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ID
2201635
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça.

Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza.

Alternativas
Comentários
  • Correta "C"

    Trechos retirados do livro o Leviatã:

    1) CAPÍTULO V - Da razão e da ciência: Os escritores de política adicionam em conjunto pactos para descobrir os deveres dos homens, e os juristas leis e fatos para descobrir o que é certo e errado nas ações dos homens privados.

    2) CAPÍTULO XIV - Da primeira e Segunda leis naturais, e dos contratos: Ambas as partes podem também contratar agora para cumprir mais tarde, e nesse caso, dado que se confia naquele que deverá cumprir sua parte, sua ação se chama observância da promessa, ou fé; e a falta de
    cumprimento (se for voluntária) chama-se violação de fé.

    [...]É por esse motivo que na compra e na venda, e em outros atos de contrato, uma promessa é equivalente a um pacto, e portanto é obrigatória.

    [...] É impossível fazer pactos com os animais, porque eles não compreendem nossa linguagem.

    [...] É impossível fazer pactos com Deus, a não ser através da mediação daqueles a quem Deus falou, quer por meio da revelação sobrenatural, quer através dos lugar-tenentes que sob ele governam, e em seu nome.

    [...] Os homens ficam liberados de seus pactos de duas maneiras: ou cumprindo ou sendo perdoados.

    [...] Porque um pacto, caso seja legítimo, vincula aos olhos de Deus, tanto sem o juramento como com ele; caso seja ilegítimo não vincula nada, mesmo que seja confirmado por um juramento.

    ► CAPÍTULO XV - De outras leis de natureza: Daquela lei de natureza pela qual somos obrigados a transferir aos outros aqueles direitos que, ao serem conservados, impedem a paz da humanidade, segue-se uma terceira: Que os homens cumpram os pactos que celebrarem.

     

     

  • GABARITO: LETRA C!

    CAPÍTULO XV

    De outras leis de natureza


    "Daquela lei de natureza pela qual somos obrigados a transferir aos outros aqueles direitos que, ao serem conservados, impedem a paz da humanidade, segue-se uma terceira: Que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Sem esta lei os pactos seriam vãos, e não passariam de palavras vazias; como o direito de todos os homens a todas as coisas continuaria em vigor, permaneceríamos na condição de guerra.

    Nesta lei de natureza reside a fonte e a origem da justiça. Porque sem um pacto anterior não há transferência de direito, e todo homem tem direito a todas as coisas, consequentemente nenhuma ação pode ser injusta. Mas, depois de celebrado um pacto, rompê-lo é injusto. E a definição da injustiça não é outra senão o não cumprimento de um pacto. E tudo o que não é injusto é justo."

    Leviatã
    Thomas Hobbes de Malmesbury
    Página 52

    http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_thomas_hobbes_leviatan.pdf

  • No capítulo XV da Obra “Leviatã”, intitulada “De outras Leis da Natureza”, Hobbes estabelece a terceira lei da natureza, segundo a qual é fundamental que “os homens cumpram os pactos que celebrarem. Sem esta lei os pactos seriam vãos, e não passariam de palavras vazias; com o direito de todos os homens a todas as coisas ainda em vigor, permanecemos na condição de guerra. Nesta lei da natureza reside a fonte e a origem da JUSTIÇA. Porque sem um pacto anterior não há transferência de direito, e todo homem tem direito a todas as coisas; consequentemente nenhuma ação pode ser injusta. Mas, depois de celebrado um pacto, rompê-Io é injusto. E a definição da INJUSTIÇA não é outra senão o não cumprimento de um pacto. E tudo o que não é injusto é justo” (HOBBES, 2003, p. 124).

    Portanto, segundo Hobbes, a justiça reside no cumprimento dos pactos celebrados (base do contratualismo hobbesiano) entre os homens.

    O gabarito, portanto, é a letra “c”.

    Fonte: HOBBES, Thomas. Leviatã: Ou Matéria, Forma e Poder de uma República Eclesiástica e Civil. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 728 p.


  • Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil. ING, 1651, Thomas Hobbes de Malmesbury:

    Capítulo 15: Sobre outras leis da natureza

    Terceira lei natural: "Os homens têm de cumprir os pactos que celebrarem. (...) Nesta lei natural assenta-se a fonte e a origem da justiça".

    ...………………………………………………………………………………………………………………

    XXI Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (2016.3):

    De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a própria ideia de justiça.

    O autor na obra em referência, apresenta a seguinte lei da natureza: “Que os homens têm de cumprir os pactos que celebrarem”.

    ...………………………………………………………………………………………………………………

  • Beleza!!

  • Olá colegas! Fiquei com uma dúvida: Se essa é a terceira lei de natureza, quais são as outras duas (ou mais, se tiver)?

  • GABARITO - C

    Que os homens cumpram os pactos que celebrem.

    LIVRO LEVIATÃ - THOMAS HOBBES DE MALMESBURY

    CAP. XV - De outras leis de natureza - A terceira lei de natureza: a justiça - 0 que são a justiça e a injustiça -

    A justiça e a propriedade têm início com a constituição do Estado - A justiça não é contrária à razão -

    Os pactos não são anulados pelo vício da pessoa com quem são celebrados - 0 que é a justiça dos

    homens, e a justiça das ações - A justiça dos costumes e a justiça das ações - 0 que é feito a alguém

    com seu próprio consentimento não é injúria - A justiça comutativa e a distributiva - A quarta lei de

    natureza: a gratidão - A quinta: a acomodação mútua, ou complacência - A sexta: facilidade em

    perdoar - A sétima: que nas vinganças se considere apenas o bem futuro - A oitava, contra a insolência

    - A nona, contra o orgulho - A décima, contra a arrogância - A décima primeira: a eqüidade - A décima

    segunda: uso igual das corsas comuns - A décima terceira: da divisão - A décima quarta: da primo

    genitura e da primeira posse - A décima quinta: dos mediadores - A décima sexta: da submissão à

    arbitragem - A décima sétima: ninguém pode ser seu próprio juiz - A décima oitava: ninguém pode ser

    juiz quando tem alguma causa natural de parcialidade - A décima nona: do testemunho - Uma regra

    através da qual é fácil examinar as leis de natureza - As leis de natureza são sempre obrigatórias em

    consciência, mas só o são com efeito quando há segurança - As leis de natureza são eternas, mas são

    acessíveis - A ciência destas leis é a verdadeira filosofo ia moral

    CAP. XIV - Da primeira e segunda leis naturais, e dos contratos - 0 que é o direito de natureza - 0 que é a

    Liberdade - 0 que é uma lei de natureza - Diferença entre direito e !et - Naturalmente, todo homem tem

    direito a tudo - A lei fundamental de natureza - A segunda lei de natureza - 0 que é abandonar um

    direito - 0 que é renunciar a um direito - 0 que é transferir o direito - A obrigação - 0 dever - A

    injustiça - todos os direitos são alienáveis - 0 que é um contrato - 0 que é um pacto - A doação - Sinais

    expressos de contrato - Sinais de contrato por referência - A doação feita através de palavras do

    presente ou do passado - Os sinais do contrato são palavras tanto do passado e do presente como do

    futuro - 0 que é o mérito - Os pactos de confiança mútua: quando são inválidos - 0 direito aos fins

    contém o direito aos meios - Não há pactos com os animais - Nem com Deus sem revelação especial -

    S6 há pacto a respeito do possível e do futuro - Como os pactos se tornam nulos - Os pactos

    extorquidos pelo medo são válidos - 0 pacto anterior torna nulo o pacto posterior feito com outros - 0

    pacto no sentido de alguém não se defender é nulo - Ninguém pode ser obrigado a acusar-se a si

    mesmo - A finalidade do juramento - A forma do juramento - Só a Deus se faz juramento - O

    juramento nada acrescenta à obrigação

  • Caras, essa palavra errada induz a erro...

  • A – Aristóteles.

    B – Santo Agostinho/Platão.

    C – Thomas Hobbes. (GABARITO)

    D – Santo Tomás de Aquino.