real, parte frontal da armação nas pistolas, visto que o esfumaçamento,dependendo do tipo e das características do propelente usado, pode não ser bem notado pelo Perito.

  • Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

  • O sinal de werkgaertner é aquela marca do cano quente da arma na pele da pessoa que sofreu tiro encostado. Ainda, o descolamento da pele, entrada evertida e irregular são sinais da Camara de Mina de Hoffman, que também ocorre nos tiros encostados.

  • Comentário: Energias de Ordem de Mecânica --> Noções de balística forense

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Gaba: Letra C.

  • Gabarito: C

    Os TIROS ENCOSTADOS(quando não há plano ósseo logo abaixo) permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Fonte: Genival Veloso de França. 2015

  • NÃO SERIAM BORDAS INVERTIDAS (PARA DENTRO DA PELE) 

  • Sinais presentes nos disparos com arma de fogo encostada:

    > Câmara de mina de Hoffman 

    > Sinais de Benassi

    > Sinais de Werkgaertner

    Fonte: Medicina Legal, Celso Luiz.

  • Gab. C

     

    SINAL DE SCHUSSKANOL - representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil entres as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio

     

    Zona de Tatuagem: Ocorre por tiro próximo ao corpo - É formada por grânulos de pólvora incombusta que grudam na pele ao redor do orifício. Tal zona de tatuagem é fixa, ou seja, não é possível de ser removida (“tatuagem verdadeira”) - não é tiro encostado.

     

    Zona de esfumaçamento: Tiro ainda mais próximo do corpo (quando comparada à zona de tatuagem), sendo que tal zona será formada pela fumaça (de pólvora) expelida pela arma de fogo quando do disparo. Tal zona de esfumaçamento é removível (“tatuagem falsa”) - não é tiro encostado.

     

    Chamuscamento: Será formado pelos grânulos de pólvora + fumaça expelida pela arma.

     

    Atenção: Tais marcas supradescritas podem não surgir mesmo em casos de tiros próximos, não são obrigatoriamente constatadas no corpo, isso porque pode haver um anteparo antes dele. Ou seja, a ausência da zona de tatuagem ou esfumaçamento não permite concluir que o tiro foi dado a longa distância, isso em razão da possibilidade de ter havido anteparos.

     

    Sinal de Benassi: Zona de tatuagem ou zona de esfumaçamento presente em Tiros encostados sobre superfícies ósseas - os sinais ficarão marcados ao redor do próprio osso (orifício de entrada).

     

    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.

     

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados, porém pode surgir em qualquer lugar do corpo. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

     

    Buraco de Fechadura: Em tiros oblíquos no crânio pode apresentar uma forma de “fechadura”.

     

    Sinal de (funil) Bonnet: É visualizado na superfície óssea do crânio - ajuda a determinar o orifício de saída no crânio (fragmentos ósseos).

  • Sinal de Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA C

  • PALAVRAS-CHAVE DA QUESTÃO - Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:

     

    Somente no tiro encostado tem bordas evertidas (Aliás, na entrada e na saída)

    Somente no tiro encostado tem o Sinal de Werkgartner

     

    GAB: C

  • LETRA C – CORRETA - Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner (Figura 4.29), representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.” (Grifamos)

     

    O professor Roberto Blanco do CERS aduz que o sinal de puppe-werkgartner, que é o tiro com a boca de fogo da arma encostada na pele, sem osso por baixo. Deixa o decalque da boca de fogo na pele, não faz a boca de mina de Hoffman pq não tem osso.

     


ID
1728718
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo da balística forense, trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo. Tal sinal diz respeito à :

Alternativas
Comentários
  •  

    Câmara de mina de HoffmannÉ o nome dado à lesão provocada pelo disparo com o cano da arma encostado na pele da vítima. O orifício de entrada, diferente dos outros, terá as bordas evertidas (para fora), em razão da expansão dos gases do disparo.

    Na doutrina encontramos:
    Tiro com o cano apoiado ou encostado: (...) não encontrando espaço para a expansão necessária, é frequente que esses gases desloquem os tecidos moles dos planos ósseos subjacentes e provoquem uma verdadeira ruptura explosiva dos tecidos moles locais. Com a expansão dos gases e ruptura da pele local forma-se uma cratera, de bordas evertidas, inteiramente irregulares, a que HOFFMANN denominou de orifício em forma de boca de mina.
    (...) a boca de mina de HOFFMANN aparece quando um disparo de projétil de arma de fogo é efetuado com a boca de fogo apoiada ao corpo, desde que haja um plano resistente por baixo.

    Santos, R. B. Medicina Legal. p. 152-153. Rio de Janeiro, 2000.Liga Acadêmica de Medicina Legal - UPFhttp://medicinalegalupf.blogspot.com.br/2014/03/camara-de-mina-de-hoffmann_31.html?m=1
  • Alternativa correta letra E

     

    Boca de Mina de Hoffmann: Trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo. Muito comum em execuções e suicídio. 

  • Comentário: Energias de Ordem Mecânica --> Noções de balística forense --> Ferimento de entrada

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados: Estes ferimentos, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina.

    Gaba: Letra E.

  • Gabarito: E

     

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas, com aspecto de cratera de mina. 

    Fonte: Genival Veloso de França. 2015

  • Caso queiram, assistam o vídeo no link https://www.youtube.com/watch?v=l2iM2dlPOmM, pois ele escalre muito.

  • Boca de fechadura ... rar ara ri muito com isso Funcab ta engraçadona....

  • Sinais presentes nos disparos com arma de fogo encostada:

    > Câmara de mina de Hoffman 

    > Sinais de Benassi

    > Sinais de Werkgaertner

    Fonte: Medicina Legal, Celso Luiz.

     

    Região COM osso: Câmara de Mina/ Boca de mina de Hoffman.

    Região SEM osso: Sinal de Werkgarther.

  • Boca de fechadura: Ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana, se assemelhando a um buraco de fechadura.

  • BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos fases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada.

    RESPOSTA DO PROFESSOR: LETRA E

  • rosa de tiro de cevidalli: conjunto de feridas originadas de cartucho de projeteis multiplos(balins)

  • Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados. Estes ferimentos (Figura 4.27), com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina.” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1396#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br

  • GABARITO E


    Câmara de mina de Hoffmann: Em tiros encostados sobre a superfície óssea. O gás expelido pelo tiro bate no osso e volta, formando uma cavidade sobre a pele. As bordas do orifício de entrada serão evertidas (assim com as do orifício de saída), sendo que, para distingui-los basta verificar a presença do sinal de benassi, que indicará o orifício de entrada. A câmara de mina de Hoffmann é produzida pelos gases, não pelo PAF.


    bons estudos

  • SINAL DE HOFMANN/BOCA DE MINA: provocada pelos gases em explosão entre a pele e o osso, causa ruptura do tecido epitelial com bordas evertidas e costuma possuir forma estrelada e enegrada (pólvora na pele). Na saída é ROMANESE.

    SINAL DE BENASSI-CUELI: nos tiros no crânio/escápulas pode ser encontrado um halo fuliginoso (pólvora no osso). Difere da zona de tatuagem, uma vez que não são decorrentes de pólvora incombusta deixados sobre a pele, sendo a característica mais evidente do Sinal de Benassi, o halo fuliginoso deixado sobre o periósteo, ou seja, membrana que recobre os planos ósseos.

  • O que seria do QC sem os comentários dos colegas?

    A professora perdeu a oportunidade de explicar os demais conceitos.

  • ROSA DE TIRO DE CEVIDALLI encontrado em disparos de projéteis múltiplos (geralmente chamados de balins, como os utilizados na munição de espingardas calibre 12). 0 diâmetro guarda relação com a distância do tiro. É caracterizada pela disposição em grupo, mais ou menos circular, das lesões produzidas pela entrada dos balins, separadamente, na pele ou no alvo.

    A rosa de tiro de Cevidalli é o conjunto de feridas produzidas pela entrada de projéteis múltiplos disparados por arma de alma lisa. 

    GABARITO: CORRETO

  • BURACO DE FECHADURA- ocorre nos ossos da calvária (parte superior do crânio) quando o projétil tem incidência tangencial - tem esse nome, pois o próprio nome já diz: é como se fosse uma fechadura, pois como apresenta incidência tangencial, ao se aproximar de um dos buracos do projétil, poder-se-ia ver o outro lado (saída do projétil). Literalmente, é como se fosse um buraco de fechadura.


ID
1857334
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Várias substâncias compõem a mistura iniciadora presente nas espoletas dos cartuchos de projéteis de arma de fogo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa D

     

    O nitrato de estrôncio é um composto inorgânico com fórmula Sr(NO3)2. Este sólido incolor é utilizado como corante vermelho em fogos de artifício e também como oxidante.


    Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Nitrato_de_estroncio

  • ESPOLETAS

    Nos primórdios das espoletas, a mistura iniciadora utilizada era composta de fulminato de mercúrio, clorato de potássio e trisulfeto de antimônio. Apesar do grande efeito corrosivo do clorato de potássio, os resíduos de pólvora negra, usada naquela época, agiam como elementos de proteção. Porém, o fulminato de mercúrio atacava os estojos de latão e os copos das espoletas, o que ocasionou a sua retirada de cena. Com o uso disseminado das pólvoras sem fumaça, o problema da corrosão do clorato de potássio ressurgiu, trazendo consequencias danosas às armas que não eram bem limpas pelos seus donos, após o uso. Desta forma, uma nova fórmula passou a ser utilizada, composta de nitrato de bário, peróxido de chumbo e silicieto de cálcio. Os grandes fabricantes norte-americanos da época, como Remington e Winchester, lançaram então as suas marcas comerciais, denominadas de “Kleanbore” e “Stainless”, respectivamente. A CBC no Brasil adotou a marca “Antioxid”. Depois de várias outras mudanças, principalmente com o intuito de eliminar o chumbo da fórmula, hoje em dia o componente mais utilizado é o diazonitrofenol.

  • A pólvora mais antiga, mas que ainda hoje é utilizada em alguns tipos de cartucho, é a Pólvora Negra. Ela é constituída por 75 % de salitre (nitrato de potássio), 13 % de carvão vegetal e 12 % de enxofre. O salitre atua como comburente, fornecendo oxigênio, já o carvão e o enxofre como combustível. A partir de 1845, surgiram as denominadas Pólvoras Químicas, tendo como ingrediente ativo a nitrocelulose. A Companhia Brasileira de Cartuchos – CBC –, em 1987, começou a produzir em escala industrial a sua própria pólvora. Para cartuchos calibre 38 SPL, por exemplo, é usada a pólvora CBC 216, a qual é constituída por 97 % de nitrocelulose, 1,5 % de difenilamina, 1,0 % de sulfato de potássio e 0,2 % de grafite.

     

    Até 1986 a CBC produzia os projéteis com chumbo puro. A partir desta data, todos os projeteis CBC foram produzidos com uma liga de chumbo, composta em grande parte por chumbo e um elemento endurecedor, o antimônio, na porcentagem de 1 a 2,5 %. A expressão popular ‘levar chumbo’, portanto, deve ser revista.

     

    A CBC usa, atualmente, em seus cartuchos, misturas iniciadoras à base de estifinato de chumbo [PbO2H(NO2)3], nitrato de bário, trissulfeto de antimônio, tetrazeno e alumínio. Quando o percutor deforma a cápsula de espoletamento, a mistura iniciadora nela contida é comprimida contra a bigorna, quebrando os cristais de estifinato de chumbo e tetrazeno. Inicia-se assim uma chama cujo combustível é o nitrato de bário e o oxidante é o trissulfeto de antimônio. A presença do alumínio gera uma maior vivacidade na chama. Este pode ou não estar presente na composição da mistura iniciadora, dependendo do tipo de cartucho. A partir de 1998 a CBC lançou os cartuchos denominados de clean range, cuja mistura iniciadora da espoleta não possui chumbo, bário e antinônio. Esta mistura é composta por diazol, nitrato de estrôncio, pólvora e tetrazeno.

     

    http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2007fev_forense3.pdf

  •  “Características das munições: espoleta (composto químico no qual geralmente estão presentes: estifnato de chumbo, tetrazeno, nitrato de bário, tiossulfato de antimônio e chumbo. O níquel costuma não integrar a mistura)." Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal. 2º Edição, 2017, pgs: 118

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D .
  • Galera, talvez vocês tenham marcado a letra C por achar que Mercúrio nunca apareceu ali nas apostilas dos cursinhos na parte de balística. Só que, vou dar uma dica pra vcs pq o fulminato de mercúrio está presente nas espoletas:

    Lembra daquele episódio de Breaking Bad, que o Walter vai na sala do Tuco Salamanca e explode tudo? pronto, aquele cristal que explodiu tudo é chamado de fulminato de mercúrio. Agora entenderam pq ele tá ai?

  • Cápsula de espoletamento ou espoleta: recipiente metálico que contém a mistura iniciadora (carga de inflamação contendo estfionato de chumbo, nitrato de bário e sulfeto de antimônio, tetrazeno + mercúrio), a qual é montada em alojamento próprio localizado no centro da base dos estojos de munição de fogo central. Ou dentro de um aro ao redor da base do estojo (munição fogo circular)

    Por sua vez, o propelente mais usado é a pólvora sem fumaça, que é à base de nitrocelulose e nitroglicerina ou até nitroguanidina.


ID
1857337
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O exame residuográfico realizado para a pesquisa de elementos oriundos do disparo de projétil de arma de fogo é atualmente melhor realizado pela(o):

Alternativas
Comentários
  • Atualmente, o método mais prestigiado pelos cientistas forenses é a
    MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA complementada pela
    ESPECTROMETRIA AOS RAIOS X.
     

  • “O Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) examina a superfície do tecido, de modo que o feixe de elétrons não atravessa o espécime. [...] O tecido é preparado para o MEV primeiro fixando-o e depois por desidratação cuidadosa. A superfície do espécime é então revertida com uma delgada camada de metal, como o ouro, ouro-pálido, ou carbono, para ajudar a dispersão de elétrons." 
    “O MEV tem seu potencial ainda mais desenvolvido com a adaptação na câmara da amostra de detectores de raios-X permitindo a realização de análise química na amostra em observação. Através da captação pelos detectores e da análise dos raios-X característicos emitidos pela amostra, resultado da interação dos elétrons primários com a superfície, é possível obter informações qualitativas e quantitativas da composição da amostra na região submicrometrica de incidência do feixe de elétrons. Este procedimento facilita a identificação a de precipitados e mesmo de variações de composição química dentro de um grão. Atualmente quase todos os MEV são equipados com detectores de raios-X, sendo que devido a confiabilidade e principalmente devido a facilidade de operação, a grande maioria faz uso do detector de energia dispersiva (EDX)." 
    MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE - Prof. Ana Maria Maliska - http://www.usp.br


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • Atualmente o método mais eficaz para a identificação residuográfica é a Microscopia Eletrônica de Varredura acoplada à Espectroscopia por Energia Dispersiva (MEV-EDS) por conta da identificação de uma partícula elementar formada por chumbo, bário e antimônio, elementos presentes na espoleta. Esta partícula só é formada em condições extremas de temperatura e pressão, possibilitadas pelo momento do disparo da arma de fogo.

