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ID
2143465
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2016
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o texto a seguir:

A política no pódio: episódios de tensões e conflitos nos Jogos Olímpicos da Era Moderna

Flavio de Campos

      Em tempos de protestos e conflitos em praças esportivas brasileiras, este artigo tem como objetivo retomar alguns episódios marcantes de tensões e enfrentamentos ideológicos ocorridos durante a história dos Jogos Olímpicos de Verão da Era Moderna. Pretende-se questionar a perspectiva, contida nos discursos oficiais do Comitê Olímpico Internacional, entre os organizadores dos mais diversos países e de setores expressivos da imprensa, de que a política e os esportes devem estar apartados em nome do espírito olímpico. A referência a tais episódios demonstra como as situações históricas revelam a recorrência das práticas e confrontos políticos mais ou menos explícitos. 

CAMPOS, F. de. A política no pódio: episódios de tensões e conflitos nos Jogos Olímpicos da Era Moderna. História USP, São Paulo, n. 108, jan./mar. 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br>. Acesso em: 20 ago. 2016. 


O artigo publicado na Revista da Universidade de São Paulo (USP) traz inferências quanto a questões políticas, sociais e culturais (co)relacionadas à História das Olimpíadas. 

Analise os itens a seguir, julgue-os e posteriormente assinale a alternativa correta: 

I. Na Antiga Grécia, a trégua sagrada (εκεχερία – ekechería) era proclamada a cada quatro anos por emissários que anunciavam a realização dos Jogos Olímpicos. Assim, as hostilidades entre as póleis deveriam ser suspensas e garantidos salvo-condutos nos percursos de ida e volta da cidade de Olímpia, considerada como território neutro e inviolável durante as competições. 

II. Em 393 d.C., Ambrósio, bispo de Milão, obteve do imperador romano Teodósio a proibição aos Jogos Olímpicos, a principal referência lúdica da cultura clássica. Em um contexto de afirmação do cristianismo e de luta contra os mais diversos paganismos, o combate aos jogos fúnebres e às reminiscências aos demais jogos helênicos (píticos, nemaicos e ístmicos) fez parte do programa de ação das lideranças cristãs que procuravam estabelecer a sua hegemonia diante de outros sistemas de crenças e práticas devocionais no Mediterrâneo.

III. O resgate dos Jogos Olímpicos no final do século XIX, capitaneado por Pierre de Freddy, o barão de Coubertin, foi estimulado pelas proposições do cristianismo atlético ou cristianismo muscular, que se desenvolvera, sobretudo nas escolas inglesas, articulando-o a uma visão idealizada do mundo grego, que serviria de preceptiva para as práticas esportivas dos sportsmen

IV. Berlim foi a cidade escolhida para sediar os Jogos de 1916. Os dirigentes do Comitê Olímpico Internacional acreditavam que a indicação da Alemanha pudesse contribuir para evitar a eclosão da guerra, como se fosse possível uma ekechería no mundo contemporâneo. Pelo contrário, a guerra impediu a realização da VI Olimpíada da Era Moderna. O mesmo voltaria a acontecer em 1940 e em 1944, no contexto da Segunda Guerra Mundial. Ainda assim, esses jogos são oficialmente contados, mesmo que não realizados. 

Alternativas