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Autor: Arenildo Santos
Síntese Teórica - Emprego de “porquês”
Por que (separado e sem acento)
1) Expressão adverbial interrogativa de causa (ou explicação), podendo aparecer em interrogações diretas e indiretas. Nesse caso, pode estar explícito ou não o termo “motivo” (“razão”). Veja.
Por que razão o homem maltrata a natureza?
Por que o homem maltrata a natureza?
Ninguém sabe por que razão o homem maltrata a natureza.
Ninguém sabe por que o homem maltrata a natureza.
2) Expressão relativa com função anafórica. Nesse caso, equivale a uma das seguintes expressões: pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.
A estrada por que vim é tranquila. (por que = pela qual)
O fax por que enviei a texto é antigo. (por que = pelo qual)
Obs.1: Também se usa “por que” quando a palavra “que” funciona como pronome indefinido adjetivo (equivalendo a “qual”). Nesse caso, “por que” equivale a “por qual”.
Você sabe por que caminho ela está vindo?
Obs. 2: Cuidado. Por vezes o segmento “por que” corresponde à seguinte morfologia: a preposição “por” é exigida por um termo anterior; e “que” é conjunção integrante. Veja:
Minha luta por que você supere isso é grande.
Por quê (separado e com acento)
Também tem valor adverbial interrogativo. O acento ocorre diante de pausas fortes. Veja:
O homem maltrata a natureza por quê?
O homem maltrata a natureza, mas ninguém sabe por quê.
Ninguém sabe por quê, mas o homem maltrata a natureza.
Ela admitiu o homicídio, mas explicar por quê será difícil.
Porque (junto e sem acento)
Trata-se sempre de conjunção: seja explicativa, seja causal, seja final.
Não chore, porque me daria pena.
Não chorei porque não tive vontade.
Não chorarei porque não demonstre fragilidade.
Você se assustou porque eu gritei?
Porquê (junto e com acento)
Trata-se de substantivo.
Ninguém sabe o porquê, mas o homem maltrata a natureza.