Gabarito: Letra C.
De acordo com o CAB nº 3 Anticoncepção de Emergência_Perguntas e respostas para profissionais de saúde.Brasília-DF.2005
A Anticoncepção de Emergência (AE) é um método anticonceptivo que pode evitar a gravidez após a relação sexual. O método, também conhecido por “pílula do dia seguinte”, utiliza compostos hormonais concentrados e por curto período de tempo, nos dias seguintes da relação sexual. Diferente de outros métodos anticonceptivos, a AE tem indicação reservada a situações especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir gravidez inoportuna ou indesejada.
COMENTÁRIOS:
A anticoncepção ou contracepção de emergência consiste na utilização de pílulas contendo estrogênio e progestogênio ou apenas o progestogênio após uma relação sexual desprotegida. É importante mencionar que esse método de emergência não seja utilizado de forma regular, substituindo outro método anticoncepcional. A mulher deve tomar as pílulas de anticoncepção de emergência até cinco dias (120 horas) após a relação sexual desprotegida, mas, quanto mais precocemente se administra, maior a proteção.
Existe atualmente dois esquemas sendo utilizados, vejamos:
Esquema Yuzpe: utiliza anticoncepcionais hormonais orais combinados (etinilestradiol 0,2 mg e levonorgestrel 1 mg) divididos em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas;
Pílula anticoncepcional de emergência (PAE): contém apenas levonorgetrel (estudo da OMS aponta a PAE como método mais eficaz), observe o esquema: Comprimido 1,5 mg - dose é única; comprimido de 0,75 mg- duas doses com intervalo de 12 horas.
Em se tratando de adolescentes, a anticoncepção oral de emergência é um método muito importante por se tratar de um grupo que tem maior risco de ter relações sexuais desprotegidas. Logo, é importante que os adolescentes conheçam esse método e saibam que deve ser usado em caráter de exceção, somente em situações emergenciais, e não como método anticoncepcional regular. Outro aspecto relevante a considerarmos é que a PAE não é abortiva. Esse fato é justificado pelo fato de que quando a pílula é tomada antes da ovulação, ela inibe ou atrasa a liberação do óvulo do ovário e ainda pode interferir na migração dos espermatozoides do colo uterino às trompas. Logo, não ocorre fecundação. Se a fecundação já ocorreu a PAE não impedirá e nem atrasará seu desenvolvimento, já que o levonorgestrel (progestogênio sintético) tem efeito protetor sobre a gravidez.
FONTE: PROFº RÔMULO PASSOS