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ID
2121385
Banca
MPE-PB
Órgão
MPE-PB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

É fenômeno transformativo destrutivo que o cadáver do feto manifesta no útero materno:

Alternativas
Comentários
  • Os fenômenos cadavéricos podem ser destruitivos ou conservadores.

    Na questão há duas opções com fenômenos destruitivos (autólise e maceração) e duas com fenômenos conservadores (mumificação e saponificação).

     

    fenômenos cadavéricos destrutivos: autólise, putrefação e maceração.

    Autólise: é a autodestruição celular após a morte do organismo. Após cumprir o seu ciclo vital, deixando de ter utilidade para o organismo, nossas células liberam as enzimas dos seus lisossomos (estômagos celulares) e sofrem autodestruição. O meio se transforma se acidificando.

     

    Maceração: é a destruição dos tecidos moles, decorrente do excesso de humidade ou presença mesmo de muito liquido. A maceração poder ser asséptica (quando o meio é estéril – sem germes, o cadáver adquire aparência especial, todo enrugado) ou séptica (quando o meio é contaminado - os tecidos se enrugam e depois se desprendes, em pedaços). A maceração da pele pode ser comumente encontrada também em vítimas de afogamentos (manchas de paltauf, maceração da pele e cogumelo de espuma são os sinais mais comuns em afogamentos). Há ainda a Maceração fetal: o normal é que, morrendo o feto ainda dentro do útero, o organismo o expele do organismo da mãe. Quando isso não ocorre (a expulsão), o líquido amniótico começa a destruir os tecidos moles daquele feto. Portanto, a maceração fetal é aquela que ocorre no feto pela ação do liquido amniótico.

     

    - Putrefação: é um fenômeno destruidor que tem quatro etapas: fase cromática (ou de coloração), fase enfisematosa (ou de gaseificação), fase redutora (ou de coliquação) e fase de esqueletização.

     

     

  • fenômenos cadavéricos conservadores: mumificação, saponificação (também denominado de adipocera) e corificação.

     

    São fenômenos conservadores naturais que começam a se instalar dois ou três meses após a morte. O cadáver primeiro entrará em putrefação, que não prossegue, fazendo com que o cadáver mumifique, saponifique ou corifique.

     

    Mumificação: ambiente pouco arejado, seco (falta umidade prejudica a putrefação) e quente, com acentuada perda de líquidos, o que faz com que o cadáver apodreça são as bactérias, que dependem de água para se proliferarem, com a acentuada perda de líquidos e a falta de umidade a putrefação não prossegue (bactérias precisam de ambiente quente e com água para reprodução)a mumificação aqui tratada não é a dos egípcios, lá a mumificação era artificial.

    A pele ficará endurecida, pergaminácea, lenhosa, dando a impressão de couro seco. O peso do corpo é reduzido a 50% a 70% do normal, a característica marcante da mumificação é a dessecação do corpo.

     

    Saponificação: também denominada de adipocera (cera de gordura), começa dois a três meses após a morte, o cadáver colocado em um ambiente quente e úmido entra em putrefação, onde a umidade muito acentuada não deixa que as bactérias se proliferem. Com isso, a gordura corporal (presença necessária) que há no cadáver começa a reagir com as substâncias que tem no solo (metais, solo argiloso), formando um produto químico muito similar a uma cera/sabão, que cobre o cadáver, dificultando a putrefação e conservando-o por séculos. Saponificar é recobrir o cadáver, no todo ou em parte, por material gorduroso, parecendo cera. A saponificação, ou adipocera, é um fenômeno comum em crianças, obesos, cadáveres cuja morte se deu por tóxicos ou álcool.

     

    Corificação: é um tipo de mumificação que ocorre em cadáveres que permanecem em urnas lacradas e forradas com zinco, fazendo com que os tecidos de revestimento do cadáver endureçam e fiquem parecidos com couro.

     

    Plastinação: é fenômeno de conservação artificial, onde resinas sintéticas substituem os tecidos corporais, técnica muito utilizada por museus.

     

    Congelamento: o cadáver é congelado, o que impossibilita determinar a hora da morte, pois os fenômenos cadavéricos não se desenvolvem, mantendo o cadáver totalmente conservado.

  • LETRA A) INCORRETO- MACERAÇÃO que consiste em um processo de transformação em que há a destruição dos tecidos moles do cadáver, através da ação prolongada de líquidos, originando em uma pele enrugada e esbranquiçada. Pode ocorrer em: I) indivíduos: a) séptica (quando há contaminação do líquido); b) asséptica (quando não há contaminação do líquido); II) fetos

    LETRA B) INCORRETO- SAPONIFICAÇÃO- também conhecida como ADIPOCERA- comum em covas com mais de um indivíduo. Ocorre em ambiente muito úmido, quente e pouco arejado. Cadáver fica com aspecto mole, untuoso, lembrando um sabão ou cera.

    LETRA C) INCORRETO-MUMIFICAÇÃO- condição essencial para que ocorra é a falta de umidade. FRANÇA explica que: "o cadáver mumificado apresenta-se reduzido em peso, pele dura, seca, enrugada e de tonalidade enegrecida, cabeça diminuída de volume, a face conserva vagamente os traços fisionômicos; os músculos, tendões e vísceras destroem-se pela pressão leve, transformando-se em pó, e os dentes e as unhas permanecem bem conservados". FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 1.044

    LETRA D) CORRETA- “Chama-se de autólise o processo de destruição celular, caracterizado por uma série de fenômenos fermentativos anaeróbicos que se verifica na intimidade da célula, motivados pelas próprias enzimas celulares e que levam à destruição do corpo humano logo após a morte. Sem nenhuma interferência bacteriana, como se a célula estivesse programada para agir desta forma em determinado momento e de forma rápida e intensa. É o mais precoce dos fenômenos cadavéricos. Este processo passa por duas fases: na primeira (fase latente) as alterações são apenas no citoplasma da célula; na segunda (fase necrótica) há comprometimento do núcleo com o seu desaparecimento. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p.1031.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • O professor deu como resposta gabarito diferente do que a banca deu, pode isso, Arnaldo?

  • 12 pessoas marcaram a E kkkkkkkkkkk