Compõe a fala desses professores a queixa de que a indisciplina é responsável pelo estresse entre eles e pelo insucesso muitas vezes constatado no processo de ensino-aprendizagem.
Devido às configurações adquiridas pelas expressões de indisciplina na escola exige-se dos profissionais da educação um repensar sobre o conceito de indisciplina, que não mais pode ser considerado como “problema de comportamento”,
Aquele aluno considerado indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras da escola, mas porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas, atitudinais e morais. (Garca,2002)
Dessa forma, a indisciplina escolar está intimamente ligada a tudo que diz respeito ao ensino, aos objetivos, às práticas e perspectivas que a orientam, além dos “condicionantes próprios da aula, da escola, da comunidade e do sistema”. (Amado, 2001 apud Oliveira, 2004, p. 45).
Cabe ao supervisor escolar analisar, em ação conjunta com os professores, as contradições existentes entre o fazer pedagógico e a proposta pedagógica da escola. Também é necessário que o mesmo demonstre, fundamentado cientificamente, que quando se trata de indisciplina na escola as ações voltadas para a prevenção desta são mais eficazes do que medidas baseadas em mecanismos de intervenção, ou seja, é fundamental que se avance para uma mentalidade preventiva quando o assunto é indisciplina escolar, encarando esse fenômeno como previsível e deixando de vê-lo apenas no nível de intervenção.
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