Os fenômenos cadavéricos podem ser destruitivos ou conservadores.
Na questão há duas opções com fenômenos destruitivos (autólise e maceração) e duas com fenômenos conservadores (mumificação e saponificação).
fenômenos cadavéricos destrutivos: autólise, putrefação e maceração.
Autólise: é a autodestruição celular após a morte do organismo. Após cumprir o seu ciclo vital, deixando de ter utilidade para o organismo, nossas células liberam as enzimas dos seus lisossomos (estômagos celulares) e sofrem autodestruição. O meio se transforma se acidificando.
Maceração: é a destruição dos tecidos moles, decorrente do excesso de humidade ou presença mesmo de muito liquido. A maceração poder ser asséptica (quando o meio é estéril – sem germes, o cadáver adquire aparência especial, todo enrugado) ou séptica (quando o meio é contaminado - os tecidos se enrugam e depois se desprendes, em pedaços). A maceração da pele pode ser comumente encontrada também em vítimas de afogamentos (manchas de paltauf, maceração da pele e cogumelo de espuma são os sinais mais comuns em afogamentos). Há ainda a Maceração fetal: o normal é que, morrendo o feto ainda dentro do útero, o organismo o expele do organismo da mãe. Quando isso não ocorre (a expulsão), o líquido amniótico começa a destruir os tecidos moles daquele feto. Portanto, a maceração fetal é aquela que ocorre no feto pela ação do liquido amniótico.
- Putrefação: é um fenômeno destruidor que tem quatro etapas: fase cromática (ou de coloração), fase enfisematosa (ou de gaseificação), fase redutora (ou de coliquação) e fase de esqueletização.
fenômenos cadavéricos conservadores: mumificação, saponificação (também denominado de adipocera) e corificação.
São fenômenos conservadores naturais que começam a se instalar dois ou três meses após a morte. O cadáver primeiro entrará em putrefação, que não prossegue, fazendo com que o cadáver mumifique, saponifique ou corifique.
Mumificação: ambiente pouco arejado, seco (falta umidade prejudica a putrefação) e quente, com acentuada perda de líquidos, o que faz com que o cadáver apodreça são as bactérias, que dependem de água para se proliferarem, com a acentuada perda de líquidos e a falta de umidade a putrefação não prossegue (bactérias precisam de ambiente quente e com água para reprodução) – a mumificação aqui tratada não é a dos egípcios, lá a mumificação era artificial.
A pele ficará endurecida, pergaminácea, lenhosa, dando a impressão de couro seco. O peso do corpo é reduzido a 50% a 70% do normal, a característica marcante da mumificação é a dessecação do corpo.
Saponificação: também denominada de adipocera (cera de gordura), começa dois a três meses após a morte, o cadáver colocado em um ambiente quente e úmido entra em putrefação, onde a umidade muito acentuada não deixa que as bactérias se proliferem. Com isso, a gordura corporal (presença necessária) que há no cadáver começa a reagir com as substâncias que tem no solo (metais, solo argiloso), formando um produto químico muito similar a uma cera/sabão, que cobre o cadáver, dificultando a putrefação e conservando-o por séculos. Saponificar é recobrir o cadáver, no todo ou em parte, por material gorduroso, parecendo cera. A saponificação, ou adipocera, é um fenômeno comum em crianças, obesos, cadáveres cuja morte se deu por tóxicos ou álcool.
Corificação: é um tipo de mumificação que ocorre em cadáveres que permanecem em urnas lacradas e forradas com zinco, fazendo com que os tecidos de revestimento do cadáver endureçam e fiquem parecidos com couro.
Plastinação: é fenômeno de conservação artificial, onde resinas sintéticas substituem os tecidos corporais, técnica muito utilizada por museus.
Congelamento: o cadáver é congelado, o que impossibilita determinar a hora da morte, pois os fenômenos cadavéricos não se desenvolvem, mantendo o cadáver totalmente conservado.