    O exame colorimétrico com rodizonato de sódio é uma técnica qualitativa para identificação apenas de chumbo por meio de uma reação de complexação com este metal, desta forma, reage com qualquer espécie de chumbo metálico abrindo possibilidades para discussão de um falso positivo.

  • GAB: C

    Metodologias de análise de RESIDUOGRAMA de elementos metálicos presentes na mistura iniciadora:

    RODIZONATO DE SÓDIO

    •        Ensaio colorimétrico que detecta bário (alaranjado) e chumbo (rosa), Não avalia antimônio (PB)

    •        Facilidade de execução na coleta e análise, baixo custo dos reagentes empregados e rapidez nos resultados

    •        São coletas amostras das mãos do suspeito com fitas adesivas.

    •        Metais não são encontrados exclusivamente nos resíduos de disparo

    •        A ausência desses metais não pode excluir o emprego da arma de fogo, já que muitos fatores podem contribuir para um falso negativo, como a demora na coleta, uso de luvas ou lavagem de mãos pelo atirador, tipo de arma e munição utilizadas e forma de empunhadura da arma.

    •        Técnica destrutiva

    MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV)

    •        MEV fornece rapidamente informações sobre a morfologia e composição química elementar de uma amostra sólida

    •        Padrão ouro – possui alta discriminação na identificação de resíduos, e as ciências forenses consideram as análises realizadas através do MEV como as mais confiáveis

    •        Geralmente as amostras são coletadas por meio de fitas adesivas.

    •        Partículas identificadas deve m conter os elementos químicos Pb/Ba/Sb

    •        Permite a visualização das partículas oriundas do tiro e possibilita que elas sejam identificadas e fotografadas, sem que ocorra sua destruição.  *

    •        Esse microscópio é utilizado para análise de balística (tanto do estojo e projetil quanto da própria arma).

    •        Pode ser feito e refeito várias vezes, a amostra não se perde/deteriora com o tempo.

    ~Não pare agora, faça pelo menos mais 10 questões!


ID
1857388
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No disparo de arma de fogo produzido por fuzil, a principal característica que determina a gravidade das lesões é o (a):

Alternativas
Comentários
  • São projéteis de arma de fogo de alta energia cinética.
    -------------------------- 
    EC = massa x velocidade²/2

    Obs: Nessa equação o principal fator é a velocidade.

  • Gabarito letra E

     

    Nos projéteis de arma de fogo de alta velocidade, na maioria das vezes, as lesões são bem parecidas com as de baixa velocidade. Entretanto, segundo Prof. Higino, as feridas de projeteis de fuzil (alta velocidade) na cabeça podem ser tão devastadoras de modo a impossibilitar a distinção entre a ferida de entrada e saída do projétil.

  • Formato pontiagudo é um fator que ajuda no coeficiente aerodinâmico do projétil, mas o principal fator, como dito pelo colega Márcio, é a velocidade, pois na equação da energia cinética:

    Ec = (massa  x velocidade ao quadrado) / 2 

    a velocidade aparece ao quadrado.

     

  • O potencial lesivo dos agentes mecânicos depende da sua energia cinética que é expressa pela fórmula E= m v 2/ 2. Logo, a grande energia é devido ao fator exponencial da velocidade do projétil.


    GABARITO PROFESSOR: LETRA E
  •  Os ferimentos de entrada produzidos por esses projéteis de alta velocidade foram mudando de forma, podendo apresentar vultosas áreas de destruição dos tecidos atingidos, deixando à mostra regiões ou estruturas mais profundas, com orifícios muito 

    maiores que o diâmetro do projétil.

    Outras vezes, a orla de escoriação está ausente ou pouco nítida, e as 

    bordas do orifício são irregulares e apresentam radiações. Quando encontram maior resistência, como, 

    por exemplo, no tecido ósseo, apresentam-se como verdadeiras explosões. Os ferimentos de saída, na 

    maioria das vezes, têm a forma de rasgões, como se a pele fosse puxada e rasgada. 


ID
1898386
Banca
FUNIVERSA
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA - GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Uma lesão perfurocontusa que apresenta forma circular ou ovalada, com bordas geralmente invertidas, com orla de escoriação, contusão e enxugo, caracteriza orifício de

Alternativas
Comentários
  • características das lesões por projéteis de fogo:

    lesões de entrada: bordas invertidas, regulares

    lesões de saída: bordas evertidas, tendo os tecidos rasgados, dando aparência de mais irregular que na entrada.

     

    ademais, 

    característica principal dos tiros encostados é ausência de zonas e orlas

    característica dos tiros a curta distância: presença de zonas

    característica principal dos tiros a distância: presença de orlas

     

  • DADOS INCONSISTENTES NO ENUNCIADO DA QUESTÃO, PODERIA SER LETRA C ou D.

    Orifício de entrada: AS CARACTERÍSTICAS DOS 4 ELEMENTOS SEGUINTES EXISTEM EM QUALQUER DISTÂNCIA DE TIPO DE PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO, SEJA CURTA, MÉDIA OU LONGA DISTÂNCIA, SALVO TIRO ENCOSTADO.

    1• Bordas invertidas: ou seja, a borda é para dentro; já no orifício de saída a borda é evertida, ou seja, é para fora.

    2• Orla de contusão, ou escoriação, ou ANEL DE FISCH, ou DE ZONA DE THOINOT ou ZONA DESEPITALIZADA DE FRANÇA: é exatamente a arranhadura que faz o buraco na pele da vítima.

    3• Orla ou halo de enxugo: é o tudo que fica impregnado de sujeira.

    4• Auréola equimótica: é a mancha escura de sangue que se sobrepõe ao orifício de contusão.

  • INVERTIDA = ENTRADA

     

    EVERTIDA = SAÍDA

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    Atenção às características que podem ser usadas para excluir alternativas:
    Forma circular ou ovalada - já exclui os ferimentos de entrada nos tiros encostados, que normalmente apresentam forma irregular.Bordas invertidas - exclui os ferimentos de saída, que possuem geralmente bordas evertidas.Analisando todas as características apresentadas, no entanto, não é possível diferenciar um ferimento de entrada de tiro à distância, ou curta distância.

    A) ERRADO. Ferimentos de saída possuem bordas evertidas, e não invertidas.

    B) ERRADO. Lesões por tiros encostados normalmente são irregulares, e não apresentam orlas.

    C) CERTO. Todas as características mencionadas podem estar presentes nos ferimentos de entrada de disparos à distância.

    D) CERTO. Todas as características mencionadas podem estar presentes nos ferimentos de entrada de disparos a curta distância.

    E) ERRADO. Ferimentos de saída possuem bordas evertidas, e não invertidas.

    Gabarito da Banca : Letra C.
    Gabarito do professor: Cabe anulação, pois há duas alternativas corretas.

  • Há 2 alternativas corretas: C e D. Com essas características, não há como diferenciar os dois, pois ambos as possuem.


ID
1898389
Banca
FUNIVERSA
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA - GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A Balística, ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o seu movimento, as forças envolvidas na sua impulsão, a trajetória e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa e terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a análise pericial do corpo de delito, notadamente na avaliação dos efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta

Alternativas
Comentários
  • balística interna - estuda a desenvoltura da ação do projétil dentro da arma de fogo

    balística externa - estuda a desenvoltura da ação do projétil da saída da arma de fogo até seu encontro com o corpo humano, chamada de trajetória.

    balística terminal - estuda a desenvoltura da ação do projétil dentro do corpo humano, chamada de trajeto.

  • C) BALÍSTICA DOS EFEITOS: conhecida também como BALÍSTICA TERMINAL ou BALÍSTICA DO FERIMENTO, estuda os efeitos gerados pelo projétil desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo.

    – Portanto, essa divisão da BALÍSTICA forense busca analisar e descrever os efeitos causados pelos disparos com armas de fogo.

    – Dentre seus objetos de análise estão os impactos dos projeteis, os ricochetes desse durante sua trajetória, as lesões e danos sofridos pelos corpos atingidos.

    – Visando a partir de métodos científicos identificar os efeitos causados pela arma que efetuou os disparos para que através dela haja uma futura identificação do criminoso e sua detenção.

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    A) ERRADO. A Balística interna trata do funcionamento das armas, da sua estrutura e mecanismo, e da técnica do tiro. O arrasto, coeficiente balístico e estabilidade do projetil não serão estudados pela balística interna, e sim pela balística externa.

    B) ERRADO. O deslocamento dos tecidos quando da passagem dos projéteis de alta energia resulta na formação de ondas de pressão, e não ondas de choque.

    C) ERRADO. A Balística externa estuda o trajeto e a trajetória do projétil, desde sua saída da arma até seu impacto ou sua parada. Assim, compreende a análise do orifício de saída, e suas características são influenciadas pelo comportamento do projetil no corpo da vítima.

    D) CERTO. Balística terminal, balística dos efeitos ou balística do ferimento manifesta-se sobre os efeitos produzidos pelo projétil disparado, incluindo, entre outros, os ricochetes, os impactos e as lesões e danos sofridos pelos corpos atingidos, sejam eles animados ou inanimados. 

    E) ERRADO. Projéteis de alta e média energia se comportam de maneira muito diferente, causando lesões com diferentes aspectos.

    Gabarito do professor: Alternativa D.

  • Gab: D

    BALÍSTICA INTERNA: abrange o conhecimento dos propelentes e do mecanismo das armas.

    BALÍSTICA EXTERNA: estuda as trajetórias do projeteis.

    BALÍSTICA TERMINAL: estuda os efeitos produzidos no alvo.

    trajeto: caminho dentro do alvo

    trajetória: caminho até chegar no alvo


ID
1949623
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O respectivo sinal de balística resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa C

     

    Os efeitos PRIMÁRIOS do tiro compreendem:



    Orla de enxugo ou orla de alimpadura: produzidas pelos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas) deixados ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob forma de um halo em volta do orifício de entrada.


    Orla de escoriação: delicada área, localizada em torno do ferimento de entrada, em que a epiderme é arrancada pelo atrito do projétil quando penetra deixando exposto a derme. Vermelha e brilhante quando recente e vermelha escura quando após algumas horas.


    Orla equimotica ou de contusão: produzida pelo impacto do projétil sobre o corpo, se comportando como instrumento contundente.
    Ponto de impacto = zona de enxugo (na epiderme – deposição da pólvora);

    Ponto de passagem = zona de contusão (na derme);

    Área de hemorragia = auréola equimótica (não é vestígio obrigatório).

     

     

    Efeitos SECUNDÁRIO do tiro: Se relacionam com a ação ou o deposito na alma do cano de produtos residuais da combustão dos explosivos, iniciador e propelente, bem como de corpúsculos metálicos proveniente da abrasão do ou dos projéteis. São importantes para determinar a distância entre a boca de fogo do cano da arma e do alvo, e eventualmente a direção do cano da arma com relação a vítima. O efeito secundário é tudo o que esta relacionado ao tiro. Tudo resultante do disparo do tiro, zona de chama, zona de esfumaçamento (deposito da fuligem), zona de tatuagem.


    Zona de chamuscamento: produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão e se forma nos tiros encostados e até distâncias de 15 cm nos revólveres.Queima os pêlos e a pele da vítima.


    Zona de esfumaçamento: constítuida por grânulos de fuligem resultantes da combustão, sendo superficial e se depositando apenas sobre a pele, ao redor do orifício de entrada e sendo facilmente removida por lavagem.


    Zona de tatuagem: composta de partículas de carvão (pólvora combusta) e de grânulos de pólvora incombusta, dispersas em torno do orifício de entrada.

     

    Fonte: https://criminalisticabiomed.wordpress.com/2015/05/25/ferida-por-arma-de-fogo/

  • Pra facilitar:

    ORLAS: EFEITOS PRIMÁRIOS DO TIRO:

     ORLA DE ENXUGO/

    DE ESCORIAÇÃO- FICA NA EPIDERME - ANEL DE FISCH (CONTUSÃO)/

    ORLA EQUIMÓTICA.

    ZONAS: EFEITOS SECUNDÁRIOS DO TIRO:

    ZONA DE ESFUMAÇAMENTO

    ZONA DE TATUAGEM - DETERMINA A POSIÇÃO DA VÍTIMA/ SUSPEITO NO MOMENTO DO TIRO

    ZONA DE CHAMUSCAMENTO

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.
    Atenção à palavra-chave que o enunciado traz: pólvora incombusta. Geralmente, quando falamos de pólvora incombusta (que não entrou em combustão), o exercício quer saber da zona de tatuagem. Caso o termo seja "pólvora combusta", provavelmente a resposta será zona de esfumaçamento.


    A) ERRADO. O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. Tem esse nome porque é como se o projetil se enxugasse, se limpasse na derme.

    B) ERRADO. A zona ou orla de esfumaçamento, ou zona de tisnado é decorrente do depósito deixado pela fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta. É também chamada de zona de falsa tatuagem, pois, lavando-se, ela desaparece. 

    C) CERTO. O halo ou zona de tatuagem é mais ou menos arredondado nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo. Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando-se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. A zona de tatuagem é de difícil remoção, não sai com limpeza comum, podendo até ser indelével. 

    D) ERRADO. A zona de queimadura, também chamada de zona de chama ou zona de chamuscamento, tem como responsável a ação superaquecida dos gases que atingem e queimam o alvo. Nas regiões cobertas de pelos, há um verdadeiro chamuscamento mostrando-os crestados, entortilhados e quebradiços.

    E) ERRADO. A orla de escoriação ou de contusão, nos ferimentos por PAF, deve-se ao arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes de penetrar no corpo. Apresenta-se, portanto, como uma orla escoriada ou desepitelizada em redor do ponto de impacto na pele. É uma área pequena, milimétrica, que circunda o orifício de entrada, e corresponde à escoriação da epiderme produzida pelo impacto do projetil, que inicialmente tem ação contundente. 

    Gabarito do professor: Alternativa C.


ID
1949626
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Sobre o Sinal de Schusskanol, no estudo da Balística forense, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • a) GABARITO - SINAL DE SCHUSSKANOL -  é o esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante de tiros de cano encostado ou a curta distância.

    b) "BURACO DE FECHADURA" -  ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial.

     c)SINAL DE HOFFMAN - BOCA DE MINA - se trata de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há superfície óssea no local do disparo.

     d) SINAL DE BENASSI - diz respeito à tatuagem escura que fica impregnada no osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado.

  • E a e é ferida em sedenho
  • SINAL DE "SFUMAÇOL" SCHUSSKANOL

    letra A

  • SINAL DE SCHUSSKANOL - representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelos projétil entres as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio (esfumaçamento do tunel do tiro).

    https://robertomacedosilva.jusbrasil.com.br/artigos/334031402/medicina-legal

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense, especificamente sobre os sinais encontrados em ferimentos por projetil de arma de fogo (PAF).

    A) CERTO. O sinal de Schusskanol representado pelo esfumaçamento das paredes do conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e externa de um osso chato, a exemplo dos ossos do crânio.

    B) ERRADO. A alternativa se refere ao chamado "buraco de fechadura", nos ossos da calvária, quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana.

    C) ERRADO. A alternativa diz respeito aos tiros encostados, cujos ferimentos com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann.

    D) ERRADO. A alternativa se refere ao chamado sinal de Benassi. Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada. Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-se borrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado. 

