SóProvas


ID
2144077
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Pessoas que têm pesadelos são mais criativas, diz estudo


É hora de repensar o papel do pesadelo na nossa sociedade


    A origem etimológica da palavra “pesadelo” diz muito sobre o sentimento que temos ao despertar de um sonho apavorante. Em português, é derivada da palavra “pesado”, ou seja, remete àquela sensação de peso sobre o peito que só um pesadelo dos bons pode causar. Em inglês, a origem da palavra é ainda mais interessante: é uma conjunção de “night” (noite) e “mare”, que faz referência a espíritos malignos que, para os antigos, possuíam as pessoas durante o sono. Por muito tempo, foi assim que a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo, assombroso e estranho criado pelo cérebro. Mas estudos recentes vêm mostrando que é hora de repensar o papel dos pesadelos na nossa sociedade.

    Em um estudo recente publicado na New Scientist, a pesquisadora Michelle Carr, que estuda sonhos na Universidade de Montreal, explica que existem duas teorias dominantes para o surgimento dos pesadelos. Uma é que eles são uma reação a experiências negativas que acontecem enquanto estamos acordados. A outra é a “teoria de simulação de risco”, a ideia de que usamos os pesadelos para “treinar” adversidades, de forma que estejamos mais preparados quando coisas ruins realmente acontecerem. Seja como for, os pesadelos trazem realmente alguns benefícios reais. Um estudo de 2013, por exemplo, descobriu que pessoas que sofrem com pesadelos de forma recorrente são, em geral, mais empáticas. Elas também demonstraram mais tendência a bocejar quando outra pessoa boceja na frente delas, o que é um indicador de empatia.

    Além disso, Carr descobriu que pessoas que têm pesadelos constantes costumam pensar mais “fora da caixa” em tarefas de associação de palavras. Essa é mais uma pesquisa que relaciona sonhos ruins à criatividade; durante os anos 80, o pesquisador do sono Ernest Hartmann, que trabalhou como psiquiatra em uma universidade de medicina em Boston, descobriu que pessoas que buscavam ajuda para ter noites mais tranquilas não eram necessariamente mais assustadiças ou ansiosas, mas tinham maior sensibilidade emocional em geral. Segundo o Science of Us, ele concluiu que sensibilidade é a força motriz por trás de sonhos intensos. Uma sensibilidade mais alta a ameaças ou medo durante o dia pode resultar em sonhos ruins, enquanto paixão e empolgação causarão sonhos mais felizes. E ambos os casos acabam criando impacto na vida real, seja aumentando níveis de estresse após um pesadelo ou criando laços sociais mais fortes após um sonho positivo com alguém que você conhece.

    Mas os efeitos vão além. O estudo de Hartmann aponta que a sensibilidade influencia percepções e pensamentos acordados. Pessoas que têm muitos pesadelos passam a ter pensamentos mais parecidos com sonhos, fazendo conexões inesperadas. É aí que entra a criatividade: estudos anteriores mostram que essas pessoas têm mais aptidão para a criatividade e a expressão artística. Para comprovar isso, Carr realizou o teste com uma série de voluntários, entre eles uma pintora e um músico. Batata: ambos tiraram notas altas no teste de criatividade e, curiosamente, revelaram que sonham constantemente. Para Carr, “a riqueza da imaginação não fica confinada ao sono, mas permeia o pensamento e os sonhos acordados”.

    Outra conclusão de Carr é que pessoas que têm mais pesadelos acabam tendo mais sonhos positivos que a média geral. Seria uma compensação do cérebro? Só mais pesquisa dirá.

Retirado e adaptado de: <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/05/pessoas-que-tem-pesadelos-sao-mais-criativas-diz-estudo. html>.

Em “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”, há quais das figuras de estilo apresentadas a seguir?

Alternativas
Comentários
  • Gab: E

     

    prosopopéia

    A prosopopéia é bastante comum nas fábulas e apólogos, uma vez que nelas os animais e seres inanimados ganham vida e expressam características humanas: falam, pensam, brigam e expressam seus sentimentos.

     

    onomatopeia.

    Leia esses versos de Jorge de Lima:

    “(...) foguetes, bombas, chuvinhas,
    chios, chuveiros, chiando,
    chiando
    chovendo
    chuvas de fogo
    chá – Bum?”

