A guerra na Síria, que já dura mais de dez anos, tem sua gênese ligada à chamada Primavera Árabe, acontecida no ano de 2011. E, está acabando com o patrimônio cultural do país, sem que seus cidadãos possam impedir a destruição de templos, estátuas e mausoléus. Tampouco conseguem barrar o saque de tesouros e relíquias.
Antes do conflito era possível ver e visitar desde primeiras habitações pré-históricas até os castelos das Cruzadas, passando por templos greco-romanos. Mais de 900 monumentos ou sítios arqueológicos foram destruídos ou danificados . O jornal O Estado de Minas, de setembro de 2015, apresentava que
“ Em dezembro de 2014, a ONU calculou que quase 300 sítios haviam sido destruídos, sofrido danos ou saqueados desde março de 2011. Baseando-se em imagens de satélite, contabilizava 24 monumentos completamente destruídos, 104 com muitos danos e 85 com danos moderados."
A comunidade internacional tem alertado quanto à essa questão desde a guerra do Iraque em 2003. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) começou a destruir sítios arqueológicos no Irã e na Síria. E, ao atuar na Síria, começaram a devastar Palmira, a "pérola do deserto" sírio. O EI fez voar pelos ares os dois templos principais, o Baalshamin e o Bel, joias "de um valor inestimável para nosso patrimônio comum", segundo declaração da ONU.
Além disso,
A guerra na Síria completou 10 anos e já matou mais de 22 mil crianças. Cerca de 3 milhões de crianças sírias estão fora da escola devido à violência. Na verdade há locais, como em Aleppo, onde não há mais escolas.
Em 2015, 23 profissionais de saúde sírios apoiados por MSF ( Médicos sem Fronteiras ) morreram e 58 ficaram feridos. A destruição alcança áreas que , supostamente, deveriam ser protegidas: 63 hospitais e clínicas apoiados por MSF sofreram ataques aéreos ou foram bombardeados em 94 ocasiões diferentes em apenas um ano ( 2015) e 12 dessas instalações foram completamente destruídas.
Tudo isso nos leva a concluir que a guerra na Síria pode ser entendida como um conflito “total" no qual nada nem ninguém é poupado. Os dados para tal conclusão são de fácil acesso na mídia e publicações especializadas em política internacional como a Revista de Política Externa, a publicação Contexto ( da PUC – RJ) e o periódico Le Monde Diplomatique, que tem uma versão publicada em português.
A afirmativa está incorreta
Gabarito do Professor: ERRADO.