    E) ERRADO. Trata-se da ferida em sedenho. Nos casos em que o projetil incide modo muito oblíquo, a orla de escoriação tem forma de faixa extensa com a mesma direção do projetil.  O trajeto subcutâneo pode ser de extensão variada, dependendo da região anatômica, e é chamado de ferida em sedenho. 

    Gabarito do professor: Alternativa A.


ID
1949629
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Nos disparos de projéteis de arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Alternativa E

     

    Sinal de Werkgaertner:

    O Professor Genival Veloso de França (1995, p.377) enfatiza que “Os tirosencostados ainda permitem deixar impresso o desenho da “boca” e da alça de mira na pele através de um halo de tatuagem e esfumaçamento conhecido como sinal de Werkgaertner .” 

     

    É a lesão de queimadura, produzida pelo cano da arma ainda quente, ao ponto de imprimir na pele da vítima a marca circular do cano e, em alguns casos, marcas de outras características de que a arma dispõe, como por exemplo da massa de mira, guia da mola real, parte frontal da armação nas pistolas, visto que o esfumaçamento,dependendo do tipo e das características do propelente usado, pode não ser bem notado pelo Perito. Ressalte-se que o meio de produção deste sinal é diferente daquele que produz a zona de chama, ou seja, esta é produzida pela chama proveniente da alta temperatura dos gases quando de sua expansão, ao passo que o sinal de Werkgartner é fruto do contato da pele com o cano (da arma) aquecido.

     

    Fonte: Professor Genival Veloso de França

  • Comentário: Energias de Ordem Mecânica -->  Noções de balística forense

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Gaba: Letra C.

  • Foi possível chegar ao gabarito por exclusão, todavia, acredito que o enunciado não está integralmente correto, explico. 

     

    O enunciado nos trás a informação de orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bordas evertidas. Até aqui tudo correto quanto ao tiro encostado e a boca de mina de Hoffmann. Ela se dá em tiros encostado onde há superfiecie ossea por baixo (ex: tiro encontado na testa). 

     

    O erro na minha opnião se da ao falar do sinal de Werkgartner em um mesmo contexto onde há o sinal da boca de mina de Hoffmann, o local do tiro faz um tremendo estrago, a pele "estoura" pela ação dos gases dispersados no momento do disparo, não seria possível estar presente a marca de queimadura produzida pela boca do cano da arma. Depois pesquisem para ver da lesão da boca de mina e ficará mais claro o que falei. 

     

    Caso eu tenha falado algo equivocado por favor me avisem para que eu possa estar corrigindo. Bons estudos.

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.

    Os ferimentos de entrada nos tiros encostados com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann.

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento. Nesses casos, em tiros encostados nas partes moles, sem plano ósseo adjacente, a pele recua, mas não se rompe, como no couro cabeludo, por exemplo, pois não há tanta resistência dos planos adjacentes. 

    Veja que há uma inconsistência no enunciado, pois embora ambos os sinais possam ser encontrados nos tiros encostados, ocorrerá um ou outro, e não ambos ao mesmo tempo. Mas é possível chegar ao gabarito da mesma forma, pois tais sinais não aparecem nas outras distâncias de disparo.

    A) ERRADO. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Não apresentam os sinais apresentados na alternativa.

    B) ERRADO. Quase encostado é a curta distância, então também não apresenta tais sinais.

    C) ERRADO. Apenas os tiros encostados podem apresentar a câmara de mina de Hoffman e o sinal de Werkgaertner.

    D) ERRADO. Os ferimentos de entrada de bala, nos tiros a distância, têm as seguintes características: diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro (invertida). Diz-se que uma lesão tem as características das produzidas por tiro a distância quando ela não apresenta os efeitos secundários do tiro, e por isso não se pode padronizar essa ou aquela distância. Não apresentam câmara de mina de Hoffman nem o sinal de Werkgaertner.

    E) CERTO. Conforme explicado acima.

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • A) ERRADO. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases. Não apresentam os sinais apresentados na alternativa.

    B) ERRADO. Quase encostado é a curta distância, então também não apresenta tais sinais.

    C) ERRADO. Apenas os tiros encostados podem apresentar a câmara de mina de Hoffman e o sinal de Werkgaertner.

    D) ERRADO. Os ferimentos de entrada de bala, nos tiros a distância, têm as seguintes características: diâmetro menor que o do projétil, forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro (invertida). Diz-se que uma lesão tem as características das produzidas por tiro a distância quando ela não apresenta os efeitos secundários do tiro, e por isso não se pode padronizar essa ou aquela distância. Não apresentam câmara de mina de Hoffman nem o sinal de Werkgaertner.

    E) CERTO. Conforme explicado acima.

    FONTE; Professor do QC

    Gabarito do professor: Alternativa E.

  • Não tem erro justamente pelo fato da questão ter pedido pra encontrar a ERRADA.


ID
1949632
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

No estudo da balística forense, trata-se de ferida de entrada de projétil de arma de fogo quando, diante de tiro com cano encostado, há superfície óssea no local do disparo. Tal sinal diz respeito à:

Alternativas
Comentários
  • SINAL DE HOFFMANN - "Também compreendido como 'Boca de mina ou Câmara de mina'. Está localizado entre a pele e o osso. É causado pela forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, que atingem o osso e retornam bruscamente, causando a ruptura do tecido epitelial. A lesão costuma possuir a forma estrelada."

     

    Wilson Luiz Palermo Ferreira - MEDICINA LEGAL - Sinopses para Concursos 

     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia, mais especificamente sobre os efeitos do tiro em disparos de arma de fogo.

    A) ERRADO. O tipo de ferimento de entrada em formato de “buraco de fechadura", nos ossos da calvária, ocorre quando o projétil tem incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para penetrar na cavidade craniana. Assim, de início o projétil atinge tangencialmente o crânio, depois sua ponta começa a levantar um fragmento do osso e em seguida se verifica a sua penetração na cavidade craniana

    B) CERTO. Os ferimentos provenientes de tiro encostado, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases.

    C) ERRADO. Em lesões produzidas por múltiplos projéteis, o grupamento dos orifícios produzidos pelos balins é chamado de rosa de tiro. 

    D) ERRADO. O halo de enxugo ou orla de Chavigny é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. É concêntrico, nos tiros perpendiculares, ou em meia-lua, nos oblíquos. A tonalidade depende das substâncias que o projétil levava consigo ao penetrar no alvo. Em geral, é escura. Não aparece nos tiros encostados.

    E) ERRADO. A aréola equimótica é representada por uma zona superficial e relativamente difusa, decorrente da sufusão hemorrágica oriunda da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento. Esta aréola é vista bem próximo à periferia do ferimento de entrada, de tonalidade violácea, podendo, todavia, estar encoberta por outros elementos. Aparece em tiros a curta distância e à distância.

    Gabarito do professor: Alternativa B.


ID
1955152
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA - PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a opção correta em relação a feridas causadas por projéteis de arma de fogo.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Alternativa "C"

    a) Errada. Zona de tatuagem não se remove com a simples lavagem.

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    b) Errada. Tiros a distância (longa distância), tem as seguintes características:

    --> para parte da doutrina é aquele disparado a mais de 50cm da vítima;

    --> as bordas de entrada são invertidas;

    --> não há zona de enxurgo ou zona de tatuagem (os resquícios caem no caminho);

    --> as bordas de saída são evertidas.

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    c) Correta. O orifício de saída:

    --> terá forma irregular, estrelada ou em fendas;

    --> diâmetro geralmente maior do que o do orifíciode entrada;

    --> bordas são evertidas (pois o projétil age de dentro para fora);

    --> mais sangrante;

    --> pode haver fragmentos de tecidos exteriorizados pela lesão;

    --> não apresenta zonas de contorno;

    --> pode haver mais de um orifício de saída para um projétil pela fragmentação desse projétil e pela produção de esquírolas ósseas;

    --> o sinal de Romanesi está localizado no oríficio de saída do projétil.

    = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =

    d) Errada. Definir com precisão não seria possível.

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    e) Errada. O sinal de Puppe-Wekgaertner ocorre nos disparos em regiões sem plano ósseo,há distensão de gases, distende a pele que contunde a arma. Fica a impressão cutânea da boca da arma.

  • a) INCORRETA: a zona de tatuagem, segundo Francisco Benfica (Medicina Legal, 2015, pág 73) resulta da penetração mais ou menos profunda de resíduos e grãos de pólvora incandescente na pele, que exercem papel de microprojéteis secundários, não sendo removíveis com uma lavagem inicial.

     

      b) INCORRETA: zona de queimadura resulta da ação do calor e dos gases quentes que saem pelo cano da arma, queimando os pelos e a epiderme. Tal característica só se mostra presente nos disparos a curta distância ou a queima roupa (este segundo nome torna mais fácil de identificar a característica).

     

      c) CORRETA: é a exata definição do chamado Sinal de Romanesi e caracterizam de fato um orifício de saída de um projétil em um indivíduo que estava apoiado e um anteparo ou mesmo sendo comprimido por um cinto por exemplo.

     

      d) INCORRETA: O orifício de saída de um projétil não de arma de fogo não depende da distância do tiro. A bala, ao atravessar corpo, arrasta consigotecidos e é deformada, aumentando seu diâmetroe produzindo movimentos anormais (Francisco Benfica, Medicina Legal, 2015, pág. 76).

     

      e) INCORRETA: A assertiva apresentou a definição do Sinal de Benassi e não de Werkgaertner (que, aliás, é o desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira de uma arma de fogo, produzido pela ação contundente ou aquicimento).

  • Gab C

     

    Sinal de Romanese: É uma escoriação, porém no orifício de saída. Quando a pessoa encontra-se em contato com um anteparo. 

     

     

    Sinal de Pupe Wergathner: Sinal da boca da arma e da alça de mira na pele, porém em zonas depressivas, ou seja, sem plano ósseo. 

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia médico-legal.

    A) ERRADO. Não é possível remover a zona de tatuagem com a simples lavagem da pele, pois neste caso os grânulos de pólvora incombusta estão fortemente aderidos às camadas superficiais da pele. Já a zona de esfumaçamento é possível de ser limpa com uma simples lavagem.

    B) ERRADO. A zona de queimadura não pode ser observada em feridas produzidas por disparos à distância, pois esta depende da ação da elevada temperatura dos gases que saem junto com o projetil, e eles não alcançam grandes distâncias.

    C) CERTO. A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e não apresenta orla de escoriação nem halo de enxugo e nem a presença dos elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora. A forma dessas feridas é irregular (em forma de fenda ou de desgarro), e o diâmetro, maior que o do orifício de entrada, pois o projétil que sai não é o mesmo que entrou. Deforma-se pela resistência encontrada nos diversos planos e nunca conserva seu eixo longitudinal.   As bordas são reviradas para fora, em virtude de a ação do projétil se processar em sentido contrário ao de entrada, ou seja, de dentro para fora. 

    D) ERRADO. É possível definir a distância do disparo a partir das características dos orifícios de entrada, e não de saída. Os orifícios de saída não permitem tal inferência.

    E) ERRADO. Halo de tatuagem e halo de esfumaçamento são elementos distintos do sinal de Werkgaertner. Os tiros encostados sem plano ósseo adjacente permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento. 

    Gabarito do professor: Alternativa C.

  • SINAL DE ROMANESI/ROMANESE

    1. orifício de saída de um projétil em um indivíduo que estava apoiado em um anteparo
    2. forma irregular, estrelada ou em fendas;
    3. bordas evertidas
    4. diâmetro geralmente maior do que o da entrada;
    5. mais sangrante;
    6. sem halo de enxugo (sujeira do projétil - Chavigny)
    7. pode haver fragmentos de tecidos exteriorizados pela lesão

    GAB. C

  • Impressão da boca do cano da arma (sinal de Werkgaertner): Lembrar que não haverá os elementos oriundos do cone de dispersão (Zona de tatuagem, zona de esfumaçamento, zona de chamuscamento)


ID
1991365
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA - PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ao analisar um corpo, o perito encontrou duas lesões, provavelmente causadas por arma de fogo: lesão A em região parotideomassetérica direita, com margens irregulares, entalhes, e ligeiramente evertidas; efeito de mina, de característica contusa, com grânulos de pólvora combusta e incobusta incrustadas no epitélio; coloração escura e marca eritematosa, em forma de anel regular, em torno da lesão; lesão B em região temporal esquerda; alongada com bordas e fundo irregular, em forma de canaleta.
A respeito das lesões descritas, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • apoiado ou encostado?

  • Cespe nao e bom com medicina legal, toda prova tem mais de uma questao anulada! 

  • Letra "B" para quem não é assinante.

  • A - É A zona de esfumaçamento (zona de falsa tatuagem) resulta do depósito de fuligem ao redor da ferida;

    B - Os tiros encostados permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    C - A zona de esfumaçamento (zona de falsa tatuagem) resulta do depósito de fuligem ao redor da ferida;

    D - sinal de Wergaetner - é a impressão do desenho da boca e da alça de mira na pele, através de um halo de tatuagem e esfumaçamento.

    E - as lesões não possuem dependencia entre sí.

     

    Fonte: Ponto.

    Obs. Havendo equivocos, avisem-me :).

  • A "câmara de mina" (efeito de mina segundo a banca) indica tiro com arma apoiada ou encostada. Delton Croce faz referência apenas a pólvora não incobusta. Prova bastante confusa. Nem com os livros de Delton Croce e França em mãos seria fácil responder tal questão.

  • Querida colega Mara MB, permita-me discordar algumas considerações feitas por você.

     

    Ao analisar um corpo, o perito encontrou duas lesões, provavelmente causadas por arma de fogo: lesão A em região parotideomassetérica direita, com margens irregulares, entalhes, e ligeiramente evertidas; efeito de mina, de característica contusa, com grânulos de pólvora combusta e incobusta incrustadas no epitélio; coloração escura e marca eritematosa, em forma de anel regular, em torno da lesão; lesão B em região temporal esquerda; alongada com bordas e fundo irregular, em forma de canaleta.

     

     

    a) ERRADO - os grânulos de pólvora descritos na lesão A correspondem à área chamada de orla de esfumaçamento ou de tisnado.

     

    b) CERTO - a lesão A, a meu ver, descreve o Sinal de Câmara de Mina de Hoffmann, que é provocado nos tiros de cano encostado/apoiado com plano ósseo por baixo do tecido epitelial (com margens irregulares, entalhes, e ligeiramente evertidas; efeito de mina, de característica contusa, com grânulos de pólvora combusta e incobusta incrustadas no epitélio; coloração escura e marca eritematosa, em forma de anel regular, em torno da lesão), e a lesão B descreve um tiro de raspão ("Aumentando ainda mais a obliquidade, o projétil não mais penetra e causa uma ferida de bordas irregulares e escoriadas, sem orifício, em forma de canaleta" - essa lesão em canaleta é chamada por Hygino Hercules de Lesão de Raspão).

     

    c) ERRADO - a marca eritematosa ao redor da lesão A, diferentemente do que a colega afirmou, não se trata da falsa zona de tatuagem, mas sim da Zona de queimadura, presente nos tiros à curta distância, nos tiros à queima roupa e nos tiros com cano encostado/apoiado.

