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ID
2168995
Banca
INCP
Órgão
Prefeitura de Belford Roxo - RJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Brasil – Limites do ilimitado: humanizar o trânsito urbano
     Embora exista desde milênios, as cidades exibem as marcas fundamentais da civilização urbana deste início de século. Nas últimas duas décadas, mais de um bilhão de seres humanos migrou para as cidades. Foi o maior movimento populacional da história. Nos mais diversos continentes multiplicaram-se cidades com mais de dois milhões de habitantes. Não por caso, ou apenas por questões culturais.A mudança é fruto de uma organização social e econômica, que mais do que nunca, concentrou a propriedade da terra e fortaleceu um movimento agrícola de exportação que obriga os lavradores a deixarem suas terras procurando refúgio nas periferias das grandes cidades.
    A especulação imobiliária cria um muro imaginário, mas quase intransponível entre as áreas nobres e as periferias entregues ao deus-dará. Como se fosse dividida em duas ou três, a cidade tem áreas que servem de centro do poder político, outros locais liberados para atividades econômicas, culturais ou para lazer e tem também os bairros e ajuntamentos de periferia, nos quais o planejamento urbano é quase ausente. Para os que têm recursos, a cidade é multicultural e se manifesta na pluriformidade de roupas, gestos, cenas e serviços. Para a população empobrecida que, em cada cidade, é mais tratada como massa de refugiados do que como cidadãos de pleno direito, a cidade é apenas o formigueiro humano, discriminado e agredido em sua dignidade.
   Há deterioração das condições de vida em bairros de periferia mesmo em cidades prósperas dos Estados Unidos como Detroit ou Chicago, que apresentam índices de desenvolvimento urbano em tudo piores do que os de muitas favelas do Rio de Janeiro, Guaquil, Salvador ou Bombay. Isso para não falar dos aglomerados humanos nas cidades norte-americanas de fronteira, guetos de refugiados, como quaisquer campos de concentração em tempos de guerra. O mundo inteiro assistiu às revoltas e quebra-quebra de moradores de bairros periféricos de Paris e de algumas cidades francesas.
  Como a corrente sempre quebra no elo mais fraco, toda cidade mostra sua maior ou menor exeqüibilidade na organização do trânsito. São Paulo conta com centros administrativos dignos do primeiro mundo e intensa vida cultural, mas, infelizmente, a sua cara é o trânsito caótico, perigoso e congestionado. Na Europa, o trânsito urbano é o que mais diferencia Roma e Paris, assim como, nos Estados Unidos, se diferenciam a imensa Nova York, na qual o trânsito e intenso e complexíssimo, mas nunca deixa de fluir e a latino-americana Miami que, de vez em quando, pára e atrasa a vida de todo mundo.
    Em cidades como Goiânia, o lado mais terrível da desumanização do trânsito é a violência que continua atingindo tanto a pedestres, como a passageiros. Acidentes mortais se multiplicam e pequenos incidentes entre motoristas têm, uma vez ou outra, gerado balas e mortes gratuitas.
   É possível que, por trás desta violência quase rotineira em nossas grandes cidades, haja também um fenômeno complexo que é o fato de ser quase o único espaço no qual, sob certo ponto de vista, as classes sociais se encontram em condições de pretensa igualdade de direitos. O trânsito é quase o único lugar no qual centro e periferia se encontram ou se cruzam, sob o risco de se chocarem. Em um plano inconsciente das relações estruturais, a sociedade, do modo que é organizada, parece quase permitir que exista certo grau de tensão ou de olhar atravessado entre quem dirige carro particular e os motoristas de táxi, entre quem conduz um ônibus ou um veículo qualquer e um motociclista, em sua maioria, jovem e pobre.
   Por mais que existam, precisamos de mais campanhas de paz no trânsito e de respeito à vida. No trânsito, como na família ou no trabalho, é possível trabalhar para instaurar relações regidas pela cultura de paz e de administração não-violenta dos conflitos que, porventura ocorrerem. Entretanto, a raiz da mudança cultural ocorrerá quando olharmos de forma mais solidária e amorosa a todo ser humano que, em nossa cidade se torna nosso irmão e companheiro. Aí sim, teremos um trânsito e uma convivência urbana de verdadeiros cidadãos.  

Em qual alternativa a palavra “quenão é um pronome relativo, mas sim uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada objetiva direta?

Alternativas
Comentários
  • Quando a palavra "QUE" aceitar ser substituida por "O QUAL" caracteriza um Pronome Relativo.

  • Tipos de QUE

     


    Conj.  Consecutiva
    → Vem após; tão, tal, tamanho, tanto
    → Indica consequência
    → Introduz oração subordinada adverbial consecutiva
     

     

     Conj. Comparativa
    → Vem após; maior, pior, melhor, menor
    → Indica comparação (também usa-se que/do que)
    → Introduz oração subordinada adverbial comparativa
     

     

    Conj. Explicativa
    → Vem após imperativos
    → Equivale a pois
    → Introduz oração coordenada explicativa
     

     

    Conjunção Aditiva
    → 
    Vem entre verbos repetidos
    → Equivale a "e"
    → Introduz Oração coordenada Aditiva
     

     

    → Locuções Conjuntivas
    → Expressóes com carga semantica variada apresentando o conector que
    → Ainda que, mesmo que, visto que, já que, uma vez que, de modo que, de forma que, de maneira que.
     

     

    → Preposição Ocidental
    → Aparece em locuções verbais com ter ou haver + infinitivo (que= de)
     

     

     Pronome Interrogativo
    → 
    Usado em perguntas diretas, pode-se usar que ou o que
     

     

    → Substantivo
    → 
    É acentuado 
    → Admite determinante
    → Aceita plural
    → Equivale a "um pouco" Ex: Ela tem um quê de mistério.
     

     

    → Adverbio de intensidade 
    → 
    Valor de quão
    → Modifica em geral, um adjetivo
     

     

    → Particula Expetiva / Particula de realce
    → 
    Não tem função sintática nem semantica
    → Ajuda a melhorar a sonoridade da frase
     

     

      Pronome Relativo
    → 
    Retoma termo antecedente
    → Introduz oração subordinada adjetiva
    → Une orações a partir de uma palavra comum entre elas
    → Não se esqueça do caso D.R.
     

     

      Conj. Integrante
    → 
    Não retoma termos
    → Introduz oração sub. substantiva
    → Apenas une orações
    → Não tem carga semantica

     

     

  • Quando a palavra "QUE" aceitar ser substituída por "ISSO" caracteriza uma conjunção integrante. 

  • GABARITO A


    MACETE:

    CONJUNÇÃO INTEGRANTE: substitui por ISSO, DISSO ou NISSO

    PRONOME RELATIVO: substitui por OS QUAIS, AS QUAIS.


    bons estudos

  • MACETE 

    Se a palvra QUE for precedida de VERBO é CONJUNÇÃO INTEGRANTE 

     

  • Gabarito: A

    Macete: Que antes de verbo, conjunção integrante!

  • Permitir ISSO.