Em 1808, James Currie publicou o seguinte:
Se uma definição de vida for solicitada, deve ficar claramente estabelecida nela o processo pelo qual um animal preserva seu
próprio calor, sob vários graus de temperatura do meio em que vive. Os animais mais perfeitos possuem essa capacidade em
grau maior e, para exercer suas funções vitais, ela é necessária. Os animais inferiores possuem essa capacidade em grau
menor, apropriado às suas funções. Nos vegetais, ela parece existir, mas em grau ainda menor, de acordo com suas forças
ainda mais limitadas e destino mais humilde...
Há razão para acreditar que, enquanto a temperatura do corpo humano permanece inalterada, seu estado de saúde não é
permanentemente interrompido pelas variações na temperatura do ambiente que o circunda; mas poucos graus de aumento
ou diminuição do calor no sistema produzem doença e morte. Assim, o conhecimento das leis que regulam o calor vital, parece
ser o mais importante ramo da fisiologia.
(CURRIE, James. 1808. In: Clark M. Blatteis (Org.) Fisiologia e Patofisiologia da regulação da temperatura. São Paulo: Edusp, 2011.p. 15)
A despeito da linguagem finalista empregada pelo autor, é possível verificar em seu texto que a importância da regulação da
temperatura corpórea já era conhecida no início do século XIX. Após ler o texto, um estudante fez as afirmações abaixo:
I. “Os animais mais perfeitos” citados pelo autor são os ectotérmicos.
II. O autor estabelece uma relação entre termorregulação e manutenção da homeostase.
III. O organismo cujo “estado de saúde não é permanentemente interrompido pelas variações de temperatura do meio”
possui intenso consumo alimentar em situações de frio extremo.
Está correto o que se afirma APENAS em