SóProvas


ID
2237479
Banca
FGV
Órgão
COMPESA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  O Estado precisa circular


     Mais uma vez um conflito armado entre traficantes e policiais ocorre em área atendida por Unidade de Polícia Pacificadora, no Rio, e deixa vítimas.

     Conflito armado entre traficante e polícia, com vítima, ocorre há muito tempo em grandes cidades brasileiras e, pela recorrência, já é pouco divulgado. Mas a invisibilidade do fato, por sua banalização, não supera as suas consequências seja para a família da vítima ou para a cidadania.

      No caso ocorrido em Copacabana, esta semana, foi diferente; houve protesto público nas ruas do bairro, que se amplificou em noticioso local e internacional por dois principais motivos: pela proximidade da data da Copa do Mundo e por se tratar de área com UPP. Certamente, são duas situações especiais. Uma, é passageira; outra, espero, há de se constituir em um processo que ajude a redução da desigualdade social das cidades brasileiras.

     Convivemos no país com um irônico paradoxo: um dos assuntos mais presentes na mídia é o das favelas; não obstante, o tema parece não figurar no rol das preocupações do Estado brasileiro.

     A favela típica não é um fenômeno restrito a poucas cidades. Em São Paulo e no Rio de Janeiro supera 20% das moradias. Ainda, a favela é muitas vezes tratada como o genérico de todo assentamento popular - inclusive loteamentos.

      Essas duas tipologias urbanísticas somam cerca da metade das moradias urbanas brasileiras. São muito diversificadas, mas, em geral, são lugares com pouca ou nenhuma infraestrutura, com escassez ou inexistência de serviços públicos, inclusive os de segurança e de regulação.

     Assim, criam-se condições para que essas áreas sejam tomadas por interesses marginais, muitas vezes com dominação territorial armada, que impõem jugo discricionário às populações moradoras. 


                                                                                                                            (Sérgio Magalhães)

"Conflito armado entre traficante e polícia, com vítima, ocorre há muito tempo em grandes cidades brasileiras e, pela recorrência, já é pouco divulgado".


Os fatos citados são pouco divulgados porque

Alternativas
Comentários
  • Outra questão de interpretação de texto da FGV que a meu ver há duas interpretações sensatas: letra " d " e " e ".

  • Já sei, vc acertou essa tb!

  • A letra D também não tá correta?

  • GABARITO: E

  • A questão pede, com base no texto, o motivo pelo qual os fatos são pouco divulgados. A letra "D" diz que isso ocorre porque "são fatos muito antigos no noticiário", contudo não é isso que se pode concluir do trecho "pela recorrência, já é pouco divulgado". Os fato não deixam de ser divulgados por serem antigos, mas sim por serem repetitivos, ou seja, ocorrem o tempo todo e acabam perdendo a relevância midiática.

  • Questão sem resposta. Se é repetido com frequência"na imprensa", não é pouco divulgado
  • Realmente não da para entender essa banca. Como o colega falou, se é repetido com frequência na imprensa, logo não há como ser pouco divulgado...

    Frequência é o ato de frequentar ou repetir, ou seja, ir a determinado local com assiduidade, em intervalos de tempo constantes.

    segundo o google entende-se por frequência isso aí

    Se alguém puder explicar de forma mais aprofundada a justificação do gabarito agradeço...

  • Se é repetido com frequência"na imprensa", não é pouco divulgado

  • Que questão mais mal planejada essa !

  • Gabarito: e

    --

    Odeio as questões de português da FGV, mas tenho que concordar que esta questão está correta.

    "conflito armado entre traficante e polícia, com vítima, ocorre há muito tempo em grandes cidades brasileiras (1) e, pela recorrência, já é pouco divulgado (2)"

    Percebam que há duas orações coordenadas aditivas sindéticas. Uma característica dessas orações é a independência sintática umas com as outras.

    Notem que a questão pede "Os fatos citados são pouco divulgados porque...", o que nos remete à segunda oração (2). Esse "porque" nos direciona à "pela recorrência", que tem valor causal (...e, por causa de ser recorrente, já é pouco divulgado).

    Não seria a letra d porque "são fatos muito antigos no noticiário" faz referência à primeira oração (1). E como são independentes podemos dizer que não necessariamente interfere nas ideias da segunda oração.

    Esse raciocínio que resolvi a questão :)

  • Pelo fato de repetir tantas vezes, torna-se algo normal.

    Gab: E