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ID
2170570
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Médicos estrangeiros

João Medeiros Filho*

Mais uma vez em pauta a discussão em torno da importação de médicos estrangeiros ou formados no exterior. Não poderíamos nos abster de reiterar nosso posicionamento sobre matéria tão relevante. Hoje somos mais de 380 mil médicos no País, o que nos coloca na 5ª colocação no mundo, em números absolutos. Temos 197 escolas,perdendo apenas para a Índia(1,2 bilhão de hab.), superando a China( 1,3 bilhão de hab.) e os Estados Unidos que detêm, respectivamente, 150 e 134 faculdades.
Nossa pequenina Paraíba, com uma população de cerca de 3,8 milhões de almas, conta com 6 escolas médicas e, pelo menos, mais 2 em fase de implantação – um recorde, com certeza. Formam-se por ano, aproximadamente, 16500 esculápios no Brasil e 500 a 600,em nosso meio.Como se não bastasse, a Presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente a intenção de criar mais 4500 vagas anuais para medicina.
Será que precisamos trazer profissionais do exterior?E como seria a revalidação de diploma desses profissionais, via decreto?Faltam médicos em nosso meio?
Não existe ainda um consenso em relação ao número ideal de médicos/ habitante. Pesquisa realizada pelo CFM/CREMESP evidenciou que no Brasil tal coeficiente é de 1,95/1000, o que nos remete ao patamar de diversos países de 1º. mundo, a exemplo do Canadá e dos Estados Unidos.Temos, sim, má distribuição dos profissionais, que se concentram nas grandes cidades e capitais, por falta de políticas públicas que priorizem a interiorização do médico. Em João Pessoa, onde pontificam mais de 3000 esculápios, a relação é de 4/1000, o dobro da média nacional; no entanto, mais de 15% das equipes da ESF não dispõem de médicos, devido a diversos fatores, entre os quais,a falta de condições adequadas de trabalho e de segurança, a fragilidade do vínculo trabalhista e a baixa remuneração. Não é importando médicos que vamos corrigir tal distorção.
Não cultivamos a xenofobia, mas defendemos a revalidação dos diplomas estrangeiros nos moldes do REVALIDA, que é aplicado anualmente pelo MEC. Precisamos, sim, garantir a qualificação profissional daqueles que pretendem atuar em nosso País, em defesa da população menos favorecida, para que não incorramos no erro de oferecer uma assistência médica pobre, de 2ª categoria, para o pobre.
*presidente do CRM-PB

Considere as afirmações abaixo.

I. O autor considera que o atendimento médico no Brasil é equivalente ao de países desenvolvidos, como Canadá e Estados Unidos.
II. O autor mostra-se contrário ao anúncio da presidente em criar mais vagas em universidades para a medicina.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

  • I. O autor considera que o atendimento médico no Brasil é equivalente ao de países desenvolvidos, como Canadá e Estados Unidos. (ERRADO)

    *o autor fala que o brasil tem um NUMERO DE MÉDICOS por numero de habitantes equivalentes á esses países..em nenhum momento ele falou de ATENDIMENTO.*

    II. O autor mostra-se contrário ao anúncio da presidente em criar mais vagas em universidades para a medicina (ERRADO).

    Ele se mostra contra importar MAIS médicos estrangeiros, sendo que no brasil, existem profissionais suficientes para atender a população...bastaria do governo um incentivo á interiorização dos mesmo, dai a distribuição ficaria igualitária.

    AMBAS ERRADAS. GABARITO LETRA (D)

  • I. O autor considera que o atendimento médico no Brasil é equivalente ao de países desenvolvidos, como Canadá e Estados Unidos. ERRADO

    "Pesquisa realizada pelo CFM/CREMESP evidenciou que no Brasil tal coeficiente é de 1,95/1000, o que nos remete ao patamar de diversos países de 1º. mundo, a exemplo do Canadá e dos Estados Unidos." Ou seja, segundo o texto a equivalência do Brasil aos países desenvolvidos não é em relação ao atendimento e sim a média de médico por pessoas.

     II. O autor mostra-se contrário ao anúncio da presidente em criar mais vagas em universidades para a medicina.

    "Formam-se por ano, aproximadamente, 16500 esculápios no Brasil e 500 a 600,em nosso meio. Como se não bastasse, a Presidente Dilma Rousseff anunciou recentemente a intenção de criar mais 4500 vagas anuais para medicina." . Pode observar que o autor não é contrário a criação de novas vagas, mas, argumenta que temos médicos suficiente e ainda terá mais vagas para formandos, a crítica do autor é que existe uma má distribuição desses profissionais os quais se concentram nas grandes cidades.