    Observe que o eu lírico construiu o sentido do poema explorando palavras cujo som dos fonemaslembra a coisa representada. Ou seja, o que acontece nesses versos é a imitação, por palavras, do som natural das coisas. Chamamos essa figura de linguagem de onomatopeia.

     

    http://www.infoescola.com/linguistica/onomatopeia/

  • GABARITO: letra E

     

    Encarar” é uma ação exclusivamente humana. Aqui temos, portanto, uma prosopopeia (seres ou objetos inanimados assumem características humanas).

     

    Também temos uma comparação: os pesadelos eram vistos como algo negativo.

  • PROSOPOPEIA: FIGURA QUE CONSISTE EM ATRIBUIR PARTICULARIDADES DE SERES ANIMADOS (COM VIDA) A SERES INANIMADOS (SEM VIDA). ESSA FIGURA TAMBÉM SE CARACTERIZA QUANDO SÃO ATRIBUÍDAS CARACTERITICAS HUMANAS A ANIMAIS.

    COMPARAÇÃO: É MUITO PARECIDA COM  A METÁFORA,PORÉM A PARTICULA DE COMPARAÇÃO,NO CASO COMO, APARECE DE FORMA EXPLÍCITA.

  •  “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”

     

    a ciência encarou -->>atribuição de característica humana à ciência,característica da  PROSOPOPEIA(PERSONIFICAÇÃO)

    como -->>>termo comparativo que indica COMPARAÇÃO,diferente de METÁFORA,que não tem termos comparativos


    GABA   E

  • Prosopopeia ou Personificação

     

    Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Observe os exemplos:

     

    As pedras andam vagarosamente.
    O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia.
    A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
    O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
    Chora, violão.

     

  • Prosopopeia- Quando um ser inanimado é representado como um animal ou quando um ser inanimado ou um animal é representado como um ser humano (prosopopeia). Também pode ser chamada de animismo ou antropomorfização.

    O vento rugia.

    Símile ou comparação- Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: comotal qualigual afeitoque nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

    Ela é bela como uma flor.

    Você é forte como um touro. 

  • Prosopopeia ou Personificação: 

    atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados.

    Ex.: “O sol está tímido”.

  • Prosopopeia ou Personificação: atribuição de características de seres racionais a seres irracionais. Só quem encara são os seres humanos.
  • Letra E.

     

     

    Breve resumo das figuras de linguagem (não lembro quem postou, peguei aqui no QC.) :-)

     

    Metáfora - comparação entre seres distintos. Ex.: Ele tem uma força de leão.

    Metonímia - substituição de um termo por outro com mesma afinidade. Ex.: Eu uso sempre bombril. (lã de aço)

    Comparação ou símile - comparação com uso do conectivo. Ex.: Ela é tão magra quanto um palito.

    Catacrese - expressão que cristalizou no vocabulário. Ex.: Estou com uma coceira na batata da perna.

    Perífrase - refere-se a um ser ou coisa através de suas características. Ex.: A veneza brasileira (Recife) amanhaceu linda.

    Sinestesia - confusão de sentidos. Ex.: Já sentia o cheiro doce da liberdade.

    Hipérbato - inversão grosseira da ordem da frase. Ex.: Ouviram o brado retumbante de um povo heroico, às margens plácidas do Ipiranga.     

    Pleonasmo - repetição. Ex.: Chovia uma chuva.

    Anacoluto - frase quebrada. Ex.: Quem ama ao feio, bonito lhe parece.

    Elipse - omissão. Ex.: (nós) Viajamos logo cedo.

    Zeugma - espécie de elipse, logo se a banca tratar por elipse, também está correto. Ex.: Passei em 4 concursos, Ronaldo nenhum. (concurso)

    Assíndeto - omissão do conectivo de coordenação. Ex.: Comi, dormi, acordei, estudei.

    Polissíndeto - oposto do assíndeto, repetição dos conectivos corrdenativos. Ex.: Comi, e dormi, e acordei, e estudei.

    Anáfora - repetição no começo da frase. Ex.: Quando não tinha nada eu quis. Quando tudo era ausência esperei.

    Antítese - expressões antônomas. Ex.: Na saúdena doença, até que a morte os separe. 

    Oxímoro ou paradoxo - aproximação de palavras contrárias sem lógica. Ex.: Amor é fogo que arde sem ver.

    Hipérbole - exagero. Ex.: Ela chorou até desidratar.

