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A multidisciplinaridade se efetiva quando vivenciamos um trabalho em que há diversas áreas profissionais envolvidas. A intervenção acontece de forma isolada, ou seja, não há colaboração ou cooperação entre as diversas áreas entre as diversas áreas, apesar de possuírem um objeto de intervenção em comum. Como a cooperação é mínima, não é favorecida a troca de informações entre os saberes que estão envolvidos na ação.
Já a pluridisciplinaridade, ELY (2003), destaca que são ações em que se observa a justaposição dos saberes provenientes das áreas envolvidas em prol de um objeto comum. Nessa modalidade observa-se também, uma cooperação mínima, basal entre os profissionais envolvidos, cada profissional delibera sozinho sobre as decisões a serem tomadas, ou seja, não há partilha das decisões frente às há partilha das decisões frente às situações apresentadas.
A interdisciplinaridade é uma forma de intervenção na qual as várias especialidades colaboram para a ação junto ao objeto que é comum. Nesse caso, há trocas entre os profissionais envolvidos no processo, porém, uma especialidade é responsável por coordenar o processo de intervenção.
A transdisciplinaridade seria para a autora uma forma de organização das atividades em que observamos a coordenação de todas as especializações envolvidas no processo da tomada de decisões e de desempenho das ações. A transdisciplinaridade resultaria, assim, na criação de um campo comum de troca de experiências e difusão dos saberes, respeitando-se no entanto a autonomia teórica, disciplinar e operativa de cada especialista envolvido na intervenção.
Extraído de: http://concurseirosdeservicosocial.blogspot.com.br/2015/08/servico-social-e-interdisciplinariedade.html#
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Bo@ t@rde!
A INTERDICIPLINARIDADE exige que cada especialista ultrapasse os seus próprios limites, abrindo-se às contribuições de outras disciplinas. A interdisciplinaridade é uma relação de reciprocidade, de mutualidade, que pressupõe uma atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento, isto é, substitui a concepção fragmentária pela unitária do saber (SAMPAIO et al., 2010, p.82).
Vasconcelos et al. (2010) salienta que a interdisciplinaridade deve ser compreendida: [...] como estrutural, havendo reciprocidade, enriquecimento mútuo, com uma tendência a horizontalização das relações de poder entre campos implicados. Exige a identificação de uma problemática comum, com levantamento de uma axiomática teórica e/ ou política básica e de uma plataforma de trabalho conjunto, colocando-se em comum os princípios e os conceitos fundamentais, esforçando-se para uma decodificação, das diferenças e convergências desses conceitos e, assim, gerando uma fecundação e aprendizagem mútua, que não se efetua por simples adição ou mistura, mas por uma recombinação dos elementos internos (ibidem, p.47).
A interdisciplinaridade representa, portanto, a inter-relação e a cooperação de diferentes campos de conhecimento, baseados na reciprocidade, na troca, no diálogo entre estes, de forma a desenvolver habilidades e competências construídas coletivamente.
GOMES E SOUZA,A.G. - II CONGRESSO DE ASSISTENTES SOCIAIS DO RIO DE JANEIRO,2016.
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Gabarito A
Quando Sampaio 2010 em seu texto se refere a esse ultrapassar seu prórios limites, através da interdisciplinaridade, o entendimento é que o Serviço Social, ao buscar novas formas de executar seu trabalho, direciona seu envolvimento na ação interdisciplinar, compartilhando um espaço de troca mútua entre as especificidades do conhecimento e ultrapassando - no atendimento da complexidade das suas demandas - os limites de sua especialidade. O que não confronta com a resolução do CFESS 557, de 15/09/2009. que direciona o assistente social a respeitar as normas e limites legais, técnicos e normativos das outras profissões garantindo a especificidade de sua área de atuação, no âmbito de suas intervenções e atribuições privativas.