     

    d) ERRADO - a forma de canaleta da lesão B corresponde ao tiro de raspão, e não ao sinal de Puppe Werkgartner, que ocorre nos tiros com cano encostado sem plano ósseo por baixo, em que aparece o desenho da massa de mira do cano da arma na pele da vítima.

     

    e) ERRADO - as lesões descritas pela questão não possuem dependência entre si. A região parotideomassetérica não está localizada na região temporal esquerda e vice-versa.

     



  • 11- Região temporal
    21- Região parotideomassetérica


    Lesão A - Lesão de ENTRADA com sinal de Benassi e Boca de Mina de Hoffman
    Lesão B - TRATA-SE DE UM TIRO DE RASPÃO.

    Vejamos:


    BURACO DE MINA ou BOCA DE MINA DE HOFFMAN - Ocorre nos disparos efetuados em contato com o CRÂNIO. Aqui o projétil perfura a PEL, havendo uma verdadeira EXPLOSÃO. Lembre-se do CONE DE EXPLOSÃO. Há perfuração da calota craniana, os gases não atravessam o osso, assim, a pele estoura de dentro para fora- ferida de forma estrelada irregular, bordas solapadas (MINADAS, DESTRUIDAS) com paredes escurecidas pelo depósito dos resíduos de pólvora.

    SINAL DE BENASSI OU BENASSI-CUELI - Os resíduos da combustão produzem, em alguns casos, um anel acinzentado no osso que delimita a face externa desse orifício. Ocorre em tiros no crânio, escápulas ou costelas. Desaparece com lavagem ou putrefação, pois é fuligem.

    Segundo, Hércules a LESÃO EM RASPÃO pode ser:
    a) Em razão do tiro ser muito obliquo, o projétil não penetra e causa uma ferida de BORDAS IRREGULARES e ESCORIADAS, sem orifício, em forma DE CANELETA
    b)Se o contato for um pouco mais superficial, ele deixa apenas uma faixa de escoriação.



    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B
  • "...com grânulos de pólvora combusta e incobusta incrustadas no epitélio"

    Na letra A não seria ZONA DE TATUAGEM?

    A zona de tatuagem é composta por partículas de carvão (pólvora combusta) e de grânulos de pólvora incombusta...



    (Vanrell, 2015) 

  • Apoiado = encostado = distância zero

    Concordo com a Tatazinha W. Na letra A, entendo a zona descrita como de Tatuagem e não Esfumaçamento.

  • Gab. B

    LESÃO A:

    • Uma das maiores características dos tiros ENCOSTADOS é suas BORDAS EVERTIDAS.
    • Tiros encostados podem apresentar elementos primários e secundários.

    LESÃO B:

    • Uma das maiores características nos tiros de RASPÃO é o seu fundo irregular.

ID
2094646
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

As leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer, são estudadas no campo das lesões produzidas por instrumentos:

Alternativas
Comentários
  • GAB-A

    .

    Leis de Filhos e Langer

    Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos e Langer

    Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter Von Langer)

    .

    FONTE: SITE MED MAP  Medicina legal - Lesões por ação perfurante

     

  • Obs: Esse aspécto normalmente irá parecer com uma perfuração feito por um instrumento de dois gumes, a depender do local e o tipo de fibra muscular

  • Gabarito "A"

    Instrumentos perfurantes

    Tem aspecto pontiagudo, alongado e fino de diâmetro transverso reduzido, com características bem próprias. Exemplos mais comuns: estilete, sovela, agulha, florete, furador de gelo. Atuam por pressão ou percussão, afastando as fibras do tecido e, muito raramente, seccionando-as. As feridas são chamadas de puntiformes ou punctórias pela exteriorização em forma de ponto.

    Características: abertura estreita, de raro sangramento, de pouca nocividade na superfície, e às vezes de grande gravidade na profundidade e, por fim, quase sempre de menor diâmetro que do instrumento causador, graças a elasticidade e à retratatibilidade dos tecidos cutâneos.O trajeto dessas feridas é representado por um túnel estreito que se continua pelo tecido lesado. O ferimento de saída, quando isso ocorre, é em geral mais irregular e de menor diâmetro que o de entrada.

     

    Quando o instrumento é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente. Obedecem as leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter Von Langer):

    1ª lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de 2 gumes ou tomam aparência de “casa de botão”

    2ª lei de Filhos: quando essas feridas se mostram numa mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção

    Lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de força diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo ou mesmo quadrilátero. Em seu trajeto, os instrumentos perfurantes podem produzir ferimentos que terminam em fundo de saco, numa cavidade, ou podem transfixar um segmento, redundando assim em 2 orifícios: um de entrada e um de saída, além de um trajeto.

    Orifício de entrada tem o formato de ponto, reduzida dimensão e pouco sangrante. Orifício de saída é parecido com o de entrada, mas com bordas discretamente evertidas. Não se pode estabelecer o comprimento do meio perfurante pela profundidade de penetração.

     

    https://www.passeidireto.com/arquivo/20291864/medicina-legal/5

  • Estilete não é instrumento perfurante!

  • Complementando: Em seu trajeto, os instrumentos perfurantes podem produzir ferimentos que terminam em fundo de saco, numa cavidade, ou podem transfixar um segmento, redundando assim em dois orifícios: um de entrada e outro de saída. O orifício de entrada tem formato de ponto e o de saída parece com o de entrada, entretanto suas bordas são investidas.

  • Instrumentos de médio calibre por ação perfurante:

     

    Primeira Lei de Filhos — As soluções de continuidade são feridas que se assemelham às produzidas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes e de lâmina achatada (casa de botão).


    Segunda Lei de Filhos — Quando as feridas se apresentam numa mesma região, onde as linhas de força tenham um só sentido, elas se apresentarão sempre na mesma direção, num só sentido.

     

    Lei de Langer ou Polimorfismo — Feridas ocasionadas por instrumentos perfurantes de médio calibre, quando produzidas em região de entrecruzamento e superposição de fibras elásticas, acarretam aspecto estrelado, bizarro, anômalo ou polimorfo.

  • O instrumento perfurante deve possuir forma cilíndrica com a extremidade cônica para facilitar a entrada do mesmo no alvo. Cada instrumento perfurante possui um calibre, que é o diâmetro do objeto. A ação com que esse instrumento atua é a pressão, deixando uma ferida puntiforme no local da lesão. Esse diâmetro pode classificar o objeto em pequeno calibre, como agulhas, alfinetes ou pregos, bem como podem ser de médio calibre, como o picador de gelo ou sovela.


    Os instrumentos perfurantes de médio calibre, embora também tenham ação por pressão, não produzem ferida puntiforme, mas sim em fenda, como uma casa de botão ou uma botoeira. Portanto, esse instrumento é cilíndrico

     

    (...)

     

    O picador de gelo gera um contexto próprio por ter forma cilíndrico-cônico em sua ponta. Nesse contexto, Edouard Filhós desenvolveu um conjunto de análises sobre as fibras elásticas da pele que resultaram nas chamas leis de Filhós, que são a lei do paralelismo e lei da semelhança. Outro importante autor que desenvolveu análises relevantes no mesmo sentido é Karl Ritter Von Langer. De seus estudos surgiu a lei de langer. Essas três leis se aplicam apenas para o caso de lesões feitas por instrumento perfurante de médio calibre.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br).

  • Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter von Langer): a) primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de botão”; b) segunda lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção; c) lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo, ou mesmo de quadrilátero.

  • meu irmão... que prova medíocre!

  • Falou nas Leis de "Filhós" e "Langer" - LESÕES PROVOCADAS POR INSTRUMENTOS PERFURANTES DE MÉDIO CALIBRE

  • Gab: Letra A

     

    Mapa mental:

     

    Instrumento PERFURANTE --> MÉDIO CALIBRE--> leis de FILHOS (Edouard Filhos) e LANGER (Karl Ritter von Langer)

  • Você que sabia essa questão, parabéns, já pode dominar o mundo!

  • Questão talvez complicada para aqueles que nunca tiveram contato com ML e desconhecem as nomenclaturas básicas. Porém a questão era direta e conceitual. Não saber o que é Lei de Filhos numa prova que cobra ML é complicado...

  • Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assumem aspectos diferentes, obedecendo às leis de Filhos e Langer

    A) Primeira lei de Filhos :As soluções de continuidade dessas feridas assemelham - se as produzidas por instrumentos de 2 gumes ou tomam aparência de casa de botão

    B) Segunda lei de Filhos : Quando essas feridas se mostram numa mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção.

    C) Lei de Langer: Na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, triângulo ou quadrilátero

    Somente em vivo esses ferimentos tomam tais direções, em virtude da elasticidade e retratilidade dos tecidos

  • As leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer, são estudadas no campo das lesões produzidas por quais instrumentos?

    Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter von Langer).

     

     

    Acho que pra nós (DELTAS) basta isso, mas vamos aprofundar...

    # APRENDENDOMAIS #VOUSERDELTA

    a) primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de botão”;

    b) segunda lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção;

    c) lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo, ou mesmo de quadrilátero.

     

     

    sintetizando:

    Edouard Filhós desenvolveu um conjunto de análises sobre as fibras elásticas da pele que resultaram nas chamas leis de Filhós, que são a lei do paralelismo e lei da semelhança. Outro importante autor que desenvolveu análises relevantes no mesmo sentido é Karl Ritter Von Langer. De seus estudos surgiu a lei de langer. Essas três leis se aplicam apenas para o caso de lesões feitas por instrumento perfurante de médio calibre.

     

    fontes:

    Medicina Legal, Genival Veloso de França

    Mege

  • Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter von Langer):

     

    a)      Primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumentos de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de botão”;

     

    b)      Segunda lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção;

     

    c)       Lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo, ou meso de quadrilátero.

    ___________________________________

    Obra: Genival Veloso França - Décima Primeira Edição, pagina 102.

  • Falou em leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer lembre SEMPRE em instrumento PERFURANTE DE MEDIO CALIBRE!

    FILHOS TEM DUAS LEIS: A) PRIMEIRA LEI DE FILHOS (lei da semelhança)- solução de continuidade dessa ferida ASSEMELHA-SE às de instrumentos de dois gumes, possuindo aspecto de CASA DE BOTÃO. B) SEGUNDA LEI DE FILHOS (lei do paralelismo)- quando essas feridas ocorrem em um local em que as linhas de força tem sentido único, seu maior eixo apresentará a mesma direção. Assim, as lesões de médico calibre obedecem ao sentido das forças das fibras elásticas da pele.

    Já a lei de LANGER : a ação de um instrumento de médio calibre em regiões que as fibras estão aglomeradas na pele, podem apresentar formas irregulares (forma de “V"). Assim, onde existir linhas de forças diferentes, a lesão pode ter aspecto de seta, triângulo e até quadrilátero.

    Afinal, qual é a importância disso para a medicina legal? Diferenciar as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre das lesões produzidas por instrumentos cortantes.

    GABARITO PROFESSOR: LETRA A

  • GAB  A- 

    Leis de Filhós:

    1ª. Lei do Paralelismo: na mesma região, as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre são paralelas entre si. NA MESMA REGIÃO! Pois se comparar uma ferida da testa com um a do pescoço, pela disposição das fibras, elas não são paralelas entre si.

     

    2º. Lei da Semelhança: as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre são semelhantes às produzidas por instrumento pérfuro-cortante de dois gumes. Quem é semelhante não é o instrumento (picador não parece com o punhal). O problema é que na hora que os dois entram, cada um faz uma coisa, mas quando saem, as feridas são semelhantes, NÃO SÃO IGUAIS. A ferida em casa de botão do punhal tem a pele cortada e a ferida do picador de gelo, embora tenha forma parecida com a lesão do punhal, os ângulos não estão cortados, os ângulos estão repuxados, pois a pele da gente é elástica. E a nossa pele tem as fibras elásticas dispostas em certa posição em cada região e na hora que você entra com o picador de gelo ali, as fibras se afastam e o picador de gelo sai. As fibras tentam voltar pro lugar, mas as fibras já esticaram muito, e quando tentam voltar pro lugar não conseguem voltar ao aspecto inicial. Aí fica uma fenda e essa fenda faz com que a ferida fique muito parecida com a ferida feita pelo punhal.
     

    Lei de Langer

    - Lei do Polimorfismo: as feridas produzidas por instrumentos perfurantes de médio calibre, quando produzidas em uma região de entrecruzamento e superposição de fibras elásticas, mostram aspecto estrelado, bizarro, anômalo, ou seja, polimorfo. Se você introduz um instrumento onde as fibras estão bem definidas, a lesão acompanha as fibras, mas se for entre cruzamento de fibras, será uma lesão estranha.

     

    ATENÇÃO! Essas leis acima só servem para instrumento perfurante de médio calibre.

  • Li, reli e li de novo ambos para as provas que tiveram esse ano. Mas, lasquei-me ao detalhe do calibre. Sinceramente, ainda não tinha me deparado (atentado) com tal característica. Aí, vem o raciocínio lógico, nem tão "lógico": grosso calibre poderia agir de tal modo que as linhas de tração seriam afetadas de modo tal que não corresponderiam ao sitema proposto...

     

    Enfim, errei. rssss

  • Objeção, os altores descritos no anuciado diz claramente. AGENTES DE MÉDIO E "GROSSO CALIBRE" O anunciado reflete apenas MÉDIO. 

  •  

     

    LETRA A – CORRETA – Segundo Neusa Bittar (in Medicina legal e noções de criminalística – 7ª Ed. – Salvador: Ed. JusPodivm,2018. p. 223):

     

    “Para diferenciar as lesões em fenda ou botoeira causadas pelos instrumentos perfurantes de médio calibre das produzidas pelos instrumentos perfurocortantes, Filhós e Langer estabeleceram princípios direcionados aos instrumentos perfurantes de médio calibre.

     

    Leis ou princípios de Filhós e Langer

     

    Dizem respeito aos instrumentos perfurantes de médio calibre. Para fins didáticos, estão relacionados após a descrição das lesões causadas pelos instrumentos perfurocortantes, a fim de facilitar a diferenciação entre as lesões.

     

    1ª) Primeira Lei de Filhós (também chamada de Lei da Semelhança)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre têm aspecto semelhante às produzidas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes ou tomam a aparência de casa de botão.

     

    2ª) Segunda Lei de Filhós (também chamada de Lei do Paralelismo)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre têm sempre a mesma direção  em uma mesma região do corpo, cujas linhas de força tenham o mesmo sentido, ficando paralelas entre si (Filhós).

     

    3ª) Terceira Lei de Langer (também chamada de Lei da Elasticidade)

     

    As feridas causadas por instrumento perfurante de médio calibre podem ter formas diferentes (triangulares, forma de ponta de lança ou de quadrilátero), bizarras, nos pontos de encontro das linhas de força, em decorrência da elasticidade da pele (Langer).

     

    Para gravar:

     

    P – paralelismo;

     

    E – elasticidade

     

    S - semelhança

    (Grifamos)

  • Lei de Filhós e Langer: as fibras da pele não são cortadas, mas afastadas, formando uma ferida com aparência de “casa de botão”, com 2 ângulos agudo.

    Características da ferida: provocadas por instrumentos perfurantes de médio calibre; forma biconvexa alongada (em botoeira); bordas regulares e simétricas; ângulos muito agudos; conservam a mesma direção das fibras (pele).

