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ID
214720
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ADAGRI-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Engenharia Agronômica (Agronomia)
Assuntos

Atributos de natureza genética, física, fisiológica e sanitária definem a qualidade das sementes utilizadas na agricultura e, assim, determinam a capacidade de elas originarem cultivos uniformes, vigorosos, sem contaminação por moléstias transmitidas por sementes. Com relação a esse assunto, julgue os itens seguintes.

Algumas sementes, após cessada a quiescência, não germinam, sendo, por isso, denominadas dormentes. A dormência primária ocorre quando há necessidade de período de armazenamento pós-colheita.

Alternativas
Comentários
  • Dormência primaria:
    –Característica da espécie ou cultivar;
    –Programada geneticamente;
    –Se instala ainda na fase de maturação;
    –E aquela que já se manifesta quando a semente completa seu desenvolvimento, ou seja, quando colhemos a semente, ela já apresenta dormência
    –Dormência de pos-colheita
    –Em alguns casos basta o período de armazenamento para superar tal dormência.

    Dormência secundaria:
    –Ocorre esporadicamente em resposta ao ambiente
    - Quando as sementes maduras que não apresentam dormência são expostas a fatores ambientais desfavoráveis induzindo ao estado de dormência.
    –Estas Sementes não dormentes quando colocadas sob condições de estresse desenvolvem uma dormência secundária.
    Ex.
    1)Temperaturas elevadas em alface: Sementes que não exigiam luz para germinar após serem submetidas a temperaturas de 35/ºC passam a exigir luz para germinar.
    2)Secagem de sementes de sorgo;
    3)Secagem de sementes de arroz.
  • Por definição, uma semente ‘quiescente’ é aquela que inicia e completa o processo germinativo quando não há insuficiência de fatores exógenos (como água, calor e oxigênio) ou, numa definição mais exata, é aquela capaz de germinar na maior amplitude possível de fatores do ambiente físico, considerando-se os limites impostos pelo seu genótipo (Baskin & Baskin 2004). Em outras palavras, uma semente quiescente não germina a menos que encontre um conjunto de fatores ambientais não limitante às suas necessidades. Portanto, pode-se considerar quiescente tanto uma semente não hidratada como uma semente hidratada e guardada no congelador, por exemplo. Uma semente ‘dormente’, por sua vez, não tem capacidade de germinar, num período de tempo especificado, em uma ou mais combinações de condições ambientais nas quais a semente germinaria normalmente se não estivesse com dormência (Baskin & Baskin 2004). Assim, remetendo a um conceito clássico de dormência, a semente dormente não germina em condições ambientais normalmente consideradas favoráveis ou adequadas. Concluiu-se que as sementes dormentes apresentavam algum bloqueio interno à germinação, o qual deve ser superado por intermédio de um processo conhecido como pós-maturação ou quebra de dormência, para que então a semente fique apta a germinar. Assim, enquanto a dormência é causada por um ou mais bloqueios situados na própria semente ou unidade de dispersão, a quiescência é provocada pela ausência ou insuficiência de um ou mais fatores externos necessários à germinação.