    Gradação - enumeração. Ex.: Isso é igual em todo lugar: aqui, ali, na esquina, em outro país, do outro lado do mundo.

    Eufemismo - suavização de coisa negativa. Ex.: O homem ficou rico por “meios ilícitos. (roubar)

    Ironia -  Aquilo que se diz não corresponde exatamente ao que se quer dizer Ex.: Ela é tão boazinha que só vive doente.

    Prosopopeia ou personificação - atribuir características humanas a seres inanimados. Ex.: O sol encantado com sua beleza.

    Aliteração - repetição de determinada consoante. Ex.: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

    Assonância - repetição de vogal tônica ou encontro vocálico. Ex.: Essa desmesura de paixão, é loucura do coração.

    Paronomásia - aproximação de palavras pela sonoridade. Ex.: Você está confundindo espinafre de caçarolinha com espingarda de caçar rolinha.

    Onomatopeia - imitam sons. Ex.: tic tac. (relógio)

    Paralelismo - repetição da construção da frase. Ex.: Começou a circular o expresso 2-2-2-2 que parte direto do Bonsucesso pra depois

  • Mas existe pesadelo bom? Não é um caso de pleonasmo?

  • Concordo com você Nyria. Além disso, vejo uma metonímia em " a ciência encarou", ora a ciência não encara nada, são os cientistas que trabalham para  a ciência que encaram. Enfim, fui pela menos errada.

  • "a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo. "

     

    "pesadelos" é algo implicito negativo ae ele repete "....como algo negativo."

     

     

    "Pleonasmo (figura de linguagem)

    No pleonasmo literário há uma repetição de ideias que visa intensificar o valor expressivo das palavras, reforçando o que está sendo transmitido, e assim despertar sentimentos e captar a atenção do leitor. É uma figura de linguagem.

    Chovia uma triste chuva de resignação” (Manuel Bandeira)

     

    Pleonasmo vicioso:

    No pleonasmo vicioso, a repetição das ideias é supérflua e inútil, sendo desnecessária para a transmissão do conteúdo da frase. 

    "entrar para dentro"

     

    https://www.normaculta.com.br/pleonasmo/

    https://www.figuradelinguagem.com/pleonasmo/

  • Prosopopéia - dar vida a ñ humanos,  a cínica encarou os pesadelos.

  • Dica matadora não vão confundir pleonasmo como vicio de linguagem

  • PROSOPOPEIA: CONSISTE NA ATRIBUIÇÃO DE CARACTERÍSTICAS HUMANAS, COMO SENTIMENTOS, LINGUAGEM HUMANA E AÇÕES DO HOMEM, A COISAS NÃO HUMANAS.

    EX:a ciência encarou os pesadelos

    COMPARAÇÃO:

    CONSISTE NA APROXIMAÇÃO ENTRE 2 OBJETOS POR MEIO DE UMA CARACTERÍSTICA SEMELHANTE ENTRE ELES, DANDO A UM AS CARACTERÍSTICAS DO OUTRO. DIFERE DA METÁFORA PORQUE POSSUI, OBRIGATORIAMENTE, TERMOS COMPARATIVOS:

    EX:  “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”


  • BANCA FULERA!

    PARA MIM METONIMIA

    A CIÊNCIA SÃO OS CIENTISTAS

  • Onomatopeia é a imitação de sons, seja de animais, objetos ou pessoas.

  • “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”,

    Prosopopeia= a ciência encarou --> atribuiu uma característica humana á ciência.

    Comparação= como algo negativo--> conjunção comparativa.

  • FOCO!

    GABARITO: E . SEM DUVIDAS.

    OBS: VOLTA NA TEORIA ANTES DE RECLAMAR AQUI GALERA.

  • prosopopeia - atribuir qualidades humanas ou nao-inanimadas a seres brutos. a ciencia encarou. ciencia nao encara, mas na prosopopeia, sim. a comparacao aparece ao usar cinjuncao comparativa como, completando o sentido da oracao

  • GABARITO: LETRA E

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ou perífrase ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. Aproximação por semelhança.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    ◀ Meus resumos + Resumo feito do livro "Gramática - Ernani & Floriana".

  • Na questão apresentada podemos ver que ocorre uma prosopopeia e comparação.

    "A ciência teve pesadelos" nesse caso a ciência está tendo funções de um ser com vida. Sendo assim, ocorre uma prosopopeia, o conectivo como remete a comparação.