    1ª lei de Filhós: Lei da semelhança - lesões produzidas por instrumentos perfurantes de médio calibre são semelhantes a lesões produzidas por instrumentos perfurocortantes de 2 gumes.

    2ª Lei de Filhós: Lei do paralelismo - na mesma região do corpo, onde as fibras elásticas tem o mesmo sentido, as feridas produzidas por objeto de médio calibre são paralelas entre si, pois acompanham as linhas de força daquela região.

    Lei de Langer: Lei do Polimorfismo - as feridas produzidas por instrumento perfurantes de médio calibre, quando produzidas em uma região de entrecruzamento e superposição das fibras elásticas, mostram aspectos estrelado, bizarro, anômalo, ou seja, polimorfo. Em determinadas regiões do corpo as fibras elásticas se entrecruzam, por isso a introdução de um objeto de médio calibre causa uma lesão de aspecto variável, estrelada.

  • Edouard Filhós desenvolveu um conjunto de análises sobre as fibras elásticas da pele que resultaram nas chamas leis de Filhós, que são a lei do paralelismo e lei da semelhança.

    Outro importante autor que desenvolveu análises relevantes no mesmo sentido é Karl Ritter Von Langer. De seus estudos surgiu a lei de langer. Essas três leis se aplicam apenas para o caso de lesões feitas por instrumento perfurante de médio calibre.

     

    Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

     

    https://www.instagram.com/adelsonbenvindo

  • Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer

    perfurantes de médio calibre

  • É a lei que diferencia a lesão causada por instrumento perfurante de médio calibre e a lesão causada por instrumento cortante de dois gumes.

    Para ele, no instrumento perfurante de médio calibre, a lesão incisa apresenta a regra do paralelismo e da semelhança - sempre a mesma direção quando na mesma região do corpo.

  • LEI DE SEMELHANÇA DE FILHÓS - Produzidas por instrumento perfurante de médio calibre (picador de gelo) são semelhantes às dos instrumentos perfurocortantes de dois gumes ( punhal, por exemplo).

     

    LEI DE PARALELISMO DE FILHÓS - Em razão das disposição das fibras elásticas da pele, os instrumentos perfurantes de médio calibre ocasionam lesões paralelas entre si se produzidas em uma mesma região do corpo cujas linhas de força tenham o mesmo sentido.

     

    LEI DE LANGER - Instrumentos de médio calibre, quando produzidas em região de entrecruzamento, superposição, encontro de fibras elásticas, assumem formato estrelado, [...] não tendo somete uma característica específica.

     

    FONTE: Medicina Legal - Paulo Furtado | Pedro Henrique Neves

  • Edouard Filhos

    1º= Semelhança

    2º= Paralelismo

    Karl Ritter Von Langer

  • INSTRUMENTO PERFURANTE + MÉDIO CALIBRE:

    --> Primeira lei de Filhos (LEI DA SEMELHANÇA): lesões semelhantes àquelas produzidas por instrumento de dois gumes ou aparência de casa de botão. [Edouard Filhos - 1833]

    --> Segunda lei de Filhos (LEI DO PARALELISMO): a disposição das lesões, com afastamento das fibras do tecido, são paralelas entre si. Ou seja, as lesões (perfurantes/punctórias) produzidas por ação de médio calibre obedecem ao sentido das linhas de força das fibras elásticas da pele. [Edouard Filhos - 1833]

    [1ª lei, Semelhança; 2ª lei, Paralelismo – "SP"]

    --> Linhas de Langer (LEI DO POLIMORFISMO): poli-várias, morfo-formas. Quando a lesão é produzida em região com entrecruzamento e superposição de fibras elásticas, formam aspectos anômalos, ou seja, polimórfico [Karl Ritter Von Langer – 1861]

  • Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter von Langer):

    a) primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de botão”

    b) segunda lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção

    c) lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto

    de ponta de seta, de triângulo, ou mesmo de quadrilátero.

  • Por isso essa prova foi ANULADA tinha que ser vidente p/ passar.

  • Esse tipo de questão, referente ao estudo de Medicina legal eu costumo comparar àquelas que cobram a quantidade de pena em Direito Penal, ou seja, premiam aqueles candidatos que são somente robôs decorebas.

  • sem condições ...

  • Lendo alguns comentário, eu paro e penso: Se vc estudasse o tanto que reclama, não erraria a questão.

    Ninguém falou que iria ser fácil. Se propôs estudar pra concurso porque quis, então faz o teu sem mimimi!

    A vitória está reservada àqueles que estão dispostos a pagar o preço.

    Avante!

    #PC2021


ID
2094649
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Tiros encostados permitem identificar sinais específicos na pele da vítima. O desenho impresso na pele pela boca do cano e massa de mira do cano de uma arma de fogo refere-se ao sinal de:

Alternativas
Comentários
  • Sinal de Bonnet no tiro encostado sobre osso achatado (crâneo por exemplo) causa o que se fala um formato de cone, o buraco da entrada no osso menor e o buraco de saída no mesmo osso maior, já o Sinal de Benassi sempre estará presente, pois o tiro sendo encostado restará o esfumaçamento da polvorá dentre outros residuos do cone de disperção, não deixando de esclarecer que esse tiro encostado na cabeça formará o Sinal de Hoffman, onde se fala "boca de mina".

    Já o sinal de  Werkgaertner que é o gabarito, trata-se de um tiro encostado em local onde não há osso, deixando o verdadeiro decalque do cano da arma devido a sua alta temperatura ocasionado pelo disparo, sinal patognomônico.

    Espero ter ajudado!

  • O nome do mesmo cara as vezes é usado em vários sinais. Temos que decorar todos.

    BONNET Sinal do decalque de. Disparo sobre roupa de trama frouxa, onde a fuligem transpassa a roupa seletivamente, reproduzindo a trama do tecido

    BONNET Regra de. Evolução da rigidez cadavérica. Inicia-se logo após a morte e atinge o máximo na décima quinta hora e desaparece lentamente com os fenômenos destrutivos

    BONNET Sinal de. Sinal do funil. Determina o sentido do projetil de arma de fogo no osso, em especial no crânio. A tábua óssea primeiro rompida apresenta diâmetro menor que a segunda.

    BONNET Sinal de. Rotura dos ligamentos cricóide e tireoideo em enforcados

    BONNET Sinal de. Marcas da trama do laço em enforcados

    BONNET Halo visceral de. Halo hemorrágico visceral circunjacente à entrada de projetis de arma de fogo, no coração e pulmões

    BONNET Sinal de. Rotura das cordas vocais em enforcados

    CHAVIGNY Prova de. Diagnóstico de morte por hemorragia que consiste na submersão de um pedaço do fígado. Se positivo, ao se cortar o pedaço em fragmentos, a água se tingirá de um róseo brando.

    CHAVIGNY Orla detersiva de. O mesmo que Anel de Fish.

    CHAVIGNY Regra de. Quando um projétil produz uma fratura estrelada no crânio, um segundo disparo terá seus raios de fratura interrompidos nos pontos em que se encontram as linhas de fratura do primeiro disparo.

    CHAVIGNY Sinal de. Quando duas feridas se cruzam, a segunda lesão produzida sobre a primeira não segue um trajeto em linha reto.

    CHAVIGNY Zona de tatuagem de. Resultante da pólvora incombusta incrustada na pele que não se removem com o lavado.

    Fonte: Malthus

  • ... Para saber se o cano foi encostado analisa-se o sinal de Puppe-Werkgaertner, o qual surge pela pancada que a pele dá na boca da arma, fica um carimbo da boca do cano da arma na pele onde o projétil entrou.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br).

  • Gabarito Letra C.

    Letra A: Sinal de Thoinot é a zona violácea ao nível das bordas do sulco, é encontrado nas mortes por enforcamento, e não por lesões produzidas por arma de fogo.

    Letra B: Sinal de Bonnet: tiro enconstado em superfície osséa.

    Letra C: Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado
    pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Letra D: sinal de Benassi que é a marca preta, esfumaçada depositada dentro do ferimento do disparo encostado composta por fumaça, o fogo e a fuligem resultante da pressão da arma contra a pele.

    Letra E: Sinal de Chavigny: quando duas lesões pérfuro-cortantes se cruzam, pode-se determinar qual lesão foi feita primeiro aproximando-se os bordos da ferida. Não tem haver com lesões produzidas por arma de fogo.

  • A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância.

    O diagnóstico diferencial entre o ferimento de entrada e o de saída no plano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold. Na lâmina externa do osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de “saca-bocado”. Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior do que o da lâmina externa e com bisel interno bem definido, dando à perfuração a forma de um funil ou de um tronco de cone. O ferimento de saída é exatamente o contrário, como um amplo bisel externo, repetindo a forma de tronco de cone, mas, desta vez, com a base voltada para fora.

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

    Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli).

  • PERFEITO Bruna Larissa

     

  • Dá aquele frescor no coração quando a gente lembra de um cara desses da Medicina Legal. Isso é Legal! ( vai desculpando o trocadilho nada medicinal..opa aconteceu de novo...)

  • Gente, epônimo em medicina legal é muito importante. Segue uma aula legal sobre epônimos, auxilia bastante:

     

    https://www.youtube.com/watch?v=cQgHKJ_e7e4&index=26&list=PLeDiboKY7F7wmWKzWGnqAPW9rIRXK9hJl

  • GABARITO LETRA C.

     

     a) Thoinot. ERRADA!  Zona violácea ao nível das bordas do sulco.

     

     b) Bonnet. ERRADA!  Na superficie óssea do crânio: quando o projetil está saindo da segunda lâmina do osso. 

     

     c) Puppe-Werkgaertner Werkgaertner. CORRETA! É o desenho da boca da arma sobre a pele em tiros encostados. A percussão (fato da arma bater na pele) faz uma lesão equimótica. Este sinal caracteriza tiros encostados. 

     

     d) Benassi-Cueli Benassi. ERRADA! Tiros enconstados sobre a superficie óssea (crânio)

     

     e) Chavigny. ERRADA! Tem duas lesões incisas, uma cortando a outra, esse sinal dá ao perito sobre qual dos ferimentos foi realizado primeiro. 

  • #Tiros encostados:

    Câmara de mina de Hoffmann:

    Ferimentos de entrada nos tiros encostados. Estes ferimentos, com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases da explosão penetram no ferimento e
    refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas, com aspecto de cratera de mina.

     

    Sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli:

    Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-seborrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado.

     

    Sinal de Werkgaertner

    Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.

     

    OBS.: A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância.

     

    # Sinais epônimos na asfixiologia (Pessoal, epônimos são termos, tipo conceitos)

    O sinal de Bonnet pode aparecer em várias mortes, na asfixia surge em decorrência da fratura da laringe, e também, quando o laço faz um decalque no sulco que apertou o pescoço. Ocorre no estrangulamento ou no enforcamento.

    Sinal de Ambroise Paré é a pele enrugada e escorrida no fundo dos sulcos.

    Sinal de Thoinot é uma zona violácea ao nível das bordas do sulco.

  • Basta lembrar:

    Tiro enconstado: Zona de Hoffman e Sinal de Wenkgaertner, Esse último contendo características: 

    forma arredondada ou ovalar;

    não há efeitos secundários;

    eversão das bordas;

    Bordas para dentro. 

     

  • A) INCORRETA- Thoinot- ocorre nos casos de asfixia por constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo (enforcamento). No enforcamento, há sinais gerais existentes no sulco, sendo um deles o Sinal de Thoinot (zona violácea ao nível das bordas do sulco).

    B) INCORRETA- Bonnet- ocorre nos tiros encostados/apoiados- ocorre nos ossos díploe (normalmente encontrado no crânio- trata-se de uma camada esponjosa) em que a incidência do projétil apresenta uma formatação de um cone. A parte mais estreita (tronco do cone) indica a sua entrada. Já a base do tronco, a sua saída.

    C) CORRETA-  Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenha da boca e da massa da mira do cano.

    D) INCORRETA- Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    E) INCORRETA-Chavigny- nas feridas pérfurocortantes, quando duas feridas se cruzam, a segunda lesão produzida em cima da primeira apresentará bordas desalinhadas, enquanto a primeira apresentará bordas alinhadas.
    Uma dica: é uma ferida que lembra muito as ranhuras de uma chave. O nome "CHAVigny" nos lembra a palavra "chave".

    GABARITO PROFESSOR: LETRA C
  • LETRA C – CORRETA -  Nesse sentido, Genival Veloso de França  (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner (Figura 4.29), representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento.” (Grifamos)

     

    O professor Roberto Blanco do CERS aduz que o sinal de puppe-werkgartner, que é o tiro com a boca de fogo da arma encostada na pele, sem osso por baixo. Deixa o decalque da boca de fogo na pele, não faz a boca de mina de Hoffman pq não tem osso.

     

  • Sobre o Sinal de Benassi, eis o escólio de Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 293):

     

    “Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli – Figura 4.28). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-seborrado ou desaparecer com a lavagem. Sua tendência é desparecer, isto quando as partes moles que cobrem aqueles ossos forem afetados pela putrefação cadavérica e o crânio ficar esqueletizado.” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

     

    http://www.malthus.com.br/mg_imagem_zoom.asp?id=1533#set

     

    FONTE: http://www.malthus.com.br

     

  • Sobre o sinal de Chavigny, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 287):

     

     

     

    Quando as feridas se cruzam, a sequência dos ferimentos é dada pelas características

    discutidas sobre o assunto quando do estudo das feridas cortantes (sinal de Chavigny).” (Grifamos)

     

    FOTOS FORTES:

    http://mortoquefala.blogspot.com/2014/07/sinal-de-chavigny-quando-duas-lesoes.html

  •  

    Sinal de bonnet  ou Sinal do tronco de cone de Bonnet : Indica a passagem de um projetil de arma de fogo através de um osso achatado: crânio, costelas, esterno, ilíaco, etc.  Só fala a direção do tiro, ou seja, onde ele entrou, e onde ele saiu. O tronco de cone indica por onde o projetil saiu, a parte mais longa é onde o tiro saiu.

     

    FONTE: ROBERTO BLANCO, PROFESSOR DO CERS.

  • Nesse sentido, Genival Veloso de França (in Medicina legal. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. p. 394):

     

    Sinais encontrados nos sulcos de enforcados:

     

    sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco

    sinal de Thoinot: zona violácea ao nível das bordas do sulco

    sinal de Azevedo-Neves: livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco

    sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco

    sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada no fundo do sulco

    sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco

    sinal de Bonnet: marcas de trama do laço

    sinal de Schulz: borda superior do sulco saliente e violácea.

  • Basta lembrar:

    Tiro enconstado: Zona de Hoffman e Sinal de Wenkgaertner

  • A: Sinal de Thoinot (leia "tô em nó ", logo é enforcamento sinal roxo no pescoço)

    B: Sinal de Bonnet: tiro encostado no osso. Lembre de bone =osso em inglês.

    C: sinal de Werkgaertner ( "tatuagem quente do formato do cano e da mira na vítima")

    D: sinal de Benassi marca preta incrustada de tiro encostado no osso e na pele grudada no osso.

    E: Sinal de Chavigny. Imagina 2 cortes formando x. O segundo deve ser irregular porque a pele já se separou no corte do primeiro. Este deve ser regular.

  • lendo esses nomes fiquei até com vontade de tomar um cabernet sauvignon...


