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ID
2156599
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

Alternativas
Comentários
  • René Descartes produziu uma inflexão no pensamento ocidental ao trazer para o centro da atividade intelectual a dúvida e a fundou como método, não que desprezasse tudo o que foi pensado e desenvolvido anteriormente, mas por acreditar que todo o saber deve ser resultado de uma constatação investigativa levada à cabo pelo indivíduo. O método cartesiano pressupunha, além da dúvida como predisposição, a divisão do problema em tantas partes quanto possa ser dividido. Dessa forma o filósofo propunha que a capacidade investigativa se faria mais completa, a partir da descrição e solução dos problemas mais simples que gradualmente se complexificariam permitindo alcançar resultados mais eficientes evitando os preconceitos, as superstições, os falsos saberes que afastaria o cientista da verdade. O que Descartes propõe é um método para se alcançar a verdade, o método científico moderno nasce em seu pensamento. Quando o filósofo diz que a mera reprodução do saber de filósofos antigos está mais para um aprendizado da história do que de filosofia propriamente dita, Descartes está nos propondo a checagem constante, em nossa realidade, de todos os saberes transmitidos, está advogando pela autonomia do sujeito pensante a partir do exercício da dúvida. A letra D é, portanto, a correta.

    Gabarito do professor: Letra D


  • Resposta: d

     

    Descartes defendeu a autonomia do pensamento em relação ao senso comum. O conhecimento, portanto, deve ser fruto do uso da razão e do juízo próprio para a obtenção da verdade.

     

    Fonte: Vestibular.uol

  • Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

     

  • Viu descartes, ja associa a pensamento ou algo que gere conhecimento.

  • O texto fala que não adianta nós ficarmos só observando os outros resolvendo problemas e etc, mas, nós devemos ter AUTONOMIA para fazer  que se vê e não ficar somente observando, ou seja, você é um sujeito pensante, então tenha autonimia e trabalhe para aprender. Acho que é isso, espero ter ajudado :D

  • Cogito ergo sum.

  • A EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR É EXCELENTE!!.. Mas está aqui mais uma para diversificar o raciocínio :)

    O filósofo Descartes foi considerado “pai” do racionalismo moderno por alterar a objetividade racional utilizada na Antiguidade. Para tal, o filósofo buscava uma metodologia específica na qual utilizava-se de uma dúvida hiperbólica em que chegava a um conhecimento inabalável. Sua teoria do cogito (“Penso logo existo’), demonstra a autonomia do homem enquanto ser racional.

    Equipe Descomplica

  • Letra D

    Descartes "penso, logo existo"

    Descartes vive um momento de transição, em que a razão e o raciocínio estão muito presentes. O sujeito precisa usar sua própria mente - precisa ser autônomo. Antes de Descartes a Idade Media, o conhecimento era centralizado. A partir do liberalismo o conhecimento e o raciocínio podem ser comuns.

  • Gabarito D

    René Descartes é considerado o "Pai do racionalismo", logo a razão era o caminho para a verdade que, dessa forma, deveria partir do ser pensante.