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Gabarito A
A Guerra do Prata,[2] também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas,[3] foi um episódio numa longa disputa entre Argentina, Uruguai e Brasil pela influência do Paraguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes.
A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região do Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Esses objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já haviam gerado a Guerra da Cisplatina e instigariam ainda outras duas guerras.
A Guerra do Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata e gerando estabilidade política e econômica no Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai e uma guerra civil na Argentina pós-Rosas. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante da Guerra Grande nos países hispanófonos.[4]
"Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
Força e Fé !
Fortuna Audaces Sequitur !
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Título: Guerra contra Oribe e Rosas
Página 100
"...O projeto de anexação do Uruguai ao território argentino encontrou em Juan Manuel de Rosas liderança máxima da Confederação Argentina desde 1835 e em Manuel Oribe, líder do partido de oposição ao governo uruguaio (o Partido Blanco), seus executores.
O Império brasileiro, que se opunha frontalmente à anexação, apoiava o governo constituído do Uruguai, exercido pelo Partido Colorado. A situação política no Uruguai aproximava-se a de uma guerra civil, com tropas partidárias de Oribe e apoiadas por Rosas cercando a capital, Montevidéu..."
HISTÓRIA NAVAL BITTENCOURT, A. de S. Introdução à História Marítima Brasileira. Capítulo 5, página 100. Título Guerra contra Oribe e Rosas. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006.
Gabarito: letra A
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Intervenção contra Oribe e Rosas (1851-1852)
Após obter sua independência do Brasil, o Uruguai passou a ser disputado por duas forças políticas:
▪ Partido Blanco → liderado por Manuel Oribe, representava os interesses dos criadores de gado e era aliado do governo da Argentina;
▪ Partido Colorado → liderado por Frutuoso Rivera, representava os interesses dos grandes comerciantes e era aliado dos brasileiros.
Em 1828, o grupo de Rivera saiu vencedor das primeiras eleições uruguaias, o que contribuiu para que o Brasil mantivesse relações amistosas com o novo governo. Este cenário se estendeu até 1834, quando Manuel Oribe e o Partido Blanco venceram o pleito presidencial e assumiram as rédeas do país. A aproximação do novo governante uruguaio com o governo de Juan Manuel Rosas, então presidente da Argentina, passou a preocupar o Império brasileiro.
Em 1851, alegando que fazendeiros blancos invadiram suas fronteiras ao sul para roubar gado, o governo brasileiro deu início a uma intervenção militar no país, contando com o apoio dos colorados. A Argentina manteve seu apoio a Oribe, mas passou a enfrentar uma revolta de duas de suas províncias, Entre-Rios e Corrientes. O Brasil soube aproveitar das insatisfações internas de ambos os países: seu apoio às províncias rebeldes rendeu a derrota d
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Guerra contra Oribe e Rosas.