ID
2094652
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Os “Quadrantes de Oscar Freire" são utilizados para designara posição:

Alternativas
Comentários
  • GAB-D

    OSCAR FREIRE-    Classificação de. Asfixias. 1- modificações físicas do ambiente; 2- obstáculos mecânicos no aparelho respiratório; 3 – supressão da função da caixa torácica.

    OSCAR FREIRE-  Processo de. Himens. Descreve a localização, número, aspecto e posição dos retalhos himenais, baseando-se na divisão do orifício vaginal em quatro quadrantes.

    OSCAR FREIRE-  Classificação de. Himens. 1 – sem orifício; 2 – com orifício; 3 – atípicos.

    .

    FONTE: SITE MALTHUS-EPÔNIMOS E SUAS CORRESPONDÊNCIAS 

     

  • Quadrante utilizado para indicar onde foi feita a rotura do hímen, também denominado de "Relógio de Lacassagne".

  • Pensei que estava fazendo prova para Delegado e não para legista. Qual a utilidade de um Delegado saber isso? Se existe setor dentro da própria polícia para realizar tais exames....tanta coisa para se cobrar referente a prática da atividade policial....Afff

  • Chutei na B e errei feio, mas essa do hímen era a última que pensaria. Questão foi fundo.

  • A forma do óstio e o aspecto da orla são os elementos básicos da classificação do hímen. As classificações mais usadas são de Afrânio Peixoto e Óscar Freire. A classificação deste baseia-se no orifício: ...

  • Pelo que andei pesquisando, existe duas classificações dos hímens:

    1) Classificação de Afrânio Peixoto: Classifica os hímens em ACOMISSURADOS, COMISSURADOS  e ATÍPICOS.

    2) Classificação de Oscar Freire: Classifica os hímens em COM ORIFÍCIOS, SEM ORIFÍCIOS e ATÍPICOS.

    Vale a pena se aprofundar. 

    Bons estudos !!!

  • As lesões na ruptura do hímen podem ser analisadas de acordo com :

    QUADRANTES: a identificação das lesões pode obedecer à orientação de OSCAR FREIRE que divide o himen em 4 quadrantes e os subdivide em espaços de 0 a 90 graus, de 10 em 10 graus.

     

    MOSTRADOR DE RELÓGIO: outro método de LACASSAGNE, consiste em dividir o himen como se fosse um mostrador de relógio, de um a 12 horas, e representar, no sentido dos ponteiros do relógio,a s lesões eventualmante existentes.

     

    FONTE: apostila Roberto Blanco

  • Estando a mulher em posição ginecológica, ao se dividir o hímen em quadrantes (quatro partes), tem-se dois quadrantes superiores (direito e esquerdo) e dois inferiores (direito e esquerdo), além de quatro pontos de junção desses quadrantes.

  • Essa prova foi pra Delegado mesmo ou o pessoal do QC fez confusão e colocou uma prova para médico legista, como se de delegado fosse, enganados? Com a Falcatrua que tá rolando em concursos pelo Brasil a fora, deveriam ter uma atenção especial pra essa banca. só acho!

  • Triste saber que um comentário mimimi, de quem ainda não entendeu a lógica dos concuros é o mais bem avaliado.

    Posso não ser o ninja das provas, mas já aprendi a não ficar criticando, simplesmente estudar, avaliar quem será o examinador, pesquisar e fazer a melhor preparação possível.

    Foco pessoal, nada de ficar aí choramingando

     

  • Cuidado com o comentário do foca. Está equivocado.

  • LACASSAGNE - Processo de descrição da localização do retalhos himenais tomando por base a situação dos ponteiros de um relógio.

    OSCAR FREIRE - Processo de hímens. Descreve a localização, número, aspecto e posição dos retalhos himenais, baseando-se na divisão do orifício vaginal em quatro quadrantes.

    GAB "D"

    Fonte: http://www.malthus.com.br

  • RESPOSTA D

     

    Antigamente, adotava-se a nomenclatura do mostrador de relógio (ex.: ruptura 2 horas) chamado Método Cronométrico de Lacassagne. Hoje, divide-se a cavidade vaginal de acordo com o método de Oscar Freire em quatro quadrantes – superior direito, superior esquerdo, inferior direito e inferior esquerdo. Pelos quadrantes, há oito pontos para descrever o local da ruptura no laudo (quatro quadrantes e quatro junções).



  • QUADRANTES DE OSCAR FREIRE- Constatada a lesão na ruptura do hímen, empregam-se habitualmente dois processos para indicar a localização da lesão.. O primeiro (goniométrico) consiste em dividir a vulva em dois quadrantes superoinferiores, direito e esquerdo.

    GABARITO PROFESSOR: LETRA D
  • Quando há rompimento do hímen, o perito irá descrevê-lo. O rompimento do hímen ocorrerá, normalmente, em mais de um ponto. Para a descrição do rompimento, são adotados alguns critérios, quais sejam:

    - Critério cronométrico de Lacassagne: o laudo médico descreve o local dos rompimentos utilizando os ponteiros do relógio. Ex.: hímen rompido as 3, 5 e 9 horas. Significa que o hímen está rompido nos locais referentes à localização dos ponteiros nesta hora.

    - Critério goniométrico de Oscar Freire: o laudo médico descreve o local dos rompimentos do hímen utilizando os ângulos. Ex.: o rompimento do hímen ocorreu no ângulo de 30, 50 e 90 graus.

  • letra D - Quadrantes de Oscar Freire

    Critério cronométrico de Lacassagne: o laudo médico descreve o local dos rompimentos utilizando os ponteiros do relógio. Ex.: hímen rompido as 3, 5 e 9 horas. Significa que o hímen está rompido nos locais referentes à localização dos ponteiros nesta hora.

    Critério goniométrico de Oscar Freire: o laudo médico descreve o local dos rompimentos do hímen utilizando os ângulos. Ex.: o rompimento do hímen ocorreu no ângulo de 30, 50 e 90 graus.

  • o foca viajou..cuidado

  • Oscar Freire. Já imaginei uma rua aqui em São Paulo.

    kkkkk

  • Gabarito: D

    As lesões na ruptura do hímen podem ser analisados de acordo com:

     QUADRANTES DE OSCAR FREIRE, que divide o himen em 04 quadrantes e os subdivide em espaços de 0 a 90 graus, de 10 em 10 graus; bem como o MOSTRADOR DE RELÓGIO (Lacassagne), dividindo o himen como se fosse um mostrador de relógio, de um a 12 horas, e representar, no sentido dos ponteiros do relógio, as lesões eventualmente existentes. 

  • LESÕES NO HÍMEN:

    QUADRANTES DE OSCAR FREIRE --> identificação do local das lesões na ruptura do hímen, feitas por quadrantes que são divididos em ângulos de 0 a 90 graus, de dez em dez.

    RELÓGIO HIMENOLÓGICO DE LACASSAGNE --> divide-se o hímen como se fosse um mostrador de relógio. As lesões seriam representadas no sentido do ponteiro, como se o observador estivesse verificando as horas.

    CARÚNCULAS MIRTIFORMES --> após o parto vaginal, o hímen fica reduzido a pequenos aglomerados de membrana aderidos à parede vaginal (aspecto de flor) (retalhos de hímen roto pelo parto vaginal, constituindo verdadeiros tubérculos)

  • Alan SC você tem razão, na minha humilde opinião alguém que não consegue vincular Oscar Freire e Afrânio Peixoto ao estudo de sexologia forense não estudou esse assunto e está chorando por mimimi ou precisa rever suas técnicas de estudo. A questão foi dada, bastava saber que se tratava de um assunto sobre sexologia forense e não traumatologia. Estudem mais e reclamem menos...concurseiro se adapta à banca e não o contrário. Se não aguenta o tranco, vai para outra área.
  • A LÂMPADA DE WOOD (luz ultravioleta filtrada) pode ajudar na diferenciação.

     Sob essa luz, as roturas CICATRIZADAS DE POUCO TEMPO, ainda bem vascularizadas, apresentam uma tonalidade ARROXEADA, IDÊNTICA À QUE APRESENTAM AS ROTURAS EM FASE DE CICATRIZAÇÃO, em razão do edema e da congestão.

    Ao revés, as ROTURAS CICATRIZADAS DE MAIS TEMPO, com vascularização reduzida e mais fibrosa, mostram uma tonalidade AMARELO-NASCARADA.

    Os ENTALHES não apresentam essas modificações, conservando sempre o mesmo aspecto do restante da membrana.

    Parece haver uma prevalência de produção das ROTURAS nos QUADRANTES POSTERIORES DO HIMEN.

    Diversos são os métodos para referir a localização das roturas na orla. Entre eles, os mais conhecidos são o método CRONOMÉTRICO DE LACASSAGNE e o método GONIOMÉTRICO DE OSCAR FREIRE.

    O primeiro adota como referência os marcos horários do marcador d relógio analógico, representado sobre a figura do hímen

    O segundo, partindo do centro do hímen, divide-o em graus angulares.

    Modernamente, existe uma tendência a preferir o critério que se refere apenas ao quadrante em que está situada a rotura. São reconhecidos 4 quadrantes:

    Anteriores, direito e esquerdo, e posteriores direito e esquerdo

  • Alguém mais confundiu Oscar Freire com Paulo Freire e por isso marcou a Letra "A"?

  • OSCAR FREIRE - Processo de hímens. Descreve a localização, número, aspecto e posição dos retalhos himenais, baseando-se na divisão do orifício vaginal em quatro quadrantes.

    agora quando vc passar pela oscar freire vai ficar lembrando de vaginas, ah credo, como é humilhante essa vida de concurso!


ID
2121391
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Não é característica dos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo a distância:

Alternativas
Comentários
  • Tiro à distância: será qualquer distância suficiente para que o cone de dispersão oriundo do disparo não atinja o corpo da vítima, fazendo com que esteja presente somente os componentes do anel de Fish (orlas de escoriação, enxugo e equimótica);

     

    Tiro à curta distância: o disparo é dado a distância suficiente para que os elementos do cone de dispersão (pólvora combusta e incombusta, metais, fumaça e chama) atinjam o corpo da vítima, deixando, além do anel de Fish, outras orlas como a de esfumaçamento, de tatuagem, de queimadura.

     

    Tiro encostado: os elementos do cone de dispersão, normalmente, irão para dentro do corpo da vítima, poderá aparecer o desenho da boca da arma e da massa de mira (sinal de Puppe Werkgartner) e, se houver plano osso por baixo do local do tiro, a Boca de Mina de Hoffman.

  • DISPAROS À QUEIMA ROUPA, encontramos a ORLA OU ZONA DE QUEIMADURA/CHAMUSCAMENTO (determina queimaduras de 1º e 2º graus)- se dá quando o disparo é efetuado muito próximo do alvo, sendo a pele queimada pela chama e calor que saem da boca do cano da arma. Ocorre em alvos de até 5 cm de distância.

    - ORLA DE ENXUGO OU HALO DE ENXUGO - Orla de detritos que ficam retidas na pele quando há a passagem do projétil.

    - ORLA DE ESCORIAÇÃO- representa a lesão de escoriação causada pela passagem do projétil.

    - ARÉOLA EQUIMÓTICA-França explica que “a aréola equimótica é representada por uma zona superficial e relativamente difusa, decorrente da sufusão hemorrágica oriunda da ruptura de pequenos vasos localizados nas vizinhanças do ferimento. Esta aréola é vista bem próximo à periferia do ferimento de entrada, de tonalidade violácea, podendo, todavia, estar encoberta por outros elementos”. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 270.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D

  • GABARITO D

     

     Pessoal, os tiros dados a longa distância não terão os efeitos primários, que são as zonas. Vejamos:

     

    Presença apenas de orlas e ausência de zonas: TIRO A DISTANCIA

    Presença de orlas e zonas: CURTA DISTANCIA

    Presença de orlas, zonas (esfumaçamento pouco ou nenhum) e boca de mina (desenho da boca do cano impresso na pele): TIRO ENCOSTADO

     

     

    Características:

     

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).

     

    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.

     

    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner

     

     

    bons estudos

  • Tiros à distância não terão os efeitos secundários , que são resultantes dos produtos residuais da combustão.

  • Disparos efetuados a longa distância produzem todos os efeitos primários (orla de enxugo, de escoriação e de equimose). Já os efeitos secundários (chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem) não estão presentes.

  • é verdade que 16 pessoas marcaram a letra "E"? 'O.o


ID
2121394
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Quanto aos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo, é errado afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Pede-se a incorreta. A incorreta trata-se da alternativa de letra "A", pois o sinal de Werkgaertner é característico do tiro encostado.

  • LETRA A) INCORRETA- Puppe-Werkgaertner Werkgaertner- ocorre nos tiros encostados/apoiados- desenho da boca e da massa da mira do cano.

    LETRA B) CORRETA- "As armas que apresentam compensadores de recuo alteram profundamente o formato do residuograma e deixam de apresentar os formatos habituais nos tiros encostados ou bem próximos ao alvo. Assim, por exemplo, os ferimentos em “boca de mina” nos tiros encostados não são encontrados quando as armas que os deflagram apresentam os compensadores de recuo, isso em virtude da dispersão dos gases pelos furos da extremidade distal do cano da arma". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 285.

    LETRA C) CORRETA- "A orla de escoriação, ou anel de Fisch, também é conhecida como zona de contusão de Thoinot, zona inflamatória de Hoffmann, halo marginal equimótico-escoriativo de Leoncini, orla erosiva de Piedelièvre e Desoille ou orla desepitelizada de França. Essa orla tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet. Não se observa no de saída." FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 271.

    LETRA D) CORRETA- lesão produzida por um projétil é um caso de lesão perfurocontundente.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • GABARITO A

     

    É o contrário, esse sinal aparece nos tiros encostados pois é o desenho da boca do cano da arma impressa na pele, e para isso a arma precisa estar encostada na pele, claro.

     

    Sinal de Werkgaertner: Somente em tiros encostados. Basicamente é o desenho da boca do cano da arma sobre a superfície (por fuligem) quando o tiro é encostado.

     

     

    bons estudos

  • Genival França tem umas afirmativas polêmicas. Essa letra B aí tb não poderia ser considerada, com absoluta certeza, como correta. Há inúmeras outras variáveis. Enfim.

  • GABARITO LETRA "A".

    O sinal de Werkgaertner é o desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido pela ação contundente ou pelo seu aquecimento. Típico de TIROS ENCOSTADOS.

    Quanto a letra B:

    Nos tiros encostados em regiões ósseas, a forte expansão dos gases oriundos da queima da pólvora, causam a ruptura do tecido epitelial causando um ferimento de forma estrelado - Sinal de Hoffmann ou Boca de mina ou câmara de mina.

    O compensador de recuo é um dispositivo colocado na boca do cano de qualquer arma de fogo para direcionar o fluxo de gases para reduzir ou compensar o recuo provocado pelo tiro, é utilizado para aumentar a precisão dos tiros de armas de alto calibre.

    Logo, como o compensador de recuo direciona o fluxo dos gases expelidos pela arma de fogo, eles não atingem a superfície óssea e retornam, causando a boca de mina.

    Quanto a letra C:

    O anel de Fisch, nada mais é que a orla de escoriação ou contusão, que a lesão de escoriação causada pela passagem do projétil que deve-se ao arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes de penetrar no corpo.

