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ID
2137030
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biologia
Assuntos

Acacia drepanolobium é uma árvore típica das savanas africanas frequentemente ocupada por colônias de formigas hospedeiras Crematogaster mimosae ou Crematogaster sjostedti.
A poda frequente de A. drepanolobium realizada por grandes mamíferos herbívoros induz a produção de domáceas e nectários extraflorais, recursos que favorecem a ocupação por C. mimosae, espécie que se comporta agressivamente na defesa da planta contra insetos herbívoros.
Em regiões onde a caça de grandes mamíferos reduziu a população destes herbívoros, A. drepanolobium reduz a oferta de nectários extraflorais e domáceas e C. sjostedti é a espécie de formiga dominante. Ao invés de construir seus ninhos nas domáceas, como faz C. mimosae, C. sjostedti abriga-se nos buracos dos caules e galhos cavados por larvas de besouros. Também nesta região, o crescimento e a sobrevivência dos indivíduos de A. drepanolobium é menor do que nas regiões onde há mais mamíferos herbívoros.
Sobre as relações ecológicas entre as espécies citadas é correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • Protocooperação: Ambas as espécies se beneficiam, mas sem estar dependentemente, e tampouco obrigatoriamente, unidas. Ex: Caranguejo-eremita e anêmonas-do-mar. 

    Comensalismo: Um organismo se alimenta de restos da alimentação de outro. É uma relação que fornece benefícios apenas a uma espécie, enquanto a outra permanece indiferente. 

  • Só acho que na letra C deveria estar escrito: grandes mamíferos herbívoros. 

  • Acredito que a herbivoria não é um tipo de protocooperação e sim de predação.

  • Ciência Hoje:

    A ação predatória do homem sobre a natureza pode ter conseqüências inusitadas. Um estudo publicado na revista Science desta semana revela que a redução da população de grandes mamíferos herbívoros, como elefantes e girafas, pode prejudicar até as árvores que lhes servem de alimento, pois a relação de dependência entre essas plantas e alguns tipos de formigas fica comprometida.

    Depois de dez anos de estudo, Palmer e sua equipe concluíram que, sem o perigo iminente gerado pela presença dos animais, a árvore reduz a produção de néctar na base de suas folhas e rompe a relação amigável com as formigas. Sem alimento, o número de indivíduos na colônia, que era de aproximadamente 100 mil por árvore, diminui consideravelmente, o que torna menor o poder de fogo dos insetos contra os ataques externos.

    Assim, morador e moradia viram alvos fáceis de novos predadores, como um quarto tipo de formiga, que não estabelece uma relação benéfica com a planta. Ao contrário, esses invasores tornam-se parasitas: apenas se alimentam da árvore, mas não fornecem proteção em troca. Além disso, favorecem a entrada de uma espécie de besouro cujas cavidades depois lhes servem de abrigo.

    A pesquisa revelou ainda que as formigas presentes nas acácias cercadas juntam mais néctar do que as de árvores em contato com herbívoros, o que também poderia enfraquecer as plantas. As árvores cercadas estavam duas vezes mais propensas a morrer e cresciam 65% mais devagar.

  • Antonio Ronnilson, predação tem intenção de matar para se alimentar. Os herbívoros não mataram a planta.