Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer
crescer a produção. É certo que a produção se organiza de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o
que repercute também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o simples crescimento extensivo já complica o
esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos
núcleos urbanos etc. assim, pouco a pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e quanto mais o
sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia
central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma
mecanização da indústria (Revolução Industrial), todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se
acomoda nem com as barreiras do regime de exclusivo colonial nem com o regime escravista de trabalho.
(NOVAIS, Fernando Antônio. As dimensões da independência. In: MOTA, Carlos G. 1822 – Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972, p. 23)
Com base no conhecimento histórico e no texto é correto afirmar que a Revolução Industrial