    A orla de escoriação tem valor na determinação da direção do tiro, de acordo com a sua aparência, mais redonda ou ovalada.

    Quanto a letra D:

    Os ferimentos causados pelo PAF são perfurocontundentes.

    FONTE: Wilson Palermo - Sinopses de concursos da juspodivm e meus resumos.


ID
2151172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

A balística forense é a parte do conhecimento criminalístico que estuda as armas de fogo, a munição, os fenômenos e os efeitos próprios dos disparos dessas armas, naquilo que forem úteis ao esclarecimento e à prova de questões de fato, no interesse da justiça, tanto penal como civil.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CORRETO

    A Balística Forense é uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência.

    O setor de Balística Forense é responsável pela realização dos exames periciais abaixo relacionados:

    Exame de eficiência: Este exame tem por finalidade verificar se a arma de fogo é eficiente para a realização de disparos. Os procedimentos periciais iniciam pela identificação da arma, descrição de suas característica, avaliação de sua estrutura, testes de eficiência e avaliação dos resultados.

    Exame metalográfico: Este exame destina-se a recuperação das numerações de série destruídas. A metodologia utilizada consiste em polir a área a ser investigada e em seguida aplicar os reagentes químicos apropriados para a revelação da numeração.

    Exame de comparação: O exame de comparação balística visa estabelecer a conexão entre a arma de fogo e o projétil, entre a arma e o estojo, entre projéteis e entre estojos. O procedimento pericial adotado segue rotina padronizada no Brasil e no Exterior, com o emprego de um moderno microscópio comparador auxiliado por processo de captura de imagens permitindo a análise em vídeo de alta resolução.

    Exame de segurança: Este exame é utilizado quando se busca identificar se os mecanismos de segurança da arma de fogo questionada está eficiente, assim, esclarecendo as dúvidas quando a possibilidade de disparos acidentais.


ID
2151175
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

No tiro encostado, a ferida de entrada caracteriza-se por um orifício de bordas denteadas, desarranjadas, que apresenta descolamento e escarificação dos tecidos, com o aspecto de cratera de mina, chamada de câmara de mina de Hoffmann.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CORRETO

    Tiro encostado é aquele em que a boca do cano da arma se apoia no alvo, possibilitando que a lesão seja produzida pela ação do projétil e dos gases resultantes da deflagração da pólvora.

    Segundo Tocchetto,

    O orifício de entrada é irregular, amplo, e em regra, maior do que o diâmetro do projétil que produziu. Quando o local atingido pelo projétil tem um plano ósseo subjacente, os gases, que penetram juntamente com o projétil, ao encontrarem uma estrutura mais rígida, batem e retornam, formando a boca de mina ou mina de Hoffman. Nos tiros encostados não há, em geral, zona ou orla de esfumaçamento e de tatuagem. Quando não tiver plano ósseo subjacente, a pele recua, mas não se rompe da mesma forma (TOCHETTO, 2011, p. 264).

  • "É muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de Hoffmann. A expressão melhor seria golpe de mina. Na redondeza do ferimento, nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea proveniente da infiltração dos gases. Em geral, não há zona de tatuagem nem de esfumaçamento, pois todos os elementos da carga penetram pelo orifício da bala e, por isso, suas vertentes mostram-se enegrecidas e desgarradas, com aspecto de cratera de mina."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 121). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 


ID
2151178
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

No tiro encostado, no crânio, o sinal de Benassi é importante para o diagnóstico de suicídio.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CORRETO

    Sinal de Benassi - É a impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros disparados à curta distância ou encostados.

  • Cuidado com a pegadinha! Ser importante para o diagnóstico de suicídio , não significa ser patognomônico de suicídio!

    "Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele, pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (sinal de Benassi ou de Benassi-Cueli). Como este sinal é constituído por um halo de fuligem de contorno suave sobre a superfície externa do crânio, precisamente sobre o periósteo (membrana fibrosa que reveste os ossos) e não uma zona de tatuagem por impregnação da pólvora não combusta, pode apresentar-se borrado ou desaparecer com a lavagem."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 121). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 

  • Gab. Verdade

    Sinal de Benassi, Halo fuliginoso nos ossos, mancha preta ao redor do oríficio de entrada.


ID
2151181
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

No tiro a distância, tatuagem e esfumaçamento são observados na pele e formam um halo conhecido como sinal de Werkgaertner, cuja descontinuidade caracteriza obliquidade do cano da arma.

Alternativas
Comentários
  • GAB: ERRADO

    No tiro a distância o orifício de entrada é habitualmente menor do que o diâmetro do projétil. Estarão presentes a orla de contusão e o halo de enxugo. Os demais elementos de vizinhança não podem ser absolutamente encontrados. OU SEJA, NÃO TEM ZONA DE TATUAGEM.

  • "Os tiros encostados ainda permitem deixar impresso na pele o chamado sinal de Werkgaertner, representado pelo desenho da boca e da massa de mira do cano, produzido por sua ação contundente ou pelo seu aquecimento."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 121). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 

  • LESÕES PRODUZIDAS POR PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO

    Nos tiros à distância o diâmetro é menor; possui forma arrendondada ou ovalar; orla de escoriação/contusão (zona/anel de fisch); halo de enxugo /limpeza;aréola equimótica; bordas voltadas para o interior.


ID
2151184
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

Nas lesões produzidas pelos projéteis de arma de fogo, a forma do orifício e a das orlas de escoriação e enxugo dependem do ângulo de incidência do projétil.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CORRETO, mas para lembrar:

    Tipos de halos: contusão, escoriação e enxugo.
     

    A contusão é uma pequena equimose.
     

    A escoriação é provocada pela ruptura e retração da epiderme (que é menos flexível que a derme) após a passagem do projétil, havendo pequena exposição da derme.
     

    O enxugo caracteriza-se por restos de pólvora, fuligem e impurezas que o projétil deixa na derme ao atravessá-la. Forma-se um anel enegrecido que costuma encobrir a orla da escoriação.
     

    obs. Os halos são formados em qualquer disparo de arma de fogo e a presença dos três independe da distância dos disparos. A orla do enxugo, por sua vez, é característica dos ferimentos por arma de fogo. Dessa forma, nos ferimentos por arma de ar comprimido não haverá apenas o enxugo, uma vez que nesta não há fogo.

  • A forma dos ferimentos de entrada em tiros a curta distância é geralmente arredondada ou elíptica, dependendo da incidência do projétil. Quanto maior a inclinação do tiro sobre o alvo, maior será o eixo longitudinal do ferimento. O ferimento de entrada, quando produzido por projéteis de alta energia, é sempre maior que o diâmetro destes.

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 122). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 


ID
2151187
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca de balística, julgue o item.

Quando o atirador faz pontaria com a arma, a direção do cano aponta para um ponto um pouco acima do local onde se situa o alvo, sendo essa compensação calculada pelo fabricante ao construir o aparelho de pontaria da arma.

Alternativas
Comentários
  • questão correta. CERTO.


ID
2151211
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da munição, julgue o item que se segue.

O poder de parada é a capacidade que o projétil tem, durante o impacto, de incapacitar, instantaneamente, uma pessoa ou um animal, impedindo que continue a fazer o que estava fazendo no momento do impacto.

Alternativas
Comentários
  • GAB: CORRETO
     

    Poder de Parada ou "Stopping Power", é a capacidade de determinada munição interromper uma ação ofensiva, ou neutralizar um atacante ou oponente com apenas um tiro, pondo-o fora de combate. Não há a intenção de matar o agressor, apenas busca-se a sua momentânea incapacitação. O resultado morte pode ocorrer, mas não é o objetivo ao se determinar o "Stopping Power" de uma munição. 


ID
2151214
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-DF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Acerca da munição, julgue o item que se segue.

A presença de tatuagem ao redor de um orifício produzido por arma de fogo é evidência de que se trata de um orifício de saída.

Alternativas
Comentários
  • GAB: ERRADO


    A tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância.

    Zona de Tatuagem é arredondada nos tiros perpendiculares, ou em forma de crescente, nos oblíquos. Ela não pode ser removida. Essa tatuagem varia de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. É resultante da impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo. Pela análise desse halo, a perícia pode determinar a distância exata do tiro, usando- se a mesma arma e a mesma munição em vários tiros de prova, até alcançar um halo de mesmo diâmetro que o original. Serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma.

  • gab. ERRADO

    O CORRETO SERIA, ARMA DE FOGO A QUEIMA ROUPA

  • "Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância. Estes ferimentos podem mostrar: forma arredondada ou elíptica, orla de escoriação, bordas invertidas, halo de enxugo, halo ou zona de tatuagem, orla ou zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de compressão de gases."

    França, Genival Veloso de. Medicina Legal (p. 122). Guanabara Koogan. Edição do Kindle. 


ID
2381698
Banca
IBFC
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Ao analisar um ferimento perfurocontuso ocasionado por disparo de arma de fogo no tórax de um cadáver, foram verificadas as seguintes características: forma ovalar, halo de tatuagem, concentrado na parte superior e disperso na parte inferior, halo de enxugo e bordas invertidas. Assinale a alternativa que representa uma conclusão correta com base nessas características analisadas.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    O disparo foi a curta distância porque apresenta halo de tatuagem.

    O disparo foi de cima para baixo porque apresenta a tatuagem está concentrada na parte superior e dispersa na parte inferior do ferimento.

    O disparo NÃO foi reto porque o ferimento é ovalar, se fosse reto seria circular...

    "Deus não te daria um sonho tão grande se ele não fosse possível".

  • A questão avalia o conhecimento do candidato a respeito das características dos ferimentos de entrada em tiros.
    Vamos analisar os elementos apresentados:
    Forma ovalar: a forma ovalar pode estar relacionada tanto aos tiros à distância, quanto aos tiros a curta distância.
    Halo de tatuagem: trata-se de um efeito secundário do tiro, ou seja, dentre aqueles causados pela ação dos resíduos de combustão ou semi combustão da pólvora e das partículas sólidas do próprio projetil expelido pelo cano da arma. O halo de tatuagem, assim como outros efeitos secundários, estão presentes em tiros a curta distância, onde esses resíduos possuem energia o suficiente para atingir o alvo. O halo de tatuagem é um sinal indiscutível de tiros a curta distância, segundo Genival V. de França.
    Halo de tatuagem concentrado na parte superior e disperso na parte inferior: nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma. Então se o halo está concentrado na parte superior, quer dizer que a arma estava posicionada de cima pra baixo, deixando uma concentração maior de resíduos na parte superior do ferimento.
    Halo de enxugo: o halo de enxugo é explicado pela passagem do projétil através dos tecidos, atritando e contundindo, limpando neles suas impurezas. Trata-se de efeito primário do tiro, ou seja, produzido pelo próprio impacto do projetil, portanto, pode estar presente em tiros a qualquer distância.
    Bordas invertidas: diz respeito principalmente ao sentido em que o projetil agiu (de fora para dentro), nos casos de tiros à distância e tiros a curta distância.

    Assim, analisando as características em conjunto, a única possibilidade comum a todas é que o tiro foi a curta distânciainclinado de cima para baixo.

    A) ERRADO. Disparos à distância não produzem efeitos secundários, como o halo de tatuagem.

    B) ERRADO. Disparo encostado teria produzido um ferimento irregular, de bordas evertidas, e com características diferentes das citadas acima, por exemplo, com câmara de mina de Hoffmann ou sinal de Werkgaertner. Além disso, pelas características do halo de tatuagem, o disparo foi de cima para baixo e não de baixo para cima.

    C) ERRADO. Pelas características do halo de tatuagem, o disparo foi de cima para baixo e não de baixo para cima.

    D) CERTO. Conforme explicações acima.

    E) ERRADO. Disparos à distância não apresentam efeitos secundários do tiro, pois os resíduos expelidos caem pela ação da gravidade ou atingem outros anteparos antes de chegar ao alvo (não possuem energia o suficiente para atingir maiores distâncias).

    Gabarito do professor: Alternativa D.


ID
2384935
Banca
IBFC
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Assinale a alternativa correta que apresenta as características de lesão de saída produzida por disparo de projétil de arma de fogo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    FERIMENTO DE ENTRADA                  FERIMENTO DE SAÍDA

    forma arredondada (regular)                                forma irregular (rombo)

    borda invertida                                         borda evertida

    possui as orlas e zonas                                   não possuem orlas e zonas

    o diâmetro é proporcional ao projétil                   o diâmetro é desproporcional

    há pouco ou nenhum sangramento                    há muito sangramento

    bons estudos

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.

    A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento e não apresenta orla de escoriação nem halo de enxugo e nem a presença dos elementos químicos resultantes da decomposição da pólvora.

    A forma dessas feridas é irregular (em forma de fenda ou de desgarro), e o diâmetro, maior que o do orifício de entrada, pois o projétil que sai não é o mesmo que entrou. Deforma-se pela resistência encontrada nos diversos planos e nunca conserva seu eixo longitudinal.  

    As bordas são reviradas para fora (evertidas), em virtude de a ação do projétil se processar em sentido contrário ao de entrada, ou seja, de dentro para fora.

    São mais sangrantes pelo maior diâmetro, pela irregularidade de sua forma e pela eversão das bordas, permitindo, assim, um maior fluxo sanguíneo. 

    Não têm halo de enxugo, porque as impurezas do projétil ficam retidas através de sua passagem pelo corpo. 

    Não apresentam orla de escoriação em decorrência de sua ação no complexo dermoepidérmico, atuando de dentro para fora, a não ser que o corpo atingido pelo disparo esteja encostado em um anteparo e o projétil, ao sair, encontre resistência dos tegumentos (sinal de Romanese).

    A) CERTO. Conforme características explicadas acima.

    B) ERRADO. Todos os conceitos errados: a forma é irregular, e não regular; bordas são evertidas, e não invertidas; maior sangramento, e não menor sangramento; não apresentam halo de enxugo nem orla de escoriação.

    C) ERRADO. A forma é irregular, e não regular.

    D) ERRADO. As bordas são evertidas, e não invertidas, e apresentam maior sangramento.

    E) ERRADO. A forma é irregular, e não regular, e não apresentam halo de enxugo nem orla de escoriação.

    Gabarito do professor: Alternativa A.

  • Quando a lesão for transfixante, observa-se um segundo orifício, o orifício de saída, que apresenta,em regra, diâmetro maior do que o orifício de entrada. No mais, as bordas do orifício de saída costumam ser irregulares, dilaceradas e reviradas para fora. Para, Tocchetto, “no orifício de saída nunca será encontrada uma orla de enxugo, podendo excepcionalmente ser constatada uma orla de contusão ou orla de escoriação e orla equimótica” (TOCHETTO, 2011, p. 249). Excepcionalmente, é possível constatar um orifício de entrada e dois ou mais orifícios de saída. Isto ocorre quando o prejétil bate contra um osso, se fragmenta e, ao sair, cada fragmento produz um orifício de saída.

  • Característica do tiro encostado, forma irregular, borda evertidas, ausência de escoriações e enxugo.

  • Segue a diferenciação necessária entre as características do orifício de entrada e de saída causados por disparos de arma de fogo:

    *Orifício de entrada: regular, invaginado, proporcional ao projétil e com orlas e zonas.

