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ID
2145466
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Uma menina de 6 anos encontra-se internada na pediatria de um hospital para a realização da terceira cirurgia, já que nasceu com problema renal. Sempre que necessita de internação, realização de uma cirurgia ou procedimentos, os pais da menina a presenteiam com algo que ela deseja muito, a fim de minimizar o sofrimento da filha, o que desperta na criança a ânsia pelas futuras internações.

De acordo com o caso clínico apresentado, qual é o foco mais adequado para o atendimento psicológico?

Alternativas
Comentários
  • Um dos focos a ser trabalhado no atendimento psicológico da criança e seus pais, será a questão da necessidade de presenteá-la com algo que ela deseja muito, toda vez que se faz necessário retornar ao hospital. Ademais, esse comportamento está gerando na criança ansiedade pelas futuras internações. Provavelmente, exista dificuldade dos pais em torno da aceitação e enfrentamento da doença. 

  • Não consegui achar nenhum texto referência que justifique para o gabarito A. 

  • O ganho secundário é um privilégio que a pessoa passa a desfrutar após ficar doente, e pode ser de ordem material, afetiva e psicológica. Pode funcionar como reforço positivo para a manutenção da doença. (Simonetti, 2013)


    Na questão podemos observar que a menina sente-se ansiosa pelas próximas internações, o que nos reporta ao seu desejo por novos privilégios, ganhos.

  • Tudo bem, eu entendi que a garotinha está tendo ganhos secundários pela internação por causa dos presentes, mas a questão pergunta "qual o foco PARA o atendimento da situação", nesse caso o foco do atendimento deve ser a relação familiar para que seja trabalhado a situação de a menina está querendo ficar internada só para ganhar presentes...

    Qualquer Psicólogo sensato e preparado, trabalharia a a família e estas atitudes e não atacaria apenas as consequências, que neste caso é o ganho secundário...

    Com certeza a questão não foi formulada por um profissional de Psicologia.

  • No livro manual de psicologia hospitalar é possível encontrar justificativa teórica que fala sobre os ganhos secundários da doenças, nesse caso é letra A mesmo, pois simonetti explica que a doença pode trazer deferentes tipos de reações e consequências, uma delas são os ganhos secundários, como por exemplo, receber mais atenção, quando o paciente consegue obter vantagens com sua nova condição. O autor alerta que nesses casos é preciso que o psicologo intervenha, inclusive orientando a família.

  • Questão mal elaborada já que "ânsia" pode ter outros significados além de desejo e entusiasmo, como, por exemplo ansiedade, angústia e mal estar. Quando li a primeira vez não identifiquei a palavra como algo ligado ao desejo e sim mais próximo de uma ansiedade, angústia, como se os presentes dos pais sinalizassem que teria que ser internada logo deixando a criança mais nervosa ao invés de acalmar.

    Enfim, não quero confundir ninguém, levando em consideração que a questão considerou "ânsia" como desejo, entusiasmo pelas próximas cirurgias é justificável que se trabalhe com esses GANHOS SECUNDÁRIOS referentes a internação.

  • Tenho ânsia por este livro de Simonetti!!

  • O que precisamos compreender é que o trabalho do Psi. Hospitalar é um trabalho pontual, ele não é chamado a aprofundar as causas das demandas que lhe são emergentes. Muitas vezes esse profissional não dispõe de tempo de qualidade para realizar um trabalho complexo como se deveria, tendo que atuar apenas no núcleo do problema, que, neste caso se apresenta como as consequências vivenciadas pelo ganho secundário da internação.

  • Trabalhar a questão familiar como foco é demanda para outro momento. Ao psicólogo hospitalar o foco é o ganho secundário da doença, óbvio que questões relacionadas aos pais serão abordadas, mas não será o foco.

  • Ao ler em um primeiro momento a letra C realmente faz sentido, mas a palavra ânsia e o contexto em que ela aparece surge como forma de desejo e não de aversão. A letra A está correta porque Alfredo Simonetti falava sobre ganhos e perdas com o processo de adoecimento, dentre os quais está os ganhos secundários.