    *Orifício de saída: dilacerado, evertido (bordas para fora), desproporcional ao projétil e sem orlas e zonas


ID
2384938
Banca
IBFC
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

O médico legista, ao analisar um ferimento perfurocontuso ocasionado por disparo de arma de fogo nas costa do cadáver, verificou principalmente as seguintes características: forma ovalar e halo de tatuagem concentrado na parte inferior e disperso na parte superior. Assinale a alternativa que representa uma conclusão correta do médico legista com base nessas características analisadas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    Primeiramente devemos saber que as zonas (tatuagem, chamuscamento e esfumaçamento) estão presentes apenas nos tiros dados a CURTA DISTÂNCIA.

    CARACTERÍSTICAS

    Longa distância:

    -bordas invertidas;

    -orla de escoriação;

    -orla de enxugo (zona de alimpadura);

    -orla equimótica (zona de contusão).

    Curta distância:

    -zona de chamuscamento;

    -zona de tatuagem;

    -zona de esfumaçamento.

    Encostados:

    -câmara (boca) de mina de Hofmann;

    -sinal do funil de Bonnet;

    -sinal de Benassi;

    -sinal de Puppe-Wekgartner.

    bons estudos

  • O comentário da colega é bom, todavia, li este mesmo comentários em dezenas de outas questões, mas em que pese as informações serem importantes, no que elas ajudam nessa questão específica?. Do que adianta sair copiando e colando o mesmo comentário em dezenas de questões se as informações não colaboram na resolução da questão especifica?. 

     

    No estudo da lesão é de grande importancia que se determine a como se deu a incidência do disparo, está analise irá permitir presumir a posição da vitíma e do atirador. 

     

    Incidência do tiro - disparos feitos à curta distância:   o anel de fisch (orla de escoriação e enxugo) será exatamente semelhante ao que se ocorre nos tiros “à longa distância”.   Entretanto, os resíduos do cone de dispersão (grânulos de pólvora combusta e incombusta; bem como micropartículas de metal do cano e do paf) mostrarão comportamento inverso: orla mais intensa e mais estreita (menos extensa) no ângulo agudo entre a boca da arma e o alvo, e menos intensa e mais larga (mais extensa) na porção oposta. 

     

    Não tem como colocar figuras aqui, ficaria mais facil para visualizar que se aplica ao caso da questão.


     
     

  • A questão avalia os conhecimentos do candidato em traumatologia forense.

    Primeiramente vamos analisar as características fornecidas pelo enunciado:
    *Forma ovalar
    Dependendo da incidência do projetil, a forma do ferimento de entrada irá variar. Quanto maior a inclinação do tiro sobre o alvo, maior será o eixo longitudinal do ferimento (mais ovalada ela ficará).
    Assim, pela forma ovalar fornecida pelo exercício, já podemos inferir que ele não perpendicular ao alvo, e sim inclinado.

    *Halo de tatuagem concentrado na parte inferior e disperso na parte superior
    A presença de halo de tatuagem é um sinal indiscutível de orifício de entrada em tiros a curta distância, porque nos tiros encostados essa pólvora ela vai entrar junto com o ferimento de entrada, e nos tiros à longa distância não vai ter energia suficiente para chegar ao corpo da pessoa.
    Além disso, esse halo serve para orientar a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Nos tiros oblíquos, a tatuagem é mais intensa e menos extensa do lado do ângulo menor de inclinação da arma. Ou seja, como o exercício fornece que o halo de tatuagem era mais concentrado na parte inferior, podemos inferir que o menor ângulo da arma em relação ao corpo foi feito em relação à parte inferior do local de disparo; então, o disparo foi de baixo para cima. A concentração do halo de tatuagem é maior do lado de onde veio o projetil (gravem isso!). 

    A) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro encostado não apresenta esse elemento, pois os grãos incombustos de pólvora penetram o ferimento junto com os gases da explosão.

    B) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro encostado não apresenta esse elemento, pois os grãos incombustos de pólvora penetram o ferimento junto com os gases da explosão.

    C) ERRADO. O tiro foi à curta distância (certo até aqui), no entanto, a direção do disparo está incorreta. Imagine que o lado de que a arma está mais próxima é onde ficará a maior concentração de resíduos de disparo. Como nós temos maior concentração na parte inferior do halo, então o disparo veio de baixo para cima, e não de cima para baixo.

    D) CERTO. Conforme explicações acima, pela posição do halo de tatuagem nós podemos inferir que o disparo foi à curta distância e de baixo para cima.

    E) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro à distância não apresentaria esse elemento, pois os grãos de pólvora não teriam energia suficiente para alcançarem o alvo nesses casos.

    Gabarito do professor: Alternativa D.

  • Segundo França:

    A orla de escoriação ou anel de Fisch, tem aspecto concêntrico nos orifícios arredondados, e em crescente ou meia-lua, nos ferimentos ovalares. Seu exame detalhado é muito importante, pois pode esclarecer a direção do tiro. Nos tiros perpendiculares ao corpo, a orla de escoriação é concêntrica, e, quando inclinados, tem a forma oblíqua. É um sinal comprovador de entrada de bala a qualquer distância. Nas vísceras, principalmente no pulmão, o ferimento de entrada apresenta o halo hemorrágico visceral de Bonnet.

    Quanto menor o círculo do anel, mais próximo o tiro, quando maior o anel, mais distante foi o tiro.

  • A) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro encostado não apresenta esse elemento, pois os grãos incombustos de pólvora penetram o ferimento junto com os gases da explosão.

    B) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro encostado não apresenta esse elemento, pois os grãos incombustos de pólvora penetram o ferimento junto com os gases da explosão.

    C) ERRADO. O tiro foi à curta distância (certo até aqui), no entanto, a direção do disparo está incorreta. Imagine que o lado de que a arma está mais próxima é onde ficará a maior concentração de resíduos de disparo. Como nós temos maior concentração na parte inferior do halo, então o disparo veio de baixo para cima, e não de cima para baixo.

    D) CERTO. Conforme explicações acima, pela posição do halo de tatuagem nós podemos inferir que o disparo foi à curta distância e de baixo para cima.

    E) ERRADO. Pela presença do halo de tatuagem, podemos ter certeza de que o tiro foi a curta distância. Um tiro à distância não apresentaria esse elemento, pois os grãos de pólvora não teriam energia suficiente para alcançarem o alvo nesses casos.

    Gabarito do professor: Alternativa D.

    Leilane Verga

  • Esse gabarito não faz sentido algum, de acordo com Hygino, segunda edição página 268, figura 14.37 A zona de tatuagem possui concentração maior do lado de onde veio o projetil e dispersão do lado oposto (em tiros inclinados), logo, se houve concentração na parte inferior e dispersão na parte superior o tiro foi dado de baixo para cima e não o contrário !!!


ID
2437564
Banca
IBADE
Órgão
PC-AC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

A perícia médico-legal em um cadáver indica uma lesão na cabeça, com característica estrelada na pele, forte impregnação de fumaça e detritos granulares provenientes da incombustão da pólvora no conduto produzido através da massa encefálica. Nesta, foi encontrado um objeto metálico, totalmente feito de chumbo, em forma ogival. Na lateral deste objeto foi identificada a presença de estriações. Com base nesses dados, pode-se dizer:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    o enunciado trata de uma lesão por disparo de arma de fogo na modalidade tiro encostado.

    a lesão no caso trata da câmara de mina de Hoffman, também conhecida por:

    Sinal da boca da Mina de Hoffman – na pele que recobre osso. Sempre acompanhada do sinal de Benassi. 

                 § Sinal de Benassi – sujeira trazida pelo PAF, no osso, quando acontece a lesão de boca de mina de Hoffman

    ATENÇÃO: A lesão provocada por PAF é perfurocontusa.

  • a impregnação de fumaça, ou seja, a zona de esfumaçamento é  constatação de disparo de paf à curta distância, em consonância com a alternativa E. Na alternativa D, o correto seria lesão pérfuro-contundente. Na C, o que impossibilita o cone de dispersão é o disparo à longa distância. A alternativa B é o oposto do respondido na E e na C. Por fim, na alternativa A, o Sinal de Nerio Rojas é o sinal do dilaceramento crucial, que se caracteriza pelo rasgão em forma de cruz, no orifício de entrada de projétil de arma-de-fogo causado no tecido da roupa.

  • Ferimentos de entrada em tiros encostados: estes ferimentos com plano ósseo logo abaixo, têm forma irregular, denteada ou com entalhes, devido à ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. Isso ocorre porque os gases de explosão penetram o ferimento e refluem ao encontrar a resistência do plano ósseo. Muito comum nos tiros encostados na fronte e chama-se câmara de mina de hoffmann.

    Nos tiros dados no crânio, costelas e escápulas, principalmente quando a arma está sobre a pele,  pode -se encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada (Sinal de Benassi). 

    MEDICINA LEGAL -GENIVAL VELOSO DE FRANÇA - DÉCIMA EDIÇÃO - PÁGINA 116

  • ·         com característica estrelada na pele: sem dúvida esta característica refere-se a “câmara de mina de Hoffmann”;

     

    ·         da pólvora no conduto produzido através da massa encefálica: Esse sinal trata-se do sinal de “Schusskanol”; Diferentemente do sinal de Benassi que deixa impregnado no PERIÓSTEO halo de fuligem; Sinais parecidos, mas diferentes SCHUSSKANOL ≠ BENASSI

     

  • COMENTÁRIOS DO MESTRE, NA PAGINA (facebook) DO PROF PAULO VASQUES DO CURSO DAMASIO

    Trata-se de lesão provocada por projétil de arma de fogo, portanto, perfurocontusa. A lesão em forma estrelada no couro cabeludo (pele) indica lesão de entrada com formação de câmara de mina de Hoffman, que ocorre em tiros encostados, ou lesão de sáida. O achado de pólvora e fumaça no conduto (túnel de lesão) indica que a lesão é de ENTRADA. Poderíamos ter também o depósito de fumaça e pólvora ao redor do orifício de entrada no osso do crâneo, sinal de Benassi, o que não foi descrito pelo autor.

    O projétil ogival, estriado ou não, é projétil que não tem características que nos permitam afirmar ser de alta energia cinética, como também as características da lesão.

    PORTANTO, temos lesão de camara de mina de Hoffman que ocorre em tiros encostados no crâneo

    GABARITO: E

  • Sinal de Nerio Rojas - Também conhecido como sinal do dilaceramento crucial, que se caracteriza pelo rasgão em forma de cruz, no orifício de entrada de projétil de arma-de-fogo causado no tecido da roupa.

    Fi pesqisar, pois este e não sabia.

  • A alternativa "C" afirma que o disparo à curta distância impossibilitaria a formação do cone de dispersão.

    Assertiva ERRADA, pois a formação do cone de dispersão é inerente aos disparos efetuados por arma de fogo, independente da distância em relação à vítima. Se à curta distância, o que pode acontecer é que o próprio cone de dispersão gere os efeitos secundários dos tiro na pele da vítima (queimadura, chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem).

     

  • Sinal da boca da Mina de Hoffman: Quando se dá um tiro encostado com osso por baixo, como não tem como empurrar o osso, a pele fica pra fora, evertida, ela vira ao contrário, ficando suja de pólvora por dentro. Surge uma brecha com um ferimento muito grande. Foi equiparada a uma boca de mina de carvão, nome dado por Hoffman.

     

    Cuidado para não confundir, o sinal de Hoffman fica na pele, ao passo que o sinal de Benassi é fixado no osso. Ambos em razão do tiro encostado.

     

    A boca de mina de Hoffman desaparece junto com a pele, já o sinal de Benassi permanece com o osso, quando da esqueletização.

     

    Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege.

  • No caso, ocorre a BOCA DE MINA OU CÂMARA DE MINA DE HOFFMAN em tiros encostados/apoiados; localiza-se entre a pele e o osso e decorre da expansão dos fases oriundos da queima da pólvora, gerando ruptura do tecido, sendo normalmente, de forma estrelada. É o que é descrito na questão.

     No presente caso, poderíamos verificar também o sinal de Benassi- Cueli Benassi- ocorre nos tiros encostados/apoiados- tiros dados no crânio ou em escápulas, em que geralmente é encontrado um halo fuliginoso na lâmina externa do osso referente ao orifício de entrada.

    A) INCORRETO- SINAL DO RASGÃO DE NERIO ROJAS- nos tiros a curta distâncias, a roupa é rasgada apresentando um aspecto cruciforme.

    B) INCORRETO- O caso demonstra um caso de tiro encostado/apoiado.

    C) INCORRETO- um tiro a curta distância não impediria a formação do cone de dispersão.

    D) INCORRETO-  O meio mecânico,  O agente é perfurocontundentE; A lesão, A ferida é perfurocontusA.

    E) CORRETO- conforme explicação inicial.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E

  • Gab E

     

    Mata questão quando fala a forma estrelada da lesão. ( Câmara de mina de hofman) Ocorre no tiro encostado. 

  • a) Sinal de Nerio Rojas caracteriza-se por rasgãoem forma de cruz no orifício de entrada causado no tecido da roupa.

    b) As característica da lesão (impregnação de fumaça, incobustão de polvora) indicam tiro encostado.

    c) O cone de disperção é caractr´tico de tiro de longa distancia.

    d) Lesões produzidas por projétil são perfurocontusa.

    e) CORRETO

  • SINAIS DE TIRO ENCOSTADO:

    sinal de Benassi

    sinal de boca de mina deHoffman

    O sinal de cone/funil de Bonnet não serve para medir distância do tiro, mas para identificar os orificios de entrada e saída do projetil.

  • Até o rasgão da roupa em forma de cruz tem nome próprio: sinal de Nerio Rojas.

    Sinal de Nerio Rojas - Também conhecido como sinal do dilaceramento crucial, que se caracteriza pelo rasgão em forma de cruz, no orifício de entrada de projétil de arma-de-fogo causado no tecido da roupa. (site concurseiro incansável)

    Bons estudos! Vai valer a pena!

  • TIRO ENCOSTADO, principais características=== -câmara de mina de hoffman

    -sinais de benassi

    -sinais de werkgaertiner

    -orifício de entrada é amplo, irregular e em forma de boca de mina- estrelado

    -efeito primário e secundário

    -sinal de schusskanol

  • ENCOSTADOS:

    ▪CÂMARA (BOCA) DE MINA DE HOFMANN; (gases de explosão no osso)

    ▪SINAL DO FUNIL DE BONNET; ( ENTRADA+ SAÍDA- "CONE" Buraco de saída + amplo)

    ▪SINAL DE BENASSI; (FULIGEM NO OSSO)

    ▪SINAL DE PUPPE-WEKGARTNER. (Marca boca e mira do cano NO PLANO NA PELE) "patognomônico"

  • Quando falou no sinal de Hoffman já dava pra matar a questão. Tiro encostado.

  • impregnação de fumaça e detritos granulares provenientes da incombustão da pólvora no conduto produzido através da massa encefálica = Sinal de schusskanol para tiros encostados.

  • Temos uma lesão em PAF (projétil de arma de fogo) de forma encostada, já que trouxe uma lesão estrelada na pele em formato de boca de mina (sinal de Hoffman); além disto apresenta esfumaçamento no plano ósseo abaixo da pele e detritos granulares, pólvora, já que não houve espaço para o cone de dispersão (sinal de benassi);